Ex-garota de programa em situação inusitada.

Um conto erótico de Viuvinha
Categoria: Heterossexual
Contém 1880 palavras
Data: 02/10/2025 19:22:56

A reunião estava marcada para oito da noite no restaurante em Camboriu-SC. Como gosto de ver o ambiente, cheguei bem mais cedo. Desci do carro ajeitando meu tailleur e a saia social cuja fenda, ao caminhar, expunha parte da coxa alva e torneada.

Dei uma sacolejada na cabeça ajeitando os cabelos lisos escovados a tarde no salão. Saltos altos e bem caracterizada como empresária no ramo de estética. Me dirigi para a entrada. A iluminação discreta entre árvores que dava ar imponente à construção rústica.

Entrei e fiquei procurando a mesa com melhor visão dos que chegavam. Nesse breve momento de observação, um homem de meia idade levantou e acenou chamando minha atenção. Com certeza era o Dr. Marcos da empresa franqueadora. Tive de sorrir pensando que talvez ele pensasse como eu, com uma pontualidade a qual nós brasileiros não estamos acostumados.

Quando me aproximei da mesa, ele se apressou em cavalheirescamente, puxar uma cadeira para mim. Só então notei a presença de uma menina de uns seis ou sete anos me olhando de maneira curiosa. Na hora estranhando pensei: ¨-Puxa, ele trazendo uma criança para um jantar de negócios?¨.

- Oi, tudo bem?

Falou estendendo a mão. Peguei sua mão cumprimentando e falei:

- Prazer, Laura.

- Encantado, Laura. Esta é minha filha Juliana.

A menina sem desviar os olhos dos meus, estendeu sua mão de maneira educada. Vi o menu na minha frente e quando ele perguntou se eu queria beber algo. Optei por um suco de laranja. Acabou pedindo o mesmo para todos. A bebida chegou e o garçom ficou esperando o pedido. Escolhemos rodízio de frutos do mar. A garota segurava um ursinho de pelúcia então perguntei:

- Como é o nome do teu amiguinho?

- Ela é menina. Se chama Dani.

- Oi, Dani. Posso pegar ela um pouco?

Ela me deu o ursinho. Ela ficou falando que leva ele para todos lugares, inclusive na escola. Usando toda experiência acumulada com a criação da minha filha caçula, ficamos conversando. Ouvindo histórias fantasiosas que povoam a mente infantil e claro, com eu dando pitadas imaginárias.

Quando começaram a nos servir, meu celular tocou. Gelei quando vi que quem ligava era o Dr.Marcos. Atendi e ele se desculpou pedindo para transferir nossa reunião para o dia seguinte. Disse que estava a caminho de Camboriu, porém teve que retornar a Florianópolis para resolver uma questão de ultima hora. Marcamos para o dia seguinte no mesmo local.

Se quem estava na mesa comigo não era quem eu achava, então quem era ele? Reparei melhor no homem elegante e charmoso, nem tão bonito, ar de executivo. O sujeito teve a gentileza de não perguntar quem tinha ligado. Constrangida, meio sem saber como reagir, falei:

- Desculpe, acho que está havendo um equívoco. Estou meio confusa e acho que... sei lá, me enganei.

- Equívoco? Por que?

- Bem, eu pensei que o senhor era a pessoa com quem teu iria ter uma reunião para assinar um contrato.

- Nossa! Você não é a conhecida do Danilo?

- Danilo? Não, nem sei quem é esse Danilo.

- Bem, Danilo é um amigo meu que marcou este jantar. Era para conhecer uma amiga dele.

Acho que devo ter corado de vergonha. Ele tinha vindo para um encontro às cegas. Mostrando presença de espírito, ele rindo falou enquanto me dava um cartão de visitas:

- Então deixe me apresentar. Me chamo Fábio e tenho uma imobiliária. Sou viúvo e acho que quem deveria vir acabou desistindo.

Peguei um cartão na bolsa entregando para ele dizendo:

- Eu tinha reunião com o diretor da empresa franqueadora e iria assinar um contrato. Ele acabou de ligar remarcando para o almoço de amanhã. Pretendo abrir uma filial aqui.

- Bom, já que o jantar está na mesa, vamos continuar, tudo bem? Vi que minha filha gostou de você. Como não está usando aliança, você é solteira?

- Sou também viúva.

