Eu e Minha Esposa Pulamos a Cerca... E o Caos Explodiu - Parte 09

Um conto erótico de Sarah
Categoria: Heterossexual
Contém 9050 palavras
Data: 06/10/2025 17:09:38
Última revisão: 06/10/2025 19:47:07

Olá, leitores. Meu nome é Sarah, tenho 27 anos, e sou casada com Érico, que tem 28. Esta é a história das nossas confusões e puladas de cerca que aconteceram durante uns meses muito loucos em que resolvemos abrir o relacionamento sem ter muita noção de como isso realmente funcionaria e de como lidamos com tudo isso.

Normalmente, o Érico é o nosso narrador oficial, mas eu li a versão dele e decidi reescrever porque eu sou a protagonista deste capítulo. Pra quem não me conhece, sou engenheira civil, com doutorado, e trabalho em uma daquelas construtoras gigantes que fazem prédios enormes parecerem pequenos. Sempre fui dedicada e responsável, mas quem me conhece sabe que também tenho um humor ácido e provocativo, daqueles que aparecem quando menos se espera. Meus peitos são cheios e firmes, mas sem exagero; meu quadril e minha bunda são proporcionais, elegantes, e as pernas longas e finas, começando em coxas firmes que sempre chamam a atenção. Meus olhos castanho-escuros e meu cabelo preto, em ondas que caem até o meio das costas, completam a imagem que eu sei que desperta olhares.

O Érico é analista em uma grande empresa de tecnologia. Ele é moreno claro, de cabelo curto, olhos castanho-escuros, corpo comum, nem muito forte nem magro demais. Eu adoro olhar para ele, mesmo que seja apenas pelo simples prazer de ter o homem que escolhi ao meu lado.

Mesmo depois de anos de casada com Érico, ainda sinto aquele frio no estômago quando ele me olha de um jeito que só ele sabe, ou quando estou perto dele e percebo a intensidade do nosso vínculo. Não precisa de muito para que eu deseje esse homem; ele simplesmente existe, e isso basta para mim.

Nosso capítulo começa na quarta de noite, depois da academia, quando estava conversando com Érico e Natália. Eu terminava de contar pra eles como tinha conhecido o Miguel no elevador. Ainda conseguia ver mentalmente aquele sorrisinho torto, a barba bem-feita, e o peitoral. E como, de repente, o elevador tinha ficado pequeno demais.

— E ele ainda sorriu daquele jeito, sabe? Meio malandro, meio confiante... Olha, juro, o homem mais tesudo do mundo — disse, empolgada, e só depois percebi o erro.

O silêncio. A cara do Érico.

— Quer dizer... o segundo homem mais tesudo do mundo, né? — corrigi rápido, com um sorrisinho sem graça.

— Hm. — foi só o que o Érico respondeu, mas o tom dele deixava claro o sentimento de ciúmes.

— Ah, para, Érico — interveio Natália, rindo. — Não é assim também. Tem homens que são incríveis, tipo o pacote completo, entende? Com quem a gente quer ficar pra sempre. Você é esse tipo.

Ela apontou pra ele com um tom sincero demais pro meu gosto. Eu entrei na onda.

— É sério. Tem o tipo de homem que a gente quer pra vida, entende? O cara carinhoso, divertido, confiável, que sabe ouvir, que é bom de cama porque gosta de ver a mulher feliz, e que a gente sabe que pode envelhecer junto.

— E aí tem o outro tipo — levantou Natália.

— Aqueles que a gente só quer ser agarrada, sentir os braços musculosos, os gominhos... — completei, tentando salvar a situação. — Dar umas quicadas até o sol nascer e pronto. Não quer casar, não quer conversar, não quer nada.

— Exato! — concordou Natália. — É pura energia carnal.

— Energia carnal — repetiu Érico.

A gente falou tão improvisado que deu pra ver que nenhum dos três acreditou naquilo. O Érico ficou nos olhando, meio desconfiado.

— Vocês têm cada argumento de conveniência — disse, cruzando os braços e dando aquele sorrisinho debochado que me fazia querer beijar e dar um tapa ao mesmo tempo.

— Ah, para, amor. Você sabe que pra mim você é o primeiro em tudo — disse, me aproximando e encostando o corpo suado da academia no dele.

— E ele te mandou mensagem? — perguntou Érico.

— Mandou sim. Só um “oi”.

— Olha aí! Mas calma, moça, você já tem compromisso — disse Natália.

— Como assim?

— O date com o Everaldo — respondeu ela. — Domingo à noite. Já tá combinado. Você prometeu, lembra?

— Eu prometi? — tentei disfarçar, mas o Érico já estava rindo.

— Prometeu sim. E você só tem mais um cartucho pra queimar. Se usar com o Everaldo, acabou. Nada de Miguel.

Eu tinha duas cartas livres de traição que poderia gastar com qualquer homem do mundo. Qualquer um! E eu gastei a primeira com o seu Geraldo!!!

— Mas isso é injusto! — protestei. — Você transou com a ruiva mais bonita que eu já na vida e, na minha rodada, eu só dei pra velho gordo.

— Você escolheu dar pro seu Geraldo!

— E se a gente negociar? — tentei. — Eu deixo vocês dois transarem mais uma vez, mas em troca vocês me deixam sair com o Everaldo e, depois com o Miguel. Um pacote duplo e todo mundo fica feliz.

O silêncio que veio em seguida foi o tipo de silêncio que se ouve com o corpo inteiro. O Érico e a Natália se entreolharam, claramente processando a ideia. Não disseram nada. Só aquele olhar cheio de intenção, de histórico e de coisa não dita.

Eu senti uma pontadinha de ciúmes inesperada. Aquele tipo de ciúmes que vem sem convite, mas se instala no peito feito nó.

— Quer saber? Esquece. Eu topo sair com o Everaldo e pronto. E vou dar um gelo no Miguel até ver se o negócio com o Everaldo funciona ou não. Se o date for ruim, eu respondo ele depois. Se for bom, pronto.

— Ghosting é feio, amor.

Pior é liberar o marido pra comer a mulher mais gostosa do prédio e que acha que ele é “companheiro pra casar”. Pensei, mas não disse. Só balancei a cabeça e improvisei:

— Ah, ele vai sobreviver. Homem gostoso e confiante como aquele não sofre de falta de atenção.

A Natália disfarçou uma risada, o Érico me puxou pra perto e me deu um beijo na testa.

— Você é um caos, Sarah.

— Mas um caos que você escolheu, lembra?

— Escolhi e não devolvo.

E foi assim que eu tive que enrolar o Miguel por meia semana fingindo tá doente e inventando desculpa pra ele não achar meu Instagram. Se eu transasse com o Everaldo, era só add ele no insta e chamar ele de “amigo”. 95% dos homens desaparecem completamente quando a gente os chama de “amigo”. Os outros 5% são cristaizinhos de diamante como o Rogério.

Duas noites se passaram e era sexta à noite. A academia estava meio vazia, mas o grupo das mulheres resistia firme. Eu estava lá com Natália, Letícia, Alessandra, Larissa, Andréia e Lorena. O som do pop eletrônico ecoava nas caixas, misturado ao bater ritmado das anilhas.

Eu fazia agachamento no smith, com uma barra leve, só pra manter o ritmo depois da semana corrida. Usava um top lilás e uma legging preta de cintura alta que marcava bem minha silhueta — sempre me achava meio desengonçada no espelho, mas Érico dizia que eu ficava linda assim, suada e concentrada. Meu cabelo, preso num coque frouxo, já tinha alguns fios escapando. Eu sabia que estava suada, mas me sentia bem, viva.

