Marzagout, o Vingador Implacável

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 5758 palavras
Data: 23/11/2025 11:16:26

Dormente em cada coração, dentro de cada peito masculino da cidade em ruínas, a exasperação cresce.

O clima é tenso, iminente. A próxima manhã pode ser a última, com quase nenhuma esperança que venha apaziguar as inquietudes, castigar a quem merece e distribuir justiça a quem necessita.

A guerra entre os exércitos de homens e mulheres se arrasta há décadas, deixando um rastro de destruição e humilhações para ambas partes.

As guardiãs da facção feminina dominante, conhecida como “Filhas”, vem eliminando qualquer resistência masculina. Implacáveis, elas não medem esforços para dominar seu território, estando a ponto de consolidar sua vitória.

Contudo, um pequeno grupo de homens ainda acredita que algo acontecerá para evitar sua derrota: o retorno de um ser mítico há muito esquecido, cuja fama agora renasce entre eles como uma religião.

Marzagout. Só ele, com seu corpo forjado no inferno, seria capaz de igualar as forças do exército das Filhas que os subjuga sem piedade.

No quartel general das guardiãs, Arhad, a generalíssima máxima, golpeia a mesa ao ouvir de suas guerreiras que o rumor sobre Marzagout cresce, como uma esperança que insiste em permanecer.

Os sonhos masculinos são o motivo de todo o mal, a razão daquela guerra e toda a destruição provocada por seu exército. Os homens não deviam sonhar, é inútil, a batalha está perdida para eles.

Ainda assim, os ignorantes acreditam nessa fantasia que os faz ter fé. Arhad quer pôr um fim nessa lenda, aplastar o sonho dos homens, custe o que custar. Para isso, precisa entender a origem daquela figura mítica.

Com os olhos saltados, ela manda suas guardiãs trazerem um prisioneiro, o velho Mosrod. Ele é só mais um cativo, mas seus anos e seu conhecimento dos homens podem carregar informações valiosas.

A triste figura de Mosrod, um velho calvo e esquálido que mal consegue manter-se em pé, chega completamente nú, carregado pelas guardiãs. Seu membro é fino e longo, apesar de sua altura mediana. Ashad dá um sorriso sádico vendo sua decadência.

Para ela, essa é a representação ideal da classe masculina, figuras dignas de pena, miseráveis e rendidos.

É contrastante vê-lo entre as guardiãs. As mulheres são altas e fortes, na flor da idade, os cabelos longos e soltos são viçosos e seus corpos irradiam vigor, expostos na pequena vestimenta de correntes que revelam as coxas grossas e seus abdomens definidos.

Elas largam Mosrod de mãos amarradas numa cadeira e o velho despenca, mas tal fragilidade não engana à general. Nas tentativas anteriores, por mais que o torturassem, o velho nada revelou.

Os veteranos de guerra são assim, custam a dobrar-se e não ligam para a morte. Para os homens nascidos durante a guerra, qualquer coisa é melhor que cooperar com as mulheres.

Ao questionar o velho sobre Marzagout, o silêncio de sempre se repete. Só um sorrisinho de escárnio brota do velho, ao pensar que as invasoras estão preocupadas. Ashad se vê contrariada e as guardiãs, postadas em pé atrás do homem, seguem impassíveis.

Porém, dessa vez o interrogatório será diferente. A general ordena que uma das guardiãs se adiante, puxa a chave mestra e abre as trancas de sua vestimenta. Todos percebem o que ela tem em mente. Em seguida, Ashad ordena à guardiã que torture o prisioneiro.

A mulher musculosa se aproxima de Mosrod com seus seios volumosos de mamilos duros empinados pelo frio e seu púbis de pêlos escuros, escondendo suas intimidades em meio ao quadril de ossos fortes. Ela se ajoelha diante do velho, toma seu pênis flácido entre as mãos e começa a movimentá-lo.

Mosrod se esforça para resistir. Sabe que, caso ceda à tentação, falará demais. Seu membro lhe obedece parcialmente, não permitindo a ereção necessária para que a guardiã avance.

Ashad se enerva, a paciência nunca foi uma das virtudes das mulheres. Decidida, ordena à guardiã que aplique a boca para acelerar o processo.

O velho arfa, revira os olhos e tenta se livrar, mas não consegue. Seu membro o trai e ganha volume entre os lábios carnudos da jovem que o abocanha. A guardiã o retém com uma das mãos e coloca todo o restante na boca, lambe e engole o que consegue, até sentir que está totalmente teso.

