Nossa Sementinha

Um conto erótico de Lore <3
Categoria: Lésbicas
Contém 3319 palavras
Data: 20/11/2025 19:17:49
Assuntos: Lésbicas

Finalmente chegou o dia da inseminação caseira. Deixamos Milena e Kaique na casa de Loren e Victor, brincando com os primos, e fomos para o Airbnb. Havíamos combinado previamente com Sabrine: ela ia encontrar com o doador e seguir direto para o endereço.

Sabrine me entregou dois sachês de óleo de coco para a lubrificação. Júlia não curte nenhum, e nessa situação não são recomendados lubrificantes artificiais, pois podem acabar atrapalhando o processo.

Estávamos muito nervosas dentro do quarto, rindo para o nada e contando os intermináveis minutos para que os dois chegassem.

— Vai entrar em gotas e sair em quilos — brinquei, e Juh riu, me dando um tapinha.

— Vou fazer de tudo para dar certo, amor — ela disse, passando os braços em volta do meu pescoço, beijando meu rosto e deixando uma das pernas por cima da minha cintura.

— Com fé em Deus teremos um resultado diferente desta vez, gatinha — falei, colando nossas testas.

Colocamos uma musiquinha para passar o tempo, porém, com a Juh coladinha em mim, eu tive outra ideia.

— E se a gente fizer outra coisa para passar o tempo? — perguntei, nos virando e ficando por cima dela.

— Você é maluca... Eles vão chegar... — Júlia me respondeu.

— Vai ser rapidinho... — tentei, roubando diversos selinhos.

A cada toque de nossas bocas, ela ia sorrindo um pouquinho mais, e eu a acompanhei. Fui rindo e descendo, depositando beijinhos por todo o seu corpo.

— Com liceeença — falei, rindo maliciosamente, enquanto levantava seu vestido.

Me aproximei devagar, meus olhos presos nos dela, que estavam intensos e fixos em mim. Beijei suas coxas com vontade, passando a língua de forma provocante perto da sua intimidade, sentindo cada reação. O calor entre nós só crescia, e nesse olhar que trocamos havia pura intensidade, sem precisar de palavras. A malícia estava presente em ambas, com todas as nossas intenções escancaradas.

Dei um beijo suave e demorado no clitóris e usei a língua para fazer movimentos circulares, alternando ritmo e pressão, explorando cada resposta que Júlia me dava, buscando aumentar seu prazer da maneira mais rápida que eu pudesse. Sentia o corpo dela se abrir para mim, respirando fundo e em ritmos variados conforme me movimentava. Deslizei suavemente os dedos para dentro dela, penetrando com cuidado e sincronizando os movimentos com a língua ainda ativa. Seus suspiros ficaram mais fortes e, abruptamente, ela segurou minha cabeça com força. Aumentei a intensidade de minhas ações e, ao ouvir um gemido longo e rouco, recebi em minha língua o seu gozo.

Fui até sua boca e nós demos início a um beijo cheio de desejo, quente e desesperado. As mãos da minha gatinha se agarraram em meus cabelos, puxando-me enquanto nossos corpos se encaixavam ainda mais próximos. Cada suspiro e gemido entrecortado nos dava vontade de prosseguir.

No momento em que Juh fez menção de tirar minha blusa, meu celular notificou uma mensagem. Quando fui conferir, era da nossa amiga avisando que havia chegado.

— E agora???? — Júlia me perguntou, tentando se ajeitar.

— Calma... Eu quem vou interagir com ela, fica tranquila — disse-lhe, depositando muitos beijinhos em sua boca até que ela deitasse novamente.

Respondi Sabrine por mensagem para que, quando o doador terminasse, ela me avisasse e eu abriria a porta para ela, que já estava com o termo, o potinho e a seringa que nós íamos usar.

— Demora? — Juh me perguntou timidamente.

— Depende da pessoa, do estímulo... Mas não se preocupa, geralmente homens conseguem chegar ao orgasmo mais rápido — falei, na intenção de acalmá-la.

— Amor, me beija, eu estou um pouco mais nervosa agora — ela disse, erguendo os braços para mim.

Coisa mais fofa da minha vida é essa muié!

— Você nem precisa pedir isso duas vezes, minha gatinha — afirmei, deixando que seus braços me alcançassem novamente.

Cheirei seu pescoço e dei diversos beijinhos.

— Nosso neném está vindo aí, amor — falei, rindo.

Segurei seu rosto e mordi levemente seu lábio inferior. Lentamente, Juh sugou minha língua. Instintivamente, tomada pelo calor do momento, voltei a tocar em sua pepeca.

