Insana - Parte 8

Um conto erótico de Lucas (Por Mark da Nanda)
Categoria: Heterossexual
Contém 2518 palavras
Data: 27/11/2025 19:40:21

Amigos, peço desculpas pelo sumiço, mas as coisas andam bem sobrecarregadas aqui em casa.

Nanda assumiu uma gerência regional e está sem tempo sequer para dar continuidade no conto dela.

Mary está prestando vestibulares e para quem tem filho que já passou por essa fase, já pode imaginar os nervos em frangalhos. Estamos nos desdobrando para acalmá-la, mas não tem sido fácil.

E a Mirian está com várias atividades além da escola, o que tem ajudado para nos esgotar.

Enfim, agora consegui dar uma controla e vou tentar dar sequência nos contos não finalizados.

Comecemos por este.

Forte abraço,

[RELEMBRANDO]

Dei um sorriso amarelo ovo e se tivesse cheiro seria choco, fedido, podre. Inspirei profundamente e dei um passo para dentro do meu calvário. Naquele momento, esqueci-me até de cumprimentá-lo, como se isso fosse fazer alguma diferença. Ele fechou a porta atrás de mim e me indicou uma escada com a mão. Subimos, mas já no meio da escada, ouvi sons que eu conhecia bem: corpos se batendo e mais, a voz dela, da minha Clara, agora deles.

Parei no último degrau da escada, de onde eu já tinha visão livre do quarto. O motel era um oásis de luxo e devassidão, com uma suíte ampla em dois níveis, paredes escuras, uma piscina, hidromassagem e uma cama king-size coberta por lençóis de cetim vermelho. Luzes embutidas emitiam um brilho suave, criando uma atmosfera íntima demais. Espelho espalhados pelo ambiente pareciam querer obrigar que testemunhássemos o intestemunhável. O ar condicionado mantinha o ambiente fresco, mas eu suava em bicas.

[CONTINUANDO]

Sobre a cama, aliás, sobre o Vicente, Clara cavalgava tomada por um instinto puramente sexual e confesso, aquilo me atordoou. Congelei novamente, o corpo ficando tenso instintivamente, a boca travada. Eu me sentia o derrotado, o fracassado. Apesar de estar ciente daquela realidade, vê-la ali pessoalmente era diferente e me atingiu de uma forma que eu não esperava:

- Vem, irmão. Vamos tomar algo. – Disse o Agenor.

Dele, olhei para ela, nua em pelo, resplandecendo de suor, os cabelos soltos e úmidos caindo em ondas sobre os ombros, a tatuagem de flores no braço parecendo pulsar sob a luz indireta. Vicente a ajudava a se jogar para cima e para baixo vigorosamente, segurando-a pela cintura, hipnotizado pelas curvas de seus seios que balançavam de uma forma extremamente sedutora.

Eu estava presente, mas com a alma ausente. Acabei deixando Agenor me guiar até um bar lateral. Sentei-me numa banqueta e ele me serviu uma dose de uísque, dupla, sem gelo. Virei sem piedade alguma do meu fígado. Ele me serviu outra, acompanhada de um conselho:

- É só sexo, Lucas. Não muda nada entre vocês, aliás, só apimenta. Sabe como é, né? Você já deve ter visto ela em ação antes...

Eu o olhei rapidamente e baixei o olhar para o meu copo de uísque... e suspirei profundamente:

- Nunca!? Você nunca assistiu ela... assim!? – Ele perguntou.

Neguei com a cabeça. Ele se serviu de uma dose e também virou:

- Mas... como assim!? Vocês pareciam tão... liberais. Sei lá, tão... decididos.

- É uma história complicada, cara.

- Mas ela nos disse que estava liberada. – Resmungou ele, olhando na direção deles agora, o que também fiz só para ver Clara de quatro e Vicente a comendo por trás: - A gente até falou que sem você seria chato, mas ela disse que estava tudo bem, tanto que te ligou, lembra?

- Pois é... Como eu disse, é uma história complicada...

- Porra! Fode! Fodeeeeee! Arregaça a minha buceta, seu preto safado. Fode a branquinha. FODE! – Gritou a Clara, chamando a nossa atenção novamente.

- Quer o meu pau, é? Quer que o negão aqui enfie tudo em você?

- QUERO! Enfia tudo! Quero sentir a cabeça do seu pau entrar no meu útero. Quero que você goze tudo bem lá dentro, lá no fundinhooooooo...