Quando avisa a Ashad que teve êxito, a guardiã não consegue evitar um sorriso de satisfação por sua vitória. Ela segue masturbando o velho para manter sua conquista, à medida que a general retoma as perguntas sobre Marzagout.

Mosrod decide falar, em parte porque seu cérebro masculino foi obnubilado pela excitação, em parte porque teme o que pode ocorrer: Ashad é capaz de sacrificar a guardiã, ordenando que ela o cavalgue só para arrancar-lhe a história contida nos escritos apócrifos encontrados pelos homens.

Num tempo já perdido, nasceu no interior uma criança um tanto excepcional: Espelt. Não que fosse mais bonita ou inteligente que as outras que nasciam ali, mas o menino se destacava por algo inusitado: sua fome.

No início era uma fome básica, de comida, como se precisasse consumir até a alma de sua progenitora. Quando sua mãe não aguentou mais, já quase subnutrida, outras jovens lactantes do lugar vieram apoiá-la oferecendo de mamar ao garoto.

Os outros bebês arcaram com as consequências, desenvolvendo-se menos que o esperado enquanto Espelt crescia forte e vistoso.

Mesmo quando passou a comer, o infeliz consumia todos os recursos da mãe e, ainda assim, sua fome não tinha fim. Por isso, as demais lactantes seguiram alimentando-o, de forma que aos quinze anos Espelt era muito maior que todos os jovens de sua idade.

Nunca antes havia crescido ali um rapaz tão forte, e todas elas sentiam-se um pouco responsáveis por aquele êxito. Através de sucessivas gerações, nenhuma lactante se negou a seguir amamentando-o, ano após ano, até Espelt transformar-se num touro.

Os homens da vila desconheciam esta atividade, pois nenhum deles permitiria que sua esposa oferecesse o peito para alimentar outro que não fosse seu filho. Havia um misto de solidariedade e desejo que motivava essas mulheres, e elas o faziam em segredo.

Desta maneira, aos dezenove anos, Elspet estava acostumado a ter várias mulheres oferecendo-lhe o peito, quando sua fome mudou. Sua sexualidade aflorou, e Espelt descobriu que seria incapaz de contentar-se com somente uma delas.

A primeira foi Anahim, a mais jovem das amas de leite. Era uma caboclinha que morava numa área isolada e vinha uma vez por semana à vila, quando passava na venda e cumpria a promessa de amamentar a Espelt.

Com vinte e poucos, dera à luz há um par de anos e desde então somara-se às doadoras, atraída pelo mito do jovem que não parava de crescer. Contudo, o Espelt era quase tão jovem quanto Anahim, o que fazia do ato de amamentá-lo algo erótico.

Enquanto o rapaz estava deitado no colo de Anahim sugando vorazmente uma de suas tetas inchadas, a jovem começou a sentir um desejo nada maternal e, aos poucos, foi deslizando a mão sobre o abdômen de Espelt, até pousá-la sobre sua masculinidade que já começava a crescer.

Ao sentir o volume extremamente rombudo que ali se escondia, Anahim se assustou. Era maior e muito mais grosso que o único homem com quem já estivera, seu marido, pai de seu filho.

Diz-se que a curiosidade matou o gato; pois bem, a curiosidade matou Anahim no primeiro contato íntimo com o rapaz faminto. Ao sentir a mão da jovem apalpando-o entre as pernas, Espelt olhou-a diretamente nos olhos e foi como se a hipnotizasse.

Ele sequer pediu. Apenas abriu a calça e deixou o rombudo pular para fora, atento, vermelho e inchado, com veias saltando ao redor e uma cabeça que mais parecia um punho. Em silêncio, segurou Anahim pela nuca e fez seu rosto se aproximar.

Não havia que dizer nada, a mulher abriu a boca e tentou sugá-lo, mas o rombudo nem cabia ali. Tudo o que conseguiu foi lambê-lo e, para seu espanto, o rapaz tinha sabor doce.

À medida que sentia a passagem da língua de Anahim sobre o rombudo, Espelt se excitava cada vez mais. Absorto pelo prazer recém-descoberto, quando ela o beijou, ele forçou para conseguir entrar entre os lábios grossos da jovem.

A boca de Anahim foi tomada, com esforço e agonia a cada centímetro conquistado, até que todo o espaço ali fosse ocupado.

O rombudo entrou fundo até ficar preso, com a cabeçorra entalada na boca da mãezinha, impedindo sua respiração. Espelt nem percebeu, estava tão excitado em possuí-la que, retendo a cabeça de Anahim pelos cabelos, começou a bombar em sua garganta.

