Apaguei assim que fechei os olhos, não lembro de sonhar, acordei com o despertador e como eu sempre acordava com tempo sobrando, apertei o soneca no celular e fiquei deitado olhando o teto, eu me sentia diferente, leve, sentia o tecido do pijama que eu costumava usar para dormir tocando minha pele, coloquei as mãos por baixo do tecido e sentia minha pele ainda sedosa por causa do hidratante, então levei a mão para dentro da calça e fui direto a minha bunda, procurando meu rabinho queria ver o resultado da minha loucura de algumas horas antes.
Assim que toquei, minha mente rebobinou e passou o filme do que tinha feito e como tinha terminado, e não sei como peguei no sono de novo e não sei porque não acordei com o despertador e ele parou sozinho ou eu apertei a soneca de novo.
Acordei com ele tocando e na minha mente só tinham passados 15 minutos, mas que não era isso, meu Deus, estou atrasado e assim que levantei vi a minha arte, vim deitar com a boca com batom e fiz uma bagunça no travesseiro, mas isso agora é problema para depois, pensei, olhei a hora corri para o banheiro, não vai dar tempo para tomar banho, apenas lavei o rosto e me certifiquei que não tinha batom.
Desci rápido peguei um pedaço de um bolo que minha tia tinha deixado para mim e sai correndo, não podia chegar atrasado na universidade eu tinha uma prova e o professor era um mercenário, mas então quando dobrei a esquina o ônibus estava arrancando da parada não tinha jeito de eu chamar a atenção do motorista.
Rodrigo seria a salvação ele sempre me oferecia carona mas eu nunca aceitava, liguei para ele;
Ele- Opa Nando, como que tá, aconteceu alguma coisa?
Eu- Oi cara, já saiu, eu me atrasei e perdi o ônibus,? tenho prova!
Ele- Não estou tirando o carro da garagem agora, fica tranquilo, está onde eu te pego e vamos, está cedo ainda, de carro chegamos rápido.
Eu- Estou na parada, valeu mano!
Ele- Que é isso cara, sempre te ofereço carona mas você nunca quer, já te pego ai!
Uns 3 minutos depois ele para o carro e eu embarco, ele com os olhos vermelhos, com um lenço de papel na mão;
-Mano, estou com uma crise de renite violenta, meu nariz tapou que não sinto cheiro de nada!
Andamos algumas quadras e ele sem rodeios ele lança uma bomba nuclear em mim!
Então malandro quem era?
Eu- Quem era quem?
Ele- Quem era a garota, aquele avião que estava na tua casa ontem, tarde da noite, acho que eram umas 23:30 ou 23:40?
Eu congelei, travei, suei frio, olhei para ele e não sabia o que responder, meu cérebro foi de 0 a 100 em um segundo, como ele me viu, será que ele não me reconheceu mesmo, o que ele viu, coração acelerou a pressão caiu, boca secou, visão ficou turva, então respondi;….
Eu- Não tinha ninguém lá, tu viu coisa ou era outra casa, as casa são todas parecidas!
Ele- não, que é isso, era a sua casa sim!
Quando eu passei com a Mili, (a cachorra que eles tem, as vezes levam para caminhar fazer as necessidades, sabem como é), eu vi as luzes da sala e da escadaria ligarem em quando a MIli fazia coco e vi uma garota loira, alta de casaco e botas aparecer no vitral da escada, não pude ver mais porque a Mili terminou e queria seguir caminhando e enquanto eu juntava o coco a garota saiu.
Eu não sabia o que responder ou o que falar e quando eu ia tentar falar alguma coisa ele continuou, enquanto dirigia rumo a universidade!
Ele- Quando eu estava voltando com ela quando eu estava ali na esquina depois da Rádio, (tem uma rádio, um estúdio de rádio perto da casa do meu pai), quando olhei a garota estava na varanda do teu quarto fazendo uma selfie, não pude ver mais porque de eu estava ela ficava de lado para mim e o cabelo cobria o rosto, quando eu estava chegando em uma posição que podia ver o rosto dela a Mili latiu e ela entrou.