A Natália estava no aparelho de leg press, com aquele jeito atlético e disciplinado dela. A ruiva usava um conjunto verde-escuro de top e short curto, e cada vez que empurrava o peso, dava pra ver as fibras das coxas se contraindo, definidas e fortes. Ela treinava com fone nos ouvidos, mas às vezes olhava em volta, avaliando a postura de todo mundo — típico dela, sempre professora mesmo fora da sala de aula.

A Letícia estava mais pra trás, fazendo glúteo na máquina. O short azul grudava nas coxas grossas e o top branco mal segurava os seios. Ela tinha um corpo de quem nasceu pra academia — coxas largas, cintura pequena e um ar de quem vivia lutando contra o espelho e a própria cabeça. As coxas dela eram um espetáculo à parte — redondas, firmes, cheias de energia. Ainda assim, hoje ela parecia mais leve. Talvez o fim com o Antônio tivesse tirado um peso das costas.

Alessandra fazia tríceps no cabo, concentrada. O cabelo loiro encaracolado caía sobre os ombros nus. Usava top preto e legging vinho, e o contraste realçava ainda mais os quadris largos e a cintura marcada. O corpo dela parecia uma escultura — dava pra ver por que tanto homem olhava quando ela passava. Ela sempre tinha aquele ar de quem sabe mais do que deixa transparecer.

A Larissa, nossa vizinha ruiva e crossfiteira, estava no supino reto. O short e o top pretos faziam contraste com a pele clara salpicada de pintinhas. Os ombros arredondados, coxas cheias e glúteos desenhados trabalhavam em perfeita harmonia. Quando subia o peso, o abdômen dela se contraía com precisão. O cabelo ruivo escuro estava preso num rabo de cavalo e, quando ela se movia, as coxas empurravam o tecido do short como se fossem independentes.

A Andréia, sempre linda, estava na bicicleta ergométrica, suando de verdade. O top vinho e o short preto grudado realçavam a bunda redonda e firme. Ela era dona de um carisma natural — ria alto, brincava com todos, mas ninguém duvidava da força dela quando pegava peso.

A Lorena estava no colchonete, fazendo abdominal. O short preto e o top azul-marinho combinavam com o tom bronzeado da pele. Tinha o corpo enxuto, equilibrado, com músculos que apareciam só quando ela se movia. Era magra, com curvas discretas, mas o que mais chamava atenção nela era o jeito — aquela mistura de ironia e leveza. Tinha algo contagiante no sorriso dela.

Depois de quase uma hora, paramos todas pra hidratar e alongar. Eu sentei no banco perto do bebedouro e tomei minha garrafinha d’água. Alessandra, Letícia e Natália começaram a falar do início do semestre.

— Eu já tô exausta e foi só a primeira semana — reclamou Alessandra, limpando o suor da testa.

— Eu também. — Natália riu, apoiando as mãos na cintura. — Mal deu tempo de revisar as aulas.

— Ainda bem que eu só tenho mais dois meses de estágio, porque senão eu surtava — completou Letícia.

Larissa, que estava sentada no chão esticando as pernas, mudou o rumo da conversa.

— Vocês tão vendo The Boys? A nova temporada tá insana!

— Eu tô! — Lorena se animou. — A cena do elevador foi absurda. Eu gritei no sofá.

— Eu também! — falei. — O Érico quase derrubou a pipoca quando o cara explodiu.

O papo foi girando até que Andréia, sempre direta, soltou:

— E aí, Letícia, fiquei sabendo que você terminou com o Antônio. Tudo bem com você?

A Letícia respirou fundo, ajeitou o cabelo e deu um sorriso maduro.

— Tô bem. A gente tinha objetivos de vida diferentes, sabe? Ele quer seguir outro caminho. Eu torço por ele, de verdade.

Alessandra inclinou a cabeça.

— Mas terminou numa boa?

— Sim. — disse Letícia. — Foi tranquilo. Ele é um cara legal. Só não é pra mim.

Andréia, com aquele ar de curiosa, não resistiu:

— Tá, mas me diz uma coisa. O Antônio é mesmo tudo aquilo que parecia de sunga?

— Ah, pronto. Eu devia ter imaginado que alguém ia perguntar isso.

As mulheres caíram na risada. A Letícia ficou vermelha, mas respondeu entre risos:

— É, Andréia. Ele é tudo aquilo. 24 centímetros, pra ser exata.

A academia quase caiu de tanto “meu Deus” e “como assim?” que ecoaram.

— 24?! — repeti, quase engasgando com a água.

— O quê?! — gritou Natália. — 24?! Isso é uma espada medieval, não um pênis!

— Mulher... — disse Andréia, abanando-se. — Eu sabia! Aquela sunga não mentia!

— Misericórdia — falei, rindo. — Acho que eu desmaiava. O Érico que não me ouça falar isso.

— Isso é tipo um perigo público — completou Lorena, rindo.

— E ele sabe usar ou era só tamanho? — perguntou Larissa.

— Sabe. E muito bem — admitiu Letícia. Mas é aquela coisa. Às vezes o sexo é ótimo, mas o resto não sustenta.

— Ainda assim — disse Andréia, abanando o rosto. — 24 centímetros. Que desperdício.

Todas rimos. Eu, meio sem filtro, soltei:

— Eu acho que eu nem saberia lidar com um negócio desses. Deve ser tipo carregar uma garrafa de vinho dentro de si.

Larissa quase cuspiu a água.

— Sarah! — ela disse, gargalhando. — Que analogia é essa?

— Realista! — eu respondi, rindo também. — Imagina a sentada!

— Eu ia precisar de fisioterapia — disse Natália, rindo, com as mãos na cintura.

O riso coletivo ecoou pela sala. A Letícia apenas balançava a cabeça, rindo junto, mas com aquele olhar nostálgico de quem lembrava mais do que queria.

— Gente, vocês não prestam — disse Alessandra, fingindo indignação. — Mas e sexo entre mulheres? Vocês já...?

O silêncio durou poucos segundos antes da Letícia levantar a mão, rindo, e olhando nos olhos da Alessandra.

— Já. Algumas vezes, na verdade. E olha, foi ótimo. Não é o tipo de coisa que eu planejo, mas se rolar de novo, eu não reclamo.

Andréia levantou a mão.

— Mesma coisa aqui. — Ela olhou em volta. — A vida é muito curta pra não experimentar.

A Alessandra assentiu, rindo também.

— Eu já, mais de uma vez e com mais de uma mulher também. — Ela fez um gesto de quem lembrava de algo engraçado. — Algumas foram bem carinhosas.

Lorena coçou a cabeça, pensativa.

— Eu posso dizer que já... Uma vez e meia. A primeira foi aquela fase bicuriosa da faculdade, sabe? — Ela fez uma pausa. — A segunda nem conta muito... Foram só uns beijos e umas mãos naquilo e aquilo na mão no calor do momento.

A Larissa, com o semblante divertido, apoiou as mãos nos joelhos.

— Eu nunca — disse. — Mas confesso que já tive curiosidade. Acho que toda mulher tem um pouco, né?

— Ah, curiosidade é o primeiro passo — respondeu Andréia, sempre espirituosa.

— E o segundo é deixar a curiosidade te levar — continuou Alessandra.