Era tamanho o êxtase em que se encontrava que ele nem notou, mas Anahim começou a debater-se, seu rosto foi ficando vermelho, até que desfaleceu afogada com os jorros despejados ali.

Quando a mãe de Elspet voltou, ele estava nú, com o olhar de uma criança que quebrou o brinquedo, apreciando o tom azulado de Anahim com a boca escorrendo um espesso fio de sêmem.

Nesse momento, Mosrod interrompe o relato. Seu membro inchado dói, durante este tempo a guardiã só parou de masturbá-lo quando pareceu que ele gozaria, permitindo que ficasse um pouco froxo só para depois recomeçar a tortura, forçando-o a seguir contando.

Ashad está interessada naquela história. Não que ela acredite na idiotice de uma mulher morrer afogada com sêmem. Este tipo de bobagem é natural dos homens ignorantes, não das mulheres, seres superiores. O interesse de Ashad é entender aquele mito - e usar isso a seu favor para terminar de vencer a guerra.

Percebendo que o velho se cala, a general decide forçá-lo, ordenando à guardiã que o provoque mais incisivamente. A mulher, vindo sobre Mosrod, começa a esfregar os peitos em seu rosto.

Isso jamais acontecera na vida de Mosrod, ele nasceu já com a guerra em curso e nunca teve uma mulher oferecendo-se. Há gerações os homens só experimentam uma mulher caso se entreguem em submissão, ou então se a forçarem, aproveitando-se de alguma cativa.

O pênis de Mosrod pulsa, a mulher retém o rosto do velho entre os seios e um dos mamilos se arrasta sobre sua boca, oferecendo-se para ser lambido, chupado e mordido. O guerreiro resiste num esforço sobrenatural.

“Mais, irmã! Provoque mais! Quero esse velho soltando a língua!” - grita Ashad, perdendo a paciência de vez.

A guardiã vem descendo seu corpo sobre o do velho, seu sexo úmido escorrega sobre o abdômen de Mosrod até posicionar-se sobre o falo, mantendo-o entre seus lábios íntimos sem deixar que a penetre. Ela então coloca os braços em volta de seu pescoço e começa a mover os quadris.

Sentir o calor e a lubricidade da fêmea deslizando sobre seu membro é algo irresistível para Mosrod. O guerreiro está a ponto de perder a sanidade. A repulsa e o desejo se misturam nele de tal maneira que poderia enlouquecer. Sem ter outra alternativa, o velho volta à sua história.

Com medo da repercussão do que Espelt fez e entendendo que ele sequer tinha noção de seu erro, sua mãe agiu rápido. Naquela noite, os dois cavaram uma vala no roçado e enterraram o corpo da jovem que morreu afogada em sêmem.

Por sorte, Anahim vivia tão longe dali que sua ausência sequer foi percebida. O único que notou seu desaparecimento foi o marido, um matuto que recebia os golpes da vida com a naturalidade das pessoas rudes, e que não criou caso.

A mãe de Espelt sabia que tal sorte não ocorreria outra vez, e o advertiu para ter mais cuidado dali pra frente - e para não abusar de suas amas de leite, afinal, ele tinha que comer.

Não passaram nem três dias e Amaath, uma jovem galega da pele avermelhada pelo sol, mulher do dono da venda, veio amamentá-lo - e ele se viu novamente excitado ao deitar em seu colo e sugar uma de suas tetas cheias de leite.

Espelt levou uma mão ao seio livre e começou a acariciá-lo, depois passou a apertar e puxar, sentindo sua maciez e suavidade, até deter-se sobre o mamilo rosado, retorcendo e beliscando, tudo enquanto seguia mamando no outro peito.

A mãezinha galega até poderia ficar indignada com aquela ousadia, contudo, ela dava de mamar ao rapaz duas vezes por semana e já estava acostumada a que ele tivesse contato com seu peito.

O que Amaath não esperava era que Espelt abrira a calça e puxasse para fora tudo aquilo. O rombudo era avantajado, bonito e teso como ela nunca vira antes, e crescia cada vez mais à medida que ele se masturbava apertando seu peito.

Amaath tentou ignorar o que acontecia, mas seus olhos não conseguiam desgrudar do rombudo, hipnotizada. Em minutos ela já se via alisando Elspet e sentindo o calor que emanava dele, tratando ela mesma de masturbá-lo.

O desejo inusitado veio como um impulso incontrolável. Amaath nem percebeu como se deu, mas se colocou agachada sobre Elspet estirado no sofá, afastando a roupa e posicionando a cabeça de punho onde somente seu marido estivera antes.