Tudo aquilo que ele falava me deixava em pânico, como eu pude ser descuidado ainda mais assim, na primeira vez que eu me montava por completo, o que eu ia falar para ele;
Eu- Não tinha ninguém, acho que você viu outra casa, eu estava até dormindo essa hora!
Ele insistiu mas eu mantive a versão, não tinha ninguém, então chegamos na universidade, faltavam 10 minutos, eu tratei de descer, agradeci a carona e ele;
-Vai lá malandro, vou descobrir quem era!
Eu- já disse não era ninguém, tu tá doido!
Ele- Ahã hã sim… até depois!
E tratei de ir para minha prova, a manhã na universidade foi tão corrida, entre a prova aula, que não tive nem tempo de pensar sobre aquilo, mas iria voltar para mim, mais cedo ou mais tarde!
Ao meio dia, comi qualquer coisa lá pela universidade mesmo para aproveitar para imprimir alguns trabalhos no DCE, quando me liberei fui para o curso de inglês que eu fazia, (acho que não comentei isso, além do direito eu cursava inglês e espanhol na mesma universidade, então tinha dias que eu passava o dia todo lá), a tarde passou tão rápido quando a manhã, quando vi já eram 17 horas, meia hora depois eu esta na parada de ônibus, aquele dia seria a minha primeira aula prática de direção.
No trajeto até o centro da cidade onde ficava o CFC, minha mente tentava organizar as coisas, a noite anterior, Rodrigo me flagrando, ou melhor, flagrado a Fernanda e o fato que toda que eu ficava livre, sem nada para fazer, minha mente praticamente de forma imediata ficava repassando como um vídeo em meus pensamentos as sensações, prazeres, como tinha feito, o que tinha vestido, o que queria vestir, como faria de forma diferente e em todas as chances abria as fotos no celular para ficar olhando e não via a hora de repetir.
Quando o ônibus chegou na parada que eu ia descer, eram 18 horas, minha aula começava as 18:30, fui ligeiro até o shopping comprar um café e pela primeira vez que entrei ali notei as vitrines com itens femininos, sapatos, botas, curtas, longas, vestidos, casacos, afinal era inverno, mas a novidade era que aquilo agora que sempre esteve ali, prendia minha atenção de uma forma inexplicável.
Peguei meu café e estava saindo quando fiquei parado olhando a vitrine da loja Renner, haviam manequins com looks com calças de um tecido imitando couro, com casacos longos, com echarpes, com variações de cores, sapatos, botas, curtas e longas, minha mente repassava o que tinha em casa tentando montar combinações parecidas, quando uma mão tocou meu ombro,
- Presente para namorada?
Me virei era Pedro com um copo de café na mão!
- Eu te vi saindo do café quando estava chegando, então, presente para namorada ou está namorando os relógios?
A verdade que nem tinha notado o balcão no fundo com relógios masculinos, então concordei;
-é preciso comprar um relógio novo!
Ele -Vamos lá, o próximo aluno é você!
Quando chegamos, fui assinar os papeis que precisava, quando voltei para frente do CFC, Pedro estava me esperando, embarquei no carona e ele dirigiu até uma área próxima que tinha pouco movimento e era sinalizada como área de autoescola.
Ele encostou o carro, abriu a porta e disse vamos trocar!
Assim que senti no banco do motorista ele seguiu o roteiro, apresentou os itens, volante, alavancas, pedais, o carro era um gol, modelo popular comum naquele ano, como fazia frio o ar quente do carro estava ligado, não tão quente como no outro dia, mas quente o bastante para realçar cheiros como perfumes, e enquanto Pedro me explicava os itens, e procedimentos, obviamente ele precisou chegar mais perto de mim e sem rodeios;
-Hummm, você está perfumado hoje de novo!
