Ele riu, apenas riu um riso cínico de quem não acredita no que acabou de ouvir. Nem um ar de enciumado, ao menos enojado por saber que alguém, um 'garoto' me pego na cama de noite.
"Duas vezes, a segunda ontem."
Ele gargalhou tampando a boca com o guardanapo. Galhofeiro como se eu tivesse contado uma grande piada.
"Porque, não pode, não posso?"
Ele mostrou aquele sorrisinho irritante de quem duvida que alguém ainda me queira. Fez o biquinho de sempre e assoprou o café, depois bebeu em golinhos. Só pra me irritar, me deixar ainda mais puta.
"E quem foi esse amante misterioso? Esse fantasma que entrou e saiu sem me acordar."
Arregalei os olhos, a boca até espumando.
"Como se você não ibernasse como um urso."
"Quem? Vai, responde."
"E quem disse que foi um só? Tem muita que gosta meu filho."
"Ai, ai..."
"Ai, ai, o que Macedo? Não quer acreditar, não acredita. Problema seu."
Dei de ombros cruzando os braços na mesa. Meio arrependida de ter falado, meio aliviada dele não ter acreditado. Burrice minha ter perdido a paciência só porque ele derramou outro copo de suco na mesa.
Ele cruzou as pernas exibindo as canelinhas finas, a barriga grande. Não sei o que eu vi nesse homem. Nem ao menos desconfiado. Poxa!
"E os meninos também não ouviram? Ninguém viu ou ouviu o sujeito entrar e fazer o que ele queria e sair?"
Foi minha vez de ficar misteriosa, mostrar que eu também sabia jogar aquele joguinho idiota. Mordi os lábios e dei aquele sorrisinho de quem esconde um segredo. Falei olhando nos olhos dele, bem devagar, só pra provocar.
"Ele não fez o que quis, Macedo. Ele me comeu na nossa cama. Duas vezes, deve ser porque tem quem ainda me ache bonita."
"Você anda cada vez mais ridícula. Tá querendo me provocar? Ridícula..."
"Você é que é um babaca Macedo. Acha que porque você não me quer, não tem ninguém mais no mundo que não possa estar afim de mim. Então tá!"
"Nem eu, nem os meninos. Ninguém viu nada. Ora vamos Virgínia... Quem acreditaria?"
Achei melhor parar por ali. Muito menos insinuar que foi um dos garotos, um dos amigos do Gustavo. Só ia deixar aquilo mais confuso e sei lá. O caldo podia entornar de vez e bem que eu estava gostando daquele mistério.
E se não fosse um deles? E se foi um estranho que invadiu a casa?
***
A conversa franca não deu em nada, ou quase, na praia ouvi Macedo perguntando se alguém tinha visto um estranho rodando a casa.
Achou que eu não ouvi, mas meu ouvido é muito bom sim. Fingi que dormia enquanto eles trocavam palavras curtas, quase abafadas.
Pelo menos deixei meu marido com uma pulga atrás da orelha. Ainda que ele não tenha falado nada sobre o que rolou naquela cama. Eu fui bem clara, mas ele não acreditou ou não quis acreditar.
Azar o dele, eu bem que estava gostando da ideia de um homem misterioso toda noite na minha cama, pra variar. Ainda mais um jovem fogoso, ou mais de um.
Só de pensar, eles gozando, metendo no meu buraquinho. Só mesmo em sonho. Pior que não era e estava ficando cada vez mais interessante.
Ouvi a voz do Jonas num tom mais preocupado, falou algo sobre a janela ou a porta do quarto. Será que foi ele? Se foi, foi muito atrevido, pegar a mãe do amigo, quase mãe, duas vezes.
A conversa não foi muito mais longe. Ficou nisso e eu fui nadar, esfriar a cabeça boiando e lembrando. Relembrando a safadeza toda daquelas noites. De vez em quando faz bem pra alma, pra pele então. Ainda mais se foram os amigos do Gustavo.
Mas também não seria nada mau se fosse o sorveteiro simpático. Me sentiria menos culpada, melhor do que com gente conhecida da família.
Chega, melhor parar antes que me dê vontade de... Nada como uma siririca no mar, já fiz, mas hoje não ia dar.