Não foi algo calculado. Se estivesse em posse de sua razão, Amaath não o faria, o rombudo era grande demais e ela um tanto pequena, a desproporção era óbvia, mas ela sentia uma urgência de satisfazê-lo.

A pele em torno de suas intimidades se estirou até o limite, quase a ponto de romper, enquanto Amaath se encaixava sobre o rapaz. Mesmo assim, ela foi capaz de descer até a metade daquilo, sentindo-o forçar tudo pelo caminho.

Em seu limite, a dor e o prazer do rombudo descomunal aquecendo suas entranhas e preenchendo-a eram tão intensos que a galega não aguentou: desmaiou em meio ao orgasmo mais terrível que já tivera, enquanto seu corpo sofria espasmos involuntários.

Já na primeira vez que possuíra uma mulher sobre ele, o rapaz a fizera gozar com somente uma única penetração. Qualquer homem adulto teria noção do quão incomum era isso, mas a ingenuidade infantil de Elspet não foi capaz de entendê-lo.

Inebriado pela experiência, ele queria mais, muito mais.

Sem medir as consequências, o jovem reteve a galega desacordada sobre ele, se ajeitou no sofá e começou a investir decididamente dentro de Amaath, querendo ir por inteiro para sentir o prazer de comer de verdade uma mulher.

A cada estocada de Espelt na galega, o rombudo ia avançando como um mistério da física: dois corpos ocupando o mesmo lugar, uma impossibilidade lógica.

Dominado pela sensação de penetrá-la, Espelt não se dava conta do que realmente fazia, mas o sangue já começava a pintar seu membro de um tinto vivo e brilhante.

O rapaz se deu por satisfeito quando logrou enterrar tudo na mãezinha desmaiada, atingiu o clímax naquele mesmo instante e soltou um urro, como um guerreiro que abate seu oponente na arena escaldante.

Quando se retirou de Amaath, um fluxo de sêmem e sangue veio em seguida, despejando sobre o sofá o fruto daquela inconsequência. A mãezinha desacordada nem percebeu que deixava o mundo dos vivos nas mãos de Elspet.

Ao ouvir sobre a penetração fatal, a guardiã que está torturando Moshod e gemendo, crava as unhas em seu pescoço e começa a tremer. A excitação de deslizar suas intimidades sobre o membro do velho por tanto tempo foi demais para ela.

Acostumadas a somente ter relações com outras guerreiras, as mulheres há muito não se deliciam com um pênis e, ao tentar torturar o velho, a guardiã terminou torturando-se a si mesma, até atingir um orgasmo avassalador.

Exausta com aquela sensação, a guardiã fica toda mole e cai para um lado, gargalhando, enlouquecida para sempre com os espasmos que lhe dominam.

Mosrod não evita um sorriso de satisfação, olhando desafiadoramente para Ashad, que fica possessa. É uma derrota que uma de suas guerreiras se deixe levar à ponto de gozar sobre o membro de um homem, ainda mais sendo um velho desprezível.

Mesmo quando serviam-se de prisioneiros para fins de procriação, elas nunca gozavam. Demonstrar que um homem pode subjugá-las em qualquer aspecto é inaceitável.

Pisando duro, Ashad vai até a outra guardiã que continua impassível diante de tudo e retira as trancas de sua vestimenta, deixando-a totalmente nua.

Uma gota de suor que logo escorre pela testa de Mosrod. A guerreira é uma loira, mais bela e tentadora que a outra, seus seios em forma de pêra têm mamilos quase transparentes e seu sexo, para espanto do velho, se vê depilado.

Mais que tudo, chama a atenção de Mosrod a expressão de satisfação da loira ao ser chamada. Será bem mais difícil resistir a essa, que parece gostar de torturar os homens com seu corpo.

Confiante, a guardiã já vem montando sobre o colo de Mosrod de pernas abertas e ficando de frente com o homem. Sem desviar o olhar, toma o membro com uma das mãos e começa a pincelar a cabeça entre os lábios, como se fosse introduzi-lo.

Emitindo gemidos forjados, a mulher maliciosamente fica repetindo “por favor, me come, por favor”, conseguindo vencer toda a resistência do velho. Entre suspiros e gemidos, ele retoma seu relato.

A mãe de Espelt não dormiu naquela noite, tomando as providências para enterrar o corpo de Ísis no roçado, mas principalmente devido à preocupação sobre o que poderia acontecer se descobrissem as mortes.

Novamente, o destino lhes foi benéfico: atribuíram o desaparecimento de Ísis a um estranho que passara pela vila naquele mesmo dia. O que toda a cidade comentou era que a galega havia fugido com o estranho, para a desgraça de seu marido.

