Inocência Capítulo 5 - Viva Bem e Adeus

Da série Inocência
Um conto erótico de Cleber
Categoria: Heterossexual
Contém 2743 palavras
Data: 10/12/2025 00:15:46
Última revisão: 10/12/2025 01:21:02

Passado um ano Fábio voltou para São Paulo, sua família estava com medo dele voltar e os caras irem atrás dele de novo, por isso seus avós arrumaram emprego para ele lá, como ele havia perdido o celular para os caras que deram uma prensa nele, foi um ano, sem contato, no qual a mãe dele não falou nada, quando ele voltou o mundo estava bem diferente do que ele tinha deixado e a culpa era toda dele.

Após o que Catarina me fez eu tive tempo de pensar em tudo, de rever tudo, eu tinha voltado para a pista, estava literalmente vivendo minha vida de solteiro, ficava com quem queria, quando queria, me aproximei de Luana e ela começou a se tornar o mais próximo de um relacionamento que eu tinha, mas ainda não estava pronto para um novo.

Mas também já não doía mais. Eu aprendi que Catarina não era uma garota madura, esse foi o problema, eu precisava de alguém mais maduro, eu lembro dela, me esperando em casa com o sorriso de menina, a casa arrumada a comida e etc e aí percebo que ela só queria um elogio, só queria o reconhecimento de ‘boa menina’.

Mas como eu sabia que ia acontecer mais cedo ou mais tarde, Renato nos intimou para beber, pela primeira vez vi Fábio pessoalmente e é claro, trocamos soco, nunca tinha visto ele tão puto, mas foi uma boa briga, exorcizamos nossas diferenças como sempre fizemos, no final minha costela doía muito e a boca dele sangrava, Renato ficou olhando até achar que chega e aí tudo parou, nos sentamos para conversar.

Renato sempre foi o líder, após conversarmos por um tempo ele colocou na mesa a questão. Primeiro ele queria que a gente parasse de frescura e voltasse a conversar, o que causou outra briga, mas no final, voltou a ficar de boa. Em segundo ele queria a irmã dele, de volta. Eu falei que não queria fazer parte disso, por ela ter me traído, não queria vê-la nunca mais.

“Eu não sei onde ela pode estar, mas olha Catarina, viveu a vida inteira com a mãe, depois comigo, ela deve estar na casa de algum amigo, não acredito que ela consiga viver sozinha.”, Fábio me olha com cara de quem vai puxar briga de novo, “Vêm irmão, não cansou de levar soco?”, “Ela só fez aquilo por você filho da puta.”, “Claro, ela acreditou que eu preferia um par de chifres que um par de muletas. Vá se fuder Fábio, você se aproveitou da burrice dela.”, Renato dá um tapa na mesa.

Após um tempo discutindo, com a amizade com bandaids e esparadrapos saímos do bar a ideia era encontrar a vagabunda, levar ela de volta para casa e eu não precisaria olhar nos olhos dela nunca mais, final feliz para todos, se Fábio quisesse continuar comendo, foda-se, quem inaugurou o parquinho foi eu de qualquer forma.

Mas eu ainda queria falar com ele, algo me incomodava. “Não adianta essa pose de que os outros fizeram merda não negão, você começou tudo isso.”, ele se virou para olhar para mim, não estava puto, só calmo e decepcionado, “Se você conhecesse ela, não teria feito o que fez, não da forma como fez.”, “Ah claro, quer falar de conhecer a mulher que eu namorei e fui noivo mais do que eu?”.

Ele riu… “A menina que eu conheci. A que jogava videogame comigo na sala da Dna Inocência, nunca vai nos perdoar… Foi em você que ela confiou, mas era eu quem estava dentro daquela casa e via como ela cresceu, ela nunca vai voltar.”, ele entrou no carro bateu a porta e se foi.