— Se quiser ajuda pra matar a curiosidade, é só avisar — completou Andréia.

— Gente! Calma aí, vocês tão demais. — Larissa riu.

As risadas se espalharam. A Natália, que até então só observava, falou com aquele tom tranquilo e sincero dela.

— Eu nunca tive nada com mulher, não — disse. — E, pra ser sincera, nunca pensei muito nisso.

A Letícia, que estava sentada atrás dela, começou a massagear os ombros da Natália, num gesto de carinho.

— Você devia experimentar, pelo menos uma vez — disse Letícia, brincalhona. — Nem que seja só pra saber como é. É outro tipo de conexão.

— E se quiser, eu me voluntario pra te ajudar nessa missão — disse Alessandra. — Amiga com amiga é o jeito mais tranquilo. Tudo no respeito, na leveza.

A Natália olhou pra Alessandra, rindo, meio sem graça.

— Vocês são impossíveis — disse, balançando a cabeça. — Mas valeu a oferta. Eu passo.

— Tudo bem. Mas olha, fazer com uma amiga é sempre mais tranquilo. Você confia, se diverte, ninguém julga. É seguro, é leve. — Alessandra olhou pra Letícia. — Né?

— Totalmente — confirmou Letícia, sorrindo. — É uma boa forma de descobrir coisas sobre si mesma.

A Natália respirou fundo e respondeu com sinceridade:

— Eu entendo. Mas, por enquanto, fico só na teoria mesmo. — Ela riu. — Tô muito bem no modo observadora.

As outras riram. Eu fiquei em silêncio por um instante, até que a Larissa olhou pra mim.

— E você, Sarah? — disse Larissa, com aquele olhar curioso. — Já teve algo assim?

— Nunca — respondi, rindo de leve. — Acho que eu sou a mais careta da turma.

— Você e a Natália combinam, viu? — disse Larissa. — Duas engenheiras, doutoras, viciadas em futebol, academia... Vocês formam um par perfeito. Deviam fazer um teste, experimentar uma com a outra, vai que dá match.

— Ei! — protestei, rindo. — Que isso, Larissa?

A Alessandra gargalhou, e a Andréia levantou a mão.

— Apoio a moção! — disse Andréia, brincando. — Duas amigas tão próximas descobrindo juntas o prazer do sexo lésbico.

— Concordo com as duas — disse Alessandra. — Agora, eu shippo Sarah e Natália.

A Natália deu risada, balançando a cabeça.

— Vocês são terríveis. Eu e a Sarah somos amigas, só isso.

— Por enquanto — retrucou Larissa, rindo. — Eu aposto que até o final do ano vocês duas vão entrar juntinhas no bonde do “dez minutos de colação de velcro e chupação de buceta sem perder a amizade”.

Eu cobri o rosto, rindo.

— Que horror! O Érico ia ter um infarto se ouvisse isso.

— Se o problema é o Érico, é só ele participar também. Ninguém ia ser corno e todo homem é tarado por ménagem — retrucou Larissa, com aquele humor debochado.

As risadas ecoaram de novo.

— Ah, claro — respondi, rindo. — Ele ia desmaiar antes da metade da conversa.

A Natália balançou a cabeça, rindo comigo.

— Do jeito que a conversa vai, daqui a pouco vocês vão criar um grupo de WhatsApp paralelo da academia pra falar dessas coisas. — disse Lorena.

A Alessandra riu alto.

— Adorei a ideia. O grupo das solteiras e curiosas pra falar só de sexo e putaria. — Ela levantou a mão. — Quem entra?

— Eu topo — respondeu Letícia.

— Eu também — disse Andréia.

— E eu! — completou Larissa, rindo. — A gente podia chamar a Tatiana e a Carolina também.

— Boa! — concordou Andréia. — O grupo vai bombar.

— E você, Lorena? — perguntou Alessandra.

— Acho que eu vou passar por enquanto — declinou Lorena.

— E eu? — perguntou Natália. — Não vão me convidar?

— Claro que sim! — respondeu Larissa. — Mas pra entrar tem que cumprir o ritual de iniciação: mandar nudes no grupo e comentar os nudes das outras mulheres.

A Natália fez uma expressão de falsa indignação.

— Ah, tá. Então vocês vão ficar esperando sentadas.

E, assim, foi criada a primeira panelinha da turma da academia, excluindo as casadas e as que não tavam muito interessadas em falar de sexo tão liberal.

Deus me livre de imaginar se elas pusessem a mulher errada no grupo e essas conversas vazassem...

A noite deu lugar ao dia e logo já era sábado de manhã. O parque do bairro estava cheio de vida: famílias brincando, cachorros correndo, casais caminhando de mãos dadas, bicicletas passando, o cheiro de grama fresca. Era um lugar limpo, amplo e agradável que fazia a gente esquecer, por uns minutos, o barulho da cidade.

Eu estava ali com a Natália. Vestia meu conjunto de treino azul-marinho, calça legging e top, com uma regata leve por cima. O cabelo preso num rabo de cavalo improvisado, os fones balançando no pescoço e o rosto já suando depois de alguns minutos de cooper. Eu me esforçava, mas perto da Natália eu era uma atleta de fim de semana.

Ela, por outro lado, parecia saída de uma revista de esportes. Usava short preto e top verde, o abdômen definido à mostra, e os cabelos ruivos presos num rabo de cavalo. Corria leve, quase flutuando, cada passada precisa, cada respiração controlada. Era o tipo de pessoa que fazia tudo parecer fácil.

— Vai no seu ritmo — disse Natália, desacelerando um pouco pra me acompanhar. — O importante é manter o corpo ativo, não competir com ninguém.

— Perto de você, é impossível não me sentir sedentária — respondi, rindo entre uma respiração e outra.

— Ah, para. — Ela sorriu. — Eu só treino há mais tempo. Você tá indo muito bem.

Corremos mais alguns minutos e depois paramos no gramado, perto de uma árvore grande. Natália se sentou, respirou fundo e começou a se alongar com a naturalidade de quem sabia exatamente o que estava fazendo. Pernas esticadas, costas retas, braços alongando para o alto. Depois, passou para algumas posições de yoga. Eu assistia impressionada.

Ela parecia boa em tudo. Correr, respirar, ensinar, rir. Havia algo nela que misturava leveza e foco, como se nada a desequilibrasse.

Deitei na grama, olhando o céu azul quase sem nuvens. O som do parque dava uma sensação boa, de paz. Natália se deitou ao meu lado.

— O que você acha dos funcionários do prédio? — ela perguntou, olhando pro céu também. — Tipo o Zé Maria, por exemplo.

— Ah, são todos umas figuras — respondi. — O seu Geraldo é aquele tipo de homem que parece saber de tudo. Tem um coração enorme. E uma resistência pra meter maior ainda. — Fiz uma pausa. — O seu Zé Maria já é mais reservado, mas eu acho que ele é gente boa também. Trabalha duro, tá sempre disposto a ajudar. Acho que os dois seguram aquele prédio de pé.

— Concordo — disse Natália. — O Zé Maria tem sido um amor de pessoa comigo. Temos assistidos os jogos do Londrina todo sábado, acredita? Ele até tem levado a Pipa pra passear quando eu tô na faculdade. Um amor!

Olhei pra ela, surpresa.

— Sério? Que fofo — comentei. — O Zé tem esse jeitão calado. Não sabia que ele era tão carinhoso no fundo.

