Comendo a Crente Raimunda, a descoberta do Milagre

Um conto erótico de NegaoBh
Categoria: Heterossexual
Contém 1548 palavras
Data: 24/10/2025 07:10:19

O riso durou longos minutos. Um riso histérico e febril, que ecoou no meu quarto vazio. A ousadia de Jéssica era um abismo, e eu mergulhava nele de cabeça, sem corda e sem medo.

A possibilidade de um filho, o "milagre" negro na casa do obreiro branco, era a cereja do bolo mais profano que já havíamos assado. Não era só vingança ou tesão; era a destruição meticulosa de uma vida, forjada com a minha semente.

"Um milagre," eu digitei, repetindo a frase, "O Pastor vai pirar."

A resposta dela veio com um emoji de fogo. Ela estava se divertindo. O medo de ser pega havia se transformado em um jogo perigoso de alto risco, e ela era a jogadora mais talentosa.

A Espera e o Plano

Os dias que se seguiram foram uma tortura doce. Eu não dormi direito. Passava as horas na academia, descontando a adrenalina e a antecipação nos pesos, ou na internet, pesquisando sobre as "Vigílias dos Homens de Honra," só para rir da hipocrisia.

Jéssica me mandava mensagens esporádicas, sempre usando o tablet escondido do sobrinho, mantendo o Paulo na escuridão. Eram mensagens curtas, mas letais, cheias de instruções e desejo.

"Ele me obrigou a ler a Bíblia em voz alta. Eu li o Cântico dos Cânticos e pensei em você."

"O cheiro do meu corpo o incomoda. Ele dorme no chão. E eu durmo no nosso pecado."

"Domingo está chegando. Prepare-se. O Pastor me ligou. Quer que eu testemunhe sobre a 'libertação'."

A cada mensagem, meu pau ficava duro. Ela não era mais a esposa infiel. Era uma agente dupla, uma espiã sexy infiltrada no coração da hipocrisia.

Eu precisava tocá-la, precisava sentir o gosto do perigo de novo.

Na sexta-feira, ela mandou a mensagem:

"Eu vou ao mercado sozinha amanhã de manhã. Ele me deu R$50 e mandou comprar carne magra para o almoço de domingo. Às 10:00. No Ponto Frio do centro. A loja de eletrodomésticos, meu demônio. Você me espera no provador da loja de roupas ao lado."

A audácia! Fazer sexo em um provador, a cinquenta metros de onde a mulher do Pastor comprava panetones e o Paulo vigiava a entrada. Era o tipo de perversão que só Jéssica podia conceber.

O Provador do Pecado

Às 9:45 de sábado, eu estava no centro, nervoso, mas com um sorriso fixo. A cidade estava cheia de crentes e famílias de igreja. Eu usei um boné e óculos escuros, mas meu porte atlético de "negão safado" era difícil de esconder.

Entrei na Loja Elegância Feminina, ao lado do Ponto Frio, e fingi que procurava um presente. Avistei o corredor dos provadores no fundo. O último, o de deficientes, era o maior e tinha um cadeado quebrado na porta. Perfeito.

Às 10:05, ela apareceu.

Jéssica estava diferente. Não usava maquiagem. O roxo na bochecha estava mais forte, mas ela o cobriu com uma base grossa. Ela usava um vestido largo e cinza, que a fazia parecer magra e frágil. A imagem da vítima perfeita.

Ela me viu, mas fingiu não me notar. Foi direto para o provador grande, a bolsa pendurada no ombro. Eu dei um minuto, peguei uma calça jeans qualquer e fui para o mesmo provador.

"Com licença, senhor, a senhora já está... "

"É o meu marido. Eu só preciso de ajuda com o zíper," ela respondeu para a vendedora, a voz de vítima frágil, quase um sussurro. A vendedora assentiu, com pena.

Entrei e tranquei a porta com um chute no cadeado quebrado. O provador era minúsculo, cheirava a tecido novo e desodorante barato.

Ela se virou, e seus olhos me queimaram. Não havia tempo para conversas.

“Rápido, Luan. O Paulo está olhando as facas na loja do lado. Ele me deu exatos vinte minutos,” ela disse, a voz cheia de excitação.

O medo dela não era de ser pega, mas de não termos tempo suficiente.

Ela não tirou o vestido. Simplesmente o levantou até a altura da cintura. Ela usava calcinhas de renda preta. Uma provocação.

Eu tirei minha calça e cueca num movimento só.

"Eu te quero aqui," eu sussurrei, puxando o tecido da calcinha dela para o lado, revelando a buceta ainda vermelha e inchada da nossa foda de terça.

Ela ofegou, agarrando a parede do provador.

"Me fode em pé, Luan. Me fode com pressa," ela implorou, a respiração ofegante.

Eu não usei camisinha. A loucura do "milagre" havia nos viciado. Eu precisava saber que eu estava ali, dentro dela, arriscando tudo.

Enfiei minha rola nela com uma violência controlada, empurrando-a contra o espelho do provador. Ela gemeu, abafando o som na palma da mão. O cheiro de sexo se misturou ao cheiro de roupa nova. Era um ato de puro terror e desejo.

