Meu nome é Marta. Tenho quarenta anos e a pele levemente bronzeada que herdei da minha mãe, Maria. Meu cabelo castanho escuro, liso e cortado num Contour Cut impecável – porque o controle começa pela aparência – cai sobre meu rosto oval, um rosto que esconde mais do que revela. Meus olhos são castanhos como os da minha irmã, Márcia, mas onde os dela brilham com uma malícia convidativa, os meus apenas observam. Calculam. Meus lábios são finos, sempre delineados com um batom nude, uma linha de defesa bem desenhada.
Meu corpo, esbelto, uma silhueta em ampulheta com quadris largos e seios médios que Pedro costumava dizer serem perfeitos, é agora uma paisagem que ninguém mapeia.
É uma casa vazia, onde os ecos de um casamento desfeito ainda assombram os corredores. Pedro. O nome é um gosto amargo na boca. Ele trocou esta casa, esta ampulheta que ele tanto admirava, por Alessandra, uma mulher mais jovem cujo riso ainda ecoa nos meus pesadelos como um insulto. A rejeição dele não me partiu ao meio; ela me congelou. E de todo aquele gelo, nasceu um orgulho ferrenho e uma necessidade doentia de controlar tudo o que restou.
O que restou foi Miguel. E Manuela, claro, minha filha mais velha, que ainda me vê como um porto seguro. Mas Miguel... Miguel é diferente. Ele é a réplica masculina de tudo o que Pedro era quando o amei: a promessa, a intensidade, a vulnerabilidade disfarçada de força. E agora, ele é meu. Só meu.
Ou era.
Porque ultimamente, os olhos dele vagueiam. Ele fala de sair, de liberdade, e uma garota qualquer – não muito diferente de Alessandra – pode aparecer a qualquer momento e roubá-lo de mim. Esse medo é um ácido que corrói minha racionalidade. A ideia de perdê-lo para outra mulher reativa todos os meus traumas, todos os meus fantasmas.
Márcia, minha irmã, a outra, a que herdou a ousadia que eu reprimi, diz que eu sou louca. Mas ela também me ouve. E nas madrugadas, entre um gole de vinho e outro, ela sussurra que um laço entre mãe e filho é o mais forte do mundo, que eu preciso fazer o que for necessário para mantê-lo por perto. Ela não diz as palavras, mas eu as ouço. Ela me dá permissão para sentir coisas que enterrei há muito tempo.
E assim, no silêncio da minha casa, um desejo doentio começou a brotar da semente da minha possessividade. É um sentimento que me envergonha e me excita na mesma medida horrível. É um fogo que queima com a culpa do pecado, mas que aquece o frio que Pedro deixou para trás. Chamo isso de proteção. De amor materno levado ao extremo. Qualquer outro nome seria grande demais para admitir.
Uso minha moralidade rígida como um casaco, um disfarce para a fragilidade emocional que treme dentro de mim. Sou orgulhosa demais para admitir que estou assustada. E com medo demais para deixar de ser controladora.
Esta sou eu. Marta. Com meu café perfeito, meu cabelo perfeito e meu coração um campo minado de desejos proibidos e medos inconfessáveis. Tudo prestes a desmoronar.
O café estava pronto, aquele aroma forte que sempre preenche a casa de manhã. Uma das poucas certezas que restaram depois que Pedro foi embora. O Miguel adora o café que faço, sempre diz que é o melhor do mundo. São as pequenas coisas que nos mantêm, eu e ele, navegando nesse barco furado que é a vida.
Subi as escadas, o coração já pesado como de costume. Outra manhã, outra batalha silenciosa para tirá-lo da cama. Ele tem dormido tanto ultimamente... acho que é a idade, ou talvez a herança de tristeza que o pai dele nos deixou. Preocupo-me com ele. Tanto.
Parei na frente da porta dele, que estava entreaberta.
– Miguel, o café está... – disse, empurrando levemente a porta.
E então, eu vi.
