Meu Marido se soltando no carnaval do Rio.

Um conto erótico de Morena Casada
Categoria: Heterossexual
Contém 1811 palavras
Data: 23/11/2025 09:09:49

A imagem não saía da minha cabeça.

Eu fechava os olhos para dormir e via. A bunda branca e flácida do Ricardo, empinada, vermelha dos tapas. E aquela tora preta, grossa, lustrosa, entrando e saindo dele, fazendo meu marido, o homem que mal conseguia me foder por cinco minutos sem perder o fôlego, gemer e rebolar como uma cadela no cio.

Eu não estava com nojo. Eu estava... fascinada. E, admito, com o orgulho ferido.

Eu passei a semana seguinte num estado de vigilância silenciosa. Eu analisava cada movimento dele. O jeito que ele cruzava as pernas. O jeito que ele olhava para o garçom no restaurante. O "cansaço" dele à noite.

Agora tudo fazia sentido. O "soca fofo" não era falta de virilidade. Era falta de interesse. Ele não queria me foder. Ele queria ser fodido. Ele não queria estar em cima. Ele queria estar embaixo. A passividade dele na cama, que tanto me frustrava, era a natureza dele gritando.

Eu precisava confirmar.

Numa terça-feira, enquanto Gisele dobrava lençóis no quarto de hóspedes (o depósito de roupa que virou meu esconderijo naquele dia fatídico), eu encostei no batente da porta.

"Gi," eu comecei, tentando parecer casual, lixando uma unha. "O Ricardo... ele costuma trazer gente aqui? Quando eu não tô?"

Gisele parou, a peça de linho suspensa no ar. Ela me olhou com aquela cautela de quem sabe dos meus segredos, mas não sabe se deve entregar os do patrão.

"Gente... como assim, patroa?"

"Ah, sei lá. Amigos. Colegas de trabalho. Mulheres..." joguei a isca.

Gisele relaxou e soltou uma risadinha. "Ah, Dona Luana. Pode ficar tranquila. Mulher? Nunca. Nem cheiro de perfume de mulher fica nessa casa quando a senhora sai. O Doutor Ricardo é... reservado."

"Reservado," eu repeti.

"É. Vez ou outra, ele traz algum homem. Diz que é 'reunião de diretoria', 'coisa do escritório'. Eles se trancam na sala ou no escritório, ficam lá horas. Bebem um uísque. Mas é só homem, patroa. Gravata, pasta, essas coisas. Nenhuma piranha pra roubar seu lugar, não."

Eu sorri. Um sorriso frio. "Entendi. Reunião de diretoria. Só homens."

"Isso. Homens sérios," ela confirmou, voltando a dobrar.

Mal sabia ela. "Homens sérios". Eu imaginava a cena. As gravatas sendo usadas como coleiras. As pastas jogadas no chão. E a "diretoria" enfiando o pau no rabo do meu marido. Aqueles homens que entravam de terno e saíam... aliviados.

A ironia era amarga e deliciosa. Eu, a Dona Luana, que já tinha dado para o traficante, para o peão, para o mecânico, para o ex-presidiário e para a empregada... eu estava preocupada se meu marido era fiel. E ele era, do jeito dele. Ele era fiel à própria luxúria, que era tão suja quanto a minha.

Nós éramos dois pervertidos dividindo o mesmo teto e mentindo um para o outro.

O tempo passou. O clima em casa ficou estranho. Eu o olhava com outros olhos. Quando ele vinha me beijar, eu imaginava aquela boca chupando um pau. Quando ele virava de costas para dormir, eu olhava para a bunda dele e via o alvo, eu não sabia se era coisa da minha cabeça, mas eu estava achando ele cada vez “mais gay ?”.. “menos hetero” talvez ?!? não sei, talvez seja como minha.

E então, veio a proposta.

Estávamos no jantar. Ricardo parecia animado, elétrico. Ele serviu vinho para nós dois.

"Amor," ele disse, os olhos brilhando. "Eu tava pensando... a gente trabalha tanto. Você na loja, eu no escritório. A gente merece uma folga de verdade."

"Folga?"

"É. O Carnaval tá chegando. Fevereiro."