Notei que seu rosto iluminou ao ouvir isso. Ao fim do jantar, liguei para meu filho avisando que teria de pernoitar em Camboriu e só iria voltar para Curitiba no dia seguinte. Fábio perguntou onde eu ficaria hospedada. Disse que iria procurar um hotel. Mais do que depressa, ele ofereceu para ficar na sua casa. Tentei recusar educadamente, mas, ele insistiu. Tanto que acabei aceitando.

Seu apartamento era de cobertura na beira mar. Ele preparou o quarto de hóspedes onde deixei minha maleta onde sempre levo algumas coisas exatamente para emergências como a que estava passando. Tomei um banho, troquei a roupa colocando algo mais informal. Ficamos conversando na sala com a Juli sentada no sofá entre nós. A menina não queria sair de perto de mim. Seria ciúmes do pai? Pela maneira que ela falava animadamente comigo, era empatia mesmo. Coisa que não passou despercebido no meu anfitrião.

Chegou até adormecer apoiada em mim. Quando ele a pegou para levar em seu quarto, ela acordou perguntando para mim se eu podia contar uma história para ela. Lembrei quando minha pequena fazia o mesmo. Ele sem graça falou para ela que a tia tinha que descansar. A menina mesmo no colo do pai, queria que eu a pegasse.

Ele se desculpou, mas eu, despertada pelo instinto maternal a peguei, perguntando onde era o quarto dela. Fabio foi na frente e eu o segui com Juli no colo. A coloquei na cama e comecei a contar uma história infantil. Ela no começo ouvia atentamente e fazia algumas perguntas. Pouco a pouco, foi tomada pelo sono até adormecer.

Fábio a cobriu e se desculpou mais uma vez. Disse que não foi nada, crianças são assim mesmo. Me acompanhou até a porta do quarto de hóspedes e agradeceu novamente. Deu boa noite e foi dormir. Para mim, acostumada a ter homens me desejando para meter, foi algo inusitado e paradoxal. Ele em momento algum, demonstrou qualquer interesse sexual. Sempre de maneira respeitosa.

Para quem já ficou na casa de alguém estranho, sabe como é chato não saber a rotina dos moradores. Acordei cedo, fiz a higiene matinal e aguardei. Ouvi barulho e só então, saí. Na cozinha, Fábio preparava o café. Quando me viu deu um sonoro:

- Bom dia, Laura! Deu para dormir bem?

- Dormi como uma pedra.

- Oi, tia Laura!

A vozinha da Juliana me fez virar. Ela com seu inseparável ursinho correu para me abraçar. Tocada pelo seu entusiasmo infantil, a abracei e ficamos assim com ela aninhada nos meus braços. Levamos a menina até a creche, com ela agarrada em mim durante o trajeto. Passamos pela imobiliária do Fábio e depois, ele me levou para ver vários imóveis.

Olhamos algumas lojas bem localizadas e depois algumas casas. Para uma clínica de estética em que se atende mulheres de bom padrão, é fundamental ter local para estacionar. Me interessei por uma casa com quintal espaçoso, em local de fácil acesso. Além de ter bons ambientes para a clínica de estética, ainda serviria de moradia.

Almocei com o Dr.Marcos e assinei o contrato de franquia. Depois passei na imobiliária do Fábio e loquei o imóvel. Um arquiteto já me esperava para adaptações. Voltei para Curitiba e três dias depois, fui para Camboriu ver o andamento das obras. Fábio ficou feliz em me rever. Mais ainda sua filha.

Insistiu para que ficasse hospedado em sua casa. Juli ficou grudada em mim e mesmo morrendo de sono quis ficar comigo. Tive de levá-la ao seu quarto e mal comecei a contar uma história, ela adormeceu.

Dei boa noite ao anfitrião e fui para o quarto de hóspedes. Coloquei a camisola e me preparei para dormir. Nisso ouvi batidas discretas na porta. Era Fábio com a desculpa de agradecer pela minha paciência com a filha. Disse que não era nada, que eu tinha feito isso bastante quando minha filha era criança.

Ele disse que ela tinha gostado de mim. Enquanto eu estava em Curitiba, ela tinha perguntado várias vezes quando eu voltaria. Como conversávamos na porta, falei para ele entrar. Ele adentrou meio constrangido, vendo a camisola curta e transparente que eu vestia. Seu olhar discreto não conseguia ocultar a admiração e desejo que meu corpo despertava.

- É só a Juli que gostou de mim?

- É, quer dizer, não. Eu também gostei demais de você.

- Ah, bom. Então, boa noite.