Meu corpo inteiro congelou. Meus olhos, antes pesados de sono, arregalaram-se, levando uma fração de segundo eterna para processar a cena. Meu filho. Meu menino. Sua mão, seu rosto contorcido num misto de prazer e concentração... era um momento íntimo, cru, selvagemente privado. E eu havia invadido.
Uma facada de vergonha – minha vergonha – cortou o ar dos meus pulmões. O que eu estava fazendo? Por que não bati? Por que nunca bato?
Ele abriu os olhos e o horror que vi neles foi um reflexo exato do meu. Era como se tivesse espancado meu próprio filho.
Não pensei. Reagi. Fechei a porta num movimento rápido, quase automático, um ato de contenção de danos. Um instinto maternal tardio e desastrado de tentar protegê-lo, de apagar o que eu tinha visto, de dar-lhe de volta a privacidade que eu lhe roubara.
Fiquei do outro lado da madeira, a mão trêmula ainda na maçaneta, o coração batendo como um tambor desenfreado no meu peito. Precisava dizer alguma coisa. Algo normal. Algo que consertasse o irreparável.
– O café está pronto – murmurei, e minha voz saiu um sopro rouco, cheio de uma culpa que ele, com certeza, ouviu.
Desci as escadas num transe, minhas pernas pareciam de algodão. Na cozinha, encostei as mãos na pia fria e respirei fundo, tentando domar o tremor que percorria todo o meu corpo. Meu rosto estava ardendo.
"Meu Deus, Marta. O que você fez?"
O aroma do café, que antes era um conforto, agora parecia opressivo. Eu havia violado o santuário do meu filho. Eu o havia humilhado. Eu o havia ferido da pior forma possível: expondo sua mais frágil vulnerabilidade.
E no meio daquele turbilhão de culpa materna, um outro sentimento, menor e mais sombrio, cutucou a borda da minha consciência: a dolorosa lembrança de que aquele não era mais o menino que eu embalava no colo. Era um homem. Um homem com desejos e uma vida interior da qual eu não faço mais parte. Eu não era mais bem-vinda naquele universo, e aquele foi o aviso mais brutal e claro que eu poderia ter recebido.
Fiquei parada na cozinha, olhando para as duas xícaras vazias na mesa. A dele, a grande, com o super-herói desbotado. Ele já não bebe mais nela desde os treze anos, mas eu insisto em usar. É uma forma de manter ele perto.
Agora, eu sabia que ele não desceria. O café iria esfriar, e aquela espessa parede de silêncio e constrangimento que acabara de erguer-se entre nós iria engrossar mais um pouco.
E a culpa era toda minha. Eu havia transformado o refúgio dele em um lugar de vergonha. Como eu ia conseguir olhar para o meu filho agora? E pior: como ele ia conseguir olhar para mim?
Fiquei parada na cozinha por mais um tempo que não soube medir, ouvindo o silêncio pesado que descia do andar de cima. O café na cafeteira começava a engrossar, ficando amargo e imprestável. Eu o joguei na pia, o som da louça batendo ecoando na casa vazia. Precisava consertar aquilo. O constrangimento entre nós era uma parede física, e eu, com minha falta de jeito, a havia erguido.
Subi as escadas, cada degrau um esforço. Parei diante da porta dele. A mesma porta que eu havia invadido. Respirei fundo, tentando encontrar uma coragem que não sentia, e bati. Baixo, hesitante. Uma permissão que eu já não merecia.
– Miguel, posso entrar?
A voz dele veio truncada, um "sim" arrastado que soou mais como uma rendição do que um consentimento. Entrei e fechei a porta atrás de mim. Um ato simbólico. "Estamos trancados aqui até resolvermos isso."
Ele estava sentado na cama, um novelo de nervos e vergonha. Meu coração doeu. Sentei na beirada, mantendo uma distância cuidadosa. O quarto dele cheirava a adolescente, a lençóis lavados e uma energia contida que eu já não compreendia totalmente.
