Na pequena vila devastada pela guerra, os homens tinham ido embora — soldados enviados para morrer em trincheiras longínquas. Restaram apenas mulheres, crianças e cães. A fome era constante, a solidão ainda mais. As casas, outrora cheias de risos e brigas conjugais, agora ecoavam com o silêncio opressivo, quebrado apenas pelo vento que carregava o cheiro distante de pólvora e morte. As mulheres, viúvas prematuras, lutavam para sobreviver, racionando pão mofado e água turva, enquanto as crianças choramingavam de barriga vazia. Os cães, abandonados pelos donos, perambulavam pelas ruas enlameadas, magros e selvagens, com olhos que pareciam refletir a mesma fome que consumia as almas das habitantes.
As noites eram longas e quentes, apesar do outono que se aproximava. As esposas, sozinhas em suas camas frias e rangentes, ouviam ao longe os uivos. Eram cães, mas os uivos soavam como gemidos, como chamados carnais. Havia algo diferente neles desde que os homens partiram. Como se tivessem herdado a função de preencher os vazios deixados pelos soldados. Os animais, outrora fiéis guardiões, agora pareciam carregados de uma energia primal, seus corpos musculosos e peludos se movendo com uma graça predatória que fazia as mulheres se remexerem inquietas sob os lençóis.
Clara foi a primeira a perceber. Acordou com o peso de patas na cama, o hálito quente no rosto, e o olhar do animal — não de fera, mas de algo consciente, faminto de um desejo que não era dele. O cão, um vira-lata grande e cinzento que ela chamava de Lobo por causa de sua pelagem desgrenhada, havia pulado na cama durante a noite. Ele roçava-se nela com insistência, o focinho úmido pressionando contra sua coxa exposta, farejando o cheiro de sua buceta através do tecido fino da camisola. O calor da respiração do bicho a fez tremer. Era errado. Era repulsivo. Mas era também o primeiro contato de verdade que tivera em meses.
Ela tentou empurrá-lo para longe, mas suas mãos fraquejaram ao sentir a rigidez pulsante do membro do animal roçando contra sua perna. O cão ganiu baixinho, lambendo o suor de sua pele, e Clara sentiu um calor traidor se espalhando entre suas pernas. "Não", murmurou ela, mas sua voz saiu fraca, entrecortada. O animal não parou; em vez disso, montou nela com uma força bruta, suas patas dianteiras cravando-se no colchão ao lado de seus ombros. Clara arquejou quando sentiu o pau quente e inchado do cão pressionando contra sua vulva molhada, escorregadia. Ele empurrou com um grunhido gutural, penetrando-a de uma vez, esticando suas paredes internas com uma grossura irregular, veias pulsantes e um nó na glande que prometia prendê-lo dentro dela.
O coito foi selvagem, animalesco. O cão bombeava o pau com fúria instintiva, seus quadris batendo contra os dela em um ritmo frenético, o saco peludo batendo contra seu grelo inchado a cada estocada. Clara gritou, uma mistura de dor e prazer proibido, suas unhas cravando na pelagem do animal enquanto ele a fodia como se ela fosse uma cadela no cio. O cheiro almiscarado dele a invadiu, misturando-se ao suor dela, e ela sentiu o nó inchando dentro da xoxota, travando-os juntos em um êxtase forçado. Gozou primeiro, seu corpo convulsionando em ondas de prazer que a fizeram uivar como o próprio animal, e então veio o jorro quente do sêmen canino, enchendo-a até transbordar o canal vaginal, escorrendo pelas coxas enquanto o cão ofegava sobre ela, a língua pendurada lambendo seu pescoço, sua orelha.
No dia seguinte, Clara não falou nada. Mas seus olhos, cansados e vermelhos, brilharam estranhamente ao cruzar com os das outras esposas. E percebeu que não estava sozinha. Maria, a vizinha de olhos castanhos e curvas generosas, caminhava com um andar lento, como se carregasse um segredo entre as pernas. Seus cães, dois pastores magros, a seguiam de perto, farejando o ar com narizes ávidos. À noite, Clara ouviu os gemidos vindos da casa ao lado — Maria, de joelhos no chão de terra batida, oferecendo-se com a bunda empinada e as pernas abertas a um dos animais. O cão montou nela por trás, seu pau rosado e pontudo deslizando para dentro de sua buceta úmida com um som molhado e obsceno. Maria gemeu alto, empurrando seu corpo contra ele, sentindo a ponta afiada da pica do animal roçando o colo do seu útero enquanto o animal a martelava com estocadas rápidas e brutais. O outro cão, impaciente, lambia seu rosto e os bicos dos seios pendentes, até que ela o guiou para sua boca, chupando o membro pulsante de um enquanto era fodida como uma vadia em um ritual pagão pelo outro.
As mulheres começaram a mudar. As mais velhas cochichavam nas lavanderias coletivas, trocando olhares cúmplices enquanto lavavam roupas sujas de sêmen canino e secreções femininas. "Eles preenchem o vazio", sussurrava uma, "melhor que qualquer homem". As mais jovens caminhavam à noite com vestidos curtos demais para o frio, as saias erguidas o suficiente para atrair os olhares — e os focinhos — dos cães à espreita. Sombras fiéis, prontos, uivando baixo como se guardassem um segredo obsceno. Ana, a mais jovem do grupo, com apenas vinte anos e corpo esguio, foi pega em um beco escuro por um bando de três cães vadios. Ela não resistiu; em vez disso, deitou-se na grama úmida, abrindo as pernas para o primeiro, que a penetrou com voracidade, seu pau inchado esticando-a até o limite. Enquanto ele a fodia, os outros lambiam suas tetas e clitóris, suas línguas ásperas levando-a ao orgasmo repetidas vezes. Quando o primeiro travou seu nó dentro dela, enchendo-a de porra quente e pegajosa, o segundo tomou seu lugar, fodendo-a com o sêmen do anterior como lubrificante, misturando fluidos em uma bagunça gráfica e proibida.