— Total. — Ela sorriu, ajeitando o cabelo. — E a Pipa ama ele. Quase me troca.

Rimos juntas. Depois de um instante, decidi desabafar.

— Eu tô nervosa pro date com o Everaldo amanhã — confessei. — Faz tempo que eu não saio com alguém novo. Sei lá, tô meio enferrujada.

A Natália virou o rosto pra mim, sorrindo.

— Relaxa. Vai dar tudo certo. — disse, com aquela voz calma. — Eu e o Érico vamos estar lá, lembra? Se acontecer qualquer emergência, a gente faz um resgate tático.

— Ah, ótimo — ri. — O Érico e você, num date disfarçado. Isso sim vai ser interessante.

Ficamos em silêncio por alguns segundos, rindo baixinho. Eu observava o jeito dela. Foi quando lembrei da conversa da academia na noite anterior.

— Você vai entrar no grupo das solteiras?

— Aquilo vai virar fácil o grupo do “velcro disponível pra solteiras bi-casuais”.

Caímos na risada. A Natália fez uma pausa e depois se virou pra mim. O rosto dela ficou a poucos centímetros do meu, o sol desenhando reflexos no cabelo ruivo.

— Eu só entro se você entrar, não vou pagar esse mico sozinha — disse Natália, num tom meio brincalhão.

Senti o coração dar um pequeno salto, mas respondi com naturalidade.

— Se você quer tanto ver meus nudes, eu posto no grupo que só tem eu, você e o Érico.

— Eu ia adorar ver uns nudes do Érico — respondeu Natália, rindo.

— Seria engraçado — retruquei, ainda rindo. — Nós duas sabemos que o instrumento não é o forte dele, mas como ele o maneja...

Natália riu, balançando a cabeça.

— Sim...

Ela se levantou, me oferecendo a mão. O toque foi firme e gentil ao mesmo tempo. Me puxou com facilidade, e por um instante, senti o calor do sol, o cheiro da grama e a leveza do momento.

— Bora correr mais um pouco? — perguntou, sorrindo.

— Bora — respondi, mesmo sabendo que ela ia me deixar pra trás em cinco minutos.

E assim voltamos à pista, lado a lado, o som dos nossos passos se misturando ao canto dos pássaros e às risadas que escapavam entre uma respiração e outra.

Uma hora depois, cheguei em casa pingando suor, com o top grudando no corpo e a legging colada de um jeito que parecia ter virado uma segunda pele. Entrei em casa e o Érico tava no sofá, jogando videogame, de cueca e camiseta.

Ele me olhou, pausou o jogo, e ficou me encarando. Um olhar meio parado, meio aceso. Eu achei que ele ia comentar do suor, ou meu do estado deplorável. Mas não. Ele só ficou me olhando com o pau crescendo dentro da cueca.

— Que foi? — perguntei, pegando uma garrafa d’água na geladeira.

— Nada... — respondeu, ainda me olhando — é que você tá linda.

Eu quase engasguei com a água.

— Linda? Eu tô parecendo uma toalha usada por cinco meses. — Dei uma risada. — Sério, tô pingando, Érico.

Ele encostou o controle no sofá, os olhos percorrendo meu corpo me comendo com o olhar.

— Tá perfeita assim.

— Perfeita? — Eu dei uma volta, meio debochada. — Olha isso, a legging grudou até na alma. — E virei de costas, puxando a barra da camiseta. — Isso é o oposto de sexy.

— Você não tem ideia do que tá fazendo comigo agora.

— Ah, claro. O Érico, tarado em versão suor e roupa encharcada. Você tem uma régua muito baixa, viu?

— Não é régua baixa, é amor incondicional — respondeu, levantando e vindo até mim, com aquele sorrisinho safado.

Afastei um passo.

— Amor incondicional é me ajudar a lavar a louça, não querer me agarrar quando eu tô fedendo a maratona.

— Não sinto nada de fedido. Só sinto você.

Olhei pra ele, meio sem acreditar.

— Érico, eu literalmente senti o cheiro de mim mesma no elevador. Eu devia estar ilegal pra convivência humana.

— E mesmo assim, eu te olhei e pensei: é com essa mulher suada que eu quero casar de novo hoje. — Ele riu, chegando mais perto.

— Você já casou comigo, criatura.

— Então vamos fazer uma nova manhã de núpcias. — Ele me puxou levemente pela cintura.

Empurrei o peito dele, ainda rindo.

— Você tá delirando. Eu vou é tomar um banho antes que eu te mate de fedor.

— A gente pode economizar água. — O sorriso dele ficou mais atrevido.

— Você não tá falando sério.

— Tô. — Ele passou a mão no meu braço, e juro, parecia genuinamente encantado com a textura do suor.

Fiquei olhando pra ele, tentando decifrar se ele tava brincando. Mas o olhar dele não deixava dúvidas.

— Espera — disse, erguendo um dedo. — Você tá me dizendo que tá com tesão em mim desse jeito? — Apontei pra mim mesma, suada, descabelada, com o top grudando no peito.

— Totalmente. — Ele nem piscou.

— Assim, você tem tesão em mim em qualquer estado que eu tiver.

— Claro. — Ele segurou o meu rosto. — Mas nesse aqui, eu tô perdendo a cabeça.

Ele me beijou de leve, e eu senti o toque dele meio elétrico, meio urgente.

— Tá, vai. Mas se a gente for trepada agora, que seja no banheiro. Assim já resolvo o banho.

— Fechado. — Ele respondeu na hora, já me puxando pela mão.

Dois minutos depois já estávamos pelados no boxe da suíte com aquele tarado cheirando o suor da minha roupa e até a minha calcinha antes de jogar na pia do banheiro.

Nos beijávamos na boca, com muito tesão. Eu já tinha aceitado que a ducha só estaria liberada depois do primeiro orgasmo dele, então segui o fluxo. Eu já ia me ajoelhar pro boquete quando ele me colocou contra a parede. Ele ia me chupar! Fedida daquele jeito! Ou era a maior prova de amor de todos os tempos ou ele realmente tinha pirado.

Assim, ele foi descendo sua boca, chupando meu pescoço, descendo a língua até os meus seios. Ele mamou, chupou, beijou, mordiscou, lambeu... E eu só gemendo e me contorcendo, louca de tesão.

O Érico foi descendo mais, lambendo minha barriga, umbigo, o pouco que eu tinha de pentelho, até abrir as minhas pernas, se encaixar entre as minhas coxas e enfiar sua língua na minha bucetinha. Eu não me aguentava, apertava a cabeça dele contra mim, esfregando minha buceta no seu rosto. Eu preferia que ela tivesse cheirosinha pra ele, mas se ele queria assim. Eu daria o que ele queria.

Eu rebolava, gemia, e pedia para ele me chupar mais, dizia que ele gostoso. Então, o safado começou a aprontar pra valer com dedos e boca, boca na bucetinha e um dedinho esperto no cuzinho.

Eu tava indo a loucura, com aquela língua me massageando tão bem e aquele dedo explorando as preguinhas fechadas do meu cuzinho. Eu rebolava forte, pedia mais, empurrava mais a cabeça dele contra mim. Até que não aguentei e, entre gemidos, gozei forte. O Érico ainda lambei o meu gozo, enquanto o encarava, gemendo, respiração ofegante.

Ele me deu um beijo bem demorado e enfiou sua língua na minha boca, me fazendo sentir o sabor do meu orgasmo. Nem liguei mais se eu tava fedida. Eu queria dar praquele homem.