— Qual carinho você quer? — perguntou em seu ouvido.

— Awwwnnn — ela gemeu baixinho.

— Esse? — questionei dando um selinho e roçando nossos rostos — Ou esse? — perguntei, pressionando levemente seu clitóris.

— Os— Júlia respondeu entre suspiros.

Tomei seus lábios em um beijo gostoso e continuei a estimulação, deixando-a totalmente molhadinha novamente.

Ouvimos dois toques na porta e a voz de Sabrine nos chamando. Com um sorriso no rosto, eu levantei, olhando fixamente nos olhos da minha esposa e chupando um por um dos meus dedos.

— Estou indo! — exclamei, esticando minha roupa que estava toda amarrotada.

— Aqui, precisa de ajuda? — Sabrine me perguntou, entregando o termo já assinado, um potinho com esperma até mais da metade e uma seringa já cheia quando abri a porta.

— Não, não... Me viro... — respondi.

— Usa tudo — ela aconselhou, e eu acenei positivamente com a cabeça.

Quando eu ia fechando a porta, ela colocou uma das mãos, me impedindo.

— Vocês se importariam se...? — Sabrine perguntou, apontando o polegar para o outro quarto, onde estava o doador.

— Se eu apostasse com Juh, eu ganhava... Sabia! — comentei. — Vai em frente, por mim está tranquilo — respondi rindo.

Sabrine riu e apontou com o queixo para que eu perguntasse à Júlia.

— Amor, Sabrine está pedindo permissão para transar com o doador, tudo bem? — questionei, rindo.

— Quê? — Júlia interrogou.

— Tudo bem? — perguntei para confirmar.

— Tudo bem... — ela respondeu, rindo.

Nos despedimos, eu agradeci pela ajuda e tranquei a porta.

— Vamos lá, gatinha, agora é com a gente — falei e dei um beijo nela.

— Não dói, não é, amor? — Juh perguntou.

— Já entrou coisa maior em você — brinquei e rimos.

— Eu estou nervosa!!! — ela deixou claro mais uma vez.

Beijei sua pepeca e a estimulei novamente. Facilmente um dos meus dedos deslizou para dentro dela e logo depois o outro.

— A seringa é menor e menos grossa que um dedo meu... Prometo fazer com todo carinho, nosso filho ou nossa filha será feito(a) com muito amor — declarei.

— Eu te amo! — Juh exclamou, com os olhos cheios de lágrimas.

— Eu também te amo, meu amor! — respondi, soltando um beijinho no ar.

Retirei meus dedos da sua pepeca e fui introduzindo lentamente a seringa.

— Está doendo? Está machucado? — questionei.

— Não, mas é estranho... Muito estranho... — ela disse.

Comecei a introduzir o sêmen e, com a outra mão, abri seus grandes lábios para ter melhor acesso ao seu clitóris com a boca.

— Melhorou? — perguntei, sussurrando contra sua pele.

— Hunrum, continua... Por favor... — Juh pediu, e eu obedeci.

E foi assim até o fim da inseminação.

Depois, a recomendação era ficar por quarenta minutos com as pernas fechadas e com os joelhos flexionados.

— Amor, você é incrível — ela disse, começando a chorar.

— Você também é, gatinha. Com fé em Deus vai dar certo e em abril teremos um bebezinho nos braços — disse-lhe, fazendo carinho em suas pernas.

— Seremos cinco — Juh falou.

— Sim, três filhotinhos no mundo — confirmei, também me emocionando.

Depois de um tempinho ali naquela posição, cansamos, mas permanecemos.

— Quarenta minutos é muito tempo, não é? — ela me perguntou.

— Quase uma hora — comentei.

— Deita aqui comigo, eu consigo ficar assim — Júlia me pediu.

— Tudo que você quiser, amor — falei, me juntando a ela.

— Vamos fazer uma oração para vir um bebezinho? — Juh sugeriu.— Vamos! — confirmei, e juntamos nossas mãos.

— Vamos! — Confirmei e juntamos nossas mãos.

Fechamos os olhos e nossas vozes se uniram em um pedido simples e cheio de esperança, cada palavra carregava nosso desejo em aumentar a família. Senti de verdade a força daquele momento, como nunca havia sentindo na vida. O meu coração que estava cheio de otimismo foi tomado por uma certeza infundada de que aquela sementinha iria germinar e nascer para alegrar ainda mais as nossas existências.