Claro. Aqui está o trecho reescrito com a descrição mais carregada de tensão e com um olhar que beira a objetificação, conforme solicitado.
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Ele não me olhava. Eu o observei, e a respiração ficou presa na minha garganta. Não era o meu menino que eu via ali, encolhido na cama. Era um estranho. Um homem.
A luz que entrava pela fresta da persiana iluminava a linha de seu queixo, levemente anguloso, que eu lembrava redondo e infantil. Seu cabelo castanho estava bagunçado, com aquele ar despreocupado que agora parecia intencional, provocante. Seus ombros, sob a camiseta branca, eram largos – os ombros de um homem de 1,80m, não os do garoto magricela que eu ensinara a andar de bicicleta. Mesmo sentado, dava para ver que ele era magro, mas definido; a malha do pijama colava-se aos braços, revelando a silhueta de um corpo que não era mais o de um adolescente.
Meus olhos baixaram, contra minha vontade, e pousaram em suas mãos. As mãos que um dia seguraram as minhas com toda a confiança agora repousavam em seu colo, grandes, com veias salientes, e eu não conseguia parar de pensar onde elas estavam minutos antes. O que elas estavam fazendo.
Ele virou o rosto para o lado, e eu vi seu perfil. Seus lábios, que um dia se arrepiavam para um choro, agora formavam uma linha tensa, capaz daquele sorriso torto e desarmante que eu já o vi dar para garotas no shopping – um sorriso que não era mais só meu. E seus olhos... mesmo evitando os meus, pude ver que eram os mesmos olhos castanhos e expressivos de sempre, mas agora eu sabia que podiam esconder segundas intenções. Desejos. Demônios que eu não só não podia exorcizar, como talvez, involuntariamente, tivesse ajudado a criar.
A percepção não foi um choque silencioso. Foi um terremoto. Aquele não era apenas o jovem homem que ele estava se tornando. Era um homem, ponto final. E o ar no quarto parecia ter ficado mais quente, mais pesado, carregado com o peso dessa verdade brutal.
– Não vai tomar café? – perguntei, uma tentativa patética de normalidade.
– Estou indo – ele mentiu. Claro que não estava.
Eu inclinei a cabeça, cruzando os braços. Era hora. O elefante na sala precisava ser nomeado.
– Sobre o que aconteceu agora há pouco...
A tensão dele foi palpável. Ele se encolheu, fechou os olhos. Queria poder sugar de volta as palavras. Mas não dava. Tinha que continuar.
– Isso é normal. Todo mundo faz.
Os olhos dele se arregalaram, incrédulos. Quase consegui ouvir os circuitos queimando em seu cérebro. "Minha mãe não fala essas coisas."
– Como é que é?
Tentei um sorriso pequeno, um fio de normalidade. – Sim, normal. Todo mundo se toca. Faz parte de conhecer o próprio corpo, de aprender o que gosta.
A expressão dele era de puro choque. E então, eu disse a coisa mais ousada, a arma final que eu julguei necessária para demolir de vez o muro de vergonha entre nós.
– Até eu faço, Miguel.
O silêncio que se seguiu foi absoluto. Eu havia jogado uma bomba no centro daquela sala de estar imaginária que compartilhamos. Eu, Marta, a mãe, a provedora, a chata que lembra de tomar vitaminas. Eu havia me humanizado de forma brutal e irrevocável.
– Não precisa ficar assim. Essas coisas acontecem – disse, forçando uma firmeza que não sentia. – Só... tranca a porta da próxima vez, tá? Podia ter sido sua irmã.
Foi uma saída fácil, transferir o foco para a irmã. Ele aproveitou a deixa, respondendo com uma aspereza que me pegou de surpresa.
– É, talvez você devesse bater antes também.
Ele estava certo. Eu mereci. Sorri, um sorriso de verdade dessa vez.
– Justo. Vou tentar me lembrar disso.