***
"Chega pra lá. Hoje eu durmo com você."
"Háhá! Que foi que deu em você Macedo? Você não acreditou no que eu disse."
"E não acreditei mesmo, te conheço. Sei que você gosta de exagerar."
"Exagerar! Háháhá! Tá bom, exagerei então. Não aconteceu nada."
"Claro que não! Mesmo assim melhor eu dormir aqui, se algum babaca resolver se meter a besta."
Falou como se o homem misterioso fosse um ladrão e não um amante tarado. Não queria dar o braço a torcer, como todo homem.
Abriu a janela e ficou examinando. Depois me olhou com um olhar desconfiado, um riso cínico no canto da boca. Eu entendi.
"E quem disse que ele entrou pela janela?"
"Pela porta Virgínia? Me poupe."
Dei de ombros.
"Mas que ele saiu pela porta, saiu. As duas vezes."
Ele riu com escárnio.
"Comigo dormindo na sala. E os meninos no quarto. E ninguém ouviu nada?"
Eu ia dizer exatamente isso, que não foi ninguém de fora. Foi um dos garotos, os amigos do Gustavo. Foi por um triz, mas era melhor me calar, como fiz de manhã.
Dizer aquilo só ia piorar as coisas, ia virar um inferno. Além do mais, eu não tinha provas. Não podia dizer com certeza quem foi. Devia ter ficado calada, acabei com a brincadeira. Nenhum maluco tentaria nada com o Macedo dormindo na mesma cama.
"Que cara é essa Virgínia?"
"A única que tenho. Anda, deita e vê se pelo menos não ronca. Vê se me deixa dormir."
"É por isso que eu durmo na sala, sempre, a ideia foi sua."
"Já te falei pra tratar dessa apineia, mas você é um preguiçoso e pão duro."
"Esses médicos não sabem nada, só querem ganhar a vida em cima da gente."
"Tá bom! Deita e vê se deixa dormir."
***
Nem era o ronco em si, muito mais o calor e o desconforto de ter que dividir a cama com o marido outra vez.
Acabei tendo que ir a cozinha me refrescar, morta de sede. Estava insuportável aquela noite e eu completamente sem sono, suada.
Abri a geladeira e veio aquela lufada fria e gostosa. A água estava geladinha, e eu morta de sede. Bebi tanto que pingou no meu peito.
Aquilo me arrepiou e eu espalhei com a ponta dos dedos, depois passei na nuca e de novo no peito, nos seios. Hmm! Umidecendo os mamilos, deixando meus biquinhos durinhos.
Vontade de ter um estranho de novo. Olhei a porta do quarto dos garotos, fechadinha. Um silêncio, e naquele calor, como é que estavam aguentando? Cheguei na ponta dos pés, encostei o ouvido na porta e foi quando...
Zaz!
Do nada a mão forte me cobriu a boca e com a outra na minha cintura me deixou com os pés balançando no ar.
Fui puxada contra a parede. Acabei de frente para figura esguia, uma sombra de ombros largos, a pele nua. Na cabeça a máscara, mas não era a mesma, diferente, cobrindo a cabeça e metade da face.
Eu tremia como uma adolescente no primeiro encontro, ansiosa e curiosa, esperando o próximo ato. E ele veio rápido, mais que surprendente, rasgando as alças da camisola.
"Seu louco!"
Falei entre os dentes e tomei um beijo mordido, molhado, lambido, sugando o mamilo. O esfomeado gemeu contido enquanto mamava como podia no peito da tia. Amo de paixão ser chupada nas tetas, me faz ficar louca, perder a noção.
A bucetinha melou no ato, ainda mais quando o moço abusado passou dois dedos acarinhando a xoxota da tia.
"Querido, devagaaar! Aaah! Calllmaa!"
Gemi contida com medo de acordar a casa. Ficou pior quanto ele meteu na grutinha, fundo, me coçando por dentro. Fechei os olhos e esmaguei meus lábios pra não gritar. Meu medo era esguichar.
Agarrei o pescoço dele tremula de desejo. A voz saiu num sussurro. Um urro.
"Me beija, me beija."
Foi o melhor beijo da minha vida e eu nem sabia quem era a figura com aquela língua agitada me lambendo a boca. Ai! Ainda bem que gozei berrando na boca do garoto atrevido. Enquanto seus dedos me trabalhavam a xoxota.
