[M/F] - O tempo e suas marcas - Parte 4: Entregues ao desejo

Um conto erótico de Granada
Categoria: Heterossexual
Contém 1498 palavras
Data: 09/12/2025 00:14:23

A luz do corredor filtrava-se pela fresta da porta entreaberta, desenhando uma faixa dourada sobre o lençol amassado. Ele acordou devagar, os músculos ainda pesados do sono, mas o corpo já respondendo à memória do toque dela. Virou a cabeça no travesseiro e ali estava ela, deitada de lado, a respiração lenta e profunda. O corpo nu, exposto sem pudor agora, era um mapa de tempo e vida: as estrias prateadas na barriga, leves como cicatrizes de uma batalha já ganha; os seios, pesados e macios, caídos para os lados com a naturalidade de quem não precisa mais fingir firmeza; as coxas grossas, marcadas por celulites que tremiam a cada movimento mais brusco da noite anterior. As dobrinhas na cintura, as rugas finas nos cantos dos olhos, tudo isso o deixava louco de uma maneira que ele nunca soube explicar. Não era perfeição que o excitava—era a realidade dela. A prova de que ela era carne, sangue, uma mulher que tinha vivido, chorado, gozado, e agora estava ali, sua.

Ele se levantou em silêncio, cuidadoso para não acordá-la, mas os olhos dela se abriram assim que ele se moveu. Um sorriso preguiçoso, quase malicioso, curvou os lábios dela enquanto o observava sair da cama, o pau ainda meio duro balançando entre as pernas. Ele não se importou em esconder nada—não havia mais espaço para vergonha entre eles. Foi até o banheiro, a cabeça levemente tonta, o corpo ainda vibrando com os ecos do orgasmo da noite.

Quando voltou, a visão o paralisou na porta.

Ela estava de quatro na cama, o traseiro arredondado apontado para ele, as pernas levemente afastadas. A luz do corredor acentuava as curvas do corpo dela, a sombra entre as nádegas úmidas, ainda brilhantes do esperma que tinha escorrido horas antes. O coração dele disparou. Ela olhou por cima do ombro, os olhos escuros e brilhantes, o cabelo despenteado caindo sobre os ombros.

— Eu quero que você tenha tudo— a voz dela era rouca, grossa de sono e desejo. — Come meu cu.

As palavras o atingiram como um soco no estômago. Ele engoliu em seco, os dedos coçando para tocá-la, mas ao mesmo tempo, uma hesitação o segurou. Não era medo—era reverência. Ela estava se oferecendo de um jeito que ia além do físico. Era confiança. Era entrega.

— Você tem certeza? — ele perguntou, a voz áspera.

Ela riu baixo, um som gutural que vibrou no peito dela.

— Tô — ela rebolou levemente, como se não conseguisse ficar parada. — Anda logo.

Ele não precisou de mais convite. Caminhou até a cabeceira da cama, onde ela guardava o lubrificante na gaveta da mesa de cabeceira. Tirou a tampa com dedos trêmulos, mas antes que pudesse se abaixar para passar o gel nela, sentiu o calor da boca dela envolvendo a cabeça do pau. Um gemido escapou dos lábios dele, as mãos voando para segurar o cabelo dela, mas ela afastou os dedos com um movimento de cabeça.

— Deixa eu fazer— ela murmurou contra a pele dele, a língua traçando a veia grossa que pulsava no comprimento. — Porra, como é que eu esperei tanto tempo pra te chupar assim?

Ele fechou os olhos, a respiração ofegante, enquanto ela trabalhava nele com uma fome que o deixava louco. A boca dela era quente, úmida, a língua girando em torno da glande antes de engoli-lo fundo, a garganta se contraindo ao redor da cabeça. Ele abriu os olhos de novo só para vê-la olhando para ele, os lábios esticados ao redor do pau, os olhos lacrimejando levemente pelo esforço, mas sem parar. Sem pudor.

— Você é uma mãe muito safada— ele sussurrou, os dedos finalmente se enterrando no cabelo dela, não para guiá-la, mas para segurar, para não cair. — Minha mãe safada.

Ela gemeu em resposta, o som vibrando ao redor do pau dele, e ele quase gozou ali mesmo. Mas não. Não ainda.

Com um esforço sobre-humano, ele se afastou, o pau escorregando da boca dela com um pop obsceno. Ela resmungou de frustração, mas ele já estava se abaixando, passando os dedos lubrificados entre as nádegas dela. Ela estremeceu quando ele tocou o ânus, apertado e quente, mas relaxou quando ele começou a massagear, pressionando levemente com a ponta do dedo.

— Assim— ela sussurrou, empurrando o traseiro contra a mão dele. — Mais.

Ele obedeceu, trabalhando o dedo para dentro devagar, sentindo o músculo ceder, apertando ao redor da primeira falange. Ela gemeu, a cabeça caída entre os ombros, as mãos se fechando nos lençóis.