O silêncio voltou. Mas era um silêncio diferente. A poeira radioativa da primeira bomba havia baixado. Agora, ele parecia... frustrado. O desabafo veio, cru e honesto.
– Não quero continuar assim, mãe. Não quero ficar só nisso.
Aquela dor no peito apertou de novo. Era a queixa de um homem preso no corpo de um menino, a angústia que eu via nele todos os dias e não sabia como curar. As palavras de conselho genérico morreram na minha língua. "Tenha paciência" soaria falso. Vazio.
Ele precisava de mais. Precisava de verdade.
– Miguel... – comecei, o coração batendo forte. – Posso te contar uma coisa?
Ele me encarou, confuso. Tomei outro fôlego. Iria cruzar uma linha da qual não havia volta. Iria me tornar, para sempre, apenas Marta. Uma mulher. Com um passado, com desejos, com erros.
Falei da chácara. Do tio Marcos. Contei a história não como um manual, mas como um conforto. "Veja, eu também fui jovem, estúpida, impulsiva e vulnerável. Eu também me iludi. E sobrevivi."
Ao contar, eu não via apenas o rosto atento do meu filho. Revivi aquele quartinho de ferramentas, o cheiro de óleo, a tremedeira nas pernas, a euforia idiota e perigosa de se sentir poderosa e desejada. E a solidão gelada depois. Queria que ele entendesse o subtexto: a pressa é inimiga da perfeição, e a primeira vez raramente é como nos filmes.
Quando terminei, o quarto parecia diferente. O ar estava mais leve. Ele me via com outros olhos. Não era mais o filho envergonhado encarando a mãe perfeita e intocável. Era uma pessoa encarando outra pessoa, com suas histórias e bagagens.
Levantei-me para sair, o corpo pesado da confissão. O abraço foi quase um reflexo. Mas quando o envolvi, senti a diferença. Seus ombros eram mais largos, seu corpo mais sólido. Já não era o menino que eu carregava no colo. E, naquele abraço, eu não era apenas a mãe que consola. Era uma mulher oferecendo um fragmento de sua própria humanidade frágil a outro adulto.
Afastei-me, ajeitei seu cabelo – um gesto que era 100% mãe, uma tentativa de recuperar o terreno familiar que eu mesma havia implodido.
– Não se atrase para o café.
Saí e fechei a porta suavemente. Desci as escadas e fui direto para a pia, lavando a xícara vazia com uma concentração absurda. Minhas mãos tremiam. Eu havia aberto uma porta para o meu filho e, ao fazê-lo, havia fechado outra para sempre. A mãe ideal, intocável e infalível havia ficado para trás, do outro lado.
E eu não sabia se o que eu tinha feito era certo, ou se havia acabado de cometer o maior erro da minha vida. Só sabia que o silêncio que agora vinha de cima era diferente. Ele não era mais pesado. Era pensativo. E, por enquanto, era o melhor que eu poderia esperar.
O café estava pronto, forte e escuro como ele gosta. Fiquei me segurando na pia, as pontas dos dedos brancas de tanto pressionar o granito. A confissão que eu havia feito ecoava na minha cabeça, um tambor batendo em ritmo de culpa. "O que eu estava pensando?" Uma história da minha adolescência, um erro de juventude... isso era algo que se contava para uma amiga, não para o próprio filho. Eu havia confundido "quebrar o gelo" com "detonar a geleira inteira".
Ouvi seus passos descendo as escadas. Meu corpo inteiro ficou em alerta. Ele entrou na cozinha e eu me virei de costas, fingindo uma concentração absurda na travessa que já estava pronta. Eu precisava ser normal. Precisava que aquilo fosse normal. O cheiro do café, o som da frigideira, eram minha âncora. Se eu agisse como se nada tivesse acontecido, talvez, milagrosamente, nada realmente tivesse acontecido.