Após confirmar que não estava fácil realmente encontrá-la eu coloquei o meu detetive que havia descoberto a traição atrás dela… Levou poucos dias, mas ele descobriu como encontrá-la endereço, telefone, ela havia mudado para o turno da noite junto com os amigos, por isso não a encontrávamos.

Mas descobri que ela estava se prostituindo e isso me deixou chocado, uma piranhazinha online, se vendendo para inscritos nos seus canais, aquilo me deixou muito decepcionado com ela, assim, de verdade… Uma universitária de boa família, como ela podia estar agindo assim por puro orgulho.

Ela estava usando o nome Jaqueline o nome que dizia colocaria em uma filha, não há nada sagrado para esse tipo de mulher, mandei a mensagem para confrontá-la uma última vez, “Jaqueline shopping D as 20, eu sei que você pode abrir sua agenda de clientes para conversar, não falte ou eu vou dar esse número para seu irmão.”... Sua resposta foi um um polegar para cima, estava marcado, aí ela mandou mais uma mensagem, “portão da marginal”.

Quando cheguei lá, ela desceu de uma moto na frente do portão, o homem que pilotava foi embora em seguida, ela entrou e olhou em volta, confirmando câmeras e seguranças, suas posições e etc, ela estava com medo de MIM, foi o que eu pensei na hora, se eu fosse fazer alguma coisa com a vagabunda teria feito no dia ao invés de esperar um ano.

“O que você quer, Cleber?”, a pergunta foi um soco, o seu olhar era intenso, mas não vi ali nada que reconhecesse, inocência, amor, arrependimento que fosse, pelo contrário, algo primitivo, o olhar da mulher que me encarava parecia de um animal ferido e acuado, além de carregar uma tristeza que doía no coração.

Eu não sei explicar porquê, mas sua pergunta havia me incomodado, a forma, o jeito arrogante, como naquele dia, eu não me contive e respondi a primeira idiotice que veio na minha cabeça. “Seu irmão está atrás de você e eu queria te ver, antes. Ver como você, têm sobrevivido.”, ela sorriu, um sorriso ferido e ali eu vi que minha resposta feriu fundo de uma forma que eu não esperava.

“Eu sobrevivi é isso que importa.”, por um momento ela desvia os olhos para a marginal e eu percebo uma pequena brecha, sinto ela tão vulnerável que me faz lembrar de quando era só uma garotinha magrela querendo sua vez no videogame. “Catarina volta para a casa da sua mãe, faz o que é melhor para você.”, eu falo, nem percebo o quão paternal soaram estas palavras, mas foram suficientes para ela explodir.

Sua risada de escárnio deixou claro que algo dentro dela tinha se quebrado para sempre, eu vi ali que a menina inocente não existia mais, “Eu prefiro continuar dando meu cu por dinheiro, do que voltar para vocês.”, mas a resposta dela também me machucou, me atingiu com força seus olhos assumiram a selvageria, do animal acuado e ferido que eu havia percebido.

Mas esse showzinho dela me irritou muito, além dela ter me machucado. Ok ela passou um ano ruim, mas agora já se achava no direito de falar comigo como se fosse gente grande, querendo causar impacto, mas eu também errei e acabo gritando com ela, “CATARINA LARGA DE SER BURRA!”, ela deu até um pulinho de susto e um passo para trás, “ESTÁ DIZENDO QUE PREFERE CONTINUAR SENDO UMA PUTA?”

“PELO MENOS NÃO SOU SUA PUTA.”... O grito dela foi com voz de choro e lágrimas nos olhos, então eu soube que Fábio estava certo, ela jamais voltaria, jamais perdoaria, “Não sou a SUA puta Cleber. Não mais, nem nunca mais.”, eu tentei me aproximar ela estendeu a mão na minha direção e ainda chorando começou a ir embora. No fundo eu não estava entendendo o que aconteceu para ela mudar tanto, não era assim que eu achei que ia acontecer…