Uma rápida vertigem me abateu ao ouvi-la falar daquela forma e me escorei no balcão do barzinho. Agenor nesse momento só me observava, numa mistura de surpresa, medo, consternação. Olhei ao meu redor e vi uma poltrona de couro no canto do quarto, num local cuidadosamente mais escuro. Decidi me jogar lá. Minha cabeça girava com uma mistura de emoções - ciúme, insegurança, tristeza, mas quase nenhuma excitação. Digo quase porque Clara se desdobrava como uma verdadeira atriz pornô e era impossível não sentir alguma coisa vendo-a em ação. Acho que o problema era eu, afinal, eu nunca havia feito algo assim, ainda mais na presença de dois homens tão imponentes como Agenor e Vicente, o que me fazia sentir pequeno:

- Clara! – Falei, a voz seca, direta, objetiva.

Ela nem olhou na minha direção, certamente perdida nas sensações que o Vicente lhe proporcionava. Antes de tentar uma segunda vez, desisti, pois ser ignorado novamente não me faria sentir bem. Achei melhor deixar que ela terminasse.

Entretanto, o Agenor foi até eles e se sentou na beirada da cama, observando-os em silêncio. Clara olhou na sua direção e sorriu, mas ele não reagiu. Depois de alguns segundos, ele inclinou-se na direção dela e foi agarrado por ela, que o beijou na boca, procurando mais ação. Ele não recusou o beijo, mas assim que ela lhe deu espaço, vi que ele disse algo bastante sério. Só então ela olhou na minha direção, mesmo com o Vicente macetando sem parar a sua buceta. Ela sorriu para mim e mandou um beijo, mas eu não retribuí. Ela me chamou com a mão, mas eu não fui. Não iria nem que quisesse, pois minhas pernas não me obedeciam naquele momento. Vi que o Agenor lhe disse alguma outra coisa e também ao Vicente, que só então parou, aguardando alguma decisão dela. Clara se desengatou e falou algo para o Vicente que não pareceu ter gostado.

Então Agenor e Vicente foram na direção do barzinho e ela veio até onde eu estava, sentando-se no meu colo. De imediato notei que parte do suor, não era suor: sobre o seu rosto e seios havia porra, recente, o cheiro e a imagem eram indiscutíveis. Ela tentou me beijar a boca, mas eu desviei o rosto. Ela me encarou, meio invocada, mas logo sorriu:

- Demorou, amor...

- Foi. – Resmunguei, mas não resisti: - Mas você não perdeu tempo, não é?

- Desculpa. É que você estava demorando e... aí a gente decidiu começar, porque se você não chegasse, eu já iria embora e te esperaria em casa.

- Tá bom...

Ela me encarou, tentando analisar o semblante que só um cego não notaria estar o pior possível. Assim, ela tentou ser cautelosa:

- Ficou chateado?

- Não sei, Clara. Eu só... – A encarei sem reconhecer a mulher por quem havia me apaixonado: - Acho que isso não é para mim.

- Bobeira, amor. Você só ficou chateado porque eu não te esperei e não te dei atenção. Eu é que tenho que te pedir desculpas.

Ela fez menção de vir em minha direção para me beijar novamente, mas vendo que eu já me retraía, sorriu:

- Desculpa outra vez. Vem comigo. Vamos tomar um banho gostoso, só eu e você. Você precisa relaxar e eu preciso ficar mais apresentável para o meu amor.

Ela se levantou do meu colo e esticou uma mão, insistindo no convite. Eu continuei imóvel, apenas olhando para o seu corpo, notando algumas marcas nos seios e outros em sua bunda. Sua buceta também, a poucos centímetros de mim, comprovava que aquela trepada não devia ser a primeira, pois estava inchada e avermelhada. Perdido em meus pensamentos, nem notei quando ela se abaixou e pegou em minhas mãos:

- Vem comigo, Lucas. Você precisa relaxar. Vem. Vai ser bom para nós dois.

Levantei-me e deixei que ela me levasse a reboque. Vi ela avisando aos dois que iríamos tomar um banho e logo voltaríamos. Eles acenaram amistosamente e voltaram a conversar entre si. No banheiro, Clara me despiu como se eu fosse uma criança. Ligou o chuveiro, regulou a temperatura e me puxou. Ela se banhou rapidamente com água e sabonete, provavelmente para retirar os excessos das trepadas anteriores e me encarou:

- Vem, amor. Deixa eu te lavar também.

E assim ela fez. Ensaboou-me e me lavou como uma criança assustada. Quando se deu por satisfeita, se colocou a minha frente e aproximou sua boca da minha. Não a recusei agora, mas o beijo não era o mesmo de antes. Havia algo diferente, algo emocional, algo físico, algo biológico:

- Você... está com um gosto estranho... – Resmunguei.

- Eu... Eu... – Ela se afastou um pouco, olhando-me encabulada: - Desculpa.

Ela então saiu e foi até a pia, onde pegou um pouco de antisséptico bucal e fez um rápido gargarejo. Eu saí do box e comecei a me enxugar. Quando ela terminou, virou-se para mim, ainda encabulada:

- Desculpa, amor. Eu... É que eu e o meninos... Bem... A gente...

- Eu já entendi, Clara. – Resignei-me enquanto ainda me enxugava: - Acabei virando chupador de pau por tabela.

- Ai, Lucas, por favor... Foi sem querer! – Ela insistiu, se aproximando de mim e me abraçando.

- Tá. Tá bom. Já foi... – Resmunguei.

Ela voltou a me beijar e por um instante esqueci de todo aquela situação. O beijo estava agora muito bom, quente, intenso e ela demonstrava com o calor do próprio corpo que me queria. E isso me confundia, afinal, se ela me quer tanto, porque insistir em transar com outros? Rapidamente saímos para a suíte novamente e fui arrastado até a cama. Os dois permaneciam no bar, bebendo e lá ficaram. Não sei se eles acharam que o casal precisava de um momento, ou se ela já havia combinado isso com eles, mas fato é que não vieram até onde estávamos.

Clara veio por cima de mim, insinuando-se cada vez mais explicitamente. Seu corpo quente era uma doce memória que ativava os meus mais íntimos e primitivos sentimentos. Não demorou muito e meu pau endureceu entre o meu corpo e o dela. Ela sentiu e sorriu para mim:

- Safadinho... Aposto que está louco para assistir a sua mulherzinha ser a putinha de um negão safado, não está?

Antes que eu respondesse senti parte da minha ereção ir embora quase tão rápido quanto chegou. Ela me encarou preocupada e começou a me punhetar. Como o efeito não parecia ser o esperado, desceu e passou a chupá-lo também. Por mais que a situação não me agradasse, não posso negar que fiquei excitado. Ela quando se deu por satisfeita, subiu em cima de mim e passou a me cavalgar deliciosamente. “Para o infernos com esses caras. Eu vou aproveitar também.”, pensei.

E eu iria mesmo aproveitar muito, pois estava realmente muito bom. Clara se desdobrava em gemidos, reboladas, sentadas e olhares que só não endureceriam um eunuco. Mas, como nem tudo é bom que não possa ficar ruim, notei que sua buceta estava mais melada e começando a “espumar”, e bastante. Minha ereção começou a ir embora novamente e ela me encarou:

- Amor, o que tá acontecendo? Não... Não tá mais gostando de fazer amor comigo?

Tentei me concentrar nela, em lembranças nossas, no tesão que sempre tive por ela, mas meu pau amoleceu até escorregar de sua buceta. Ela se sentou ao meu lado e me encarou. Depois, olhou no meu pau lambuzado e voltou a me encarar, e sua expressão agora era algo mais voltada para o encabulado do que para o chateado:

- Eu adoro fazer amor com você, mas só você e eu. – Falei, enquanto me sentava: - Olha a situação em que nos colocamos: você me beijou com gosto de porra na boca e agora transou comigo com... – Apontei para o meu pau espumado e branco: - Acha mesmo que eu gosto disso, que eu sinto algum tesão nisso?

- Mas... Mas... Lucas, é só sexo! Não tem envolvimento algum. Quantas vezes você já me chupou todas molhada, até gozada de você mesmo!? Isso... – Ela apontou para o meu pau e depois me encarou: - Isso não é nada. Nada mesmo.

- Talvez para você isso seja nada, mas para mim é.

Desci da cama e fui na direção das minhas roupas. O Vicente veio na direção da cama e se sentou ao lado dela, cochichando algo em seu ouvido. Agenor permaneceu no bar.

Enquanto eu me vestia ouvi ela dizer algo como um “Não. Agora não dá.”. Em segundos, ela veio na minha direção e eu a encarei:

- Vai lá, Clara. Aproveita a sua noite. Eu concordei com tudo e vou aguentar. Eu espero você na salinha ali de baixo.

