Largados e Pelados: A Viagem Escolar que Terminou em Uma Ilha Deserta! (Capítulo 22 - Taywan IV)

Um conto erótico de Exhib
Categoria: Homossexual
Contém 5306 palavras
Data: 07/10/2025 12:06:52

ATENÇÃO: O capítulo a seguir é muito pesado, lida com violência física, psicológica e sexual. Não é recomendado a leitores(as) sensíveis.

*****

Eu o arrastava para perto do penhasco naquela noite de lua cheia. O corpo sem vida daquele que um dia chamei de colega de classe ainda me assombrava. Lembrava do seu rosto, da sua voz, de como me destratou. E, mesmo assim, sentia que o que fiz era algo com o qual teria de aprender a conviver.

Como as coisas chegaram a esse ponto? Perguntei a mim mesma. Minhas mãos, sujas de sangue, empurravam com esforço a carcaça humana amarrada em cipós. Ele era pesado demais, como a culpa que me corroía, embora eu soubesse que o que fizera era necessário. Eu era uma assassina agora. Igualara-me a Marcos em ato e, agora, voltaria a seu grupo sem saber o que aconteceria comigo.

Não. Não era igual. Eu me lembrava bem do que acontecera. Marcos sentia prazer naquilo; eu, não. Perguntava-me se Eric sentira o mesmo quando chegou sua vez. Se ele também tinha mudado. Se o remorso o acompanhava, como a mim. Mas seus olhos eram frios, frios demais. Não parecia ser o caso. Ele sabia do que fiz, foi conivente... praticamente me autorizou. Eu não devia perdoá-lo por isso, mas não consegui culpá-lo.

A responsabilidade era minha. Eu matei aquele cara e agora me livrava de seu corpo, negando-lhe um enterro apropriado. Por mais que sua vida não tenha sido acompanhada por dignidade, sabia, o que fiz era um crime terrível, contra os céus e contra a terra. Não importava quem, ninguém deveria ter um fim assim.

Queria nunca ter encontrado Marcos naquela praia. Nunca ter seguido Rivel. Nunca ter ido parar naquele lugar. Ainda ecoavam na minha mente as primeiras palavras que Marcos disse a mim, sob o sol naquela praia, o cenário bonito e deslocado, parecendo impróprio ao horror que testemunhei na tarde anterior. Lembrei-me, como se transportada de volta para a situação.

***

— Quem diria que o inútil do Rivel acharia algo assim. — Constatou Marcos assim que me viu, com um sorriso, exibindo dentes brancos que contrastavam com o olhar sombrio. Sua voz ressoava grave, cheia de um poder cruel que não precisava se impor. O corpo alto e musculoso projetava sombra sobre mim e seu olhar parecia me despir sem pudor, fazendo meu estômago se contrair.

Maria riu de um jeito agudo, quase histérico, como unhas arranhando um vidro. Irritante. Marcos ergueu uma das mãos e o gesto mínimo bastou para que ela se calasse, como um cão adestrado diante do dono.

— Como pode ver, Taywan… Eu mando por aqui aqui. — Ele abriu outro sorriso, desta vez lento e sádico. — Bem-vinda ao meu império. O “Império de Marcos”.

Minha mente correu para processar. Olhei em volta, procurando saída, mas os braços de Isaac me prendiam com força bruta. Ao redor contei sete rostos conhecidos da sala de aula, todos olhando com medo estampado no olhar.

— Vai recrutá-la? — Maria chiou, a voz carregada de veneno. — Essa maluca quase te matou com arco e flecha! — Ela não parava, cuspindo palavras como facas. — É uma doida, Marcos! Passou menstruação na cara! Feminista imbecil! Deviam jogá-la no mar e acabar com isso logo!

A raiva me subiu à garganta, pronta para explodir em resposta, mas o grito dele cortou o ar antes:

— Cale a boca, mulher! — O trovão na voz de Marcos reduziu Maria ao silêncio absoluto. Ela arregalou os olhos e murchou, tão apavorada quanto todos ali presentes.

Ele então ergueu o queixo, olhando para o céu com um ar pensativo. Por um instante, a cena pareceu surreal demais. Marcos sempre foi sedento por liderança, disputava atenção, concorreu até a presidência do grêmio estudantil. Mas agora? Agora não era mais ambição juvenil. Era loucura. Era tirania nascida em poucos dias de caos.

