[M/F] - O tempo e suas marcas - Parte 5: Resquícios do Pecado

Um conto erótico de Granada
Categoria: Heterossexual
Contém 1454 palavras
Data: 09/12/2025 00:23:58

a luz da manhã filtrava pelas cortinas finas da janela da cozinha, pintando o ambiente com tons dourados e quentes. O cheiro do café recém passado dominava o ar, misturado ao aroma suave do pão torrado. Ele abriu os olhos devagar, ainda grogue do sono, mas o corpo já reagia à memória da noite anterior—os gemidos, o suor, as palavras sujas sussurradas no escuro. Quando se levantou, a cama fria ao lado confirmou que ela já não estava lá. Seguiu o cheiro do café até a cozinha, onde a encontrou encostada no balcão, os quadris levemente inclinados para trás, os dedos brincando com as migalhas do pão francês que mordiscava. A manteiga brilhava nos lábios, e ela lambia os dedos com uma lentidão deliberada, como se soubesse que ele a observava.

Ela não se virou, mas sorriu antes mesmo que ele fizesse barulho. Sabia que ele estava ali. Sempre soube.

— Bom dia — murmurou ela, a voz rouca, ainda carregada do sono e do sexo da noite passada. — O café tá pronto. Serviu uma xícara e deixou no balcão, o vapor subindo em espirais finas. Ele se aproximou, os pés descalços deslizando no piso frio, e parou atrás dela, tão perto que podia sentir o calor do corpo dela através da camisola fina. Não resistiu. Uma mão deslizou pela cintura dela, puxando-a contra si, enquanto a outra pegava a xícara. Ela arqueou as costas, encostando a bunda nele, e ele sentiu o pênis endurecer instantaneamente, pressionado contra o tecido macio do short que ela vestia por baixo da camisola.

— Não devia — ela sussurrou, mas não se afastou. Pelo contrário, esfregou-se nele uma vez, só uma, antes de se virar. Os olhos dela brilhavam, maliciosos, enquanto os dedos dele ainda seguiam a curva do quadril dela. — Foi maravilhoso. Incrível. — A voz baixou, quase um rosnado. — Mas ele chega hoje. Seu pai.

As palavras caíram como gelo entre eles. Ele engoliu em seco, o café queimando a garganta. Sabia que aquilo viria. Sempre soube.

— Você não pode ficar aqui — continuou ela, agora mais firme, os dedos apertando o braço dele com uma urgência que não era apenas preocupação, mas também desejo. — Na frente dele, você vai se comportar. Vai me respeitar. E vai fingir que nada disso existe.

Ele cerrou os dentes. A ideia de fingir, de olhar para aquele homem—seu pai—e agir como se ela não tivesse sido sua, como se não tivesse gozado dentro dela horas antes, era como engolir vidro. Mas assentiu. Não tinha escolha.

— Tudo bem — respondeu, a voz grossa. Ela o observou por um longo momento, como se quisesse gravar cada traço do seu rosto, cada sombra de frustração e desejo que passava por seus olhos. Então, se aproximou, os lábios quase tocando os dele.

— Bom garoto — sussurrou, antes de beijá-lo. Não foi um beijo doce. Foi um beijo de posse, de promessa, de algo que ambos sabiam que não poderia ser contido por muito tempo. Os dentes dela mordiscaram seu lábio inferior, a língua invadiu sua boca com uma fome que o deixou tonto. Quando ela se afastou, ele estava ofegante, o pau latejando, dolorido, preso dentro da cueca.

— Agora vai. Antes que seja tarde.

Ele obedeceu, mas cada passo em direção à porta era uma tortura. Quando saiu, olhou para trás uma última vez. Ela estava encostada no balcão novamente, os dedos brincando com a xícara de café, os olhos fixos nele, como se já estivesse planejando o próximo encontroOs dias seguintes foram um inferno de tensão não resolvida. Eles se evitavam, trocando olhares furtivos durante os almoços, os dedos roçando sem querer quando passavam um prato. Seu pai falava, ria, contava histórias, completamente alheio ao fogo que queimava entre eles. Era uma tortura deliciosa, uma dança perigosa que os deixava à beira da loucura. Até que, finalmente, veio um almoço de domingo.

A mesa estava posta, a comida ainda quente. O pai se levantou, enxugando a boca com o guardanapo.

— Esqueci de comprar vinho. Vou até o mercado rápido. Voltou já já.

Ele assentiu, como sempre fazia, enquanto ela sorriu, docemente, como a esposa perfeita. Mas quando a porta da frente se fechou, o ar mudou. Ela não perdeu tempo. Empurrou a cadeira para trás com um rangido, levantou-se e, em dois passos, estava em cima dele. Os lábios dela colaram nos seus antes que ele pudesse reagir, a língua invadindo sua boca com uma urgência animal. Ele gemeu, as mãos indo direto para a bunda dela, apertando-a com força, puxando-a para cima, para que ela sentisse o quanto ele já estava duro, quanto já estava louco de vontade.