A mãe de Elspeth o proibiu de se envolver com qualquer mulher. Mais ainda, terminou com a corrente de solidariedade das amas de leite, buscando eliminar a possibilidade do rapaz voltar a matar outra mulher.

O que a mãe de Elspet não calculou era que sua fome não tinha limites e que seu apetite agora era outro. Também não entrou em suas contas que muitas das amas não o faziam somente por caridade, mas que havia um prazer proibido naquilo.

Muitas das mulheres seguiram vendo Elspet às escondidas quando sua mãe saia para o campo - e o assunto entre eles não era mais a alimentação do rapaz.

Elspet parecia ter aprendido a controlar seus impulsos e devassou mais de dez mulheres. O mais comum era que fosse uma por dia, mas às vezes chegavam a ser duas ou três. Como nenhuma delas sabia das demais, tudo passava despercebido.

Um dia, contudo, nenhuma delas se apresentou. O apetite voraz de Elspelt atingiu as esferas sem ter com quem saciá-lo, o que o fez sair de casa em busca de qualquer mulher que encontrasse.

Logo na primeira praça em que chegou, deparou-se com uma garota muito jovem, uma morena de tez clara e atributos corporais um tanto chamativos, que o deixou vidrado: Ayath.

Sem traquejo social, Elspet somente se aproximou e ordenou que ela o acompanhasse até sua casa, pois desejava usar seu corpo sedutor. O que normalmente causaria uma reação adversa, resultou surpreendente.

De início, jovem desconhecida viu aquele rapaz forte e bonito, um homem como nenhum outro do vilarejo, e se interessou. Em seguida, se assustou com aquela ordem descabida, mas…

Ao olhar dentro de seus olhos, foi como se Ayath ficasse hipnotizada, assim como ocorria com todas as mulheres a quem ele possuía. A jovem sentia que era perigoso, mas não conseguiu reagir. Aceitou a ordem e dirigiu-se com ele até sua casa.

Sentindo-se dono da situação, Elspet simplesmente sentou-se no sofá e ordenou que ela se despisse e dançasse para ele apreciar seu corpo. Sem conseguir frustrar aquela ordem, a jovem o obedeceu.

Enquanto Ayath nua fazia movimentos sensuais e tocava suas partes com expressão de prazer, Elspet puxou o rombudo e começou a se masturbar, para que ela visse o que enfrentaria.

Ao notar o que crescia imponente sobre o colo de Elspet, Ayath mordeu o lábio e suspirou, dizendo: “Então é assim? Nunca imaginei que pudesse ser tão grande!”

Pois bem, a Elspet nem lhe ocorreu que Ayath fosse virgem, ele sequer imaginava que houvessem mulheres assim, mas encontrou uma na primeira vez que buscou sexo fora de casa.

Ayath não somente era virgem, mas também carecia de experiência, assim como ele. De pé ante Espelt, ela se pôs de costas e inclinou o tronco para frente, com as mãos afastando as nádegas e alertando: “Faça por trás, por favor, para eu seguir intocada até que me case!”

A Espelt lhe causou estranheza esse pedido. Era muito inusitado, mas seu apetite era tanto que nem pensou. Afoito por satisfazer-se, ele segurou Ayath pela cintura e veio trazendo-a para sentar-se sobre o rombudo da cabeça grande.

Ayath sentiu a impossibilidade daquilo no primeiro tranco, mas não conseguiu negar-lhe o desejo a Espelt: estava hipnotizada, sem vontade própria.

A garota resfolegou, bufou e gemeu, perdeu o ar e quase desmaiou, mas não retrocedeu e permitiu sem protestar que Espelt se refestelasse em seu traseiro.

Foi com dor, prazer e agonia que Espelt a obrigou a cavalgar de costas sobre ele, enquanto apreciava o rombudo desaparecendo entre as nádegas volumosas de Ayath.

Mais uma vez, ele foi dominado por algo que não sabia explicar. O apetite voraz que o fazia perder a razão voltou mais forte do que nunca, fazendo-o investir naquele pequeno orifício sem limites.

Quando por fim logrou instalar-se por inteiro, Elspet urrou ao sentir que gozava, enquanto a garota dava um derradeiro suspiro prévio à morte.

Quando sua mãe chegou, viu a grotesca cena de Espelt sentado no sofá, comendo uma garota que, a julgar pela coloração da pele, estava sem vida já há algumas horas.

E não era qualquer garota, ela logo reconheceu: Ayath era filha do prefeito.