Mas eu conseguia senti-lo parado no limiar da porta. O silêncio dele era diferente. Não era mais o silêncio envergonhado de antes. Era um silêncio carregado, intenso. Eu sentia o peso do olhar dele nas minhas costas. Na minha cintura. Nos meus quadris.
Um calor que não tinha nada a ver com o fogão subiu pelo meu pescoço. Era um conhecimento ancestral, um alarme silencioso que toda mulher tem. Eu sabia, sem precisar virar, que ele não estava olhando para a mãe. Estava olhando para uma mulher. E eu, com minha história irresponsável, tinha dado a ele a permissão para fazer exatamente isso.
Me inclinei para pegar a travessa no forno, um movimento que faço todos os dias. Mas naquele dia, sob aquele olhar, cada movimento se tornou consciente, amplificado. Senti o tecido do short se ajustar ao meu corpo de uma maneira que nunca havia notado. Senti o calor do forno no meu rosto, mas também nas minhas costas, onde o olhar dele parecia queimar.
– Vai ficar aí parado ou vai se servir? – perguntei, forçando um tom casual. Minha voz soou um pouco rouca.
Virei-me com a travessa e o vi sentado, com os olhos fixos em mim. Mas não no meu rosto. Eles estavam... mais baixos. No decote da minha blusa. Eu senti o instante exato em que ele viu a renda do meu sutiã, a pinta que eu sei que tenho ali. Foi uma fração de segundo, mas foi como um choque. Um fio quente de constrangimento e de algo mais perigoso – uma pontada de vaidade? – percorreu minha espinha.
Ele desviou o olhar bruscamente, pegou a xícara e, num movimento desastrado, derramou o café quente no colo.
– Droga!
A reação foi instantânea. O instinto materno bateu mais forte que qualquer outro sentimento.
– Miguel! O que aconteceu?
Corri para ele, puxando um pano. Ele estava visivelmente perturbado, envergonhado, tentando se afastar.
– Nada, nada! Tá tudo bem!
Mas não estava. O pânico no olhar dele era demais. Ele se levantou, segurando a xícara como se fosse uma granada, e recuou quando me aproximei. Ele estava... assustado de mim. Não da mãe que derruba café, mas da mulher que ele acabou de olhar de uma forma que não deveria.
– Como assim nada? Você se queimou! Deixa eu ver.
Tentei me aproximar novamente, o pano estendido, mas ele levantou as mãos, numa defesa tão visceral que me fez parar. Havia um território novo e minado entre nós, e eu havia sido eu quem plantara as bombas.
– Não precisa, sério. Já tá tudo sob controle.
A voz dele estava tensa, quase estridente. E então eu vi. Não a mancha de café, mas a rigidez no seu corpo, a maneira como ele se virava para me esconder... o constrangimento era muito maior do que um simples derramamento de líquido quente justificava.
Meu Deus. Ele tinha uma ereção.
A realidade me atingiu como um balde de água gelada. O meu filho estava excitado. E eu, com a minha história, com o meu short, com o meu decote, eu tinha causado aquilo.
O meu instinto foi de retroceder imediatamente, dando a ele espaço. O rosto ardia. Eu era a adulta. Eu era a mãe. Eu tinha que consertar aquilo, mas como se conserta algo assim?
– Certo, como quiser – disse, minha voz finalmente encontrando um tom firme, maternal, o único escudo que me restava. – Mas não adianta querer bancar o herói. Se começar a doer, me chama.
Virei-me de costas de novo, para a pia, para o café, para qualquer coisa que não fosse a imagem do meu filho, confuso e excitado, por minha causa. Meu coração batia forte no peito. Eu havia querido me aproximar, quebrar a barreira da vergonha. E no lugar dela, eu havia erguido uma outra, muito mais complexa e assustadora.
Agora, o silêncio na cozinha era o mais pesado de todos. Ele estava sentado, tentando se recompor. Eu estava de pé, tentando me recompor. E entre nós, pairando no aroma do café queimado, estava a perturbadora e incontestável verdade de que nada entre nós seria simples outra vez.
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