Julia, a devoradora 3

Um conto erótico de Sr Boi
Categoria: Heterossexual
Contém 1427 palavras
Data: 26/11/2025 06:15:06
Assuntos: Heterossexual

Capítulo 3: As Raízes do Prazer

O calor de Sertãozinho, uma cidadezinha sufocante a 20 quilômetros de Ribeirão Preto, era diferente do calor de agora — era um calor pegajoso, carregado de poeira vermelha e do cheiro acre de cachaça que impregnava as ruas estreitas. Julia tinha 18 anos naquela época, o corpo já começando a florescer em curvas que chamavam atenção mesmo sob as roupas simples que a mãe costurava. Os cabelos loiros, naturais então, caíam em ondas soltas até os ombros, e os olhos castanhos escuros, grandes e inocentes, escondiam uma raiva que ela ainda não sabia nomear. Era 2009, o auge do verão, e a casa de madeira na Rua das Palmeiras era um forno onde o ventilador quebrado zumbia inutilmente.

O padrasto, Edvaldo, era um homem bruto, um gigante de 1,85 m com ombros largos e mãos calejadas de anos cortando cana. Aos 42 anos, ele tinha a pele queimada pelo sol, a barba rala sempre suada, e olhos opacos que brilhavam com algo sombrio quando bebia — o que era quase sempre. Julia o odiava desde os 18, quando ele entrou na vida dela e da mãe como um invasor, trazendo garrafas de pinga e gritos que ecoavam pela casa. Mas naquela noite de janeiro, o ódio começou a se misturar com outra coisa, algo que ela não entendia ainda.

A mãe estava na igreja, uma sessão de orações que durava até meia-noite, deixando Julia sozinha com ele. O rádio na sala tocava um sertanejo abafado, o som misturando-se ao ronco do ventilador e ao tilintar da garrafa contra o copo. Julia estava na cozinha, lavando pratos, o short jeans curto grudado nas coxas pelo suor, a regata branca colada aos seios que já despontavam sob o tecido fino. Ela ouviu os passos dele antes de vê-lo — pesados, arrastados, o chão de madeira rangendo sob o peso.

"Tu tá ficando bonita, hein, menina", disse Edvaldo, a voz rouca pelo álcool, enquanto parava na porta da cozinha. Ele segurava o copo na mão direita, a esquerda coçando a barriga sob a camiseta suja. Julia ficou quieta, os olhos fixos na pia, o coração batendo rápido, mas não respondeu. Ele riu, um som baixo e gutural, e se aproximou, o cheiro de cachaça e suor envolvendo-a como uma nuvem. "Não precisa fingir que não ouviu. Eu vejo como os moleques te olham na rua."

Ela sentiu ele atrás dela, o calor do corpo dele contra suas costas, e antes que pudesse se mexer, ele agarrou o braço dela, girando-a com força. O copo caiu no chão, o vidro estilhaçando-se, e Julia abriu a boca para gritar, mas a mão dele cobriu seus lábios, os dedos gordos esmagando a pele macia. "Fica quieta, sua vadia", sussurrou ele, o hálito quente no pescoço dela enquanto a empurrava contra a pia. Julia se debateu, os braços magros batendo no peito dele, mas ele era uma montanha, e ela, uma criança ainda.

Edvaldo rasgou a regata com um puxão, o tecido cedendo como papel, e os seios dela, pequenos mas firmes, ficaram expostos ao ar quente da cozinha. Ele gemeu, os olhos opacos brilhando de desejo, e agarrou-os com as mãos calejadas, apertando até ela choramingar contra a palma dele. "Tu gosta disso, né?", rosnou ele, a outra mão descendo para abrir o short dela, os dedos forçando o zíper até rasgar. Julia sentiu o pânico subir, o corpo tremendo, mas havia algo mais — um calor estranho, uma pulsação entre as pernas que ela não queria reconhecer.

Ele a virou de bruços, dobrando-a sobre a pia, o metal frio contra a barriga dela enquanto arrancava o short e a calcinha barata de algodão. O pênis dele, duro e quente, roçava contra as coxas dela — não era grande como o de Márcio anos depois, mas grosso o suficiente, com uma cabeça bulbosa que brilhava de suor e pré-gozo. Edvaldo cuspiu na mão, esfregando-se antes de empurrar contra ela, forçando a entrada com um grunhido. Julia gritou, o som abafado pela mão dele, o corpo se contorcendo enquanto ele a penetrava, a dor rasgando-a por dentro.

