CAPÍTULO 2 - Primeira Mão Amiga
Foi muito difícil acreditar no que eu havia visto. Luan era hétero... Quer dizer, não tinha como o cara foder uma mina daquele jeito se não fosse. Eu estava muito confuso. Peguei uma cerveja e fui caminhando para fora da casa.
Fiquei perdido, sem saber se iria para casa ou se esperava por ele. O que se faz quando você vê seu primo com o pau na boca de um cara? E tipo, não era um cara qualquer; ele estava fodendo a boca do próprio professor. Comecei a me perguntar se era a primeira vez, ou se eles já vinham fazendo isso. Será que era só uma mamada? Meu primo não estaria comendo o professor?
Muitas perguntas rondavam minha mente. Não que eu fosse um cara preconceituoso, mas não tinha amigos gays, e não estava acostumado, só isso. Queria perguntar, mas como se pergunta a alguém se ele está comendo outro cara? As dúvidas não iam embora. Eu estava nervoso e nem sabia por que aquilo me incomodava tanto.
No fim, achei melhor ir para casa. Paguei uma fortuna de Uber, mas ainda assim era melhor do que encarar meu primo sem saber o que perguntar, ou o que dizer.
Na manhã seguinte era fim de semana, não precisava acordar cedo. Quando levantei, desci para tomar um café e tentar curar a ressaca da noite mal dormida. Me arrependi assim que entrei na cozinha e vi meu primo Luan, sozinho, tomando seu café.
— Por que não me esperou, João? — Ele parecia calmo, como se eu não o tivesse visto na noite passada.
— Cara, eu... eu não sei como agir. — Sou péssimo para essas situações, então resolvi ser honesto logo. — Eu te vi. Não tenho nada a ver com sua vida, na boa, e nem vou te julgar, irmão.
— Calma, primo, eu vi você na janela. — Ele ainda parecia calmo.
— Cara, lá no interior eu tenho um amigo que é viado. Ele trabalha para o prefeito e tem grana. Ele sempre pagava as coisas para a minha galera. Algumas vezes, a gente deixava o cara feliz para ele pagar tudo, nas festas, dar presente caro, essas coisas.
Me espantei com a naturalidade dele ao falar aquilo.
— Então você é tipo um garoto de programa? — Eu ainda queria entender.
— Não, João, nada disso, mano. Eu não transo sempre. Lá no interior, tenho uns amigos que comiam o cara lá mais ainda do que eu.
— E o seu professor? Onde ele entra nessa história? — Ele meteu umas ideias na primeira semana. Me liguei logo qual era a dele. Então, joguei uma isca e ele pegou.
— Ele tomou um gole do seu café. — Mas olha, não conta para a Vó, não, por favor. Ela pode entender errado, e eu não posso sair daqui ainda.
— Tranquilo. Que louco, Luan. Ele não fica com ciúmes das meninas, não? — Uma curiosidade se formava dentro de mim.
— Nada. Meu professor já fez foi arrumar gata para mim. Outro dia, comi uma amiga dele na frente dele, e ele ainda pagou o jantar.
Mudamos de assunto quando ouvimos Dona Helena se aproximando da cozinha.
Passei o resto do dia com isso na cabeça. Queria saber mais. Então, chamei meu primo para a gente sair à noite para comer alguma coisa. Queria entender melhor isso que ele fazia. Como um cara podia foder uma mulher do jeito que ele fodia e não se importar com um cara chupando o pau dele? Nunca tinha passado pela minha cabeça transar com outro cara, nem nunca me senti atraído por outro cara.
À noite, fomos num açaí que eu gostava, perto da academia, e lá puxei o assunto de novo. Ele parecia esperar por isso, pois foi só eu tocar no assunto que ele riu.
— Cara, como você consegue ficar duro? Tipo, eu não tenho atração por caras — falei sério.
— João, eu sou louco por mulher, mas cu é cu, irmão. Só concentro em outra coisa ou vejo um pornô, tipo quando você vai bater uma punheta. Sexo é sexo, não tem muito mistério. — Mesmo assim, não sei se ficaria tranquilo com meu pau na boca de outro cara.
— No começo é estranho, mas depois se acostuma. O segredo é deixar ele apaixonado na tua pica, provocar e tal. Depois que eles provam, não querem mais deixar. Aí vem os presentes, um pix de vez em quando. Um brother meu ganhou foi uma moto de um tio dele.
— E você beija os caras? — Eu parecia uma criança descobrindo algo novo. — Tá maluco, João? Sou macho, não beijo outro cara, não, só fodo mesmo. — Você já comeu esse professor?