Logo, ainda me mantendo contra a parede, ele se pôs entre as minhas pernas, direcionou a ponta da cabeça do pau na entradinha da minha bucetinha e começou a empurrar. Não demorou pra eu sentir aquele pau me invadindo, cm a cm, e eu o recebendo como um velho amigo que me visitava quase diariamente.

Logo, ele começou o vai e vem, estocando dentro de mim. Ele levantava uma coxa minha com uma mão e erguia os meus braços contra a parede na outra. Tudo isso pra ver os meus peitões balançando conforme ele metia e metia e metia.

Ele foi metendo com tanta força que acabei gozando uma segunda vez. Eu fiquei com as pernas bambas e só o peso dele me prendendo contra a parede me dava apoio. O Érico era sempre gentil nessas horas. Notei que ele estava se segurando pra que eu tivesse um novo orgasmo antes de me esporrar todinha. Não demorou muito e senti as jatadas dentro de mim. Era sempre gostoso, com ele.

Enquanto nos beijávamos intensamente, ele foi tirando devagar e me abraçou. E logo, abriu a ducha. Ficamos ali, abraçados debaixo do chuveiro. A água caindo sobre nossos corpos colados. Nessas horas eu pensava que não trocaria o Érico por mil milhões de Miguéis, Everaldos ou Enéias.

Então, chegamos no domingo de manhã. O cheiro de frango refogado começava a tomar conta da cozinha. Eu estava concentrada, com o celular apoiado num copo de vidro exibindo uma receita de torta de frango do YouTube. A cada passo, eu pausava o vídeo, limpava as mãos no pano e conferia se não estava errando nada.

Enquanto misturava a massa, senti dois braços me envolverem por trás e um beijo pousar no meu pescoço. Sorri sem olhar pra trás.

— O que que tá saindo aí, chefinha?

— Torta de frango — respondi, orgulhosa, mesmo sabendo que o cheiro de farinha e manteiga denunciava que eu podia ter errado algo.

— Quer ajuda? — perguntou Érico, já se inclinando pra olhar por cima do meu ombro. — Posso cuidar do recheio, pelo menos.

Balancei a cabeça, firme, fingindo uma segurança que eu claramente não tinha.

— Não, dessa vez eu quero fazer tudo sozinha. É um presente.

— Presente?

— Pro seu Geraldo — respondi, e continuei mexendo a massa como se fosse a coisa mais natural do mundo.

— Presente pro seu Geraldo... — repetiu ele, quase rindo.

Olhei por cima do ombro e ri.

— É sério! Eu fiquei com peso na consciência. Eu meio que explodi o namoro dele com a Carolina — falei, enquanto despejava o frango desfiado na frigideira.

— Não era bem um namoooooooro. Era mais um acordo de sexo semanal.

— Ai, Érico, que horror! — disse, tampando a boca com a mão. — Não fala assim!

— Ué, mas é verdade — insistiu ele, encostando na bancada. — Nós dois conhecemos a Carolina. Aquilo tinha prazo de validade.

— Mesmo assim, me sinto meio culpada — suspirei. — Eu fui uma tremenda talarica.

Foi quando o Érico suspirou, pensativo e comentou:

— Olha, às vezes eu acho que a gente tá fazendo esse lance de relacionamento aberto do jeito errado.

— Errado? Como assim? — perguntei, virando pra ele, com uma colher de pau na mão.

— Sei lá — Ele coçou a cabeça. — Eu achei que ia ser uma coisa mais casual, sabe? Tipo nos fóruns da internet, os depoimentos falam em pessoas aleatórias, zero envolvimento emocional, semidesconhecidos. Mas aí, eu transei com a Natália, e ela virou nossa amiga. Aí você transou com o seu Geraldo, e agora tá fazendo torta de frango pra ele. Isso é comum? A gente tá fazendo do jeito certo mesmo?

Revirei os olhos, tentando não rir.

— Ah, para, Érico. A gente já era amigo do seu Geraldo bem antes disso.

— É? E quando foi que você fez torta de frango pra ele antes?

Fiquei muda por uns segundos, mexendo o recheio pra ganhar tempo.

— Tá, nunca — admiti. — Mas isso não significa nada! É só... um gesto de amizade. Um pedido de desculpas.

Sorri, sentindo o cheiro do frango dourar e o som gostoso da frigideira.

— Vou jogar videogame — comentou ele, se afastando. — Me chama se quiser ajuda.

— Pode deixar. — Dei um beijo nele antes que saísse da cozinha.

Ele foi embora rindo, e eu fiquei ali, sozinha com a receita e um coração leve.

Perto das onze da manhã, desci até a portaria com a torta de frango ainda quente nas mãos. O cheiro estava delicioso e eu estava toda orgulhosa, mesmo que tivesse deixado metade da cozinha parecendo um campo de batalha. Quando cheguei lá embaixo, encontrei o seu Geraldo sentado na cadeira alta, com aquele jeitão calmo de sempre.

Pra mim, o seu Geraldo era uma figura única. Aquele tipo de homem que parecia ter nascido já com histórias pra contar. Barrigudo, bigode grosso, os olhos pequenos e vivos, e um sorriso que sempre vinha junto com alguma piada ou gentileza. Tinha um jeito de falar manso, mas que deixava a gente à vontade.

— Olha quem apareceu! — disse ele, abrindo aquele sorrisão. — Eita, Sarah, que cheiro é esse? Tá me matando de fome já.

Eu proibi ele de me chamar de “dona” depois que ele me comeu. Parecia errado demais depois de intimidade demais.

— Torta de frango — respondi, levantando a forma com orgulho. — Fiz pra você. Mas, ó, não precisa se preocupar, de noite eu desço pra pegar a forma de volta.

Ele ficou olhando pra torta com um ar quase emocionado.

— Pra mim, é? — perguntou, rindo. — Ô, mulher, cê vai me deixar mal acostumado! Eu vou começar a fingir que tô com defeito pra ganhar comida toda semana.

— Se eu tivesse que pagar o tanto de pia que você consertou aqui em casa, ainda tava devendo — respondi, brincando.

Ele soltou uma risada alta e meio rouca.

— Ah, eu arrumo pia, mas cê arruma meu dia, Sarah. Obrigado mesmo, viu? Deus te abençoe.

Sorri e senti aquele carinho simples que ele passava, mesmo nas frases mais bobas. Antes que eu pudesse responder, ouvi uma voz feminina animada:

— Eita, cheguei na hora boa, hein!

Era a Anacleta, vindo pelo corredor com o cabelo solto, uma blusinha azul e uma calça jeans apertada. A mulher tinha um corpo que parecia ter sido moldado por Deus num dia inspirado: cintura fininha, quadris marcados, coxas firmes. E aquele sorriso dela largo, maroto, cheio de uma confiança meio provocante, mesmo sendo uma evangélica da Assembleia de Deus.

— Ô, Anacletinha! — disse seu Geraldo, abrindo os braços. — Que que cê aprontou hoje?

— Nada demais, seu Geraldo. — Ela balançou um estojo de disco. — Trouxe um DVD do Ben-Hur pro senhor ver no plantão da madrugada. Lembra que o senhor disse que nunca tinha assistido?

— Ô, mulher boa! — respondeu ele, pegando o DVD como se fosse um presente de Natal. — Esse filme é o da corrida de bigas e com romanos, né?

— É de fé, seu Geraldo — corrigiu ela, rindo também. — Mas, se o senhor quiser enxergar só Roma e bigas, também serve.