— Outro— ela pediu, a voz abafada. — Me abre.

Ele adicionou mais lubrificante, dois dedos agora, esticando-a com cuidado, observando cada reação dela. Quando ela começou a rebolar contra a mão dele, impaciente, ele soube que estava pronta.

Posicionou-se atrás dela, o pau latejando, a cabeça já escorregando entre as nádegas dela. Ela empurrou contra ele, impaciente, e ele segurou os quadris dela com força, impedindo-a de se mover muito rápido.

— Devagar— ele avisou, a voz grossa. — Não quero machucar você.

— Não vai— ela resmungou, tentando empurrar de novo. — Me come.

Ele pressionou a cabeça contra o ânus dela, sentindo a resistência inicial, o calor úmido do lubrificante misturado com o suor. Empurrou devagar, os olhos grudados no ponto onde os corpos deles se encontravam, vendo o pau desaparecer centímetro por centímetro dentro dela. Ela soltou um suspiro longo, as costas arqueando, as mãos se fechando em punhos nos lençóis.

— Porra— ela sussurrou, a voz trêmula. — É... é grande.

— Respira— ele murmurou, parando quando estava metade dentro, dando tempo para ela se ajustar. As mãos dele deslizaram das ancas dela para a barriga, acariciando as estrias, as dobrinhas, como se pudesse absorvê-la pela pele. — Isso. Assim.

Ela obedeceu, inspirando fundo, e quando expirou, empurrou de volta contra ele, tomando mais um pouco. Ele gemeu, os dedos se enterrando na carne macia dos quadris dela.

— Mais— ela pediu, a voz um rosnado. — Me enche.

Ele não aguentou mais. Empurrou o resto do caminho, sentindo o aperto incrível do cu dela ao redor do pau, tão quente, tão justo, que por um segundo ele teve medo de gozar na hora. Mas não. Ele queria durar. Queria sentir.

Começou a mover-se devagar, puxando quase todo o comprimento para fora antes de voltar a entrar, cada vez um pouco mais fundo. Ela gemia a cada investida, as palavras se misturando em um fluxo de obscenidades e pedidos:

— Assim... porra, assim... mais forte... não, devagar... não, espera... ai, caralho...

Ele obedecia a cada comando, às vezes acelerando quando ela empurrava contra ele, outras vezes parando completamente, deixando-a tomar a iniciativa, rebolando no pau dele até que ele não aguentava mais e voltava a foder. As mãos dele exploravam o corpo dela—os seios balançando a cada movimento, os mamilos duros entre os dedos, a barriga macia tremendo com o impacto. Ele se inclinou, beijando as costas dela, mordiscando o ombro, enquanto o pau deslizava dentro do cu dela, cada vez mais rápido, cada vez mais fundo.

— Você é minha— ele rosnou contra a pele dela, os quadris batendo contra as nádegas dela com um som molhado, obsceno. — Esse cu é meu.

— Sim— ela gemeu, a voz quebrada. — É seu... porra, é seu...

Ele sentiu o orgasmo se aproximando, a base do pau latejando, as bolas pesadas e cheias. Tentou segurar, mas ela deve ter sentido, porque de repente ela parou de se mover, empurrou contra ele com força e disse:

— Goza. Dentro. Agora.

Isso foi o suficiente.

Com um gemido, ele enterrou o pau até o fundo e gozou, as juntas jorrando dentro dela, enchendo-a enquanto o corpo dela tremia ao redor dele. Ela desabou na cama, ofegante, o suor brilhando na pele, as pernas ainda tremendo.

Ele caiu ao lado dela, o peito arfando, o pau ainda pulsando fraco enquanto escorria dela. Ela virou a cabeça para olhá-lo, os olhos brilhantes, os lábios inchados de tanto morder.

— Nunca terminei uma noite tão feliz— ela sussurrou, estendendo a mão para tocar o rosto dele. — Eu te amo.

As palavras o atingiram como um choque. Não era a primeira vez que as ouvia, mas dessa vez... dessa vez era diferente. Não havia medo. Não havia dúvida.

— Eu também te amo— ele respondeu, a voz rouca.

Ela sorriu, puxando a cabeça dele para o colo, os dedos brincando com o cabelo dele enquanto ele se aninhava contra os seios dela, o rosto pressionado entre a carne macia. O cheiro de sexo ainda pesava no ar, misturado ao suor, ao perfume dela, ao algo próprio deles. Ele fechou os olhos, ouvindo o coração dela bater contra a orelha, forte e constante.

Ninguém falou mais nada. Não havia necessidade.

O futuro ainda era uma sombra, uma promessa não dita, um desejo que poderia ou não se realizar. Mas naquele momento, entre lençóis sujos de esperma e suor, com os corpos ainda tremendo dos últimos espasmos de prazer, nada mais importava.

Eles dormiram assim, enrolados um no outro, como se o mundo lá fora não existisse.

Como se nada pudesse tirá-los dali.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Granada a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários