Camila e Eu, Pela Primeira vez Fizemos Amor

Da série A faculdade
Um conto erótico de BiaZevedo
Categoria: Lésbicas
Contém 1277 palavras
Data: 17/11/2025 07:02:22

A "faxina" daquele sábado tinha sido... profunda. Dona Maria, furiosa porque eu tinha "sujado" o 1204 com o cheiro de homem (o Denis da natação), fez questão de usar o "Monstro Bege" em mim com uma fúria que quase me partiu ao meio. A Cami, claro, riu da minha cara e depois foi a vez dela. O apartamento do Reitor fedia a Qboa, porra de nadador, suor da Maria e ao nosso gozo misturado.

Mas agora... agora era domingo.

A Dona Maria tinha ido embora. O apartamento estava limpo (do jeito dela). O caos tinha sido contido. A minha "vontade de pica de homem" estava morta e enterrada, satisfeita. A porra do Denis já tinha sido lavada de dentro de mim.

E, pela primeira vez em semanas, estávamos só nós duas.

Eu, a puta gorda. Ela, a puta magrela.

Cami estava jogada no sofá de couro branco do Arnaldo (que já não era mais branco, estava manchado de vida), só de calcinha de algodão e uma camiseta velha dos Misfits. O cabelo azul, desbotado, estava preso num coque frouxo. Ela estava concentrada, comendo um saco de Doritos, assistindo alguma série idiota de zumbi na TV gigante.

Eu estava no chão, a cabeça no tapete felpudo, só de calcinha também, observando ela.

A luz do fim da tarde entrava pela janela de vidro, e não era a luz vermelha da putaria. Era uma luz laranja, suave, que batia no rosto dela. Eu vi a poeira dançando no ar. Eu ouvi o som do crunch, crunch do Doritos. E o som dos zumbis sendo estraçalhados na TV.

E eu senti.

Não era o tesão de caça. Não era a submissão da Dona Maria. Não era a fome pela rola da Isa ou do Denis.

Era... calma.

Eu olhei para ela. Para o corpo magro, ossudo. Para os piercings no rosto. Para a tatuagem de lua na nuca dela. Para o jeito que ela limpava o pó laranja do Doritos na camiseta.

Eu amava o Reitor? Não. Eu amava o poder dele.

Eu amava os atletas? Não. Eu amava a brutalidade deles.

Eu amava a Maria? Sim. Mas eu amava o medo que ela me dava.

Mas a Cami... a Cami era a minha âncora. A minha cúmplice. A única que viu a Bia santinha virar a Beatriz safada. A única que eu deixei usar o "Negão" em mim e que, no dia seguinte, eu ainda queria ver a cara.

Eu, a puta gorda que colecionava rolas como troféus... eu estava fodida.

"Camila," eu disse, com a voz baixa.

"Que foi, porra? O zumbi mordeu o cachorro. Tô puta," ela resmungou, sem tirar os olhos da TV.

"Camila," eu repeti, sentando. Eu desliguei a TV.

"Ei! Filha da puta! Eu tava vendo!"

"Cami," eu olhei para ela. E as palavras saíram. Elas saíram da minha boca de puta gorda, a mesma boca que tinha chupado o pai dela, o Reitor, e a Deusa trans. "Eu te amo."

Ela congelou. O Doritos parou no meio do caminho.

"Eu te amo," eu repeti, o coração batendo na minha garganta, mais forte do que quando o "Monstro Bege" me arrombou. "Eu te amo mais do que eu imaginei que amava."

Ela ficou me olhando. Os olhos azuis. O rímel borrado. E eu vi. A linha d'água dela... ficou vermelha. Ela estava segurando o choro. A minha sapatão durona, que gritava com a Dona Maria, que me chamava de "puta"... estava marejada.

"Porque," ela fungou, a voz falhando, tentando manter a marra. "Porque você tá falando isso do nada... sua puta?"

Eu não respondi. Eu levantei do chão. Fui até ela, no sofá.

Eu segurei o rosto magro dela entre as minhas mãos gordas. "Porque é verdade," eu sussurrei.

E eu a beijei.