Ele se aproximou das duas passou a mão na minha cabeça e na dela ao mesmo tempo, num cafuné duplo. O gesto era tão natural que, por um instante, senti um calor estranho no peito. Uma mistura de carinho e algo que eu não quis nomear.

Foi quando chegaram mais duas figuras conhecidas: dona Lourdes e dona Cida. A dona Lourdes era uma senhora viúva, baixinha, com o rosto cheio de expressão e um olhar doce. Parecia o tipo de pessoa que dava bronca e abraço na mesma frase. A dona Cida, por outro lado, era aquela solteirona quase sessentona animada, de vestido florido e cabelo sempre preso num coque malfeito. Tinha um jeito falante e uma risada que ecoava longe.

— Ô, seu Geraldo! — chamou dona Cida, balançando uma vasilha coberta com um pano de prato. — Trouxe bolo de cenoura com cobertura de chocolate! Pra você e o pessoal aí da portaria.

— Vixe Maria, aí sim! — ele exclamou, rindo. — Vocês vão me deixar redondo, mulherada. Não tem mais jeito pra mim não.

— Já tá redondo, seu safado — respondeu dona Lourdes, brincando. — Só vai ficar mais macio.

Ele gargalhou e, de novo, passou a mão carinhosamente na cabeça das duas, como dois cafunés carinhosos. A cena me fez rir, mas também me fez perceber um detalhe.

Ele tratava elas do mesmo jeito que me tratava.

Comecei a notar umas coisinhas sutis. O jeito como a Anacleta abaixou o olhar quando ele sorriu pra ela. Como a dona Lourdes ajeitou o cabelo quando ele fez o cafuné. E o riso gostoso da dona Cida, que parecia sair mais leve quando ele elogiava o bolo.

Aos poucos, fui juntando os pedaços na cabeça. Aquela naturalidade dele com todas, o carinho, o toque, o jeito manso.

Enquanto eles falavam, eu fiquei ali quieta, sorrindo e observando. Ele conversava com a Anacleta como se fosse um compadre de igreja, com a dona Lourdes e a dona Cida como se fossem velhos amigos. Mas tinha o olhar dele pra todas nós misturava respeito, carinho, gratidão e um segredinho que só os dois sabiam.

Foi aí que me caiu a ficha e comecei a suspeitar o que todas nós tínhamos em comum. O seu Geraldo já tinha comido cada uma daquelas mulheres. E, pelo visto, todas tinham gostado tanto da trepada com o porteiro que agora apareciam com quitutes, lembrancinhas, um agrado qualquer pra ele. Talvez algumas delas ainda fossem amantes dele. E eu percebi que eu também era só mais uma.

Até aí, tudo bem.

O que doeu mesmo foi perceber que eu ainda tava longe de chegar aos 30, na flor da idade, e já tinha virado uma dona Cida trazendo quitutes pro ex-amante.

Dei um último sorriso, deixei a torta sobre o balcão e me despedi.

— Depois eu passo pra pegar a forma, viu, seu Geraldo.

— Pode deixar, minha flor — respondeu, com aquele olhar afetuoso que fazia tudo parecer mais leve. — E obrigado. De verdade.

Estava esperando o elevador, quando a Anacleta apareceu. Conversamos umas amenidades enquanto esperávamos: calor, preço do gás, fofocas inofensivas sobre o condomínio. Quando o elevador chegou e entramos, pensei que íamos subir sozinhas. Mas, logo que a porta começou a se fechar, uma mão segurou o sensor e o síndico seu Alberto apareceu. O ar inteiro pareceu ficar mais pesado.

— Boa tarde, senhoras — disse ele, apertando o botão do seu andar. O bigode mal cortado, os olhos fundos e curiosos demais, o jeito de falar devagar.

Respondi automaticamente com um sorriso educado, mas já arrependida. Ele não olhava pros nossos olhos. Olhava fixamente pro meu decote e pro da Anacleta (ela é tão peituda quanto eu e um pouco menos que Eliana e Carolina, em comparação). Tentei ajeitar discretamente a alça da blusa, mas não adiantou muito. Era o tipo de homem que transformava até um gesto inocente num convite.

De umas semanas pra cá, o seu Alberto estava me dando uma sensação estranha. Antes, ele parecia até ter medo de mulher. Mas algo parecia ter feito ele dar um 180º, como se tivesse passado a acreditar que todo mundo devia algo pra ele.

— A senhora é engenheira civil mesmo, Sarah? — perguntou, com um tom desdenhoso de quem duvidava.

— Sou, sim. Doutora Sarah — respondi, mantendo o sorriso profissional que uso em reuniões tensas.

— Então entende das especificações das novas câmeras, né? — disse ele, inclinando o corpo pra frente, de um jeito que fez o olhar dele cair direto no meu decote.

Controlei o incômodo.

— Pois é. Foram instaladas há mais de duas semanas, viu? Eu só anunciei na segunda porque precisava de uma pauta fria pra assembleia. — Ele falava num tom confidente, mas percebi que estava ligeiramente de lado, de modo que os lábios dele ficavam fora do ângulo da câmera do elevador.

Aquilo me acendeu um alerta. Eu sabia o suficiente sobre segurança e vigilância pra entender o que ele estava fazendo. Não queria que o sistema registrasse o que ele dizia.

— Essas câmeras são muito boas. Dá pra ver nitidamente quando uma mulher casada apronta no elevador, quando outra mulher casada entra no quartinho dos funcionários, quando outra mulher casada recebe o porteiro pra um conserto e o conserto dura tempo demais... E depois dá pra notar o padrão de quem passou ser mais amiguinha dele na portaria.

Senti o coração acelerar. Fiquei parada, fingindo um sorriso, mas por dentro o sangue gelou. Ele não tinha provas de nada. Não podia ter. Ou podia? A Anacleta disfarçou o nervosismo melhor que eu.

— Imagino que o senhor esteja falando hipoteticamente, né? — disse Anacleta. — Porque isso aqui é um prédio de famílias direitas.

— Claro, claro... — respondeu ele, encarando os peitos dela. — Mas sabe, dona Anacleta, tem mulher que é desquitada que finge pra todo mundo por aí que ainda é casada só pra não ser julgada. Tem medo do que vão falar. Isso é ser direita?

A Anacleta ficou rígida por um instante. Eu olhei pra frente, fingindo não ter notado.

— Se existisse uma mulher assim, eu entenderia o lado dela. O povo aqui adora cuidar da vida alheia — falei.

— Exatamente, dona Sarah. Mas agora essas novas câmeras vão mostrar tudo. Quem entra e quem sai de cada apartamento. E quem não pisa no prédio há meses.

O elevador parou no andar dele. Ele se virou pra nós, o olhar sempre fixo nos nossos seios.

— Essas câmeras vão ajudar muito. Eles vão servir pra moralizar o prédio ou, quem sabe, pra renovar o quadro de funcionários. Vai depender muito da boa vontade dos moradores e se eu vou receber o meu quinhão.

Então, saiu, deixando o cheiro forte de ameaça no ar. As portas se fecharam. Ficamos em silêncio por uns segundos.

— Que homem estranho, né? — murmurei.

— Sim — respondeu Anacleta, ajustando a bolsa no ombro. — Ele acha que manda em todo mundo.

Subimos o resto do caminho caladas. Quando saí do elevador, minhas mãos estavam suando. Pensei nas câmeras, nas coisas que eu tinha feito sem pensar envolvendo justo o Roberto, nas conversas descuidadas com seu Geraldo...