— Sala. Agora — ordenou ela, entre beijos, os dedos tremendo enquanto desabotoava a camisa dele. Não havia tempo para mais. Não havia espaço para dúvidas.

Ele a seguiu, tropeçando nos próprios pés, o sangue latejando nas veias, o pau doendo dentro da calça. Quando chegaram à sala, ela o empurrou contra o sofá, os olhos brilhando com uma mistura de desejo e desafio. Estava vestida com um short curto soltinho e uma camiseta larga que deixava os mamilos duros visíveis através do tecido. Sem hesitar, ela se virou, empinando a bunda para ele, as mãos apoiadas no encosto do sofá.

— Rápido — ordenou, olhando por cima do ombro. — Ele volta em alguns minutos.

Ele não precisou de mais incentivo. Abaixou o zíper da calça com mãos trêmulas, o pau saltando para fora, grosso, veioso, já pingando pré-gozo. Ela já tinha puxado o short para o lado, a calcinha de renda preta amassada, os pelos escuros da buceta escapando pelos lados, úmidos, brilhantes. Ele não resistiu. Cuspiu na própria mão e passou no pau, aliviando um pouco a fricção antes de se posicionar atrás dela.

O primeiro toque foi elétrico. A cabeça do pau deslizou entre os lábios inchados dela, e ela gemeu, empurrando a bunda para trás, implorando sem palavras. Ele não a fez esperar. Com um empurrão firme, entrou nela de uma vez, sentindo-a se abrir, quente e apertada, os músculos internos se contraindo ao redor dele.

— Porra — sussurrou ele, os dedos cravando nos quadris dela. Ela era tão molhada que ele deslizava com facilidade, cada investida fazendo um som obsceno, úmido, que ecoava pela sala silenciosa.

— Isso — ela gemeu, a voz abafada pelo encosto do sofá. — Assim. Mais forte.

Ele obedeceu, os quadris batendo contra a bunda dela com um ritmo frenético, o suor escorrendo pelas costas, a respiração ofegante. Ela se empurrava contra ele a cada golpe, os gemidos dela ficando mais altos, mais desesperados.

— Você é tão boa — rosnou ele, uma mão subindo para agarrar os cabelos dela, puxando a cabeça para trás enquanto continuava a foder ela sem piedade. — Minha mãe safada.

Ela riu, um som gutural, sujo.

— Sua sim. Só sua.

As palavras o levaram ao limite. Sentiu o orgasmo se aproximando, uma onda quente subindo pela espinha. Mas antes que pudesse avisar, ela se soltou, virando-se tão rápido que ele quase tropeçou. Ajoelhou-se na sua frente, os olhos fixos nos dele, a boca entreaberta, a língua saindo para lamber os lábios.

— Na minha boca — ordenou, a voz rouca. — Agora.

Ele não teve forças para recusar. Com um gemido, seguiu o ritmo dos dedos dela, que o masturbavam com urgência, até que o prazer explodiu. O primeiro jato de porra atingiu a língua dela, quente e grosso, e ela engoliu com avidez, os olhos fechados, as mãos ainda trabalhando nele, tirando cada gota. Quando acabou, ela se levantou, lambendo os lábios, os olhos brilhando de satisfação.

Mas não tinha terminado.

Ele mal teve tempo de se sentar no sofá, exausto, quando ela se posicionou sobre o seu rosto. O short ainda estava puxado para o lado, a calcinha amassada, a buceta inchada e brilhante de tanto gozo. Sem aviso, ela sentou, esfregando-se contra a boca dele, o cheiro forte de sexo invadindo seus sentidos.

— Pra você lembrar — sussurrou, os quadris movendo-se em círculos lentos, a umidade dela escorrendo pelo seu queixo. — Quando sentir saudades.

Ele fechou os olhos, as mãos subindo para agarrar as coxas dela, os dedos afundando na carne macia. Não havia como esquecer. Não havia como fingir que aquilo não existia. Mesmo que tentassem. Mesmo que o mundo desabasse ao redor deles.

Quando ela finalmente se levantou, ele ficou deitado, o rosto molhado, o corpo tremendo, a mente uma névoa de desejo e culpa. Ela se ajoelhou ao lado dele, passando os dedos pelo cabelo, como se fosse uma carícia de mãe, de amante, de algo que não tinha nome.

— Agora vai lavar o rosto — disse, a voz voltando ao tom normal, como se nada tivesse acontecido. — E finge que está tudo bem.

Ele assentiu, sabendo que, por mais que lavasse, o cheiro dela ficaria. O gosto dela ficaria.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Granada a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários