Esse relato aconteceu quando meu filho era recém nascido
A última lembrança foi a sensação do corpinho quente do meu pequeno se aconchegando, sua boquinha suave e insistente no meu seio, sugando não apenas o leite, mas cada pingo da minha energia. Enquanto ele mamava, eu cantarolava baixinho. Meus próprios olhos se fecharam primeiro. O sono foi um véu negro, sem sonhos, apenas o abraço pesado da exaustão.
O que me trouxe de volta não foi um barulho, mas uma sensação. Um calor diferente. Úmido, suave... familiar, mas fora de contexto. Um peso delicado e uma sucção que não era a do meu bebê. Era mais lenta, mais experiente, mais... intencional.
Meus olhos se abriram pesados. A luz do entardecer já havia dado lugar ao crepúsculo. E então, focou. Fernando estava ali, deitado de lado ao meu lado. Seu corpo grande parecia envolver a gente dois. E sua cabeça estava curvada sobre meu peito.
Ele estava mamando em mim.
Seus lábios estavam envoltos na minha auréola, sua língua massageando o mamilo de um jeito que fez um arrepio percorrer minha espinha. Um gemido baixo escapou da minha garganta antes que eu pudesse contê-lo. Seu olhar estava fixo no meu rosto, observando cada reação.
"Fernando...", minha voz saiu um arranho, rouca de sono.
Ele parou por um instante. "Ele dormiu profundamente. Você também. Não resisti." Sua voz era um fio de seda na penumbra.
Em vez de respondê-lo, eu afundei meus dedos nos seus cabelos, puxando-o de volta para o meu seio com uma urgência que não tentei disfarçar. Ele gemeu contra a minha pele e voltou a sugar, mas agora com uma força diferente, uma voracidade que não era para alimentar, era para possuir.
A exaustão que pesava meus ossos se transformou em algo líquido e quente, um prazer que começou a arder na minha base da espinha e a se espalhar como óleo quente pela minha pele. Minha outra mão agarrou o lençol, os quadris arqueando-se contra a minha vontade, buscando um atrito que não estava lá.
Ele sentiu. Sua mão livre deslizou pela minha lateral, contornou minha cintura e se apertou na minha curva, puxando-me contra ele. Sua boca não parava, sugando, lambendo, mordiscando de um jeito que me fez perder o fôlego. O calor se concentrou no meu ventre, uma pressão insuportável e deliciosa crescendo a cada movimento da sua língua.
Eu estava a ponto de explodir, gemendo, ofegante, minha pele toda sensível e cravejada de arrepios. Só então ele se moveu, subindo pelo meu corpo, sua boca encontrando a minha em um beijo profundo, selvagem. Eu pude sentir o gosto do meu próprio leite na sua língua, um sabor adocicado e primal que me deixou ainda mais louca.
Sua mão encontrou o centro da minha necessidade, os dedos pressionando através do tecido fino da minha calcinha, e eu me quebrei contra sua boca, um gemido abafado pelo seu lábio enquanto meus quadris estremeciam em um clímax intenso e silencioso.
Ele me segurou enquanto eu tremia, sua respiração quente no meu pescoço. E na penumbra do quarto, com nosso filho dormindo serenamente ao lado, ele encontrou uma maneira nova, suja e profundamente conectada de me dizer "eu te amo".