E o pior… ninguém ali parecia discordar. Como se todos tivessem se entregado de corpo e alma àquela insanidade. Covardes.

— Olhe Taywan. — Ele capturou minha atenção. — Aqui temos regras bastante rígidas a serem seguidas. — Contou, mas se interrompeu. — Primeiro, vou arrumar um dono para você. — Disse e olhou em volta. Dono? Do que diabos ele estava falando?

— Ela é minha Marcos! Eu a encontrei! — Rivel gritou. Quando Marcos lhe lançou um olhar sério, o garoto encolheu de imediato.

A voz de taquara rachada de Maria soltou mais uma gargalhada.

— Eles até que fariam um casal bonito! — Disse a loira de forma eufórica. Marcos riu também, mãos na cintura e cabeça para cima.

— Me soltem agora! O que pensam que estão fazendo? — Protestei assustada com o rumo daquela conversa. Todos pareciam me ignorar completamente.

— Entendo… — Marcos falou olhando para Rivel. — Certo Rivel, se quer Taywan para si, então sabe as regras. Vamos, tome-a. — O encorajou com um sorriso. Rivel olhou para ele e então para mim, assustado mas dando um passo à frente. Marcos se sentou em sua cadeira que mais parecia um trono de rochas.

— Não se atreva. — Disse com sangue no olhar ao ver Rivel me olhar de cima a baixo. Suas pernas tremeram. Marcos gargalhou.

O que ele está fazendo? Me perguntei indignada. Quis desviar o rosto, mas sabia que tinha de ter todos os sentidos preparados para o que estava por vir. Rivel desfazia o nó de sua saia de palhas na cintura. Na minha frente e na frente de todos, deixou a única vestimenta cair no chão.

Um frio de repulsa me subiu à garganta. Não se aproxime! Gritei em minha cabeça. Ele expunha, por debaixo dos pentelhos, o penis flácido e encolhido pelo frio. Não era favorecido ali em baixo também, notei com asco ao vê-lo dar mais passos em minha direção. Eu não tinha muito referencial sobre aquilo, mas sabia, do pouco que conhecia, a coisa murcha e coberta pelo prepúcio era bastante menor do que poderia cogitar. Não queria aquilo mais próximo de mim de jeito nenhum!

— S-são as regras Taywan… — Ele disse, gaguejando e trêmulo, com medo do que faria com ele caso ousasse me tocar. Eu mexia as pernas, pronta para lhe chutar sempre que dava mais um passo em minha direção. Ali atrás, Isaac tentava, com esforço, me conter.

— Porra Rivel, acha mesmo que pode tomar uma garota como Taywan para si com essa coisinha que você tem aí? — Marcos disse aos risos. Rivel corou ainda mais.

— Vai se fuder cara! — Ele respondeu olhando para mim. — Ela não para de se mexer! — Reclamou. Fiquei com tanto ódio dele que senti que meus dentes quebrariam de tanto que os rangia.

— Ela está amarrada. Isaac está segurando Taywan para você. — Marcos comentou com olhar sério. Maria só ria ao seu lado. Rivel olhou para ele, cara patética de coitado que me dava ainda mais nausea. O homem sentado suspirou impaciente.

— Vamos Isaac, deixe ainda mais fácil para ele então. — Ordenou Marcos com desdém.

Com um puxão rápido, Isaac agarrou o sutiã de folhas que usava, senti ele o arrancar de uma só vez, mãos enormes tão rápidas que deslizaram de imediato por todo meu torso, alcançando também a roupa na minha cintura e removendo-a veloz e impiedosamente. Gritei como nunca antes, olhando para todos que me encaravam assustados, exposta e em súplicas.

Estou pelada! Minha cabeça se recusava a acreditar. Na frente de todos! Isso não pode estar acontecendo! Os garotos pareciam me comer com os olhos, Rivel e Marcos principalmente. Todas as minhas partes, minhas inseguranças mais profundas ali a vista e para o deleite daqueles que antes, ousei chamar de colegas. Estava tão envergonhada, tentando copiosamente me cobrir mas sem sucesso com minhas mãos atadas atrás das costas.