Socorro!

Tentei não pensar muito nisso pelo resto do dia e nem contar ao Érico enquanto não tivesse mais fundamentos. Podiam ser ameaças vazias e ele não tinha provas. A pegação com o seu Roberto na escada foi antes das câmeras novas e eu poderia inventar quaisquer desculpas pras demais ações.

Respirei fundo e esqueci tudo por ora. Afinal, chegou a noite do domingo e o meu date com o Everaldo.

Estava num restaurante chique, com guardanapos de tecido dobrados em triângulo e garçons que pareciam flutuar em vez de andar.

Escolhi um vestido preto que terminava um pouco acima dos joelhos. Simples, mas que marcava a cintura do jeito que o Érico dizia que ele mais gostava. Um decote comportado, nada de exageros. Tinha feito uma maquiagem leve, mas o batom vermelho me traía, me deixava parecendo mais sexy e confiante do que realmente estava. No espelho, antes de sair, achei que estava bonita. Agora, com as mãos suando e o garfo escorregando entre os dedos, me sentia uma farsa.

O Everaldo chegou pontualmente, como se fosse desses homens que seguem o manual da boa conduta. Ele era o tipo que parece ter sido moldado num padrão: alto, bronzeado de quem nada e corre ao sol, cabelo levemente desalinhado de um jeito estudado, barba rala, sorriso fácil. Parecia sempre pronto pra uma foto de propaganda.

— Você está linda — disse ele, assim que se sentou.

Senti o rosto esquentar.

— Obrigada... Você também tá... Elegante. — e engasguei na própria voz.

Ele riu, uma risadinha leve. Dava pra entender porque a Natália dizia que ele era simpático. Eu, por outro lado, parecia uma estagiária tentando fingir que era adulta. Qual era o meu problema?

Aquele era o meu primeiro date em anos! Desde que o meu primeiro date com o Érico, eu não saía com um semidesconhecido! Socorro! Eu tinha passado tanto tempo jogando no easy, porque eu podia peidar na mesa que o Érico ia continuar me olhando como o homem mais apaixonado que encontrou a mulher perfeita que peida arco-íris, que não sabia mais o que fazer num date normal!

— Quer um vinho?

— Pode ser... o tinto mesmo — respondi, esquecendo tudo que sabia sobre vinhos e harmonização.

O garçom trouxe a garrafa e o Everaldo fez aquele ritual de provar, girar a taça, olhar contra a luz.

Enquanto ele pedia o prato, meus olhos se desviaram por puro reflexo. Numa mesa distante, perto da janela, estavam o Érico e a Natália. Ele com uma camisa azul que eu adorava, e ela com aquele sorriso leve, de quem parecia estar se divertindo de verdade. Eles conversavam como se o mundo não existisse, rindo de alguma piada interna. Aquilo doeu um pouco. O combinado era que eles ficariam de olho em mim, caso eu precisasse de uma saída de emergência. Mas, vendo os dois ali, tão confortáveis, tão naturais, deu vontade de estar na mesa deles, com eles. (E afastar um pouquinho a Natália do meu homem).

— Sarah? — Everaldo chamou minha atenção, sorrindo.

— Ah, desculpa, eu tava... olhando o cardápio.

— Sem problemas. Então, me conta um pouco de você. O que faz da vida?

A pergunta mais inofensiva do mundo, e eu travo. Eu não podia dizer que era casada, não podia dizer que era casada, não podia dizer que era casada. Respirei fundo.

— Eu trabalho com design — menti. Por que eu menti? EU NÃO SEI!

— Ah, que bom. Você parece ter uma energia leve.

Sorri, meio sem jeito. Eu? Energia leve? Se ele soubesse o caos dentro da minha cabeça...

— E você? — perguntei, pra mudar o foco.

— Ensino engenharia elétrica na Federal. Que nem a nossa amiga em comum. Gosto do que faço. E gosto de conhecer gente nova também — disse, com um sorrisinho que eu não soube se era charme ou dor de barriga.

— Gente nova?

— Sim, o tipo de pessoa que te surpreende. Você, por exemplo.

Dei uma risadinha nervosa e olhei pra taça, girando o vinho como ele tinha feito. Uma gota caiu no guardanapo.

— Ai! — peguei o guardanapo pra limpar, mas ele já tinha pegado o meu pulso.

— Calma, não precisa. É só uma gotinha.

O toque foi gentil, mas me fez arrepiar. E pensar no Érico. No jeito como ele segurava meu pulso quando queria me acalmar. Sorri por reflexo e soltei o guardanapo. O Everaldo ainda me olhava, curioso.

— Nervosa?

— Um pouco. Faz tempo que não... — parei antes de dizer “saio com alguém que não seja o meu marido”. — Faz tempo que não venho em um restaurante tão chique.

— Entendo. Mas relaxa, não precisa fingir nada aqui. Eu gosto quando as pessoas são naturais.

— Ah, então eu tô indo muito bem — falei, rindo, — porque natural eu tô sendo até demais.

Ele riu também. O clima melhorou um pouco, ainda que eu sentisse cada músculo do corpo em alerta. O garçom trouxe as entradas, e eu quase deixei o garfo cair quando ele me serviu.

— Você sempre foi assim tensa?

— Só quando tá tudo indo bem demais.

— Então vou ter que me esforçar pra te deixar relaxada.

A frase soou mais carregada do que ele talvez pretendesse, mas não tanto a ponto de ser ofensiva. Eu apenas sorri, tentando disfarçar o calor subindo pro rosto.

Enquanto ele falava sobre trilhas e mergulhos, eu fingia ouvir, mas meus olhos insistiam em voltar pra mesa do fundo. A Natália tocava o braço do Érico ao rir, e o Érico olhava pra ela de um jeito leve. Um casal bonito, pensei. E, por um instante, meu lado paranoica pensou se ela iria agarrar meu marido e fugir pra Paris com ele, me deixando com esse cara que mal conhecia.

— E você, gosta de aventuras? — perguntou Everaldo, me tirando do transe.

— Depende do tipo de aventura.

— Pular de paraquedas. Ou viajar sozinha pra algum lugar aleatório.

— Ah. Pensei que fosse aventuras tipo experimentar um prato novo sem ler o nome no cardápio. Vai que sou alérgica e não sei.

Ele riu alto.

— Quem sabe mais tarde eu faça algo mais radical.

O olhar que me lançou era claro: ele esperava que o “radical” terminasse no apartamento dele. Eu tinha dado pro seu Roberto e pro seu Geraldo. Por que eu tava tão nervosa justo quando aparece um gostoso na minha rede?

— Então, você mora sozinha?

Meu coração disparou. Era uma pergunta comum, mas parecia uma armadilha.

— Acompanhada. Digo, às vezes. — sorri, torcendo pra soar misteriosa e não culpada.

— Acompanhada, mas só às vezes? Isso soa interessante.

Pelo rosto dele, eu tinha oficialmente virado a mulher moderna e liberal que levava seus contatinhos do Tinder pro apartamento dela!

Ele apoiou o cotovelo na mesa, inclinando-se um pouco pra frente. Senti o rosto esquentar. O jantar ainda nem tinha chegado e ele já estava ali, me despindo com o olhar educado.

— Bom, depende de quando minhas tias e primas me visitam — falei, brincando pra disfarçar o nervosismo. — O que você espera deste jantar?