Não foi um beijo de festa. Não foi um beijo de guerra. Não teve dente, não teve língua lutando. Foi... um beijo com todo o amor que eu tinha. Eu provei o sal do Doritos, o gosto metálico do piercing na língua dela, e o gosto de Cami. O gosto de casa. Minha boca, macia, na dela, macia. Eu chupei o lábio inferior dela, devagar, e ela gemeu. Um gemido baixo, que não era de tesão. Era de... rendição.

"Bia..." ela sussurrou, quando eu parei o beijo, nossas testas coladas.

"Eu sei," eu disse.

E, pela primeira vez, a gente não ia foder. A gente ia fazer amor.

Eu a peguei no colo. Ela era leve. Eu a levei para a cama de cetim preto. O nosso palco de guerra, que hoje... ia ser um ninho.

Eu a deitei. E eu, a Dona Beatriz, a puta gorda... eu me ajoelhei.

"Bia... o que..."

"Shhh. Minha vez. Sem brinquedo. Sem ordem. Só... eu."

Eu comecei pelos pés. Beijei os pés magros, sujos de andar pelo apartamento. Subi. Beijei as pernas ossudas. Beijei as tatuagens. Beijei a cicatriz que ela tinha no joelho.

Eu cheguei na buceta dela. O cabelo azul desbotado. O cheiro dela. Eu não ataquei. Eu não devorei. Eu adorei.

Minha língua, a mesma que tinha provado a Doutora Amanda e o Reitor Arnaldo, agora estava... gentil. Eu lambi. Devagar. Ao redor. Eu ouvi ela gemer. Eu achei o piercing. E, em vez de chupar com ódio, eu só... lambi. Devagar.

"Ah... Bia... puta... assim..." ela gemeu, os dedos dela se agarrando no lençol de cetim.

Eu beijei a buceta dela. Eu chupei o clitóris dela com uma delicadeza que eu não sabia que eu tinha. Ela não gritou. Ela... chorou. Um choro baixo, de prazer. E ela gozou. Um gozo suave, que escorreu na minha boca. E eu engoli. Engoli como se fosse sagrado.

Eu subi. Deitei do lado dela, o rosto dela molhado de lágrima.

"Minha vez," ela sussurrou.

Ela não me mandou virar. Ela não pegou a cinta. Ela subiu em mim. E me beijou. E desceu.

O cabelo azul dela fez cócegas na minha barriga gorda. E eu senti. A boca dela. A língua especialista. No meu clitóris.

Mas não era a Cami "Dona". Era a Cami "namorada". Ela me chupou com... carinho. Com um ritmo que ela sabia que eu amava. Ela sabia exatamente onde tocar. Ela me levou ao céu, devagar, e eu gozei. Um gozo longo, quente, que me fez tremer dos pés à cabeça, mas sem gritar. Só um gemido longo.

Ela subiu de novo. Nossos corpos suados.

"Ainda não," eu disse, ofegante. "Só nossos corpos. Como você disse."

Eu a puxei. E a virei. E deitei em cima dela. Meu corpo gordo. O dela, magro. Frente a frente.

"Bia... a gente vai..."

"Sim," eu disse.

Eu abri minhas pernas. E ela abriu as dela. E eu me encaixei.

Buceta com buceta.

A minha, gorda, macia. A dela, magra, com o piercing gelado. Eu me esfreguei nela. Devagar. O atrito. A pele. O calor. Eu podia sentir o coração dela batendo contra o meu peito. Eu podia olhar nos olhos azuis dela.

"Eu te amo, sua puta magrela," eu disse, ofegante, começando a me mover mais rápido.

"Eu também te amo, sua gorda safada," ela gritou, a voz finalmente quebrando.

Nós nos esfregamos. Nossos corpos, só nossos corpos. A fricção. O calor. O cheiro de nós duas.

E nós gozamos. Juntas. Na buceta uma da outra. Um gozo que não foi de submissão nem de poder. Foi de... conexão.

Caímos. Emboladas. Eu, em cima dela. Nossos corpos colados.

Eu, a Beatriz, que precisava de rola, que amava o caos.

Eu estava ali, na cama do Reitor, coberta de gozo de buceta, nos braços da minha namorada sapatão. E, pela primeira vez na minha vida fodida, eu não precisava de mais nada.

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