Assim que abrimos os olhos, nós sorrimos e eu fiquei fazendo carinho em sua barriguinha. A nossa felicidade estava estampada em nossos rostos, marcada pela esperança e gratidão que transparecia no nosso silêncio e nas nossas expressões. Estávamos confiantes e prontas para o que viesse a seguir, tudo que eu sentia no meu coração, me lembrava que aquele dia era importante e que eu gostaria de tê-lo para sempre na memória.

Depois de aguardar o tempo necessário, fomos para o banho, Juh levantou e quando deu uns dos passos, agarrou o meu braço e arregalou os olhos voltando a sentar.

— O que foi amor???? Está sentindo dor????? — Perguntei preocupada.

— Deu errado — Ela falou baixinho, com a voz embargada.

— Me conta o que está acontecendo, amor — Pedi, levantando o rosto dela.

Fiquei extremamente preocupada porque ela estava toda alegre e de repente, ficou pálida e com expressões tensas no rosto.

— Tá saindo tudo — Juh falou e me mostrou o líquido em suas pernas.

Confesso que me deu vontade de rir.

Eu sempre me encantei com a inocência de Júlia para certas coisas, não falo apenas em relação a cunho sexual, mas a tudo que a vida vai apresentando. Ela sente tudo com uma intensidade pura, muitas vezes sem filtro, e sua reação ao que parecia ser algo ruim por ela nunca ter vivido me fez sorrir.

— É normal, amor... Gravidade... — Expliquei, sorrindo.

— Ah, então não fiz nada de errado? — Ela perguntou, voltando a sorrir.

E eu confirmei acenando com a cabeça.

— Vou te levar carregadinha — Decidi, já tirando-a da cama.

Foi um banho engraçado, ela ficou toda reflexiva olhando para o esperma que saía de dentro dela.

— Parece que eu estou menstruada, mas colocando cinco litros de sangue para fora de uma vez — Juh falou, pensativa e eu comecei a rir.

— Não gostou da sensação, amor? — Perguntei.

— Achei muito esquisito, ninguém falou sobre isso nos vídeos que eu vi a respeito, não — Ela comentou pensativa, eu ia rindo mais e mais.

Esse jeito de Júlia é muito engraçadinho.

— Será que Sabrine já terminou lá? — Minha gatinha me perguntou.

— Não sei, você levou o leite do homem todo, ela deve estar tendo trabalho para ordenhá-lo novamente — Brinquei e ela riu, me dando um tapinha.

— Eu nunca teria um relacionamento aberto, nunca — Juh falou.

— Deus me livre dividir essa boquinha com alguém — Disse-lhe e dei um beijinho.

— Mas acho legal a comunicação que ela e Rafael têm... Os dois vivem bem com o casamento consolidado e com acordos que fazem dar certo — Juh falou.

— Se eles estão de acordo e funciona na realidade deles, não vejo nada de mal... Nós somos do time viva a monogamia e eles não, mas nós quatro temos um amor bonito de ver — Disse-lhe e ela concordou.

(Não vou me aprofundar porque ela ficou com vergonha aqui, mas Juh chorou por causa dos possíveis filhos que desceram pelo ralo 😂)

Saímos do banho, dei um absorvente para minha muiezinha, que estava insegura com o que poderia acontecer no caminho para casa, e ficamos esperando um sinal de vida de Sabrine.

Quando ela apareceu no nosso quarto, foi toda atenciosa com a gente, principalmente com Júlia, fazendo carinho em seu rosto e nos desejando boa sorte. Disse que dessa vez ia torcer de uma maneira diferente para que desse certo; as duas primeiras vezes ela nos acompanhou apenas como profissional e agora seria também como amiga.

Fiquei aloprando pelo fato de que ela não perdeu tempo para sentar no doador. Juh estava muda na conversa e só ficava mais vermelha de vergonha a cada palavra que saía das nossas bocas, só que isso piorou quando Sabrine notou algo.

— Oxe, vocês não usaram o óleo de coco, não... Foi a seco? Não ficou desconfortável? — ela perguntou, um pouco preocupada.

Eu cocei a cabeça olhando para Juh, que estava mais parecida com um tomate do que nunca, e comecei a rir.

— Ahhhhhh, vocês transaram também, safadas! — Sabrine exclamou.

— Tá pensando que é só você que pode gozar? — brinquei.

— Vocês que me entregaram de bandeja um homem bonito, bissexual, com o casamento aberto e provas concretas de que não me passaria doença alguma ou COVID e em um lugar seguro... Não tinha como não aproveitar a oportunidade! — ela respondeu, convencida e rindo.

Eu não sei se vocês já perceberam, mas Sabrine é uma das melhores amigas de Juh, ela é minha amiga também, sobretudo, o laço maior dela é com Júlia... O que surpreende, porque ela é uma safada, todo mundo comenta que faria mais sentido ser ao contrário!

Nos despedimos e fomos para casa. Minha muié falou que queria tomar outro banho, que estava se sentindo suja e foi fazer isso enquanto eu fui buscar Kaique e Milena. Fiquei um tempo por lá com meus sobrinhos. Loren e Victor me contaram que descansaram o dia quase todo porque os priminhos os ajudaram em tudo, desde os serviços domésticos até no cuidado com os gêmeos, e que, em nenhum momento, pediram nada; eles mesmos se colocaram à disposição ou então já haviam feito.

No momento em que cheguei, eles estavam brincando no tatame com Alice e Tiago, e eu me juntei. Estavam tão fofos, crescidos e espertinhos. Não consegui não imaginar o meu terceiro filho futuramente brincando junto com os quatro e, de certa forma, crescendo junto com meus sobrinhos.

Fomos para casa e Mih e Kaká não paravam de falar sobre como o dia havia sido bom. O feedback que recebi da minha irmã e do meu cunhado só confirmava a certeza que eu já tinha de que meus filhos seriam ótimos irmãos para o bebê.

Juh estava deitada em nossa cama e Kaká e Mih foram direto para lá falar sobre tudo que aconteceu na casa dos titios. Eu contei sobre os elogios que eles receberam, e Júlia ficou tão orgulhosa quanto eu.

Sempre damos recomendações gerais de comportamento, educação e respeito, contudo nunca especificamos muito; só pedimos que não deem trabalho. É muito bom receber adjetivos positivos em relação a quem são nossos filhos quando não estão debaixo da nossa asa.

Eu sempre gostei de contar sobre filhos quando já tinha algo concreto nas mãos. Com a adoção de Kaká foi assim: esperamos a habilitação sair para contar e, com a Maya também, aguardamos o teste de gravidez dar positivo para anunciar para a família. Não sei o que deu em mim nessa inseminação, eu simplesmente tinha certeza que daria certo e senti o desejo de expor para Milena e Kaique sobre o que fizemos naquele dia.

— Amor, estou com uma vontade imensa de contar para eles que talvez tenha um bebezinho na sua barriguinha — cochichei em seu ouvido.

— Sério? — Juh me questionou.

— Sim! — confirmei, também balançando a cabeça positivamente.

— Então vamos! — ela me respondeu, com um lindo sorriso que me derreteu ainda mais.

Demos um beijinho e eu chamei a atenção dos meninos.

— Temos uma coisa muito legal para contar — comecei.

— O quê???? — Mih questionou primeiro, ficando de joelhos sobre a cama e com um sorriso animado nos lábios.

— Conta, mãe!!! — Kaká pediu, batendo com a mão no travesseiro.

— Hoje a mamãe fez uma inseminação e, se der certo, logo vocês vão ter um irmãozinho e uma irmãzinha — falei de uma vez.

Eles pularam de alegria, nos abraçando e comemorando de todo jeito. Os dois gritavam, com os olhos brilhando mais do que qualquer estrela, e se agarravam, davam beijinhos na barriga de Juh e dispararam a falar coisas que ninguém conseguia compreender. Foi uma verdadeira comoção.

Quando ficaram mais calmos, Mih se emocionou abraçada com Juh e as duas começaram a chorar silenciosamente, uma consolando a outra.

Dei um beijinho em cada uma, depois juntei nossas mãos.

— Eu tive uma ideia, vou pegar nossos anjinhos, viu, Mih? — Kaká a consultou, e Mih concordou.

— Vamos rezar para Deus mandar nosso irmãozinho, que a gente pede todo dia — ela disse.

~ Pqp, aí é de quebrar as pernas e o coração de qualquer mãe...

Kaique voltou segurando os anjinhos idênticos que minha sogra deu de presente aos dois, e desde menores eles costumam fazer suas preces diante deles. Mih os posicionou um de cada lado de Juh.

Os dois fizeram o sinal da cruz na barriga dela e demos as mãos para rezar juntos as orações tradicionais: um Pai Nosso e uma Ave Maria. Depois, a gatinha e eu permanecemos em silêncio, apenas observando, já tomadas pela emoção do momento.

Milena começou a oração, pediu que Deus cuidasse da mamãe dela durante toda a gestação, que protegesse o corpo dela e que o bebê crescesse forte e saudável dentro da barriga. Em seguida, Kaique continuou e pediu que Deus olhasse por aquele bebê que já era tão amado por todos nós, que ele soubesse que estávamos esperando por ele com muita ansiedade e alegria, prontos para recebê-lo quando chegasse.