Cada estocada era um risco de sermos descobertos. Eu fodia a mulher de um crente, de pé, no provador de uma loja, a poucos metros de dezenas de pessoas da igreja.

"O que você vai dizer se eu engravidar?" eu perguntei, a voz gutural, estocando fundo.

"Eu vou dizer que eu sou a mulher mais feliz do mundo," ela gemeu, arqueando as costas.

Eu gozei em um rugido abafado no ombro dela, sentindo o esperma escorrer por dentro dela, mais uma chance de marcar o Paulo para sempre. Ela gozou junto, a tensão e o risco amplificando o prazer a níveis insanos.

Durou menos de dez minutos.

Nós nos arrumamos em silêncio. Ela ajeitou o vestido, eu a calça.

"Obrigada, meu demônio," ela disse, a voz calma, o rosto ainda marcado pela paixão. Ela me deu um beijo rápido e rouco. "Não se esqueça do seu papel no domingo. Segundo banco."

Ela saiu primeiro, com a mesma compostura de vítima que tinha entrado.

Eu esperei um minuto. Saí do provador, com a calça jeans nas mãos, fingindo que não serviu.

O Domingo da Redenção

O domingo chegou com a força de um furacão.

Eu estava no segundo banco, como instruído. Vinícius e Sheila sentaram ao meu lado, preocupados com a minha aparência — eu estava pálido de exaustão e antecipação.

O culto começou. E então, Jéssica subiu ao púlpito.

Ela não estava no coral. Ela estava para testemunhar.

Ela estava vestida de branco, da cabeça aos pés. Parecia um anjo. Exceto pelos olhos, que brilhavam com um fogo que eu reconhecia.

O Pastor Edson a apresentou com um discurso emocionado sobre a "vitória sobre a adversidade" e a "força da mulher cristã".

Paulo estava na primeira fila, ao lado dela, com a mesma cara de ódio contido. Mas agora, ele tinha um sorriso forçado. O sorriso de quem estava perdendo. Ele segurava a mão dela, em uma encenação patética de apoio.

Jéssica pegou o microfone.

Ela não chorou. Ela respirou fundo e começou a cantar.

Não era um louvor qualquer. Era "Rendido aos Teus Pés". A música sobre a submissão total a Deus. Ela cantou com uma voz que nunca ouvi antes. Uma voz cheia de dor, mas também de uma força incrível.

Ela cantou, e a congregação chorava. As lágrimas escorriam pelo meu rosto. Não de fé, mas de pura admiração pelo teatro. O talento dela era profano.

Quando ela terminou, a igreja estava em silêncio absoluto.

Ela olhou para a congregação, e então, seus olhos encontraram os meus. Diretamente. E ela deu o seu show final.

Ela se virou para Paulo, ainda de mãos dadas, com o microfone na altura da boca.

"Irmãos," ela disse, a voz embargada, "eu agradeço a Deus por ter me resgatado das trevas. Eu agradeço ao meu marido, Paulo, que me apoiou em tudo."

Paulo sorriu, satisfeito. Ele achava que ela ia acobertá-lo para sempre.

"Mas eu preciso ser honesta," ela continuou, e o sorriso de Paulo morreu. "O meu marido... Ele errou. Ele errou por me bater. Ele errou por me prender. E ele errou por suspeitar de mim."

O murmúrio começou. O Pastor Edson se levantou, alarmado.

"Mas eu o perdôo," ela disse, a voz subindo, dramática. "Eu o perdôo porque eu sei que ele tem o espírito do ciúme. Ele não conseguiu entender, irmãos, que eu tenho um segredo que eu guardo no meu corpo e na minha alma. Um segredo que eu descobri esta semana, na escuridão e no desespero."

Ela largou a mão de Paulo, que estava petrificado. Colocou as duas mãos na barriga, em um gesto maternal.

"Eu não estava andando com outro homem. Eu não estava pecando. Eu estava..." ela fez uma pausa, os olhos fixos nos meus, e um sorriso lento se abriu em seu rosto marcado. "...eu estava gerando uma vida."

A igreja explodiu em um clamor de choque e celebração.

"GLÓRIA A DEUS!"

O Pastor Edson gritou: "UM MILAGRE!"

Paulo estava branco. Completamente pálido. Ele olhou para ela, para a barriga dela, e depois, o seu olhar cruzou a multidão e parou em mim.

Ele sabia. Ele tinha a certeza.

Jéssica o tinha crucificado publicamente, o pintando como o marido ciumento e violento que espancou a esposa grávida. E se o filho nascesse negro, o escândalo seria a prova final de sua "loucura".

Eu não aguentei. Levantei a mão e mandei um joinha discreto para ela.

E o jogo... o jogo não tinha acabado. Ele estava apenas começando.

A bomba foi jogada: a gravidez. Agora, as tensões atingiram um pico perigoso.

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Comentários

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Boa Negão

Conto muito bom .

A narração esta perfeita.

So tem pediria uma coisa , deixa o negao dar umas porradas no marido rs

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