"Uuuh! Uuuh!"
Até ficar sem fôlego e suada. Sentindo o caldinho descendo nas coxas. A gente se olhou e ele entendeu o que eu queria, mesmo naquela escuridão. Uma química nova que me deixou assustada.
"Não! Garoto, aqui? Cuidado!"
Meu coração aos pulos e ele ajoelhando diante de mim. Nada melhor do que um beijo assim depois do outro. A ponta da língua te trabalhando o clitóris, os dedos longos te abrindo, explorando os seus segredos. E fosse lá quem fosse, sabia usar a língua, como um especialista. Ainda mais naquela escuridão.
Foi me deixando com uma tentação tesuda, uma loucura. Ele lambendo e brincando com a minha cerejinha, mordendo no lugar certo. Por dentro e por fora. Foi me deixando tarada, cada vez mais safada. Me fez rebolar instintiva, lambuzando a cara do putinho atrevido com o meu suquinho adoçado.
Espirrei meu doce na boca do garoto. Quase mijei na cara dele.
"Desculpa querido. Eu... você... Aah!"
Vi um sorriso safado surgindo no rosto, os dentes perfeitos. E algo me disse que só podia ser do Bernardo. Eu tinha quase certeza. Quase.
Foi quando ele ficou de pé, um gigante na minha frente.
"Espera, não!"
Nem me deu ouvidos, um macho no cio é sempre impactante, ainda mais os novos.
Me pôs de costas, inclinada, apoiada com as mãos na parede entre os dois quartos. Ergui a bundinha, abrindo as pernocas e ele enfiou a piroca. E eu pude sentir a rola cabeçuda abrindo meu buraquinho.
Meteu com força a vara comprida. Tão quente, tão grossa e o menino agitado, ansioso fodendo a tia de novo, agora no meio da sala.
Mais doido que nunca. O homem misterioso arrancou o que restava da camisola. Me deixou nuazinha no meio da sala, ambos, pelados trepando afobados.
Outro atrevido, comendo a mulher do Macedo que hoje roncava no quarto.
Ah, confesso, é tão bom ter um pau na boceta. Um pau quente rasgando as carnes da gente por dentro. Diz se não é?
Ainda mais de um jovem ganacioso. Um depravado, cada dia melhor que o outro.
"Goza garoto. Goza! Enche a tia de amor, enche. Aaah!"
Ele me agarrou pelas tetas, esmagou como se quisesse meu leite. Eu agarrei seu pescoço. Os corpos batendo, trombando, ficando suados. Gozei vibrando as coxas. Medrosa que alguém nos ouvisse.
Porém, fascinada sentindo o pau dele vomitando sua gala dentro da minha xoxota. Mais um deixando seu creme quente no meu útero.
"Oooh! Oooh!"
"Ssssh! Calma, calma. Tá tudo certo."
Falei como uma mãe confortando seu bebê. Meu bebê safado, gozando como um animal ferido. A terceira vez seguida, nem eu podia acreditar que era verdade, mas era, e pingava no chão da casa.
O nosso amor abusado.
"Ai quem bom! Que bom! Gozou, hein?"
Sussurrei manhosa no ouvido do estranho. Quis dar um beijo, mas ele não retribuiu. Saiu ainda duro, molhado. Ficamos de frente, ele assustado, arrependido talvez?
Quis um carinho, um afago mais íntimo. Segurei o falo sentindo a textura, a grossura. A pele macia na ponta, o cabo melado.
"Não precisa ficar assim, com medo de mim. Eu não mordo."
Acarinhei o mocinho, misturando os nossos humores nos meus dedos. Dei um passo e veio um beijo cálido. Tão bom!
Pena que veio uma tosse, uma sequência cada vez mais forte. Vindo dos quartos.
Frustrante.
"Então vai, vai antes que..."
Nem deu tempo de terminar a frase. A sombra sumiu da sala como por mágica. Saiu pela porta da frentee eu fiquei ali, nua em pêlo, toda melada com a camisola rasgada no chão.
Mas cada vez mais adorando aquela sacanagem. Cada noite ainda mais intensa.