-Vai me contar os detalhes hoje?
Diferente do meu susto com Rodrigo pela manhã, com ele o meu lado feminino vibrava com a situação, Fernanda queria pular e dizer oi, estou aqui, sou eu que cheiro assim, gostou, mas mesmo assanhada ela sabia que podia ser rejeitada, não preciso nem tentar explicar isso né.
Então ele mandou ligar o carro que iriamos arrancar, segui as instruções e assim que o carro partiu ele notou que eu já sabia dirigir razoavelmente bem, (a verdade é que meu pai havia me ensinado e muito bem diga-se de passagem ele era muito metódico ao conduzir então me ensinou razoavelmente bem), Pedro me olha com cara de bravo;
-Seu malandro, você sabe dirigir muito bem, tem controle do veículo, porque não me contou?
Eu -Meu pai me ensinou e não iria mudar nada te contar isso, porque tenho que fazer as aulas ainda!
Ele -sim, sim, mas fez eu me sentir um bocó agora te explicando o que eram os itens do carro, isso não se faz!
Então comecei a rir e ele me mandou, garoto, atenção no trânsito, vamos para um lugar mais movimentado, vamos ver como se sai, fui seguindo as instruções, não era a avenida mais movimentada da cidade, mas tinha certo movimento, ele me corrigiu em algumas coisas que achou necessário, o tempo passou voando.
-Vamos pegar a direção da sua casa, onde mora?
Eu - moro no bosque!
Então ele foi dando as instruções e conforme seguia o trajeto, ele voltou ao perfume;
- você não vai me contar mesmo nada sobre quem é a dona desse perfume?
Quando eu fui abrir a boca para falar uma desculpa qualquer ele me interrompeu;
-ou é você que está usando?
Falou de forma séria me olhando, nesse momento eu parei em um semáforo e olhei para ele me olhando ainda.
-Sabe, na contra é um ótimo perfume!
Nanda vibrava dentro de mim mas fiz cara de bravo, tinha que manter minha posição, então ele começou a rir;
-é brincadeira, tinha que ver a sua cara agora!
Então ele mudou assunto, não sei se ficou preocupado que eu pudesse ficar bravo mesmo ou quem sabe pensou que realmente eu escondia algo, chegamos na minha casa e ele ofereceu que poderia me pegar na universidade, mas falei que na quinta não tinha aula à tarde, então ele disse que me pegava em casa sem problema nenhum.
-Combinado!
Eu combinei, até amanhã!
Desci do carro e ele desceu também para ir pro banco do motorista, então demos um aperto de mãos com aquele tapinha no ombro e ele para não perder a piada;
-Esse cheiro é muito bom!
Ele entrou no carro e se foi, eu entrei em casa, devia ser por volta de 19:40 ou 19:50, subi para meu quarto tirar a roupa e colocar meu abrigo surrado e a camiseta que costumava usar em casa e um moletom do Inter, (meu time), precisava juntar um pouco da bagunça, lavar a louça suja, colocar roupa para lavar, inclusive a roupa de cama que eu tinha sujado, eu sempre foi organizado, então não podia começar agora a fazer bagunça, tinha que tentar manter tudo dentro de certa normalidade para não trazer a atenção para mim, e tenho certeza que na quinta que era o dia seguinte minha tia viria trazer comida ou ver como eu estava, não queria levar esporro.
Mas isso não quer dizer que era eu que tinha que fazer o serviço de faxina.... Fernanda!
Peguei um biscoito e meu celular e fui para o quarto da Nanda, eu precisava de uma chuveirada costumava tomar banho todos os dias de manhã e tinha pulado porque estava atrasada hoje, então tirei a roupa e tomei uma ducha quente e fui deixar a Fernanda sair.
Depois de me enxugar, peguei o creme hidratante e repeti o ritual passei em todo corpo, eu estava amando aquela sensação, acho que isso podia se tornar um hábito.
Peguei um conjunto de calcinha e sutiã que me pareciam mais casuais, lisos sem muitos detalhes, rosa, como a ideia era organizar a casa, então vamos fazer isso a caráter, (não, não vou me vestir de empregadinha, hahaha), peguei uma legging vermelha, sabem aquelas que tem uma aparência metalizada e uma baby look branquinha com uns desenhos aleatório na frente me pareceram fofos no momento e um moletom daqueles abertos com zíper na frente.
Vesti a calcinha e o sutiã a legging e a baby look e um moletom , não iria limpar a casa de salto alto, então peguei um tênis Nike que era da minha irmã e fui cuidar da bagunça, comecei recolhendo a roupa da cama do quarto da Nanda, deixei na lavanderia e fui para cozinha, juntei tudo que tinha deixado de louça suja na pia para lavar e estava subindo juntar a roupa para colocar a lavar quando escuto meu telefone tocando na cozinha.
Era Rodrigo!
-Opa mano, está em casa?
Eu -Sim, o que manda?
Ele -Preciso de ajuda, fiz alguma besteira com meu notebook e não tem jeito de carregar o sistema, fica só na tela de reparo com aquelas letras brancas e o Igor está fora.
-Me socorre?
Eu -claro!
Ele -Estou indo ai!
Eu entendia bem de computadores, (entendo ainda), então, sempre mexia nos meus e dos meus amigos…
Então depois de desligar o telefone, acendeu o alerta, meu Deus, Rodrigo está vindo aqui, não posso estar assim quando ele chegar, de legging e baby look, corri para o quarto da Nanda e tratei de tirar a legging e a baby look, vesti meu abrigo e a camiseta por cima da calcinha e do sutiã!
E dava para ver o sutiã por baixo, então coloquei o moletom do inter por cima, apaguei as luzes, tranquei os fundos e corri para a cozinha lavar a louça, quando coloquei o primeiro prato no escorredor Rodrigo tocou o interfone.
Atendi o interfone e avisei que iria abrir a porta da garagem e que estava na cozinha, segui lavando a louça, quando vi ele estava parado na porta me olhando;
- Humm lavando a louça, tô precisando de uma diarista para fazer faxina no meu quarto!
-Quando está cobrando princesa?
Rodrigo sempre fez brincadeira do tipo, com todo mundo, mesmo nós sendo amigos bem próximos ele não era diferente comigo, eu nunca dei bola.
Mas agora, que existia a Fernanda coabitando o mesmo corpo comigo, enquanto a Nanda ficava toda assanhada pensando respostas irônicas e provocativas eu ficava constrangido, mas tinha que manter a aparência e reagia como de costume, rindo ou mandando para aquele lugar.
Então ele fez comentários sobre o meu carro;
Como está a CNH, quase?
-Esse 308 é bonito né!
Concordei, terminei a louça, sequei as mãos e disse para ele;
-Vamos lá para cima para gente ver que merda tu fez nesse notebook!
Ele -tá bom nerd, sabe tudo!
E em meio a risos subimos as escadas, quando chegamos no segundo piso no fim da escada onde ficava o vitral que se via a rua, Rodrigo deu uma risada, daquelas tipo irônica, com o canto da boca.
-Hum, hum…. sei!
Eu -o que?
Ele -nada, só pensei alto!
Quando entramos no meu quarto eu liguei a luz, ele começou a rir sem parar e disse;
-Mas tu é cara de pau meu, nem vermelho fica, malandro!
-Vai me contar os detalhes ou não!
Eu -do que está falando, já disse que não tinha ninguém aqui ontem!
Ele -sim, sim, ninguém tomou café ou chá na xícara suja de batom lá no aparador do vitral, né?
Ele -E ninguém que usa o mesmo batom, dormiu na tua cama e marcou o travesseiro!