Quando foram enterrar Ayath, uma nova descoberta a fez perder a razão: encontrou várias outras sepulturas alinhadas no roçado. Espelt havia sodomizado até a morte todas as amas que seguiram visitando-o, sem que ela soubesse.

Ashad está boquiaberta. Não é possível que os homens acreditem naquele monte de asneiras sobre um assassino sexual de mulheres. Começa a suspeitar que é uma grande invenção de Mosrod para não contar a verdade.

Ela dá um passo adiante e toca o ombro da guardiã, dizendo: “Não creio em nada disso. Vamos forçá-lo mais!”

Com um sorriso sádico, a guardiã sente prazer em maltratar Mosrod. Nem é necessário, o velho está contando tudo o que sabe dos escritos apócrifos, mas a Filha ultrapassa a linha proibida e se enfia no membro teso do inimigo.

O guerreiro chora. É uma humilhação ser montado por uma inimiga, mas, ao mesmo tempo, ele nem sabe quantos anos fazem desde que esteve dentro de uma mulher.

A guardiã coloca tudo para dentro e permanece ali, só contraindo suas entranhas, apertando-o dentro de si, sem mover o quadril. Dominado, Mosrod tenta mover-se para sentir que a penetra, mas o peso da loira o retém.

Ashad gargalha e arremata: “Ah, agora você quer? Nem consegue resistir! Mas minha guardiã somente se moverá se você deixar de enrolar com contos absurdos. Fale de uma vez sobre o tal Marzagout!”

O velho sua, calafrios percorrem seu corpo, seu sistema nervoso está em pânico. Mosrod mal consegue falar mas continua o relato das escrituras, jurando que esta é a verdade.

Desesperada, a mãe de Elspet sabia que era uma questão de horas até descobrirem os crimes de seu filho. Eram muitas vítimas, e o sumiço de Ayath não passaria despercebido e, pior ainda, dificilmente ele não cometeria outra atrocidade daquelas.

Mal terminaram de enterrar a garota, a mãe de Espelt veio por trás do rapaz e, tendo lágrimas vertendo dos olhos, acertou-o na cabeça com a pá.

Quando voltou a si, Elspet estava num lugar desconhecido. A atmosfera era vermelha e o chão enegrecido. Diante dele, vultos escuros se contorciam, gritando histericamente: “Salve Marzagout, aquele que retornou do mundo dos vivos!”

Num relampejar, uma memória atemporal reviveu dentro dele e tudo fez sentido. Elspet fora só uma encarnação, durou menos que um segundo em comparação ao restante de sua longa existência.

Apesar disso, fora algo simbolicamente raro, o maior feito que um demônio já conseguira: nascer de um ventre humano e viver a verdade da carne. Ele era muito mais que Elspet, era Marzagout: um anticristo coexistindo entre os humanos.

Seu sucesso era inegável, numa curta vida Marzagout fora capaz de levar diversas mulheres a pecarem: ele as tentou, seduziu e sodomizou, até dirigi-las ao clímax mortal.

Todos os seres das trevas o admiravam. As fêmeas mais sensuais de toda a não-existência o assediavam, se oferecendo em sacrifício, disputando sua companhia, se dispondo a sofrer a imolação excitante de seu membro.

Mas o que é o êxito, quando se está morto e descobre que é um demônio? É possível orgulhar-se disso? Toda a fama dele vinha da insídia, das almas que induziu a pecar, do mal que causou às mulheres que o serviram. Que glória havia nisso?

Após estar entre os vivos, Marzagout não era o mesmo. Algo de culpa e compaixão voltaram com ele, características humanas impregnadas para a eternidade.

Resultava impossível seguir no inferno, mesmo sendo uma celebridade e tendo às fêmeas mais provocantes para satisfazer seu apetite infinito. Não havia nenhum prazer naquilo, frente à sua errática humanidade.

Marzagout abandonou o inferno e voltou ao convívio dos humanos. Contudo, desta vez não possuia mais um corpo próprio: se tornara um espírito errante, um ser etéreo e imortal, de identidade dúbia e incerta.

Suas interações com os mortais davam-se somente pela influência que exercia quando sussurrava em seus ouvidos, ou aparecia em meio a seus sonhos. Em situações extremas, Marzagout chegava a tomar posse de seus corpos para saciar seus desejos.

Com o passar dos séculos, o demônio meio humano ganhou notoriedade entre os vivos. Muitos o adoraram com um santo, outros o temeram como uma assombração e alguns o confundiram com um deus.