— Boa companhia — respondeu. — E, se a noite continuar boa, talvez um prolongamento da conversa num lugar mais reservado.

Dei uma risadinha meio trêmula.

— Tipo, uma sobremesa?

— Tão gostosa quanto.

— Eu... é... Faz tempo que não tenho um prolongamento desses — falei, e percebi o duplo sentido tarde demais. Ele riu.

— Sério? Difícil de acreditar. Você parece o tipo de mulher que sabe o que quer.

— Ah, eu sei o que quero. Só não sei se quero o que sei. — Ri nervosa e quase derrubei a taça.

Ele segurou minha mão de novo, e dessa vez não soltei. Senti o olhar dele percorrendo meu rosto, depois descendo disfarçadamente. Não era invasivo, mas também não era inocente. Aquele tipo de olhar que prometia mais do que dizia.

— Sarah — ele disse, num tom mais baixo. — Se eu disser que quero te conhecer melhor, você vai achar que eu sou um clichê?

O Érico me levou pra cama na primeira vez com uma piada de papagaio, não com uma cantada.

— Não... — respondi, quase sussurrando.

Tudo nele parecia fácil, fluido. E eu ali, uma panela de pressão prestes a explodir.

A conversa seguiu com risadinhas, mais vinho, um prato que eu mal senti o gosto. Ele foi se aproximando com naturalidade, até que o ar ficou mais denso. Meu peito se apertou.

— Everaldo — comecei, sentindo o calor subir — tem uma coisa que eu preciso te contar antes de você e eu, você sabe, aquilo.

Ele pousou o garfo, atento.

— EU SOU CASADA! — gritei.

O restaurante inteiro parou por um segundo. O garçom travou no meio do caminho com uma bandeja de massas. Eu queria me enfiar debaixo da mesa.

— Casada...?

— Sim! — continuei, desajeitada. — Mas calma! Calma. Não é o que você está pensando! É um relacionamento aberto! O meu marido sabe que eu tô aqui. Ele deixou. Quer dizer... não deixou, ele... autorizou. Quer dizer... a gente combinou! Quer dizer... eu tenho uma carta livre pra pular a cerca.

Everaldo respirou fundo, recostando-se na cadeira.

— Eu queria ser honesta, só isso — falei, apavorada. — Não quero enganar ninguém. É só uma transa de uma noite só. E depois eu sigo em frente.

Ele ficou em silêncio por um instante, e então sorriu, incrivelmente calmo.

— Olha, Sarah, se é assim, não vejo proble...

Antes que ele pudesse terminar, ouvimos vozes familiares atrás de mim.

— É tudo verdade, mas calma. Eu sei de tudo e tá tudo combinado — disse Érico, se aproximando com a Natália logo atrás.

Meu coração quase saiu pela boca.

— Eu... eu... — olhei pro Everaldo, prestes a entrar em curto-circuito.

A Natália sentou também, com aquele sorriso calmo que me irritava e acalmava ao mesmo tempo.

— Oi, Everaldo. A gente só passou aqui pra garantir que tá tudo tranquilo, não precisa se assustar. Eles realmente tem uma relação aberta e ela só quer um lance casual.

Érico segurou minha mão e sorriu.

— Do nosso lado, tá tudo resolvido! Não tem problema nenhum!

Everaldo olhava de um pro outro.

— Então, eu e ela estamos saindo enquanto você e você também estão... Mas você e ela são casados e tem um relacionamento aberto.

— Isso! — disse Natália. — Mas eu e o Érico estamos como ami...

— Bom, se é assim, então talvez a gente pudesse, sei lá... — pigarreou Everaldo. — Fazer disso algo mais coletivo. Uma pequena suruba a quatro. Trocar os casais...

O mundo parou por um segundo enquanto os três calculavam a proposta que enrolou todos. Eu fui a primeira a entender. O olhar dele deslizou pra Natália de um jeito que me ferveu o sangue.

— Troca de casal? — perguntei.

— É, Eu e a Natália, você e seu marido... — Ele fez um gesto vago com a mão, como se estivesse sugerindo uma receita.

Antes que ele terminasse, minha mão já tinha voado na cara dele.

O tapa ecoou naquela parte do restaurante. Alguns casais olharam. Natália levou a mão à boca, surpresa. Érico só piscou, meio atordoado.

Só então a ficha dos dois caiu e eles entenderam que ele estava querendo me trocar pela Natália em pleno date!

Levantei, pegando a bolsa, e saí bufando. Três passos depois, voltei.

— Érico! Paga a minha parte da conta, por favor. Depois a gente acerta em casa. — Saí de novo.

Mais cinco passos e voltei outra vez.

— Me dá a chave do carro. Vou te esperar lá fora. — Peguei a chave e fui andando, furiosa.

Saí dali bufando, com o sangue fervendo. Eu nunca ficaria com ninguém que fosse me trocar pela primeira ruiva que encontra!

Pois bem, leitor. No próximo capítulo, vamos ter mais confusões com Érico e Sarah. O que o futuro nos aguarda?

Tenho algumas perguntas pra vocês responderem nos comentários:

1) O que acharam da propaganda involuntária da Letícia sobre o dote do Antônio? Alguma delas vai conferir?

2) As mulheres do grupo de WhatsApp das solteiras-velcro merecem um one-shot? Se sim, quem deveria ser a protagonista?

3) Quem vocês torcem que seja o/a responsável por tirar o atraso sexual da Natália: Zé Maria? Érico e Sarah? Alessandra?

4) Está na hora do Érico se dar bem e reequilibrar o casal ou tecnicamente o Érico já se deu bem várias vezes nos últimos capítulos comendo a Sarah?

5) O que acharam do seu Alberto soltando suas garras? O que esperam desse subplot?

6) Está meio na cara que Sarah e Anacleta farão um ménage. Mas qual rota vocês preferem: a rota do amor fofinho que fará Anacleta entrar pro time dos mocinhos (com Érico); a rota do vilão e da chantagem (com o síndico seu Alberto); ou a rota do comedor sortudo e bom de lábia (com seu Geraldo)?

Coloquem nos comentários para o que vocês torcem que aconteçam nos próximos capítulos. Em breve, teremos a continuação.

NOTA DO AUTOR: Com este capítulo, eu terminei os que eu achava que conseguia postar em outubro. Ainda vou postar um capítulo de respostas, mas se tiver novos capítulos este mês, será sorte.

NOTA DO AUTOR 02: Para quem torce pro Zé Maria comer a Natália, o Londrina venceu duas seguidas e está a um empate em casa de subir pra Série B.

Para quem torce pro Seu Geraldo comer a Natália, o Náutico empatou duas fora de casa e precisa vencer a última em casa e torcer pro Guarani perder da Ponte Preta pra subir pra B.

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Foto de perfil genéricaAlberto RobertoContos: 87Seguidores: 264Seguindo: 0Mensagem Em um condomínio de classe média alta, a vida de diversos moradores e funcionários se entrelaça em uma teia de paixões, traições e segredos. Cada apartamento guarda sua história, no seu próprio estilo. Essa novela abrange todas as séries publicadas neste perfil. Os contos sempre são publicados na ordem cronológica e cada série pode ser de forma independente. Para ter uma visão dos personagens, leia: Guia de Personagens - "Eu, minha esposa e nossos vizinhos"

Comentários

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Caraca Everaldo que vacilo meu amigo rs

Perdeu dinheiro do jantar e ficou sem sexo

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