Fiquei impressionada com a maturidade das palavras deles. Não foi uma oração infantil: eles estavam firmes, conscientes e crendo de verdade. Existe aquela frase que diz que "a fé é invisível aos olhos", porém ali eu a via nitidamente, cristalina como a água.

— Amém! — Juh falou e me puxou para a realidade, porque eu estava envolta em pensamento.

Poxa vida, meus filhotes estavam mesmo crescendo!

— Amém! — repeti e dei um selinho nela.

Ficamos ali conversando mais um pouco, eles ficaram curiosos, perguntando como foi que fizemos, e sobrou para mim a explicação.

— Vocês sabem como funciona da maneira tradicional, não é? Com um homem e uma mulher... — perguntei, e eles afirmaram com a cabeça.

— É quase a mesma coisa, só que um rapaz faz a doação do sêmen e a médica ou outra pessoa coloca dentro da moça — expliquei.

— Dói? — Mih quis saber.

— Não, mas é desconfortável e dá um pouquinho de agonia... Só que a mamãe conseguiu me acalmar e fez tudo com muito carinho — Juh respondeu e me deu um beijinho.

— Nas primeiras vezes foi Sabrine quem colocou lá na clínica dela. Dessa vez fui eu, mas a tia estava lá caso eu precisasse de ajuda porque ela é especialista em fazer mulheres terem bebês — falei.

— Deve ser legal porque muitas pessoas realizam sonhos — Kaká comentou, e nós concordamos.

— Quando a pandemia passar, eu pergunto se vocês podem assistir um dia lá na clínica, acho que vocês vão achar interessante — Juh disse, e eles se animaram muito com a ideia.

Quando ficamos a sós, comentamos o quanto era gratificante vê-los crescer daquele jeito. Os pequenos erros que cometem se tornam insignificantes diante das pessoas que estavam se tornando, na verdade, diante do que já eram naquele momento: inteligentes, educados, respeitosos, de personalidade firme, carinhosos, amorosos, determinados e profundamente humanos.

Eles iam apresentar um trabalho no dia seguinte e foram concluir na sala. Juh estava supervisionando, e Brad e eu estávamos na função de distraí-los de vez em quando.

~ Juro que é sem querer, quando percebo já estamos no maior papo 🤣

O celular de Júlia vibrou. Ela riu, olhou para o aparelho e me mostrou. Era uma mensagem de Sabrine.

"Esqueci de avisar, por segurança, 48h sem sexo para vocês. Espero que já não tenham caído em tentação."

— Que castigo... — brinquei.

— É só você se comportar — Juh falou baixinho, sentando no meu colo.

— Quem anda sentando em mim toda manhã para usar meu corpinho é você — respondi no mesmo tom, e ela riu.

— Amor, eu te amo! — Júlia disse, tocando meu rosto.

— Eu também te amo, meu amor! — respondi, dando vários selinhos nela.

— Psiu! — Juh chamou a atenção dos meninos, que olharam para nós.

— Eu amo vocês muitão!!! — ela disse, e eles vieram até nós para um abraço.

— Eu também amo vocês, e de um jeito que não consigo nem mensurar... Morro de orgulho de quem vocês são, nunca esqueçam disso! — falei e voltei para o melhor abraço do mundo.

Nesse dia, depois que todos dormiram, eu tive uma das minhas conversas mais sinceras com Deus. Contei, como se Ele não soubesse, tudo que ocorreu naquele dia e tudo que eu senti de diferente em relação à fé que sempre tive. Agradeci pela minha preciosa família e fiz três pedidos: um teste de gravidez positivo, uma gravidez saudável para minha esposa e meu/minha filho(a) e um final diferente.

Se eu fui atendida? Huuuum, isso fica para os próximos capítulos!

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Foto de perfil de Lore Lore Contos: 148Seguidores: 46Seguindo: 4Mensagem Bem-vindos(as) ao meu cantinho especial, onde compartilho minha história de amor real e intensa! ❤️‍🔥

Comentários

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Que fofinho de mais.

Super perfeitinho como sempre… Quanto a Sabrine, bom… Me lembrou algo que eu já ouvi da minha peixinho.

Não era para ser o oposto o fato dela ser amiga da Ju, que o fato da Ju atrair para perto pessoas mais “safadinhas” digamos, foi o que atraiu você, então parece só a composição perfeita.

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Peixinho, peixão, paixão… = sempre tenho que explicar isso, então já fica aí a explicação.

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