Eu fui atrás dela, mas do outro lado na calçada o motoqueiro se aproximou de novo, deixando claro que ela nunca ficou sozinha comigo, ele já a aguardava, com um capacete na mão, queria dizer algo, mas ela antes de colocar o capacete disse algo que me afetou, “Viva bem Cleber, eu não fui uma boa mulher para você, apenas viva bem.”, e naquele segundo, vi no seu olhar, a menina que buscava, não havia amor, apenas um lampejo de sua inocência e alegria…

Eu volto para casa atordoado tentando entender o que houve, com a menina inocente, praticamente não consegui dormir, imaginando o que pode ter acontecido com ela, mas estava fora do meu alcance agora, suas palavras por outro lado, me marcariam para sempre.

“Viva bem Cleber…”, o último desejo de uma menina que não existe mais, reconstruir minha vida, da forma como eu sonhei lá atrás, antes de tudo, formar minha família. Eu ainda não conseguia entender tudo o que tinha acontecido, só sei que nossa conversa me fez sentir livre, finalmente livre, acho que vê-la, finalmente exorcizou o fantasma de sua presença.

Naquela manhã quando cheguei no escritório, vi Luana de costas terminando de consultar sua agenda, uma visão comum, mas aquele dia eu não queria o comum, me aproximei e dei um belo de um tapa no seu traseiro, nem forte, nem fraco, a gente já vinha transando e essas liberdades os dois já tinham normalizado.

Ela dá um pulinho e um gritinho, logo se vira com um sorriso safada e ganha um beijo na boca, enquanto arrasto ela para o meu escritório, sem tempo de pensarmos muito nisso…

Eu levanto a saia dela enquanto acaricio suas lindas coxas, já a levando para o sofá onde eu a deito e me deito em cima dela, com um tesão enorme, entro em seu corpo suspirando de prazer, fodendo essa mulher da forma que eu sei que ela gosta, com vontade, com força, mas também com carinho, distribuindo beijos, carícias, palavras apaixonadas.

Ela se entrega rebolando, eu me viro e deixo ela por cima, deixo ela cavalgar um pouco enquanto me seguro para não gozar logo, vendo essa mulher incrível rebolando com força, se entregando aos seus desejos e prazeres, tremendo toda enquanto acaricio suas coxas ela quica sobre meu pau.

Ela goza com um gritinho e em seguida eu gozo gostoso e fundo, mas não é o suficiente eu a levo pela janela, por trás enterro novamente na sua boceta, fodendo ela com força uma das minhas mãos alisa seu rosto, dou meu dedo para ela chupar, suas mãos na janela vendo os carros os prédios em volta, enquanto leva por trás na bucetinha apertada.

Gozamos mais uma vez juntos, dessa vez eu vou para a minha cadeira de escritório sento ela no meu colo, a saia puxada até a cintura, a calcinha havia sido arrancada e estava pelo chão em algum lugar, trocando carícias, já vínhamos fazendo sexo há algum tempo, mas hoje, foi totalmente diferente, pelo que eu cheguei aqui pensando.

“Lu, você gostaria de oficializar o que nós temos?”, ela sorri e me beija, finalmente eu havia exorcizado a dor e o medo, finalmente eu havia exorcizado a adolescente com cara de anjo e sorriso de menina, agora, eu estava pronto para ser de outra pessoa e no último ano, Luana demonstrou ser a pessoa exata que eu queria.

Não era inocente, de forma alguma, era uma mulher que sabe o que quer, que faz planos, que antecipa problemas antes de acontecerem e principalmente que desconfia até da própria sombra, algo que eu já tinha me acostumado e que garantia, não seria burra como um dia foi a Catarina.

……

Restava uma última coisa, eu tinha que dar tudo o que descobri nas mãos do Renato, no final, meu último feito por ela, seria entregar Catarina para sua família novamente, por isso fiz o que não fazia já há um ano, visitei a casa da Dona Inocência, aquela mulher, que sempre admirei com sua postura inabalável, como disse antes, uma fortaleza na fé.