Olhei para a multidão ao meu redor. Alguns cabisbaixos, outros assustados, todos amedrontados e encarando meu corpo, meus seios pequenos com auréolas castanhas, minhas partes de mulher que me provocavam insegurança até os dias de hoje. Ali em baixo, eu não possuía um único pelo pubiano que pudesse ocultar os detalhes agora conhecidos por tantas pessoas da minha sala! Quando mais nova, pensei que me desenvolveria como as outras garotas da cidade, mas o sangue do meu povo era forte e, portanto, minha puberdade não foi acompanhada por nenhum folículo corporal. Aquilo me causava vergonha, fazia com que eu não me sentisse uma mulher de fato agora que tão distante de onde vim. Eu nunca pensei que tal segredo, tão íntimo, seria exposto para tantos, ainda mais daquela forma.

— Parece que a vagabunda se depilou para esse momento. — Ouvi Maria dizer. Meus olhos estavam marejados como nunca. Meu rosto estava quente e meu coração batia forte no peito.

Rivel, no entanto, não pareceu menos interessado no que viu e, aproveitando-se do meu constrangimento, da indignação por estar exposta daquela forma na frente de todos, especialmente, de um cara nojento como ele, deu seu bote. Por alguns segundos, lutando contra Isaac e as amarras, me tornei uma presa fácil. Isso até que vi Rivel correr em minha direção e o desespero tomou conta de todo o meu ser.

O lancei um olhar mortal. “Não!” Gritei com os olhos e, assim que ele tocou minha pele com as mãos, o chutei na barriga com toda minha força.

Senti a planta do meu pé se afundar em suas entranhas de tão forte o golpe imprimido. Ele gritou, soltando um grunhido áspero tal qual um animal que acaba de ser abatido, voando para longe até que seu corpo fraco e franzino colidiu com a areia da praia. Deitado no solo, Rivel se contorcia e produzia mais ruído. O bati com muita força, mas, sabia, aquilo não era suficiente para matá-lo. O suspiro de alguns de meus colegas atônitos se misturavam às risadas de Marcos e Maria. Todos aqueles covardes sabiam que aquilo não era certo, mas ninguém tinha coragem de desafiar Marcos. Se tivesse uma chance, me vingaria de todos aqueles covardes.

Eu pensei em xingar, gritar, mas sabia que meus protestos de nada serviriam. Ninguém ali, no entanto, me impediria de lutar. Sentia meu corpo esquentar cada vez mais, nua e diante de todas aquelas pessoas que não paravam de olhar para mim. Controlava, sem sucesso, as lágrimas que me escorriam pelas bochechas. “O sangue da mata não chora” repeti em minha cabeça, mas nada parava a cascata em meus olhos. Eu não os perdoaria por aquilo, por tamanha humilhação, especialmente aqueles covardes que se omitiam.

Onde está você Eric? Me questionei. Ele certamente não estava junto daquelas pessoas. Eu fui enganada, deixei que minhas emoções tomassem conta de mim e acabei indo de encontro a uma armadilha como aquela. Será que ele ainda estava vivo? Já não tinha como ter fé. Rivel finalmente parou de espernear.

— Parece que as coisas não deram tão certo para você. — Marcos disse com condescendência. Ele se dirigia a Rivel que, aos poucos, tentava se pôr em pé.

Ele grunhiu alguma insolência em resposta. Após o chute na barriga que lhe dei, era totalmente inaudível.

— Sabe as regras por aqui. Aqueles que querem uma esposa têm de ter força para tomá-las para si. Se a Taywan te derrubou tão facilmente assim, é porque não é homem o bastante para ela. — Marcos disse a ele. Maria riu novamente.

Eu olhava para os lados, rostos cabisbaixos de meus colegas ouvindo tais absurdos.

— Vai se foder Marcos! — Rivel conseguiu gritar. Estava com muita dor, mas enfurecido em ter de ouvir tais palavras.

— Que insolente. — Maria falou sentada ao lado de Marcos. — Com essa coisinha no meio das pernas, eu nem chamaria Rivel de homem… E mesmo assim ele prossegue te desafiando. — Ela falou, colocando mais lenha na fogueira.

Marcos deixou escapar uma risada. No chão, sujo de areia e com o penis parecendo cada vez mais encolhido de frio, Rivel fuzilava Maria com o olhar.

— Tem razão. — Marcos assentiu. Ele em seguida foi até a saia de folhas que o garoto antes usava e apanhou o objeto no chão. — Rivel, como você não provou ser homem ainda, não lhe devolverei isso. Vai ficar como as garotas a partir de agora. — Ele falou com um sorriso sádico.