Mas então veio o ritmo. Ele era bruto, os quadris batendo contra os dela com uma força que fazia a pia tremer, o som da carne contra a carne ecoando na cozinha. "Isso, sua putinha", grunhiu ele, a mão livre batendo na bunda dela, deixando marcas vermelhas na pele bronzeada. Julia chorava, as lágrimas escorrendo pelo rosto, mas o calor entre as pernas crescia, traiçoeiro, o clitóris pulsando contra o metal frio da pia a cada estocada. Ela odiava ele, odiava o que ele fazia, mas o corpo respondia, os gemidos escapando apesar da raiva, o prazer misturando-se à humilhação.

Edvaldo gozou rápido, o líquido quente enchendo-a enquanto ele rugia, o peso dele esmagando-a contra a pia. Ele se afastou, ofegante, o pênis amolecendo enquanto puxava a calça, e riu, dando um tapa no ombro dela. "Tu é boa, menina. Melhor que tua mãe." Julia ficou ali, tremendo, o short rasgado no chão, o corpo dolorido mas estranhamente vivo, o coração batendo com uma mistura de ódio e algo novo — poder.

Aquilo continuou por anos. Aos 18, ela já não lutava tanto. Edvaldo a pegava no quarto, na sala, onde quisesse, sempre bêbado, sempre bruto. Uma noite, em 2010, ele a jogou na cama, o colchão rangendo sob o peso dele, e a fodeu de quatro, as mãos agarrando os quadris dela com força enquanto batia na bunda dela até a pele arder. O pênis dele entrava fundo, o ritmo selvagem, e Julia gemia alto, os seios balançando com cada estocada, o prazer crescendo apesar do nojo. "Pede mais, vadia", ordenou ele, puxando os cabelos dela, e ela obedeceu, a voz trêmula: "Mais forte..." Ele riu, acelerando, o suor pingando do rosto dele nas costas dela, e ela gozou, o corpo convulsionando sob ele, o orgasmo quente e avassalador enquanto ele a chamava de puta.

Foi aos 18 que tudo mudou. Era uma noite de dezembro de 2012, o calor sufocante, o rádio tocando Zezé Di Camargo enquanto Edvaldo entrava no quarto dela, a garrafa de pinga na mão. Julia estava deitada, o short curto e a regata colados ao corpo suado, os cabelos loiros espalhados no travesseiro. Ele jogou a garrafa no chão, o líquido escorrendo pelo assoalho, e subiu sobre ela, rasgando a regata com um puxão. "Hoje tu vai gritar, sua vadia", rosnou, abrindo a calça, o pênis duro saltando livre enquanto agarrava os seios dela, apertando até ela gemer.

Ele a virou de bruços, levantando os quadris dela com uma mão enquanto batia na bunda dela, o som ecoando no quarto. Julia deixou, os gemidos altos e falsos, o corpo se movendo com ele enquanto ele a penetrava, o pênis grosso forçando-a com uma brutalidade que ela conhecia bem. "Tu gosta, né?", grunhiu ele, os quadris batendo contra os dela, o suor escorrendo do peito dele nas costas dela. Ela gozou, o clitóris pulsando contra o colchão, o prazer misturado à raiva enquanto ele acelerava, o rugido dele enchendo o ar quando gozou dentro dela.

Mas dessa vez, ela estava pronta. Enquanto ele desabava ao lado dela, ofegante, rindo com aquele som gutural, Julia rolou para o lado, os dedos encontrando a tesoura de costura que deixara sob o travesseiro. "Você foi bom", sussurrou ela, a voz doce, e antes que ele pudesse abrir os olhos, cravou a lâmina no pescoço dele, o metal rasgando a carne com um som úmido. Edvaldo gorgolejou, o sangue jorrando quente contra os seios dela, os braços se debatendo enquanto ela montava nele, nua, os quadris ainda tremendo do orgasmo.

Ela puxou a tesoura e cravou de novo, no peito, na barriga, o sangue pintando-a como uma tela enquanto ele morria, os olhos opacos arregalados de choque. Julia gemeu, alto, os dedos deslizando entre as pernas enquanto o clitóris pulsava, o calor do sangue misturando-se ao prazer que a atravessava. Ela gozou outra vez, o corpo arqueando-se sobre o dele, os gritos ecoando no quarto enquanto o último suspiro dele escapava. Era diferente — não era só sexo, era poder, controle, o êxtase de tirar a vida que a quebrara por tanto tempo.

Ela se levantou, nua e ensanguentada, o corpo trêmulo de prazer, e ficou olhando para ele, o sorriso vermelho curvando-se nos lábios. Não havia urina ainda — isso viria depois, com os outros —, mas ali, naquela noite, Julia nasceu. A menina assustada morreu com Edvaldo, e a assassina tomou seu lugar, o prazer do sexo e da morte entrelaçados para sempre em sua alma.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 3 estrelas.
Incentive Sr Boi a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários