O ar na sala ainda estava pesado, carregado com o cheiro de sexo e o calor dos corpos que haviam acabado de se satisfazer à distância. Ela permanecia enrolada no cobertor, os dedos ainda úmidos do próprio prazer, enquanto ele, com o pau ainda semi-duro e brilhante de sêmen, a observava com um olhar faminto, como se não tivesse se saciado o suficiente. O silêncio entre eles era elétrico, cheio de promessas não ditas e desejos que mal haviam sido arranhados.
Foi ele quem quebrou o impasse, a voz rouca de tesão mal disfarçado.
— Eu quero te ver fazendo.
As palavras caíram no ar como uma ordem, um desafio que ela não pôde — ou não quis — ignorar. Um sorriso lento, quase cruel, curvou seus lábios enquanto ela deixava o cobertor escorregar dos ombros, revelando o corpo sob a luz amarelada do abajur. A camiseta ainda estava amassada e vestida, mas agora não havia nada para esconder a umidade entre suas coxas, os pelos escuros colados ao líquido que escorria devagar, traçando um caminho brilhante pela pele. Sua perna tremia levemente, não de frio, mas de antecipação, como se cada fibra do seu corpo já soubesse o que viria a seguir.
Sem pressa, ela afastou as coxas apenas o suficiente para que ele visse tudo: a calcinha, ainda vestida, mas completamente encharcada, os lábios da buceta incharam, úmidos e convites. Com um movimento deliberado, ela levantou o pé e o apoiou contra o pau dele, que já começava a inchar de novo, reagindo ao contato. A sola do pé dela era quente, quase queimando, e ela a esfregou devagar contra o comprimento veioso, sentindo-o pulsar debaixo da pele. Os dedos dela, enquanto isso, já haviam encontrado seu próprio clitóris, circulando-o com uma pressão firme, os quadris se mexendo em pequenos círculos, como se dançassem para ele.
— Tá gostando de me ver assim? — ela perguntou, a voz um suspiro ofegante, enquanto dois dedos afundavam dentro dela, o som molhado ecoando no quarto. — Tá duro de novo só de me olhar?
Ele não respondeu com palavras. Não conseguia. Sua boca estava seca, os olhos grudados no espetáculo à sua frente: a maneira como os dedos dela desapareciam dentro da própria buceta, como os músculos das coxas se contraíam a cada movimento, como o líquido escorria pelos dedos e pingava no cobertor abaixo. O pau dele latejava, dolorosamente ereto agora, a cabeça roxa quase escapando das mãos que o seguiam sem pressa.
— Quero te chupar — ele sussurrou, finalmente, a voz quebrada de necessidade.
Ela não parou de se tocar. Ao contrário, aumentou o ritmo, os dedos batendo mais rápido contra o clitóris, enquanto a outra mão puxava a calcinha para o lado, expondo-a completamente. Os pelos estavam colados de tão molhada que ela estava, a buceta aberta, convidativa, os lábios internos brilhando como se estivessem cobertos de mel. Com um aceno quase imperceptível da cabeça, ela concordou.
Ele não precisou ser convidado duas vezes.
Caiu de joelhos na frente dela, as mãos segurando suas coxas com força, os polegares afastando os lábios da buceta para expor cada detalhe: o buquê inchado, o clitóris duro como uma pérola, o líquido escorrendo em fios grossos. Quando sua língua finalmente a tocou, foi como um choque elétrico. Ela arfou, as costas se arqueando, os dedos se enterrando no cabelo dele enquanto ele a devorava sem piedade.
Não havia delicadeza naquele ato. Era fome pura. A língua dele explorava cada dobra, cada recanto, os lábios sugando com força, os dentes arranhando de leve a carne sensível. Ela gemia sem vergonha, as palavras se transformando em sons guturais, os quadris se levantando do cobertor para encontrar sua boca, como se quisesse se afogar nele.
— Assim… assim! — ela gritou quando ele enfiou dois dedos dentro dela, curvando-os para atingir aquele ponto que a fazia ver estrelas. A buceta dela se contraiu em volta dos dedos, o orgasmo a atingindo como uma onda, tão forte que suas coxas tremeram, as unhas arranhando o couro cabeludo dele enquanto ela gozava com um grito rouco, o nome dele saindo dos lábios como uma prece.
Ele não parou. Continuou chupando, lambendo cada gota que saía dela, saboreando o gosto salgado e doce ao mesmo tempo, até que ela empurrou sua cabeça para trás, ofegante, os olhos vidrados.
— Chega… minha vez — ela murmurou, a voz ainda trêmula do orgasmo.
Antes que ele pudesse reagir, ela o empurrou para trás, fazendo-o cair de costas na cama. Ainda completamente vestida — a camiseta amassada, a calcinha molhada — ela se ajoelhou entre as coxas dele, os olhos fixos no pau que latejava, grosso e veioso, a cabeça já escorrendo pré-gozo.
— Caralho… — ela sussurrou, como se estivesse vendo uma obra de arte. Segurou a base com uma mão, sentindo o peso, a textura das veias sob os dedos, enquanto a outra mão acariciava as bolas, cheias e pesadas. — Tão bonito…
Quando ela finalmente o levou à boca, foi sem pressa. A língua dela traçou a veia grossa que corria por baixo, lambendo a gota de pré-gozo que escapava da fenda antes de engoli-lo devagar, centímetro por centímetro, até que os lábios dela encostaram na base. Ela sentiu o pau dele pulsar contra a língua, o gosto salgado e masculino enchendo sua boca, e gemer em volta do membro, a vibração fazendo ele estremecer.
— Porra, assim… — ele grunhiu, os dedos se enterrando no cabelo dela enquanto ela começava a mover a cabeça, chupando com força, a boca fazendo um som obsceno a cada vez que ela o engolia até o fundo. A baba escorria pelos cantos dos lábios, pingando no peito dela, mas ela não ligava. Estava focada em fazê-lo perder o controle, em sentir aquele pau grosso latejar na garganta, em saborear cada gemido que arrancava dele.
Ela o chupava como se fosse a última coisa que faria na vida. A garganta dela se contraía em volta da cabeça do pau, os lábios apertados na base, a mão massageando as bolas enquanto a outra seguira o comprimento, torcendo levemente a cada movimento. Ele não aguentou por muito tempo. Com um rosnado, as mãos dele se fecharam no cabelo dela, empurrando-a para baixo enquanto ele gozava, jatos quentes e grossos enchendo sua boca, escorrendo pelos lábios, pingando no queixo.
Mas ela não parou. Continuou chupando, engolindo o que podia, até que ele não aguentou mais e puxou o pau para fora, o último jato espirrando direto no rosto dela, uma linha branca cruzando sua bochecha, outra pingando no lábio inferior.
Ela riu, um som sujo e satisfeito, enquanto passava os dedos pelo sêmen no rosto, recolhendo-o antes de levar à boca, lambendo cada gota como se fosse o néctar mais precioso. Sem pressa, ela seguiu o pau dele com a língua, limpando cada resquício de gozo, mesmo quando ele estremecia, sensível demais para ser tocado.
— Dói? — ela perguntou, maliciosa, enquanto a mão dele tentava, sem sucesso, empurrá-la para longe. — Mas você gosta, não gosta?
Ele não respondeu. Não precisava. Seu pau, que deveria estar mole depois de um orgasmo tão intenso, já começava a inchar de novo sob os cuidados dela. Com um sorriso vitorioso, ela o seguiu com os dedos, acariciando a pele sensível, sentindo-o endurecer sob suas mãos.
— E agora? — ela perguntou, finalmente, segurando a base do pau com carinho, como se fosse um tesouro. Os olhos dela brilhavam com promessas perigosas, o corpo ainda tremendo dos próprios orgasmos, mas pronta para mais. Muito mais.
Ele não tinha resposta. Ou melhor, tinha muitas. Mas nenhuma que pudesse ser dita com palavras.
O silêncio entre eles era uma promessa. E ambos sabiam que, naquela noite, nenhuma regra seria poupada.