— De jeito nenhum! — Rivel o desafiou de novo. Sua voz voltava a funcionar gradualmente. Marcos o lançou um olhar sério que fez o franzino rapaz estremecer em silêncio de imediato.

Eu não acreditava no que meus ouvidos captavam e olhei para as outras garotas. Elas estavam nuas como eu agora também estava e, percebi, cada uma ao lado de um garoto de nossa sala. Marcos não podia estar falando sério sobre aquilo! Então, naquela ilha, cada rapaz aparentava ter direito, de acordo com ele, a uma moça que lhe servia nua a todo tempo enquanto os caras podiam usar roupas de folhas para cobrir as próprias vergonhas. Isso é absurdo!

Quem Marcos pensava que era para exigir que as coisas fossem assim? Só porque estamos temporariamente presos em uma ilha deserta, ele transformara nossa classe em seu harém particular. Todos o seguiam e cumpriam com essas regras absurdas simplesmente porque ele era mais forte e maior? Se sim, eu realmente estava cercada por um bando de covardes!

— Que porra é essa Marcos? — Levantei minha voz contra sua liderança. Não era possível que aquele cara pensasse que, quando fossemos resgatados daquele local, tamanha violação não fosse denunciada. — Você acha mesmo que vai se safar disso? — Gritei com indignação. Aquele maldito do Isaac ainda me segurava firmemente.

Marcos apenas riu do meu protesto. Todos em volta apenas olhavam a cena, medo estampado em suas faces.

— Rivel, parece que Taywan ainda não entendeu a situação. — Marcos começou a explicar. — Como é mesmo o nome daquele jogo que você vive perdendo tempo com ele? — Questionou o rapaz que, ainda sentado no chão, não lhe respondeu.

— GeoGuessr. — Oliver o respondeu sem fazer contato visual. O rapaz grande ao lado de seu outro amigo, Leonardo. Aqueles dois e Marcos eram bem próximos lá na escola, compondo o trio de caras fortes que, percebia, juntos, dominavam a classe inteira naquela ilha. — Rivel é campeão nacional dessa coisa. — Prosseguiu. Eu ainda me perguntava qual era a relevância daquela informação.

— Isso mesmo! — Marcos disse estalando os dedos. Apenas ele, Maria e Leo sorriam. — E, ainda assim, Rivel, me responda novamente onde estamos. — O questionou.

— Eu já disse que não sei. Porra Taywan, sua biscate! — O garoto no chão disse, apoiando-se agachado na areia com os braços, parecendo recobrar as funções vitais após meu golpe. Aquilo me assustou. Devo admitir, desde que cheguei naquela ilha, procurei sinais que ao menos desse alguma evidência de onde estava. O local tinha vegetação e clima próprio de uma floresta tropical, mas a flora ainda assim era suficientemente particular para que soubesse que não estava mais no Brasil. Ainda assim, não tinha ideia de onde tínhamos ido parar. Eric deveria ter alguma noção. Se estivesse vivo e aqui comigo, certamente chamaria a todos de idiotas e nos esclareceria. Sentia sua falta, mesmo quando agia com sua comum petulância insuportável.

— Se nem um nerd perdedor como você não sabe onde estamos, mesmo jogando essa coisa o dia todo, duvido que alguém vai conseguir nos achar. — Marcos falou. O encarei com sangue nos olhos. Ele estava errado! Rivel não era tão capaz quanto Eric. Quando eu o encontrasse, certamente ele teria um plano para sair daquele lugar e levar Marcos à justiça! — Além disso, não é como se nenhum de nós estivesse tentando ser encontrado, certo? — Ele disse com um sorriso e olhou à sua volta. Nossos colegas assentiram com a cabeça, claramente com medo.

Fiquei ainda mais chocada com aquilo. Eric tinha me alertado sobre Marcos, mas não tinha ideia de que ele era capaz de ir tão longe. Além de todas as suas regras em seu reino particular, éramos proibidos de sequer buscar socorro também? Ele perdeu a eleição do grêmio estudantil, mesmo sendo mais popular e mais sedento por poder e, agora, frente à menor oportunidade de se consolidar em uma posição como aquela, parecia mostrar sua verdadeira face.

Marcos olhou para mim. Ele percebeu que, mesmo nua e rendida, não abaixava minha cabeça, o lançando e a todos a minha volta um olhar de reprovação mortal. Ele então perguntou:

— A propósito Taywan, você encontrou Eric ou Edward nessa ilha antes de nós?

— Não. — Respondi de imediato, meus dentes cerrados de raiva. O sorriso de Marcos tentava passar segurança, mas sabia bem seu objetivo. Mesmo que Eric ou o presidente estivessem a salvo, não revelaria para ele. Marcos, com aquela informação, certamente pretendia eliminar a concorrência. Se achasse Edward, daria fim ao líder democraticamente eleito por todos e, se encontrasse Eric, eliminaria a pessoa mais capaz de nos tirar daquele lugar. Eu sabia que ele era capaz de muita coisa. Não estava disposta a descobrir se matar era uma delas.

Marcos me lançou mais um de seus sorrisos nojentos. Se desacreditou em minha resposta, não demonstrou. Um silêncio pairou no ar e, em seguida, fui golpeada no rosto. Era seu tapa, tão bruto que senti gosto de sangue na boca imediatamente. Ele era forte, muito, quase me apagando com o gesto que, sabia, estava longe de ser um golpe aplicado com toda a sua fúria. Ouvi suspiros, mas ninguém se opôs a ele, como esperado.

Quando nossos olhos se encontraram de novo, estava assustada, com o lábio machucado e o ouvi dizer:

— Não me faça perguntar de novo.

Eu fiquei em silêncio, incrédula a princípio por ele ousar levantar a mão contra mim. Ele era bem mais forte que eu! Me mataria facilmente se não lhe desse o que queria. Mais alguns segundos de silêncio se fizeram presentes e, quando vi a mão de Marcos se mexer de novo, fechei os olhos e esperei outro tapa vir.

— Ela não sabe, cara. — Escutei Oliver dizer em meio a escuridão e, ao abrir os olhos, vi que Marcos lhe dava atenção. — Quando Taywan chegou, perguntamos isso para ela antes de levá-la a você. — Começou a explicar, falando a verdade. Pelo que me lembrava, Oliver era um amigo bastante próximo de Marcos, mas até ele parecia ter medo dele agora que estávamos naquela situação. Eu me perguntava se Oliver o tinha interrompido para evitar que eu apanhasse mais ou se só tinha interesse em informar seu amigo. Marcos olhava para ele atentamente. — Pensa bem irmão, aqueles dois nunca sobreviveriam em um lugar como esse. — Concluiu demonstrando leve nervosismo no olhar. Se meu objetivo não fosse sobreviver, o teria contrariado sobre seu último comentário.

Marcos deu de ombros e concordou. Em seguida, olhou para Rivel ainda ali sentado no chão. Ele agia como se brincasse com sua presa aos poucos, perdendo interesse em mim e voltando sua crueldade para o próximo que estivesse disponível para tal.

— Rivel, voltando a discutir sua recente condição como a nova garota da nossa sala, acho que sua lealdade deve ser comprovada. — Marcos falou com um meio sorriso. Depois de me ver tomando um golpe daquele, percebi o quanto Rivel tremia de medo ao ouvir aquilo.

— Marcos, eu sou leal! Você sabe disso, cara! — Ele suplicou quando viu o homem imponente dar passos em sua direção. Era patético, chegando o garoto a se ajoelhar na areia.

— É mesmo? — Marcos perguntou com sarcasmo. — Então vai aceitar que você é uma garota a partir de agora? — Ele perguntou. Rivel engoliu o seco. Marcos lhe lançava um olhar mortal.

— Sim! Eu sou uma garota! Como quiser… — Rivel repetiu enfaticamente, patético como nunca antes o vi. Maria gargalhou. Eu pensei que seu namorado psicopata assim o faria também, mas Marcos apenas manteve seu meio sorriso maldoso.

— Ótimo. — Ele olhou para Oliver que encolheu os ombros assim que percebeu o gesto. — Rivel, chupe o pau do Oliver então. — Demandou do nada com a naturalidade de quem dava um comando trivial.

O que? Pensei incrédula e, pela expressão facial daqueles dois, descrença parecia ser um sentimento compartilhado. Até Maria fez silêncio na hora. Rivel sorriu, como se ouvisse uma piada, mas aquela reação se foi assim que viu o quão sério Marcos estava sobre aquilo.

— Mas… — Rivel disse, mas foi interrompido.

— Você é a nova esposa dele agora. Vamos. — Marcos falou e liberou o caminho.

Oliver olhou para Rivel, mas desviou o rosto. Se Marcos punia o amigo também por algo, não sabia mas parecia ser o caso. Em pé, o homem forte de pele negra não mexeu um músculo ou protestou em nenhum momento. Rivel olhava para os lados, vendo nossos rostos assustados, alguns desviando o olhar e outros olhando para a cena com nojo.

— Por favor, Marcos! — Ele suplicou. Vi lágrimas se formando em seus olhos assustados e envergonhados.

— Se quer uma forma melhor de provar sua lealdade, tem a opção de ser usado por trás também. — Marcos disse com a frieza que congelou a todos nós em nossos lugares.

Rivel estremeceu ao ouvir aquelas palavras. O garoto tinha lágrimas nos olhos voltados para Oliver que, com nítido constrangimento, tentava se fazer de indiferente. Meu queixo pareceu ter ido ao chão quando ele, ali onde o coloquei, se aproximou daquele homem enorme vestindo apenas uma tanga de folhas. Oliver evitou contato visual com Marcos, com Rivel e com a plateia, quando, cuidadosamente, desamarrou a roupa improvisada de sua cintura e a tirou também.

Agora via Óliver nú também! Ajustei os olhos para ter certeza do que testemunhava. Seu pau era enorme, mesmo que não ereto. Na realidade, nunca antes tinha visto um pênis tão grande, cerca de 15cm de carne flácida pendurada sobre os testículos também impressionantes. Oliver possuía pelos pubianos escuros e aparados abaixo de seu tanquinho e logo acima da peça que intimidou Rível assim que o garoto pôs os olhos sobre aquilo. Ele olhou para mim antes de o segurar com ambas as mãos. Seu rosto clamava por piedade, para Marcos que não o fizesse prosseguir e para nós, talvez, para que não olhassemos o que estava prestes a acontecer.

Era impossível não encarar a cena com choque e medo de ter que passar por algo tão humilhante. Ainda assim, no segundo em que o vimos ajoelhado colocar o penis de seu colega de classe na boca, todos, exceto Marcos, desviamos o rosto momentaneamente. Ele não está mesmo fazendo isso! Pensei com nojo e descrença enquanto Rivel se esforçava. Ouvia apenas os barulhos, olhando de vez enquanto Rivel começava a chupar o membro flácido de Oliver que, a cada segundo, endurecia mais e mais, tocado pela língua de seu próprio colega de classe.

Isso não está acontecendo! Pensei atônita. Eles eram garotos, como podiam fazer algo assim ali, na frente de todos?

Maria ria copiosamente enquanto Marcos, com divertimento, encorajava Rivel a prosseguir com mais vontade. Oliver tentava fingir indiferença, mas deixava escapar algumas caretas, talvez de desconforto ou talvez de prazer. Impressionada, via o quão grande era o que Oliver tinha no meio de suas pernas, agora que totalmente ereto quando Rivel fazia pausas para respirar. Aquilo não era certo! Pensei com o rosto quente como brasa.

O mastro negro babado era grosso e cheia de veias, a cabeça grande e bulbosa em um tom rosado puxado para o púrpura. Rivel tentava abocanhar o que podia do pau que lhe preenchia a boca por completo mesmo que nem metade dele coubesse entre seus dentes. Duro como pedra, tinha uns 22cm de comprimento. Eventualmente Oliver o repreendia, imóvel, sem tocá-lo, dizia para que ele evitasse o toque de seu aparelho dentário em suas partes enquanto Marcos ria e fazia mais demandas.

O chefe do grupo, com todo o seu sadismo, orientava o garoto franzino. Ele lhe disse para dar atenção as bolas também, que Rivel lambeu e acariciou; lhe ordenou a engolir o pau todo, coisa que ele não conseguiu fazer, engasgando, mas sem deixar de prosseguir no boquete que fazia saliva gotejar incessantemente por seu queixo. Longos minutos se passaram do silêncio preenchido pelos ruídos. Quando entediado, Marcos lhe deu um ultimato, deveria fazer Oliver gozar em 30 segundos ou seria punido de forma bem pior.

Rivel se desesperou, chupou o penis de seu colega copiosamente, abocanhando com voracidade o que conseguia enquanto lágrimas escorriam por suas bochechas ao som da contagem regressiva em voz alta que saia pelos lábios de Marcos. Quando chegou a 20, foi Óliver quem agiu.

— Merda… — Praguejou Óliver olhando para baixo. Por um momento, pensei ter visto um sinal de empatia em seus olhos, isso até que o vi segurar a cabeça de Rivel pelos cabelos e, com uma puxada forte, meter todo o comprimento de seu pau na garganta dele.

O impacto do nariz com o púbis foi audível. Rivel lutava para se desvencilhar enquanto Oliver metia com força em sua boca. O homem grande e forte deixava escapar suspiros grossos e até gemidos. Estava tentando chegar ao clímax e, realmente parecia mais perto a cada estocada que dava.

— Ele está gostando! — Maria gritou em meio a gargalhadas cada vez mais altas, apontando para a cena.

O que era já humilhante parecia ter ficado ainda pior. Rivel era fodido na boca sem dó e, lá em baixo, todos vimos seu penis ficar ereto. Ele era metade do que Oliver era ali embaixo também. O pênis pálido como sua pele era fino, reto e apontava para frente com os patéticos 10cm de insuficiência, terminando seu diminuto comprimento na cabecinha rosada cujo prepúcio apertado ocultava metade da glande. Corei ao ver aquilo. Nunca pensei que veria aqueles dois colegas de classe nús e em uma situação tão degradante.

Marcos sorria de orelha a orelha, olhos azuis cruéis observando até o último segundo daquilo. Oliver contorceu o rosto, parecendo chegar perto do clímax, mas insatisfeito, puxou Rivel pelo cabelo, tirando de uma vez seu penis da boca dele assim que Marcos terminou sua contagem regressiva.

Largado, o rapaz foi ao chão novamente. Rivel, agora de quatro, tossia emitindo ruídos quase animalescos. Pudera, sua garganta foi fodida sem piedade. Quando olhou para cima, Oliver desviou o rosto. Parecia constrangido, tando diante dos colegas que o presenciaram violar Rivel, quanto diante do rapaz que deixou aos frangalhos ali embaixo.

Marcos lhe lançava um sorriso sádico. Ele perguntou, divertindo-se com a situação:

— E aí, Oliver? Como é o boquete dele?

— Horrível. Acho que o pior que já recebi. — Oliver disse com condescendência. Percebi, ele tentava sorrir, mais buscando aprovação de Marcos do que realmente de acordo com a situação.

Marcos riu. Rivel olhava atentamente para ele, com medo e raiva nos olhos. Estava totalmente derrotado. Ele me colocou naquela situação. Mentiu para mim para que o seguisse, mas, ainda assim, senti pena do garoto.

— Rivel, você não consegue lutar, não consegue pegar água, não sabe onde estamos e sequer consegue fazer um boquete direito. Diga-me, o que devo fazer com você? — Marcos perguntou. Rivel não respondeu. Estava trêmulo e gaguejava de joelhos, provavelmente tentando suplicar pelo fim de seu tormento.

— Espero que tenha ficado claro que você não é capaz de me desafiar. — Marcos disse. Ele agora olhava para a multidão em volta de si e não para o interlocutor de sua mensagem ali no chão derrotado. — E que tenha servido de exemplo para nosso grupo. — Ele anunciou, agora olhando diretamente para mim. Meus pulsos doíam de tanto que tentei, enquanto tudo aquilo transcorreu, me desvencilhar e dar fim a situação. Marcos então limpou a garganta, preparando-se para discursar a todos que o ouviam atentamente, medo nos rostos de cada um de nossos colegas de classe. — Como já disse inúmeras vezes para vocês, pretendo fazer dessa ilha meu reino, onde todos vivem lives, um lugar onde não mais os fracos fazem valer sua vontade sobre os fortes só porque usam um terno chique e estudam sobre inutilidades sem qualquer importância em um lugar como esse. Se você é capaz de defender a si e sua mulher, pode viver como quiser nesse paraíso paradisíaco. É assim que as coisas devem ser. Se discorda de mim, então tente me destronar e termine como Rivel. Que o homem mais forte reine. — Ele desafiou a todos, nariz em pé e peito estufado.

O silêncio pairou. Ninguém, nem mesmo os garotos mais fortes se opuseram a ele, cientes de que não eram capazes. Cerrei os punhos com ódio daquele cara, de suas baboseiras sobre liberdade enquanto me rendia e mantinha eu e as outras garotas nuas contra nossa vontade. O homem de mais de dois metros de altura e corpo repleto de músculos bem esculpidos parecia uma uma pintura grega, carregando uma beleza que, ao mesmo tempo, era aterrorizante. Ele então olhou para Rivel, rosto sério, parecendo calcular qual seria seu próximo movimento.

— Por favor, Marcos! Eu vou te obedecer agora! Aprendi minha lição! — Chorou enquanto se levantava, braços levantados no corpo pequeno que, mesmo em pé, não parecia maior frente a Marcos e toda a sua presença.

— Viram? É isso o que mais odeio: fraqueza. — Disse sem sequer olhar Rivel no rosto, cara de nojo e olhos furiosos. Me senti atingida por aquilo. Eu também tinha minha estima pela força, mas jamais trataria outra pessoa daquela forma só por ser mais fraca que eu. — Sabe outra coisa que me tira do sério, Rivel? — Ele perguntou friamente, caminhando em direção ao rapaz. Rivel engoliu o seco, paralizado em terror. — A pior coisa que um sub-humano fraco como você são aqueles que tentam podar a força dos outros. Tipo nerds nojentos que se juntam, conspiram para tomar daqueles que merecem estar no poder o seu lugar de direito. — Concluiu, olhando o rapaz que perdeu a cor na hora.

Tentei lutar como nunca, mas Isaac me segurava sem me dar qualquer brexa. Marcos estava falando da eleição! Soube na hora. Aquele boato sobre Rivel e Eric terem manipulado o resultado. O que ele faria com Rivel? Me questionei brevemente, mas, no mesmo instante, soube a resposta.

Rivel não teve nem um segundo para se justificar. Ele gritou “Não fui eu, eu juro!”, mas foi interrompido pelo braço forte de Marcos que, em um instante o golpeou no pescoço, agarrando-o com os dedos grossos. Com uma mão apenas, Marcos levantou o garoto no ar, pelado, tentando lutar em vão e grunhindo enquanto estrangulado. Rivel se debatia com o rosto vermelho procurando ar incessantemente. Eu gritei também, pedindo para Marcos parar com aquilo, mas rendida, minhas súplicas não surtiram qualquer efeito.

— Façam alguma coisa! — Gritei a todos, olhando cada um daqueles covardes que só suspiravam, parados em seus lugares, observando o rosto de Rivel ficar azul por longos segundos que pareciam horas.

Desviei o olhar. Era uma cena horrível. Poucos momentos se passaram e Rivel finalmente parou de se debater, de arranhar o braço de Marcos e tentar chutá-lo no peitoral. Quando as mãos de Rível desceram, senti mais lágrimas descerem por minhas bochechas. Ouvi seu corpo cair no chão, não mais respirava, morto de forma tão cruel na frente de tantos pelos quais só sentia o mais profundo nojo. Ele podia ser um rapaz nojento, irritante, que me ludibriou em direção a aquela armadilha, mas chorei por sua morte como se perdesse um ente querido.

Talvez não estivesse tão abalada por Rivel em si, mas por perceber o quanto nós, como classe, antigos amigos que via todos os dias da semana nos perdemos. Eu estava sozinha, desarmada e rendida no meio de todos aqueles que, diante de tudo o que testemunhei, mal reconhecia agora.

— Olhe para ele, Taywan. — Marcos ordenou. Era difícil obedecer, mas, com medo, admito, o fiz, vendo a casca oca de vida jogada na areia daquela praia escura.

— Você é um monstro! — Disse-lhe chocada e com medo, a voz quebrada pelo choro.

— Quando eu achar seu namoradinho de merda, pode saber que vou fazer bem pior com ele. — Marcos prometeu com os olhos em guerra.

A cruel ameaça foi a última coisa que ouvi Marcos dizer antes de ordenar o grupo a se dispersar. A menção a Eric gelou minha espinha. Talvez ele sequer estivesse vivo agora. Por um momento, temendo que tivesse de vê-lo sofrer daquela forma, cheguei a torcer pelo pior.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Exhib a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil de ExhibExhibContos: 44Seguidores: 82Seguindo: 0Mensagem Escrevo histórias envolvendo exibicionismo. Meu contato, uma vez que não consigo ver mensagens privadas no site ainda: extremeexhib@gmail.com

Comentários