Enquanto me servia café ela se desculpava, “Desculpa Cleber, eu não fui uma boa mãe.”, eu tomo meu café e suspiro, “Não se preocupa Dna Inocência, algumas pessoas, cometem seus erros, mas acabam superando eles.”, se ela soubesse o que a filha se tornou, ela ficaria ainda mais decepcionada e destruída.

“Eu sei, mas Catarina sempre foi… Você sabe né, sempre atrás de vocês garotos, desde pequenininha, deveria ter sido mais dura com ela, deveria ter obrigado ela a continuar na igreja e isso não teria acontecido.”, eu fico chocado com isso, afinal como falei no primeiro conto, ela era uma menina elogiada por seu bom comportamento e educação não isso, que agora a mãe dela dizia.

“Ela era uma menina boazinha, foi só como as coisas aconteceram.”, ela sorri doce, enquanto toma seu café, “A gente que é mãe sabe Cleber, Catarina nunca foi boa. Ela só esperou ficar longe das minhas vistas, para mostrar quem sempre foi.”, Dona Inocência estava irredutível na sua opinião, não importava o que eu dissesse...

“Pior que nem sou mais quem costumava ser, precisei deixar o Renato dar um corretivo nela, mas ele cismou de deixar ela sair, ela deveria ter ficado presa aqui comigo até entender seu erro.”...

Aí comecei a compreender, Catarina apanhou como se fosse criança aquele dia, por isso estava com medo no shopping, na minha sede de vingança, não só dei um troco na mulher que amava, fiz todas as pessoas envolta dela, a machucarem e empurrarem ela no abismo, eu fiz isso, eu destruí não só a mulher que dizia amar, mas também, tudo o que poderia ter impedido sua queda. Eu criei aquele animal ferido e acuado que havia me encontrado alguns dias antes.

Eu lembro de ter dito para mim mesmo na minha vingança, que ela nunca mais andaria na rua, com a cabeça erguida depois do que eu havia feito. Mas agora, essas palavras me embrulhavam o estômago, porque só agora eu via o estrago que eu fiz, só agora, eu entendia, que eu realmente destruí a Catarina por quem eu e Fábio nos apaixonamos, aquele brilho, aquela inocência.

Quando Renato chegou entreguei para ele o pendrive com as informações e fui embora, não aguentava mais ficar naquela casa, onde as lembranças da menina inocente, que eu conheci, se contrastavam com a história oficial sustentada pela mãe, de que ela nunca teve inocência, de que ela sempre foi uma perdida, eu não aguentava a culpa de estar ali.

……

Meses depois Renato bate à minha porta, estava encharcado de chuva, chorando, com papeis nas mãos, eu não sabia o que dizer, mas ele só olhou para mim com o olhar mais destruído do mundo, quase como o olhar que eu vi na irmã, quando conversei com ela da última vez. “Ela não vai mais voltar, Cleber… Catarina nunca mais vai voltar.”, ele fala isso entra e me entrega os papeis.

Eu olho os papeis e não consigo me impedir de chorar, o trágico final, anunciado e inevitável, como consequências de nossas ações, de todos os três Brothers… Catarina escolheu deixar de existir, nunca mais voltaria para casa da mãe ou do irmão e eu nunca mais veria aquela menina.

Ali, ficava claro que jamais haveria perdão. Choramos juntos eu e Renato com algumas latas de cerveja, aquele foi nosso velório, para a menina inocente que se foi para sempre. Naquele momento eu já sabia que ela marcaria para sempre os Brothers, não a noiva traidora, mas a menina que eu sabia ser o culpado pelo seu fim.

Como eu disse lá no começo, Catarina me mostrou que não existe inocência que não pode ser corrompida. E nesse caso, eu fui o corruptor, ela me entregou sua inocência anos atrás, com o sorriso de um anjo e o que eu fiz, foi destruir essa inocência completamente, não foi o Fábio, não foi o Renato, fui eu… Eu matei aquela menina com olhar inocente e sorriso sapeca.

Como eu disse, não existe inocência, só ilusão… Pego para mim as palavras de Oscar Wilde…

“A gente destrói aquilo que mais ama

em campo aberto, ou numa emboscada;

alguns com a leveza do carinho

outros com a dureza da palavra;

os covardes destroem com um beijo

os valentes destroem com a espada.

Mas a gente sempre destrói aquilo que mais ama.”

======== ……FIM…… ========

É isso povo assim encerra a história do Cleber, ele ainda vai contar a parte dele durante o epílogo, mas toda a história de traição e vingança e como ele começa a reconstruir a vida terminaram aqui, espero que tenham gostado, semana que vêm eu conto o lado da Catarina e seu final.

Espero que gostem e comentem, muito muito obrgada a todos que têm comentado, vocês me incentivam a escrever e a continuar contando as histórias.

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Foto de perfil de GizGizContos: 47Seguidores: 225Seguindo: 38Mensagem Eu sou uma escritora, não escrevo profissionalmente ainda, mas me vejo como uma, já fui incentivada a publicar, mas ainda não escrevi nada que eu ache que mereça isso.

Comentários

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Olá Giz... tudo bem?

Eu escrevo esse comentário ainda meio impactado com o final do conto, mas na espectativa de ler a versão de Catarina e entender de fato o que aconteceu, e torcendo para ela ter usado de algum tipo de artifício para viver com a certeza que jamais seria procurada por Cleber, Renato ou Fábio.

Nesse conto fica claro que Cleber não pensou nas consequências dos seus atos, quando decidiu se vingar. Curar a dor de uma traição destruindo a vida da pessoa que o traiu. É trágico e real... quantas pessoas reagem dessa forma ao descobrir uma traição não é verdade... e quantas pessoas acabam levando o ato da vingança para um assassinato.

Cleber não tentou matar Catarina, mas matou sua rede de apoio. Mesmo que a famílha dela tinha seus problemas, essa era a rede de apoio da jovem. Quem aqui ler esse comentário, e está sozinho (a) nesse mundo sabe o quando uma rede de aopio é importante. Cleber tirou isso de Catarina... ele quiz destruir ela... e no fim de alguma forma conseguiu.

No final de tudo ele vai conviver com o remorso, mas acabou encontrando uma parceira para a vida. E infelizmente a vida é assim... No fim certos atos desmedidos ficam no passado.

Renato também... teve uma atitude desmedida por ter o seu orgulho ferido pelos atos da irmã. Claro que o agravante é a forma com que tais atos foram revelados pelo amigo Cleber... mas ele também, movido pela raiva ou pelo orgulho ferido, agiu de cabeça quente e causou um mal imenso a quem precisava dele.

Catarina foi inocente ao cair na lábia de Fábio, mas no final das contas todos nós tomamos decisões contestáveis com boas intenções no coração. Todos erramos e todos erros impactam nas pessoas próximas a nós. Talvez o peso dos atos de Catarina seria outro se, ao descobrir a traição, Cleber tivesse tirado a própria vida pelo desgosto de ter sido traído.

No fim ficou a impressão de que Fábio de fato tinha algum tipo de sentimento por Catarina, talvez antes mesmo da jovem atrair os olhares masculinos. Mas isso pode apenas ser uma impressão.

Bom... não quero me alongar, mesmo depois de ter me alongado kkkkk. Ótimo conto Giz... mais um capítulo foda para essa trama. Vc é uma autora fantástica!!!

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Isso deve dor demais: ela não só traiu para "salvá-lo", mas ela gostou do ato e confirmou isso pro talarico (amigo dele) nas mensagens. Me colocando no lugar do Cleber, é uma humilhação sem tamanho também.

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Querendo ser um pouco justo com o Cleber também, mas preciso reforçar que Catarina errou muito. Inexperiente, ok, mas errou demais.

