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Esse conto contém ilustrações, caso se permita
Eles são o casal que as pessoas amam… ou secretamente invejam. Aquela mistura perigosa de beleza, intimidade e intensidade que incomoda quem nunca ousou viver algo assim.
Depois de um fim de semana longe da cidade, em um chalé à beira-mar, minha amiga sentou comigo, uma taça de vinho na mão e um sorriso conspirador no rosto. Ela não deixou escapar um único detalhe — e agora, compartilho com vocês.
Estamos a caminho do chalé.
A estrada serpenteia pelas montanhas enquanto o pôr do sol pinta tudo de dourado. O céu muda de cor devagar, como se esperasse por nós. Uma música lenta preenche o carro, uma daquelas que faz a pele arrepiar e deixa o corpo mais atento.
Ele dirige com aquela calma perigosa que me desarma, os dedos firmes no volante, o maxilar marcado pela concentração.
Sinto a tensão aumentar entre nós, e então a mão dele deixa o volante, desliza pela minha coxa. Não há palavra, nem olhar — apenas o toque. Firme, seguro.
A mensagem é clara: “você é minha.”
Meu corpo reage antes da minha mente. O cinto se solta com um clique, o som ecoa no carro silencioso. Me inclino até ele, ignorando a posição desconfortável, o risco da estrada.
Não é apenas desejo. É impulso.
As calças de moletom não oferecem resistência. A ereção está lá, quente, pulsando, esperando por mim. Sinto o gosto salgado na boca, a textura da pele, o corpo dele tenso tentando manter o controle.
O prazer dele é meu prazer.
O som contido do seu gemido é música. Seus olhos se fecham por um instante, o carro segue firme na estrada. Ele tenta manter o controle, mas eu sei — é só questão de tempo.
Quando finalmente saboreio tudo dele, cada gota, sinto o corpo vibrar de satisfação.
Volto ao meu lugar, ajeito o cabelo, fecho o cinto.
Mas o silêncio agora é elétrico. O carro parece menor. O ar mais denso.
Minutos depois, já tomada pelo meu próprio desejo, deslizo a mão por baixo do vestido.
Não para ele — para mim.
Para o espelho do carro, que reflete minha imagem e me faz sentir ousada, viva, quase exibida para o mundo lá fora.
Me toco devagar, o som do carro e da estrada se misturando à minha respiração.
Meu corpo treme, o orgasmo vem rápido, inevitável. Ele apenas sorri quando leva os dedos à boca e prova de mim.
Seguimos viagem em silêncio — mas é o tipo de silêncio que grita. Silêncio que pulsa, que prepara o terreno para o que virá no chalé.
Expectativa. Desejo. Impulsos.
✦ Ass: Aila Nix
Retornos é uma obra original. Se minhas palavras forem replicadas, ainda assim pertencem a mim. Você pode carregar o eco, mas a voz continua sendo minha.