Os corpos das esposas murchavam de fome, mas os olhos ardiam de luxúria reprimida. Quando as minas terrestres explodiam ao longe, vibrando a terra, as mulheres estremeciam como se fossem tremores de prazer. Os cães, fiéis, rondavam suas casas, farejando possíveis vulnerabilidades, guardando as portas como amantes vigilantes. Sofia, a viúva mais velha de 42 anos, com alguns fios grisalhos e pele começando a enrugar, encontrou consolo no grande mastim que pertencia ao seu falecido marido. No quarto escuro, ela se posicionou de quatro, guiando o pau enorme do animal para sua xoxota ressecada mas ainda ávida. Depois que melou a vulva de saliva o cão a montou com força, suas bolas pesadas batendo contra ela enquanto ele a enchia com estocadas profundas e rápidas, o nó inflando e travando-os em um coito prolongado. Sofia gozou gritando, sentindo o esperma jorrar em golfadas quentes, transbordando e escorrendo pelas pernas, enquanto o animal lambia suas costas suadas.
Não era mais amor, nem sequer desejo humano. Era a guerra transformada em cio bestial. As mulheres se reuniam em grupos pequenos à tarde, compartilhando histórias sussurradas de seus encontros noturnos. "Senti ele inchando dentro de mim, me prendendo como se eu fosse posse dele", contava uma, enquanto outra descrevia o gosto salgado do pau canino em sua boca, chupando até o jorro de porra encher sua garganta. Os cães se tornaram parte da rotina: lambidas matinais vigorosas na buceta para acordar, fodas rápidas no celeiro durante o dia, e orgias noturnas onde múltiplos animais se revezavam em uma única mulher, deixando-a coberta de pelos, saliva e fluidos pegajosos, com o cu e a buceta doloridos e arrombados.
Na noite da lua cheia, aconteceu o inevitável. As mulheres da vila se reuniram em silêncio, guiadas por instinto. Foram ao campo aberto, onde os cães já as esperavam — dezenas deles, alguns novos guiados pelo cheiro lascivo delas, olhos brilhando no luar, paus já expostos e pulsantes, gotejando urina no chão. O ar cheirava a fumaça de pólvora e cio interespécie, suor e sangue. Não havia mais diferença entre gemido humano e uivo animal. O campo se tornou uma cerimônia de possessão. Clara, no centro, foi a primeira a se oferecer: deitada de costas na grama, pernas abertas, convidando o maior dos cães. Ele a penetrou com um rugido, seu pau grosso rasgando-a em estocadas violentas, o nó inchando rapidamente e travando-os enquanto ele ejaculava em jorros intermináveis depois de socar sua pica na xoxota dela por longos cinco minutos, enchendo seu útero de esperma até inchar sua barriga levemente. Ao redor, Maria era fodida por dois ao mesmo tempo — um deitado, em sua buceta com as patas dianteiras no seu ombro, estocando com fúria, o outro de pé atrás dela com as patas nas suas costas, socando a pica na sua bunda, esticando o cu apertado com seu membro irregular, os dois nós inchando e prendendo-a em um duplo êxtase doloroso. Ana, rodeada por um círculo de cães, chupava um enquanto outro a montava por trás, seu pau deslizando em sua boceta molhada, batendo contra seu ponto G até ela esguichar em um orgasmo squirting, misturando fluidos humanos e animais no chão. Sofia, de joelhos, era lambida por vários, suas tetas pendentes sendo sugadas por focinhos ávidos enquanto um cão a fodia na boca, o sêmen escorrendo pelos cantos de seus lábios.Outros dois disputavam sua buceta e seu cu que se contraía a cada lambida molhada. Os uivos se misturavam aos gritos de prazer, corpos se entrelaçando em uma orgia nojenta, peles suadas colidindo com pelagens, paus caninos latejando e jorrando porra dentro de becetas, cus e bocas, deixando as mulheres cobertas por uma camada pegajosa e fedorenta de luxúria primal.
Quando o sol nasceu, não havia vergonha. Apenas um pacto: nada seria dito, e nada seria esquecido. As mulheres voltaram para casa com pernas trêmulas, bucetas inchadas e ensopadas de esperma que escorria devagar pelos buracos, marcando o chão como trilhas de possessão.
Alguns meses depois, quando os soldados voltaram — mutilados, exaustos, famintos — encontraram as esposas mudadas. Fortes demais, estranhas demais. Os cães já não eram simples animais, mas companheiros inseparáveis, guardiões de um segredo sujo e irreversível. Os homens tentavam reclamar suas mulheres para si, mas nas noites, elas se viravam para os animais, preferindo o coito bruto e instintivo aos toques hesitantes dos maridos traumatizados pela guerra. Um soldado flagrou sua esposa de quatro, sendo fodida por um cão, gemendo mais alto do que jamais gemera para ele, o pau do animal inchando e travando dentro dela enquanto ele assistia, impotente. Ela o olhava nos olhos e apenas ria.
E toda noite, no fundo da trincheira da vila, os homens, psicologicamente abalados, ouviam os uivos. Mas sabiam, no fundo, que não eram só de cães. Eram os ecos de um desejo que a guerra havia despertado, um cio que nunca mais seria saciado por mãos humanas.
