As confissões de Vivi - (parte 1)

Um conto erótico de Drino
Categoria: Heterossexual
Contém 2059 palavras
Data: 13/11/2025 16:17:54

Pra que leu os contos anteriores “Corno Novinho – O Início” essa é uma continuação “As Confissões de Vivi”

O mundo sem a Vivi era um lugar em preto e branco. Os meses seguintes à sua partida foram um longo e arrastado processo de luto por uma conexão que eu nem sabia ser possível. As conversas por telefone fixo eram um fio tênue, curtas para não ter gasto exorbitantes e sempre com cuidado em falar alguma bobagem na frente de alguém, um cordão umbilical que mantinha viva a chama do nosso universo particular. A voz dela, do outro lado da linha, era um fantasma familiar, mas a distância a tornava etérea, insubstancial.

Até que ganhei o computador. Um monstro de torre bege e monitor pesado, mas que, milagrosamente, vinha com uma webcam. O MSN Messenger se tornou nossa nova sala azul, nosso novo quarto, nosso santuário digital. Vivi usava o computador do pai, sem câmera, mas suas palavras na tela eram tão vívidas quanto seus gemidos. Revisitávamos nossa história, ela digitava as cenas mais quentes, os detalhes mais sórdidos das nossas putarias com o Edu. Eu ligava a webcam, meu rosto de êxtase iluminado pelo monitor, e me masturbava para as palavras dela, para as memórias que ela invocava. Um dia uma surpresa agradável, ela conseguira um microfone e do outro lado, gemia, sua voz um sussurro rouco e distante que me fazia gozar como se estivéssemos no mesmo quarto.

Foi nesse contexto de intimidade reconstruída, de desejo alimentado por fios de telefone e pacotes de dados, que ela soltou a bomba.

"Amor, posso te contar uma coisa?"

A formalidade na mensagem me alertou. "Claro, meu bem."

"Sabe o seu Airton da mercearia com quem eu trabalhava?"

Meu coração deu um salto no peito, batendo contra as costelas com uma força repentina. O seu Airton. O dono do mercadinho, um homem na casa dos quarenta e poucos anos, com uma barriga discreta, sempre de avental, quando não estava trabalhando se vestia de um jeito mais elegante, adorava sair pelo bairro e conversar com todos, era a pessoa com mais influência do bairro e com mais posses. Casado.

"Sei. O que tem ele?", digitei, minhas mãos já suando.

A resposta veio após uma pausa que pareceu uma eternidade. "Ele já me comeu uma vez."

A frase pulsou na tela. Meu pau endureceu instantaneamente, uma dor familiar e bem-vinda, e a cueca ficou úmida com o pré-gozo que não conseguia conter. Aquele homem. Aquele homem velho, dono do mercadinho, tinha possuído o corpo que eu considerava o epicentro do meu próprio prazer perverso.

"Quando? Me conta tudo, putinha", exigi, minhas digitações rápidas e ansiosas. Nem sempre podíamos falar no microfone então alternávamos.

"Não vai ficar bravo?"

"Nunca, amor." Era a verdade. A raiva não tinha lugar ali; só uma curiosidade doentia e um tesão avassalador.

Já estava com a mão dentro do short, esfregando meu pau melado, quando a história começou a se desenrolar na tela. Ela descreveu a cena no depósito do mercadinho, o pó nas prateleiras, as vozes abafadas. A voz da Franciele, aquela garota que morava ao lado do mercadinho, doce e provocante: "Sim, eu quero hoje no meu quarto." A resposta grave do seu Airton: "Mas rapidinho, né, como sempre!" E a réplica final dela, uma promessa carregada: "Faço tudo pra te satisfazer meu amor, do jeito que tu quiser”

Vivi entrando no escritório e vendo a cena: a Franciele de uniforme escolar, a saia levantada, as mãos do seu Airton enfiando dedos na boceta e no cuzinho da garota. A descrição era crua, visual. Eu conseguia ver. A Franciele se arrumando lentamente, passando pela Vivi com um "oi, Vi-vi" carregado de deboche, rebolando na saia até a porta.

E então, o seu Airton, usando a posição de poder para ameaçá-la. "Quem vai acreditar em ti, Vivi? Uma barbaridade dessas. Agora vai limpar e esquece o que viu aqui, senão eu conto pros teus pais que tá me roubando."