Então, lembrei que tinha soltado a xícara lá quando fiz a selfie na escada e pior ainda, tinha esquecido de tirar a fronha do travesseiro com as manchas de batom, coração chegou a parar, o que vou responder, que explicação vou dar, se falar que era alguém ele vai pedir detalhes, mas tentei continuar agindo com naturalidade e fui ligando meu computador e o conectando o notebook dele.
-me dá aqui esse notebook, vamos ver o que tu fez!
Ele continuou insistindo em querer saber quem era, onde tinha conhecido, se era bonita, se era safada, como era de cama, sabem aquele papo de homem!
Enquanto resolvia o problema do notebook do Rodrigo, questionava a mim mesmo sobre meu descuido, sobre a xícara, sobre ter esquecido de tirar a fronha, mas meu outro lado ficava, sussurrando em meus ouvidos;
-Ele querendo saber quem é a garota se ele imagina que ela está aqui, na frente dele?
-Já imaginou se ele sabe que você está usando calcinha e sutiã agora?
-Será que o Rodrigo iria se interessar por mim?
-Tem aquela história dele ter saído com a Fabi!
Gabi não era a prima dele era uma trans, uma das primeiras que se teve notícia aqui na cidade, mais velha que ele, mas era bem atraente, não sei muitos detalhes mas a 10 anos atrás, já conseguem imaginar a repercussão quando ela tornou pública sua orientação sexual, mas havia uma história que o Rodrigo teria saído com ela a uns 2 ou 3 anos atrás.
Dito isso, então havia chance para a Fernanda, claro se o boato fosse verdade!
Quando consegui fazer o notebook ligar, chegou na tela de login e pediu a senha;
-Chega ai, digite a tua senha!
Como o notebook estava na minha bancada e eu sentado, Rodrigo teve que se aproximar consideravelmente de mim, assim que digitou a senha e o sistema começou a carregar ele continuou curvado e do nada me olha e fala;
-Cara, que cheiro é esse, parece creme de mulher, daqueles que passam no corpo!
-E vem de ti!
-Hummm
Então usei a verdade como arma!
-Sim, Rodrigo, vai ver que eu estou passando creme hidratante pelo corpo depois do banho, quem sabe estou querendo virar mulher, já pensou eu depilado, usando lingerie e passando hidratante?
Quando terminei de falar ele estava estático, parado me olhando, eu respirei fundo e fiquei esperando a resposta dele ou a reação, podia sair qualquer coisa dali, então ele simplesmente começou a rir, e já ouviram aquele dito popular, perde o amigo mas não perde a piada?
-Olha, te olhando assim, sabe que se colocar uma peruca, uma maquiagem, um salto alto e uma lingerie sensual, quem sabe um silicone, com essas pernas compridas e essa bundinha de ciclista, até que dá para encarar.
-É eu te pegava de boa!
Puta que pariu, rolou aqueles 10 segundos de silêncio, eu não sabia o que responder, ele se deu conta do que falou e a Fernanda no meu ouvido toda assanhada, quando me pensava um assunto para quebrar aquele clima, o escaneamento do disco no notebook dele terminou.
Então levantei e disse, senta aí e teste se está tudo funcionando e como disse antes, perde o amigo e não perde a piada, quando ele foi sentar ao passar por mim, ele encheu a mão na minha bunda e apertou.
-Adoro bundinha durinha e a tua, olha nunca tinha reparado, não é de se jogar fora!
Meu cérebro congelou, bugou geral, primeira coisa que veio à mente, será que ele sentiu a calcinha por baixo do abrigo?
Ele sabia que eu usava cueca box, já tínhamos tomado banho de piscina na casa dele!
Respirei e decidi continuar na mesma linha de antes!
-Olha, que se gostar da ideia tu vai ter que cuidar de mim!
Puta merda, outros 10 segundos de silêncio, ele não sabia o que responder e eu pensando que merda falei!