Aproximei o rosto para dar um beijo. Fábio não resistiu e seus lábios procuraram os meus. Acabamos nos beijando de forma libidinosa, beijo esse cada vez mais profundo, molhado e sôfrego. Suas mãos enlaçaram meu corpo me puxando para encontro do seu. Enroscados, as mãos explorando mutuamente, fomos em direção da cama.

Eu de maneira maquinal já fui usando meu arsenal de cortesã. Mentalmente, eu tentava me convencer que era retribuição pelos seus favores e gentileza, dando aquilo que tinha de mais valioso: meu corpo. Na verdade, eu estava atraída por aquele homem. Tomada por sentimentos diferentes de quando fazia sexo com tantos outros.

Fomos nos despindo e ao ver seu falo intumescido, caí de boca fazendo um boquete entusiasmado. Enquanto o chupava, olhei para seu rosto que de olhos fechados demonstrava todo prazer que sentia. Me fez deitar e veio por cima, procurando a penetração. Sensação de quem estava prestes a se entregar para alguém como há muito não sentia.

A bucetinha estava toda úmida, até piscando ansiosa para receber seu naco de carne. Quando ele entrou com sua masculinidade invadindo meu corpo, quase tive um orgasmo. Ficamos copulando de maneira deliciosa. Eu não estava simplesmente dando. Estava fazendo amor...

Tive um primeiro orgasmo e fui tomada por uma sensação maravilhosa. De mulher realizada. Ele metia com vontade, dizendo o quanto eu era gostosa. Pelo aumento da velocidade nas estocadas, percebi que ele estava prestes a gozar. Rebolei mais erguendo o quadril para que sua vara fosse até o fundo do meu íntimo.

Gemendo ele ejaculou. Sua gala quente inundando meu recipiente, até que ele parou por completo, em êxtase total. Enquanto eu acariciava suas costas, ele ficou falando o quanto tinha sido incrível. Continuamos engatados, a respiração normalizando aos poucos. Ele me beijou novamente de forma suave, carinhosa.

No dia seguinte me acompanhou até a obra. Assim foi nas outras vezes que retornei a Camboriú. Juli cada vez mais apegada a mim. Num almoço, estranhei que Fábio veio sozinho, deixando a filha com a babá. Foi quando falou:

- Laura, eu estou apaixonado por você. Só eu não. Minha filha também. Ela até disse que queria você para ser a mamãe dela. Quer casar comigo? Não precisa responder agora.

Eu sentia que esse seria o desfecho da nossa relação. Eu também estava apaixonada por ele e adorava sua filha. Porém, ele não sabia do meu passado. Ele conhecia apenas a empresária respeitável e nem imaginava que eu tinha sido uma acompanhante de luxo. Sem falar na terrível experiência que tive desperdiçando quase três anos da minha vida ao me ajuntar com um homem que foi uma das maiores decepções da minha vida.

Estou pensando e a prudência me diz para recusar seu pedido. Quem sabe os leitores que acompanham meus relatos e sabe da minha vida possam me aconselhar...

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FOTOS> Leitores novos que não viram minhas fotos, deixe e-mail nos comentários para a divulgação enviar. Beijocas.

Sair de Curitiba. Mudar para Camboriu. Reunião de franquia em jantar errado com empresário de construção civil com filha pequena. Contar toda minha vida e proposta de casamento.

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Foto de perfil de viuvinhaviuvinhaContos: 15Seguidores: 491Seguindo: 0Mensagem Garota de programa, morena, formada em pedagogia e estética. Uso este site para desabafar sobre questionamentos morais que me afligem. Viuva com três filhos pequenos para criar, com dificuldades financeiras que me levaram à vida de prostituta. Também coisas inusitadas que vi e vivi nessa profissão.

Comentários

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É. Se você tem sentimentos por ele, óbvio que tem de ser sincera. Se ele topar, eu ainda iria com calma. Namore e veja como as coisas se desenvolvem.O problema é a distância. Mas você é uma mulher experiente. Acredito que vai tomar a melhor decisão. Boa sorte!

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Saudades de suas histórias. Não desperdiça essa oportunidade, amor verdadeiro não se acha toda hora. Conta toda a verdade e se ele te aceitar mesmo assim, abraça essa chance. Não podemos mudar o passado, mas podemos construir nosso futuro. Beijos

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Moça, olha só, nada como a verdade. Você está se apaixonado por ele, já saiu da vida de garota de programa, ao qual fazia devido dificuldades financeiras. Então, joga real, diz que está apaixonada também, mas que antes de iniciar qualquer relacionamento, ele precisa saber o que você já foi. Conte tudo. Se mesmo assim, ele quiser continuar contigo, então pode ser que dê certo.

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