Toda a devassidão, a luxúria e a falta de limites promovida por Marzagout nesta existência terminou por provocar a revolta das mulheres contra os homens que terminou nesta guerra sem fim.

Desde então, Marzagout desapareceu e nunca mais se soube dele, até sua história cair no esquecimento. Os tais manuscritos se tornaram o único registro restante sobre sua lenda de sodomia.

Agora, homens acreditam que Marzagout retornará para acabar com a tentativa de reinado das mulheres, seu lado humano o trará de volta para redimir-se de seus erros e restabelecer o equilíbrio entre os sexos.

Nesse momento, um vento corre pelo quartel general das Filhas e invade a sala da general. Ao sentir o frio envolvendo sua pele, a guardiã se arrepia e começa a mover compassadamente os quadris sobre a pélvis de Mosrod.

Suas nádegas carnudas oscilam frente à general, subindo lentamente até a ponta do membro e descendo com força, acelerando a cada investida, até que a cadeira onde ele está preso se rompe e Mosrod cai de costas, com a mulher sobre ele.

Em transe, a guardiã não para um segundo e galopa sobre Mosrod, inclinada com as mãos em seu peito. A general tem a visão daquela vagina engolindo o guerreiro do início ao fim e, discretamente, morde o lábio inferior.

A guardiã emite um grito vindo do fundo de si, tendo um orgasmo. Esgotada, cai para o lado desacordada, deixando jatos jorrarem ao ar desde o membro teso do velho.

A general olha para Mosrod e percebe que ele também não se mexe. Seus olhos estão estranhamente estáticos e sua respiração é tão tênue que mal se percebe.

A líder das guerreiras não sabe o que foi aquilo. Por uns breves segundos, a loucura tomou conta de todos ali, inclusive dela.

Quando volta à consciência, Mosrod dá uma risada baixa e sussurra: “Ele está aqui, no seu quartel. Vocês estão condenadas, Marzagout é pura luxúria!”

Em seguida, seu corpo se descontraiu, o velho deu um suspiro e parou de respirar. Mosrod está morto e a general sente que sacrificou duas de suas guardiãs em troca de uma história fantasiosa.

Foi um péssimo negócio, mas, por outro lado, ela presenciou como a crença naquele mito é perigosa, sendo capaz de incentivar os homens e afetar de uma forma estranha as mulheres.

À noite, em sua alcova, a general dá voltas na cama, pensando em como eliminar a crença em Marzagout. Concentrada em armar um plano, nem ouve as pisadas fortes nos corredores parando diante de sua porta, que se abre com um estrondo.

Ashad vislumbra a figura de Mosrod, seu rosto não possui expressão e seus olhos estão frios e escuros, algo condizente com a morte do velho que ela mesma presenciara mais cedo. Parece impossível, mas agora ele está ali.

A general tenta pular sobre ele, mas não consegue mover-se. Ela quer gritar chamando as guardiãs, mas lhe falta a voz. Tudo o que consegue é permanecer sobre a cama, estática, como se seu corpo não respondesse aos seus comandos.

Mosrod se aproxima. Ao sussurrar “abra-se”, as correntes da vestimenta da general estalam e caem sobre os lençóis. O pânico começa a apoderar-se da mulher.

Ela está sobre a cama, imobilizada, com os braços estirados e as pernas abertas, enquanto Mosrod se masturba lentamente apreciando sua nudez.

Algo mais se vê diferente, o que Mosrod tem nas mãos não é o que a general observou mais cedo: aquele membro agora corresponde exatamente ao que Ashat imaginou ser o tal rombudo de Elspet.

Só então ocorre a Ashad que ali não é Mosrod. Não, aquele é somente o corpo morto do velho, mas quem o anima é outro, um ser que ela não acreditava existir, mas que agora se manifesta em carne: Marzagout!

“Venha, sirva-me!” - ele sussurra com uma voz profunda. Ashad não consegue evitar, seu corpo não lhe obedece mais, seguindo os comandos de Marzagout.

Engatinhando sobre a cama, a general aproxima o rosto do ser e abre a boca para recebê-lo. O rombudo de Marzagout penetra entre os lábios de Ashad, se aprofunda até chegar em sua garganta e força para avançar cada vez mais fundo, à medida que segue crescendo, inchando e assumindo uma forma inumana.

Ele a retém pela nuca e força, a faz engasgar e sufocar, sempre se retirando no momento exato em que a general dá sinais de que irá desfalecer.

Quando se retira de sua boca, Marzagout a encara com uma expressão indecifrável, não demonstrando prazer nem raiva em possuí-la. Para ele, a general não passa de uma fêmea como tantas outras que já tivera em sua existência atemporal.