Minha mão no pau acelerou. A violência sutil daquela ameaça, a vulnerabilidade da Vivi, era repugnante e, para meu horror, incrivelmente excitante, Ela não tinha saída a não ser ficar de boca fechada.

"Tá, e como ele te comeu, amor?", digitei, minha respiração ofegante.

Um minuto de silêncio digital. A barra de digitação piscava, sumia, voltava a piscar. Até que uma nova mensagem apareceu.

"Fui ver se meu pai tava vindo, mas minha mãe disse que ele vem só daqui a umas 3 horas, e ela vai sair agora pro hospital. Temos bastante tempo pra conversar. Posso te contar tudo, se tu quiser, é claro."

A voz no final da frase, mesmo através do texto, era fina, hesitante, testando o terreno.

"Quero sim, meu amor", respondi, minhas digitações firmes e rápidas. "Conta tudo."

Do outro lado da tela, a mil quilômetros de distância, eu sabia que ela estava se acomodando, talvez também se tocando, pronta para mergulhar na memória de outra traição, de outra entrega, dessa vez forjada na chantagem e no poder, e oferecê-la a mim como a mais preciosa e suja das relíquias. O nosso amor, nossa estranha e doentia conexão, encontrara uma nova forma de respirar, de existir. Através da tela de um computador e das confissões de uma puta que eu amava mais do que a minha própria sanidade.

O mundo fora da tela do computador havia deixado de existir. A sala, a escuridão lá fora, o tic-tac do relógio – tudo se dissolveu no brilho azulado do monitor e na voz da Vivi, que agora ganhava vida através das caixas de som, íntima e quente, como se estivesse deitada ao meu lado. Nossas confissões digitais haviam evoluído para sussurros ao vivo, e cada palavra era um fio condutor de tesão que atravessava mil quilômetros.

"Amor, passou uns 2 meses depois disso e tudo seguiu normal", a voz dela vinha, um pouco trêmula, carregada da emoção da memória. "Até um dia que o sr. Airton pediu pra mim abrir as 7:30 da manhã porque ele teria que ir pagar os fornecedores."

Eu me acomodei na cadeira, minha mão já descansando sobre o volume duro na minha calça, sabendo que uma nova camada da nossa depravação estava prestes a ser revelada.

"Cheguei de manhã, abri a porta e fui arrumando tudo. E quase na hora de abrir, eu escutei um barulho. Fui indo até o depósito e vi a Fran de joelhos chupando o pau dele. Ele já tinha gozado, a cara dela tava melada e ela lambia o pau dele, e ele atirado pra trás nos sacos de ração. Foi quando ela me viu, e eu congelei. E ela lambeu o canto dos lábios olhando pra mim e sorriu. E eu saí."

Não consegui me conter. "Amor, a Franciele é a morena gostosa, aquela que ficava se fazendo de santinha no colégio? Eu nem sabia que ela morava por aqui."

A voz da Vivi mudou, ficou cortante e fria. "Gostosa é. Se queria me deixar com ciúmes, conseguiu."

Merda, pensei, meu estômago embrulhando. O que eu tinha feito? Mas então, sua voz suavizou, tornando-se um alento no meu desespero. "Mas eu gostei muito, meu amor." Pude ouvir o sorriso na sua voz.

Aliviado, respondi: "Nossa, achei que tinha ficado brava. Mas segue me contando."

Ela seguiu, e eu podia visualizar a cena com uma clareza dolorosa. "Aí, eu segui fazendo meu trabalho. O Sr. Airton saiu pra ir no centro, e a manhã passou tranquila. Nisso, a Fran entra na mercearia e vem pra trás do balcão comigo. 'Oi, Vivi! Tudo bem?' ela falou, sorrindo, chupando um pirulito, e se aproximou do meu ouvido. 'Tu gosta de me observar com meu Tio, né?'"

A voz da Vivi imitou o sussurro doce e venenoso da Franciele. Eu me arrepiei.

"Quando ela disse isso, meu amor, eu olhei pra ela e falei surpresa: 'Hã? Teu Tio?'"

"A Fran disse: 'Sim, bobinha. Ele é irmão do meu pai. Meu pai foi embora a uns três anos a trabalho pra outro país, me deixou a casa ao lado e o carro, e agora meu Tio cuida de mim junto a esposa dele. Só que meu Titio me usa como ele quer. Então, acho bom tu ficar com essa boquinha linda bem calada.'"

"Nossa", sussurrei, completamente hipnotizado. "O jeito com que ela falou foi sombrio e ao mesmo tempo depravado."