Ela me olhou com uma ternura que há tempos eu não sentia e colocou a sua mão no meu rosto:

- O Vicente só gozou uma vez e disse que queria terminar a transa. Então, você me espera?

- Espero, já disse. Vai lá. – Falei enquanto beijava a palma da sua mão.

Só que ela me abraçou e respirou fundo. Quando se afastou, havia lágrimas em seus olhos e ela me disse:

- Eu já falei para ele que hoje não dá mais. Eu posso ser meio louquinha, mas não sou uma covarde, sádica e insensível, Lucas. Você não curtiu e você é quem me importa. Eu só vou me vestir para irmos embora.

- Tem certeza?

Ela sorriu, meiga e consciente:

- Absoluta.

Resolvi testar a minha sorte:

- E se eu pedisse para você transar com eles?

- Você estaria fazendo apenas a minha vontade, não a sua, e assim eu não quero.

Ela me deu um selinho caprichado e me puxou pela mão até o barzinho. Aproveitou e chamou também o Vicente para um conversa. Ali ela explicou que tinha adorado tudo o que havia acontecido até então, mas que não iria continuar porque eu não estava curtindo. O Vicente não gostou:

- Possa, mas... e eu!?

- Desculpa, Cente, mas eu pensei que o Lucas fosse curtir e acabou não curtindo. Quem sabe um outro dia, né? – Ela disse.

Vicente ainda quis insistir, claramente inconformado, dizendo que havia gozado só uma vez e ainda estava com o pau duro do Viagra que havia engolido. Acho até que a Clara queria terminar o que já havia começado, mas não deu o braço a torcer e ainda foi ajudada pelo Agenor:

- Centão, o casal decidiu! A gente respeita.

- Porra, meu! Cê fala isso, mas já gozou quantas vezes? Três!?

- Isso não vem ao caso. Se o casal diz que terminou, então terminou. – Ele me deu um toque no ombro e olhou para a Clara: - Cês tem o meu número. Se quiserem marcar alguma coisa num outro dia, é só ligar.

Nós nos vestimos e a cara do Vicente era impagável. Ele olhava para a Clara como se fosse um pitbull com focinheira encarando um bife suculento. No final, nos despedimos deles e ela veio comigo na minha moto. Agenor fez questão de pagar o motel.

Já em casa, pedi desculpas para a Clara pelo papelão de ter sido o “empata foda” da noite, mas ela me surpreendeu uma vez mais:

- Amor, eu... eu queria ir naquele outro psicólogo amanhã. Será que ele me atende?

OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO SÃO FICTÍCIOS E OS FATOS MENCIONADOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL SÃO MERA COINCIDÊNCIA.

FICA PROIBIDA A CÓPIA, REPRODUÇÃO E/OU EXIBIÇÃO FORA DO “CASA DOS CONTOS” SEM A EXPRESSA PERMISSÃO DO AUTOR, SOB AS PENAS DA LEI.

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Foto de perfil de Mark da NandaMark da NandaContos: 323Seguidores: 701Seguindo: 28Mensagem Apenas alguém fascinado pela arte literária e apaixonado pela vida, suas possibilidades e surpresas. Liberal ou não, seja bem vindo. Comentários? Tragam! Mas o respeito deverá pautar sempre a conduta de todos, leitores, autores, comentaristas e visitantes. Forte abraço.

Comentários

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Seja bem vindo de volta, Mark. A vida real é prioridade sempre, não precisa se desculpar. Todos entendemos isso. Sou fã dos seus contos, sempre vou prestigiar.

Agora, como eu tenho raiva da passividade e da falta de amor próprio do Lucas. Pelo menos, ele não se excitou ao ver a namorada fodendo com os negões, quando beijou pau por tabela, quando sentiu a boceta dela toda gozada. Isso é um bom sinal, talvez haja esperança dele não ser um corno manso.

Mas, porém, entretanto, todavia, eu duvido que ele vai superar isso, de ter uma namorada mais rodada que saia de baiana, por mais que seja um problema de saúde. Ele sempre vai ter a desconfiança.

Sinceramente, situação dificil do nosso protagonista. Não vejo como ela possa ser feliz com Clara.

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O que importa é que vc está de volta! Não importa (muito!! Rsrsrs) o tempo de espera!!! Sucesso para sua família!!

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Que boa notícia para fechar bem a noite!!!

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