— Já, uma vez na casa dele para ele liberar a casa de praia para as meninas fazerem a festa — disse ele.
— E o pessoal sabe?
— Não, né. Até porque ele é casado e tal — Luan fala como se fosse óbvio.
— Isso tudo é estranho — falei, pensando alto.
— Tá muito curioso? Quer provar o viado também, João?
— O safado falou, rindo. — Olha que ele ficou doido por ti quando te viu.
— Sai fora, não curto essas paradas, não — me apressei a responder.
— Tá beleza, mas se mudar de ideia, me fala que arrumo para a gente dar uma surra de pau nele. Cara, ele vai ficar muito louco por você. O que você pedir, ele dará, certeza — disse ele, já pensando no que provavelmente ganharia com esse arranjo.
Os dias foram passando e eu não conseguia parar de pensar em como seria. Sabia que não ia conseguir comer o cara. Talvez pudesse deixar ele me mamar. Não seria ruim ganhar algo com isso. Não estaria enganando ninguém, e nenhum amigo meu ficaria sabendo.
Passado um mês sem que eu tocasse no assunto com Luan de novo — ele continuava aparecendo com presentes caros e deixando para que eu visse — eu decidi tentar. Minha avó havia ido para a casa de uma irmã dela, e só estávamos Luan e eu em casa. Fui no quarto dele. Ele estava estudando, parou e soltou a caneta quando entrei.
— Luan, se eu quiser tentar, tem como? — Falei, meio tímido. — Dá certo. Posso falar com ele. — O safado já estava com um sorriso no rosto. — Mas não sei se consigo ficar duro com outro cara, não. — A gente pode testar, cara. — A naturalidade dele me assustava. — Vai me chupar é? — Falei, tirando sarro da cara dele. — Não, mané, mas posso te fazer uma mão amiga, na brotheragem — disse ele sério, e eu parei de sorrir. — Para de me zoar, Luan — falei, engolindo em seco. — Ah, João, deixa de ser fresco. Não tem nada demais. Tira o pau aí. Vou pôr um pornô aqui para a gente. — Tá falando sério? — Falei com ele, enquanto ele colocava um pornô para rolar no PC. — Não precisa pegar no meu, não, relaxa. Foca no pornô e deixa rolar.
Luan se sentou do meu lado e começou a se tocar. Fiz o que ele pediu. Meu coração estava a mil. O pornô era muito gostoso: duas minas muito gatas se pegando, meu favorito.
Meu corpo congelou quando senti sua mão na minha coxa. Meu pau já estava duro por causa do pornô. Respirei fundo e deixei rolar. Quando ele viu que não reagi, seguiu. Pôs a mão em cima do meu pau. Eu estava com um calção de tecido fino e meu pau estava marcado.
Quando Luan apertou meu pau por cima do tecido, travei minha mandíbula. Meu corpo se enrijeceu. Tinha um cara com a mão no meu pau, e não era um cara qualquer: meu primo Luan estava apertando minha rola. Respirei fundo e me acalmei.
— Boa, João. Só relaxa e curte, primo.
Luan puxou meu calção e tirou meu pau para fora. Estava duro. Quando senti sua mão quente e áspera no meu pau, a sensação foi do outro mundo. Já tive mulheres pegando no meu pau, mas era a primeira vez que outro homem me tocava. Era estranho. Ele segurava de um jeito que era bom. Luan parecia saber exatamente como eu gostava, porque quando ele começou o movimento de vai e vem, eu não aguentei. A mão do meu primo era muito boa.
Foquei no pornô, como ele falou, e ele me masturbava deliciosamente. Ele pegou um lubrificante que tinha na mochila, lubrificou meu pau e voltou a me masturbar. Caralho, ele fazia movimentos rápidos. Não olhava mais para a TV. Joguei a cabeça para trás. Ele brincava com minhas bolas e me masturbava com muita pressão. Senti meu prazer vindo e nem consegui avisar. Um gemido escapou entre meus dentes e, quando vi, meu pau explodiu de prazer. Sujei minha barriga e melei a mão dele toda.
O safado continuou mesmo depois que gozei. Me tremi todo e segurei sua mão.
— Caralho, filho da puta, se tu gozar desse jeito aqui, o viado não vai mais nem querer saber de mim, só vai querer a tua rolona, primo.
Fiquei com vergonha, mas ele foi me tranquilizando. Nos limpamos e ele me perguntou se podia marcar com o professor. Mesmo relutando um pouco, concordei.