Eu revirei os olhos internamente. "Ricardo, você sabe que eu odeio sítio no Carnaval. É mosquito e tédio."

"Não sítio, Luana! Rio! Rio de Janeiro!"

Eu parei com o garfo na boca. Rio. A terra onde ele ia ver "jogos do Cruzeiro". O terreno de caça dele.

"Rio?"

"Sim! Mas dessa vez... a gente vai direito. Nada de hotelzinho de negócios. Vamos ficar no Copacabana Palace. Vamos pegar um camarote na Sapucaí. Vamos viver o sonho, amor! Eu sempre tive vontade de ver as escolas de samba pessoalmente, sentir aquela energia..."

A energia. Sei. A energia de mil homens suados e sem camisa.

"E pra ficar melhor," ele continuou, "a gente podia chamar a Helen e o Marcos. Fazer uma viagem de casais! O que você acha?"

Eu o analisei. Ele estava ansioso. Ele queria ir para o Rio, mas ele queria levar a "fachada" junto. Ele queria levar a esposa troféu e a família para legitimar a viagem. Ou... talvez... ele tivesse outros planos.

"Rio de Janeiro," eu disse devagar, sorrindo. "Camarote. Calor. Fantasias."

Eu pensei no Cadu. Pensei no Jonas. E pensei no que o Rio de Janeiro, a cidade do pecado, poderia oferecer para mim. Se o Ricardo ia para lá soltar a franga... por que eu não poderia soltar a minha fera?

"Eu topo," eu disse. "Mas com uma condição."

"Qualquer uma, amor!"

"A gente vai pra aproveitar tudo. Sem hora pra voltar pro hotel."

Ele sorriu. E eu vi, pela primeira vez, um brilho de cumplicidade no olhar dele. Talvez ele esperasse que eu me distraísse, para que ele pudesse sumir.

"Fechado."

Fevereiro chegou fervendo.

O Rio de Janeiro nos recebeu com 40 graus à sombra e um cheiro de mar, protetor solar e sexo no ar.

Ficamos, de fato, no Copa. Quartos luxuosos, vista para o mar. Eu e Ricardo num quarto, Helen e Marcos no outro, interligados.

Helen, a minha "Tia Vadia", estava deslumbrada.

"Mana! Olha essa praia! Olha esses homens!" ela sussurrava para mim no café da manhã, enquanto Marcos e Ricardo discutiam a programação do dia.

"Se controla, Helen. A gente tá com os maridos," eu disse, rindo, mas meus olhos já scaneavam o salão.

Ricardo estava... diferente. Mais solto. Ele usava camisas de linho abertas até o meio do peito, shorts mais curtos. Ele olhava para os lados. Ele estava nervoso, mas um nervoso bom. Como um viciado que sabe que a droga está perto.

A sexta-feira foi tranquila. Praia, caipirinhas, jantar caro.

Mas o sábado... o sábado de Carnaval... foi quando o diabo desceu para brincar.

Tínhamos ingressos para um Camarote badalado na Sapucaí. Open bar, open food, celebridades e gente rica fingindo ser do povo.

Eu me vesti para matar. Um body dourado, cavadíssimo, cheio de pedrarias, e uma saia de franjas que não cobria quase nada. Meus peitos estavam empinados, quase pulando para fora. Helen foi de prata, uma versão minúscula de uma passista.

Nossos maridos estavam de calça branca e a camiseta do camarote customizada (cortaram as mangas para mostrar os braços).

Chegamos na Sapucaí. O som da bateria batia no peito. TUM... TUM-TUM. Me lembrou o Cadu. Me lembrou a laje. Meu corpo acendeu imediatamente.

O camarote era um formigueiro de gente bonita, suada e bêbada. O álcool corria solto.

Ricardo estava eufórico. Ele bebia gin como se fosse água. Ele dançava. Ele abraçava o Marcos. Ele suava.

Lá pelas duas da manhã, a coisa começou a mudar.

Eu estava encostada no parapeito, vendo a Mangueira passar, hipnotizada pela bateria. Ricardo tinha sumido há uns vinte minutos. "Vou pegar mais bebida", ele tinha dito.

Helen chegou ao meu lado, segurando um copo de vodka.

"Cadê os meninos?" ela gritou por causa do som.

"Marcos tá no buffet comendo. Ricardo sumiu."

"Sumiu?" Helen riu. "Mana... olha lá."

Ela apontou para um canto escuro do camarote, perto da área de fumantes, onde a luz era vermelha e baixa.

Eu apertei os olhos.

Ricardo estava lá. Ele não estava pegando bebida.

Ele estava conversando. Com um grupo. Três homens.

E não eram homens do "perfil" dele. Não eram empresários de terno.

Eram três negros. Altos. Fortes. Usavam a camisa do camarote, mas de um jeito diferente. Bermudas largas, correntes de ouro, óculos escuros na cabeça. Eles tinham a "pegada". A pegada do morro. A pegada do Cadu.

Ricardo estava no meio deles. Rindo. Ele parecia pequeno perto deles. Um dos caras, um armário de quase dois metros, com braços que pareciam troncos, estava com a mão no ombro do Ricardo. Apertando.

E o Ricardo... o meu Ricardo... olhava para o cara com uma expressão que eu conhecia bem. Era a expressão que eu fazia quando olhava para o Cadu. Adoração. Submissão. Desejo.

"Quem são eles?" Helen perguntou, curiosa.

"Eu não sei," eu disse, sentindo um arrepio. "Mas acho que o Ricardo acabou de achar a 'diretoria' dele."

O homem gigante falou algo no ouvido do Ricardo. Ricardo riu, nervoso, e olhou em nossa direção. Ele nos viu.

Eu não desviei o olhar. Eu o encarei.

Ricardo falou algo para o homem. E então, ele veio em nossa direção. E os três homens vieram atrás.

Meu coração disparou. O jogo ia começar.

"Amor!" Ricardo gritou, chegando perto, o rosto vermelho de álcool e excitação. "Eu encontrei uns... amigos! Do Rio! Esse aqui é o Paulo," ele apontou para o gigante. "O Negão, como chamam ele."

Paulo sorriu. Dentes brancos, perfeitos. Ele me olhou de cima a baixo. Ele não olhou para o meu rosto. Ele olhou para o meu corpo dourado.

"Prazer, Dona Luana," Paulo disse. A voz dele era forte. "Seu marido fala muito da senhora. Diz que a senhora é... uma joia."

"Prazer, Paulo," eu disse, estendendo a mão.

Ele segurou minha mão. A mão dele engoliu a minha. Era quente. Áspera.

"Esses são o André e o Thiago," Ricardo apresentou os outros dois, que também nos devoravam com os olhos.

"A gente tava pensando..." Ricardo disse, gaguejando um pouco. "O camarote tá muito cheio. Muito barulho. O Paulo... o Paulo convidou a gente pra um 'after'. No apartamento dele. De frente pro mar. Pra gente... ficar mais à vontade."

Eu olhei para Ricardo. Eu vi o desespero nos olhos dele. Ele queria ir. Ele precisava ir. Ele estava levando a esposa para a cova dos leões, para que ele pudesse ser comido pelos leões, ou isso era de novo só coisa da minha cabeça ?

Eu olhei para Helen. Ela mordia o lábio, olhando para o André, que era um moreno definido com cara de malandro.

"Eu topo," Helen disse. "Tô cansada de ficar em pé."

Eu olhei para o Paulo. O "Negão". Ele me olhava com um desafio. Você aguenta?

Eu pensei na imagem da minha sala. No meu marido quicando. E eu pensei no que poderia acontecer num apartamento privado, com aqueles três homens, nós duas, e nossos maridos cornos (um consciente, o outro nem tanto).

"Vamos," eu disse. "Eu adoro... ficar à vontade."

Saímos da Sapucaí. Entramos numa van preta que os rapazes tinham.

O caminho até Copacabana foi silencioso e elétrico. Ricardo estava sentado ao lado do Paulo, e eu vi, no escuro da van, a mão do Paulo repousar na coxa do meu marido enquanto conversávamos. E o Ricardo suspirou.

Nós estávamos indo para o abismo. E eu mal podia esperar para pular.

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