"Eu fiquei só olhando pro nada enquanto ela ia saindo", concluiu Vivi, sua voz carregada da perplexidade da memória.

"Puta que pariu", soltei, a imagem do tabu explodindo em minha mente. "A sobrinha. E quantos anos ela tinha?"

"Ela tem com 21 anos agora. Faz 22 mês que vem"

"Que velho safado."

"Ele nem é tão velho, tem 45, eu acho."

"E a sobrinha mais safada ainda. Que tesão aqui, amor."

A voz dela ficou mais baixa, mais íntima. "Imagino. Tarado do jeito que tu é, deve tá todo babado aí."

Ri baixo. "Tá vendo?" Chamei-a no vídeo e ajustei a webcam, mostrando a mancha escura e úmida na frente do meu short. A prova física do meu êxtase perverso.

"Humm, que delícia", ela gemeu, e o som foi direto para o meu pau. "Queria tá aí pra lamber tudo e te beijar, e segui contando no teu ouvido, com teus dedos dentro da minha boceta que tá ensopada aqui de te contar."

Meu tesão foi às alturas. Parei de me tocar, precisando de toda a minha concentração para aquela história. Coloquei o vídeo enquadrando apenas meu rosto, minhas expressões sendo minha contribuição para o ritual. "Segue contando, meu bem."

Vivi respirou fundo, e a narrativa continuou, sua voz um fio de seda suja conectando nossos mundos.

"Aí, eu fiquei ali de boca aberta, imaginando desde quando rolava isso. Só voltei pra órbita quando chegou cliente. Meio-dia, quando fui pra casa, resolvi tomar um banho e fiquei pensando na cena deles, quando vi no escritório e no depósito nesse dia. Quando tirei a calcinha, vi tudo grudado. Eu já tinha ficado molhada quando vi eles, mas eu não queria admitir. Aí, a imagem dela com porra no rosto e ela lambendo o pau do seu Airton veio na minha cabeça, e eu me masturbei até explodir no banho."

"Nossa, amor, que delícia, putinha", incentivei, minha voz rouca. "E o pau dele era grande?"

"Sim, mas um pouco menor que o do Edu. Mas era mais grosso e todo branco, com veias."

"Vai contando que tá gostoso, meu amor."

"Tá, meu safado. Uns cinco dias depois, eu cheguei mais cedo na parte da tarde e vi a Fran saindo lá de dentro. Aí, resolvi entrar bem devagar. Ele tava no depósito, alisando o pau dele, falando o nome dela, e eu esbarrei nas latas de conservas."

A tensão na voz dela era palpável. Eu me inclinei para a tela, completamente imerso.

"E o Sr. Airton disse: 'Quem tá aí? É tu, fofura do Titio?' Fiquei em silêncio, meu coração a mil. E ele seguiu: 'Fran? Haaa, eu acho que eu sei quem é por esse perfume.' Ele veio andando e me viu ao lado das geladeiras e falou: 'Chegou cedo, Vivi.'"

"Eu falei: 'Oi, seu Airton. Sim, tenho que repor o horte que chegou.'"

"Airton disse: 'Boa menina.' Ele veio chegando e seguiu falando: 'Esse perfume é maravilhoso. Adoro sentir ele.' Ele falando com calma e uma voz que parecia seduzir. E seguiu falando: 'Tava me espiando agora, né?'"

"Eu falei com a voz trêmula: 'Não, senhor, eu tava in...'"

"Ele fez silêncio com o dedo na boca e disse: 'Gostou do que viu?' Levando a mão nas minhas costas e se aproximando do meu ouvido, e disse: 'Aposto que não é mais virgem, né, sua putinha?'"

A voz da Vivi sumiu. Um barulho agudo veio do lado dela da chamada – uma porta se abrindo.

"Meu coração foi a mil, minha boceta escorria por que eu não era mais virgem e eu tava lo..."

Ela parou abruptamente. Uma mensagem instantânea piscou na tela, em letras maiúsculas: POLÍCIA NA ÁREA.

Era nosso código. Alguém estava por perto.

Sem outra palavra, ela digitou "tchau" e "boa noite" e desligou. A tela escureceu, deixando-me sozinho na escuridão do meu quarto, com meu pau latejante e a história mais suja e emocionante pela metade, a promessa do que estava por vir pairando no ar como um fantasma, tão real e viciante quanto ela sempre fora.

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