Ele -Está tudo funcionando certinho, valeu, te pago uma cerveja ou um café, mas se quiser podemos acertar em serviço!
E eu inocente!
-Em serviço?
Ele -É posso te dar um trato a Gisi, (garota que ele estava ficando, não era um namoro oficial mas já tinham saído algumas vezes, com ela que ele saiu o outro dia), não curte dar a bundinha, quem sabe a gente se ajuda!
E caiu na gargalhada!
Eu tratei de seguir a mesma linha, ri e continuei;
-Sim, sim, se eu sentir vontade pode deixar que te chamo e acertamos em serviço!
E nesse clima de brincadeira, falamos mais algumas bobagens, ele pegou no Notebook e foi se despedindo, na hora de sair, abri a porta da frente para ele sair, então novamente ele provocou de novo, enfiou a mão na minha bunda de novo e dessa vez beliscou e doeu;
-Aiii saiu da minha boca em tom agudo, doeu!
Ele -humm, já está entrando no clima, esse gritinho agudo parece uma garota!
E foi saindo e foi embora rindo, do portão gritou, falou até amanhã!
E assim que ele sumiu atrás do muro caminhando pela calçada eu tranquei a porta com todas as trancas e soltei a Fernanda e fui tirar uma duvida, se onde ele tinha tocado na minha bunda ele teria sentido a calcinha e sim, nas duas vezes que ele tocou, teria sentido o relevo característico da borda da calcinha.
Quem sabe foi por isso que ele voltou a tocar para tirar a dúvida!
Então corri para o quarto dos fundos e arranquei a calça do abrigo, a camiseta e o moletom, peguei o KY e o vibrador, joguei a toalha de banho na cama, tirei a calcinha e de joelhos passei lubrificante no meu rabinho e na cabeça do meu amiguinho.
Estava tão excitada que assim que encostei ele na entrada pude sentir meu pau amolecendo enquanto sentia milímetro por milímetro do vibrador ir entrando em mim, claro que no primeiro momento havia aquele desconforto e até uma dorzinha mas a sensação de estar sendo invadida por um corpo estranho valia cada mordida no lábio.
E depois de tirar e colocar duas ou três vezes, algumas pausas lá estava eu ensaiando uma posição desajeitada, meio de joelhos, meio de quatro, tentando empinar a bunda para que o vibrador acertasse o ponto G ou seria ponto P…(piada ruim né)
Desta vez liguei de propósito o vibrador e com o pouco de energia que ainda restava e a persistência acertou o lugar certo, claro que não atingir o orgasmos assim tão rápido, mas eram espasmos de prazer, uma coisa que não sei explicar e olhar meu pênis murchinho contraído, pingando aquele pré gozo.
Tinha um efeito erógeno em mim, era como se o tesão literalmente, as impulsos sensitivos fossem todos desviados para meu rabinho e então um tempo depois, não sei, se foram 5, 10 minutos, comigo fazendo movimentos com o vibrador e com minha bunda, curvando e empinando.
Senti aquela onda de prazer fazendo eu contrair o anel do meu cuzinho que o vibrador estava enterrado até o fim e assim ficou, como se eu tivesse travado ele, tinha vontade de rasgar o lençol.
Me joguei na cama de costas, com a barriga para cima, meu corpo fazia movimentos involuntários, sentia meu rabinho apertando o vibrador.
E então restou apenas eu respirando fundo de forma ofegante, meu rabinho soltou o vibrador que saiu sozinho, gozei na toalha, gozei em mim, não sujou a cama mas eu fiquei parecendo uma maçã caramelada!
Tomei outro banho e como já era tarde, vesti as minhas roupas de garoto e terminei de juntar as roupas sujas para colocar a lavar, juntei a xícara e a fronha do meu travesseiro e tratei de ir dormir, peguei no sono lembrando das bobagens que o Rodrigo tinha me falado e se eram bobagens mesmo, será que ele não estava me testando porque tinha sentido calcinha?
continua…