Independente da reação do Cleber, que foi desproporcional, o relacionamento deles acabou no momento em que ela traiu.

Nada justifica a traição, por mais inocente que ela seja. Mesmo sem vivência prática na vida, ela ia igreja, então, não tinha como ela não saber que traição é um ato vil, de desrespeito, de falta de amor.

E mesmo assim, ela fez e pior, ela gostou, ela adorou ter transado com o Fábio. Isso é inaceitável e falo isso, me colocando no lado do Cleber.

Porém, repito, mesmo sendo traído, sendo corno, a reação dele foi muito, mas muito desproporcional. Ele praticamente est**** a Catarina, po. Aí não.

Então, o arrependimento do Cleber é por sua reação desmedida, que acabou com a vida dela, e não porque ainda ama. Não era para tanto, mas a raiva cega mesmo.

O amor do Cleber morreu quando ele descobriu a traição. Catarina não pode cobrar esse amor, não depois do que ela fez.

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Na hora da raiva, Cleber esteve no seu auge de ter as "melhores" ideias para acabar com a vida da Catarina. Seu cerebro funcionou em carga máxima para conseguir o seu objetivo. E tanta energia gasta só poderia resultar num plano e numa execução perfeita. Catarina não teve a menor chance e, além disso, ainda foi prejudicada pelo fato de que, no interior de sua casa, a dinâmica existente com seus familiares ia ao encontro do que Cleber planejara fazer. Foi como unir o "útil" ao "agradável" (entre aspas, pq foi tudo trágico). Foi uma vingança brutal. Cleber teve sua satisfação inicial, mas todo mundo sabe que quando esse sentimento de vingança passa, só resta o vazio, a reflexão sobre o que fez e o arrependimento.

O final foi tenso e angustiante. "Catarina escolheu deixar de existir". O óbvio é pensar que ela morreu, mas estou achando que ela optou por abandonar seu sobrenome e seguir em frente com a pessoa que o acolheu no momento em que mais precisava.

Os dois erraram, Cleber e Catarina. Não erraram em igual medida, mas erraram. A reação de Cleber foi desproporcional, mas muito verossímil. Na realidade, é assim que acontece mesmo, infelizmente. Não vejo como ter um final feliz, como nos cinemas, mas um final agridoce para ambos, cada qual com "seu final feliz" possível diante do que aconteceu.

Parabéns mais uma vez, Giz.

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Difícil ficar indiferente com essa história. A opção de focar em vários narradores nos permite o acesso aos vários pontos de vista de uma mesma história. De certa forma, também permite o acesso as motivações.

Só que aqui é um pouquinho diferente, pois mesmo em seu próprio ponto de vista, Cléber é mostrado como um homem odioso, rancoroso, sempre se referindo a Catarina com desprezo.

Esse final dele é trágico e de certa forma revoltante porque quando ele finalmente reconhece os erros, isso não têm consequências para ele. Ele se envolve com outra mulher, assume um relacionamento sério e trata a última conversa com Catarina como algo necessário para se curar, como se fosse ele a vitima da história.

Um final satisfatório para alguém que estimulou raiva por ele o tempo é perfeito para ficarmos incomodados.

Suas histórias são assim inquietantes.

Espero que o final da Catarina inquietante de uma forma satisfatória rs.

Três estrelas

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Bom dia Giz, o Cleber foi um boçal, destruiu a vida de uma pessoa maravilhosa em busca de uma vingança sem sentido, pois para mim foi direcionada para a vítima, isso por si só mostra o tamanho da canalhice que ele fez, quando foi confrontar a Catarina agiu com uma arrogância sem o menor senso de humanidade, tratamento-a como se fosse alguém inferior, mesmo percebendo quanto havia ferido a Catarina, pois viu o quanto ela estava machucada, qual foi a reação, dar uma sapecada na secretaria, foi até um clichê machista tipo anos setenta, se tá aborrecido com alguma coisa, é só afogar o ganso na secretaria, mas talvez o pior ainda, foi quando teve real noção das consequências de sua vingança insana, injusta e cruel e não fez absolutamente nada, a não ser encher a cara com o Renato, mostrando um arrependimento infanto juvenil sem igual.

Quanto ao Fábio, já deixei bem claro sobre o que eu acho das atitudes dele, principalmente pela motivação, sendo que neste capítulo, ficou claro que ele sabia das consequências para a Catarina por causa da chantagem obscena que ele fez com ela, como ele mesmo disse, ele via tudo que acontecia com ela naquela casa, porra meu, ela confiava nele desde criança, ele sabia que ela sofria, ele sabia que ela era uma mulher vulnerável por tudo que ele viu ela passar, e teve a coragem de fazer o que fez por ela ter escolhido o Cleber. O desgraça é tão covarde, que se escondeu embaixo da saia da avó, depois de tomar um esfrega meia boca, se escondeu covardemente por meses, somente por causa do medinho de tomar outra surra, até entendo, ninguém gosta, mas não se preocupar nem com o cabelo da Catarina, deixar ela sozinha no mundo que ele mesmo devastou , pois querendo ou não, ele sabia de tudo, inclusive jogou na cara do Cleber que ele fez merda, ele considera a menina que ele dizia amar, que viu crescer com sofrimento, um troféu, só que de lata, portanto só serve para a cerimônia de vitória, depois é descartado.

Renato é um babaca machista.

Como eu disse, estou sendo repetitivo, mas a lição de moral que o Fábio quis dar no Cleber, em dizer que conhecia a Catarina, pois convivia com ela na casa dela desde criança, vendo tudo que ela passou, e mesmo assim fez o que fez, e ainda não movendo palha para ajuda-la posteriormente, torna ele o melhor exemplo negativo de homem que eu consigo conceber.

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Realmente não faz sentido...são atitudes contraditórias em relação ao que diz sentir.

Não tinha pq ele fazer isso com ela.

A atitude do Cleber foi a de alguém traído, com o ego ferido e que não tinha percebido o que significaria para ela a exposição com a família...ele demonstrou um pouco de contrariedade e espanto com a mãe dele apenas nessa última conversa. Mas isso TB é contraditório, pq ele e o irmão não eram amigos desde a infância??? Eles nunca conversavam e etc?? Vc consegue identificar um cara escroto e machista só de conversar...

De novo, espero que clara tenha fugido com o negão do chat, pq pelo o que entendi eles acham que ela se matou. E que todos vivam suas vidas e aprendam com seus erros

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Bom dia Manfi. A Giz até já explicou sobre o Cleber ignorar como a Catarina era tratada, a casa era tipo o território do Fábio, ele optou em se aproximar por fora, e o Renato era tão babaca machista que simplesmente não aceitava falar da irmã, mas alguma coisa me diz que esse negão tá mal intencionado, sei lá, acho que ele quer colocar a Catarina de volta numa gaiola, uma gaiola maior, feita de prata, mas não deixa de ser uma gaiola. Se for um degrau para o amadurecimento dela , então que seja, mas ela merece mesmo é a sonhada liberdade ampla, geral e irrestrita, vamos ver.

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Concordo integralmente com seu último parágrafo, amigo Sensatez. Depois desse capítulo, concordo totalmente com quem diz que o Fábio é o principal vilão dessa história. É um tremendo FDP. Culpado de tudo.

E o pior é que o Cleber escutou o Fábio dizendo isso, que ela não iria voltar, que ele viu o que ela sofria, e mesmo assim, Cleber não conseguiu pensar como você pensou Sensatez, que "ele sabia como eram as coisas" e mesmo assim, fez o que fez, comendo até o cu da menina.

Cleber tivesse raciocinado como você e, claro, tive um pingo de honra ainda, teria quebrado o Fábio de novo, dessa vez mano a mano, para deixá-lo pior que da primeira vez.

Mas Cleber é um bananão.

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Bom dia Carlos, meu amigo, vou confessar uma coisa, toda vez que eu imagino que uma menina inocente, criada na rigidez de um lar de mãe solteira, quase fanática religiosa, confiar no praticamente único amigo que ela tinha desde a tenra infância, até por ele ser sabedor de todos seus sofrimento, e ... Cara não é pieguice não, me vem lágrimas, só de imaginar, é muita covardia de caráter, a mina era praticamente um anjo, uma anja bem safadinha, mas de uma inocência ímpar. Tenho muita raiva desse personagem neste conto, os outros é só desprezo mesmo.

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Fábio foi profundamente mau-carater. É o pior de todos. E o principal culpado de tudo. Eu colocaria a culpa por tudo da seguinte forma:

Fábio 70% / Catarina 25% / Cleber 5%

Veja, estou falando apenas das ações que foram o estopim para tudo, sem citar as consequências.

Uma coisa que pensei e está martelando minha mente é que Catarina, mesmo vivendo presa, ela sabia sim que traição era vil. Ela não tinha como ser alheia a esse conhecimento. Por isso que não consigo dizer que ela foi totalmente inocente na história. Inexperiente? 100%. Inocente? Uns 50% e olhe lá.

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Nossa Giz, com essa história vc acaba do velho aqui...kkkk

Eu sempre me coloco no sentido de vê sempre todos os lados e de tentar uma solução que seja a melhor para todos, mesmo para que a princípio não merece.

Ou seja, sou um libriano incorrigível!!! E sempre, vc precisa tentar entender toda a história e suas motivações...se houvesse conversa, mesmo se não ficassem juntos, pq todo um erro tem que ter consequências...mas mesmo se nunca se vissem, uma conversa honesta ajudaria muito.

Veja que em poucas palavras a gente percebe a profundidade do relacionamento e sentimentos dela com Fábio...só não faz sentido ele fazer o que fez e achar que não haveria repercussão, mas em poucas palavras vc percebe que talvez ele não seja esse monstro todo.

Um professor qd estava no estágio disse uma coisa que me marca até hj...o comportamento e mente humanas tendem a se firmar perto do meio...vou explicar...pega uma régua de 10 cm...0 é a melhor pessoa que poderia um dia existir, 10 a pior...5 seria a meia ou mediana...todos tendem ao 5. O que há são fatores que levam a pessoa a sair um pouco do 5, normalmente pontuais...sempre há algo que prenda a pessoa ao 5...basta querer ver e trazer esses aspectos...esse é o único sentido de vc tentar tratar uma pessoa psicopata, por exemplo. Se não houve isso, não teria pq nem tentar.

Que isso impacte a todos igual me impactou...não apenas nos diversos contos desse site, em que sempre há prejulgamentos, mas na vida como um todo. Eu sempre falei...nunca é 8 ou 80...saber ler nuances é sinal de maturidade.

Ótima noite

Parabéns pela história.

Ansioso pelo encerramento...espero que ela tenha enganado tudo mundo e fugido com o negão pauzudo do conto anterior...kkk

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Filho da puta burro. Tem mais é que se fuder.

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Pelo menos chegou uma hora que ele entendeu o que ele fez...

Um pouco tarde, mas entendeu.

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triste mesmo a garota ter sido vítima de uma vingança brutal que fez ela preferir os fregueses e o ambiente da prostituição invés da própria família que a rejeitou. Uma história de emoções muito intensas, com momentos de amor, prazer, ódio , vingança e personagens marcantes que criaram sua própria tragédia de uma forma que não resta nenhuma possibilidade de redimirem-se por aquilo que fizeram. Uma história profunda e intensa , magistralmente escrita.

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Muito obrigada, sim, agora que chegamos até aqui fica visível toda a tragédia que se criou, eles nunca olharam para ela de verdade, eles amaram uma menina, que nunca chegou a ser mulher, porque eles também nunca deixaram.

Agora é simplesmente tarde de mais.

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