Um sussurro mais e Ashad vê seu corpo sendo jogado para trás, fazendo-a ficar deitada sobre a cama com as pernas abertas levantadas para o ar, deixando o grelo avantajado e seus grandes lábios úmidos expostos.

Marzagout aproxima sua mão e a toca, desliza o polegar sobre o clítoris e introduz dois dedos em sua vagina, sem pressa, como se testasse sua reação.

O coração de Ashad golpeia dentro de seu peito, ela sabe o que está por vir, sabe que ele a possuirá e que não poderá fazer nada para evitá-lo. Sua respiração acelera com os dedos de Marzagout excitando-a.

Seus fluidos começam a brotar de suas intimidades, azeitando um gozo que já se faz presente.

Em meio ao orgasmo que domina seu corpo, Ashad sente Marzagout abrindo caminho entre suas pernas, com o rombudo imiscuindo-se entre suas carnes e buscando a maneira de intrometer-se.

Aquilo avança aos poucos, dilatando e retrocedendo, forçosamente, sem clemência.

Ele a retém pelos tornozelos com as pernas abertas no alto, o sexo de Ashad se estira e o fluxo sanguíneo se acelera, ela continua gozando, segue tendo aquele orgasmo, seu corpo treme em espasmos.

Marzagout não se importa com sua condição, apenas segue golpeando entre suas pernas, impassível.

Ashad está sufocando, gira a cabeça para os lados em busca de ar e se debate, soluça e resfolega, a dor e o prazer se misturam em seu sexo e a fazem desejar a morte como único meio de fazer aquela tortura cessar.

Marzagout parece ler seus pensamentos, leva uma mão até sua cabeça, agarra a general pelos cabelos vermelhos e a puxa para si, fazendo-a curvar-se, enquanto numa última investida enterra o rombudo dentro dela.

Ashad grita, mas sua voz ressoa rouca, sufocada, sôfrega, quase inaudível.

Marzagout arrasta Ashad pelos cabelos, a retira da cama e a coloca apoiada, empurrando seu rosto contra o calcáreo branco da parede e fazendo-a inclinar-se levemente, de forma que suas nádegas se avolumem contra sua pélvis.

A general está perdida, em transe, devastada pelo orgasmo avassalador que por fim vai se desfazendo dentro dela, quando sente o rombudo rondando entre suas nádegas.

Não pode ser, ela pensa confusa, ele realmente não irá fazer aquilo, é impensável, é impossível, ela é uma general destacada, merece respeito, merece um pouco que seja de compaixão do inimigo.

Mas estas são puras ilusões desesperadas, ela sabe: Marzagout fará o que desejar, sem piedade. Ele pode.

“Coloque para dentro!”, ela ouve o comando sussurrado em sua mente como se fosse uma idéia dela mesma e, por mais que queira fugir, é compelida a obedecê-lo.

Ashad posiciona a cabeça daquela monstruosidade entre suas nádegas e começa a retroceder o quadril, dando início à sua própria curra.

Com o rosto contra a parede, a general se enfia no rombudo, enquanto Marzagout segura seus cabelos e a faz arquear a coluna. Ashad já não responde e se deixa ser invadida por trás pelo ser que domina sua mente.

Quando o limite é atingido e Ashad não consegue mais suportar, exatamente no momento em que desmaia, a semente de Mazagout é liberada e se distribui, viscosa e quente, preenchendo-a.

Pouco antes de amanhecer, enquanto o quartel general das Filhas arde em chamas e as guardiãs fogem em todas as direções, o corpo azulado do velho Mosrod passeia entre as ruínas da cidade sob o olhar estupefato dos homens restantes.

Atada a uma corrente pelo pescoço, Ashad, a general comandante das Filhas, é trazida com seu corpo voluptuosamente nu, engatinhando com o olhar vazio e perdido, como se sua alma já não mais habitasse ali.

Marzagout amarra a corrente a um poste em meio a uma praça destruída e comanda aos homens para servirem-se dela, anunciando que a oferenda da general Ashad representa o início do fim da guerra.

Quando os homens se acercam com medo da general, eles a tocam e percebem que Ashad está consciente, mas paralisada de terror. Vencido o temor, vários deles se dedicam a provar das carnes de Ashad com selvageria, lambendo, chupando e penetrando seu corpo musculoso.

Enquanto isso, Mosrod se afasta e caminha sem rumo entre os escombros da cidade, quando Marzagout desencarna e o abandona, deixando sua marca num sorriso sádico de vingança estampado no rosto do velho.

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