O silêncio de uma noite

Um conto erótico de Pil.lo
Categoria: Gay
Contém 593 palavras
Data: 16/09/2025 22:18:31
Última revisão: 19/09/2025 20:32:28

O quarto de Lucas é banhado por luz âmbar, sombras dançando nas paredes, cúmplices dos segredos da noite.

Gabriel entra devagar, pés no chão, olhos escuros como a noite lá fora, cada passo carregado de reverência — não pelo espaço, mas pelo homem desnudo que o espera, pulsando desejo silencioso.

A porta fecha com um clique sutil. O silêncio entre eles é denso, quase sufocante, carregado de lembranças e vontades reprimidas.

Eles se encaram. O ar vibra. Gabriel aproxima-se, mãos trêmulas de expectativa, toca o rosto de Lucas, desliza os dedos pela mandíbula até o pescoço. Lucas estremece, absorvendo o calor como fogo vivo.

O beijo surge como promessa — lento, profundo, urgente. A língua se enlaça, explorando, provocando, instigando. As mãos se encontram, deslizam pelos corpos, traçando caminhos que despertam lembranças e desejos contidos.

Gabriel deixa calça e cueca ao chão, cada gesto carregado de intenção. Abre a camisa, revelando o peito firme, pulsante, e Lucas não consegue resistir — dedos percorrem cada curva, cada nervura. O coração bate mais rápido, a respiração se mistura em ritmo quase animal.

Deitam-se lado a lado, corpos colados, pele quente contra pele quente. Cada toque acende pequenas explosões de desejo, cada roçar é quase dor, mas deliciosa. Lucas percorre o peito firme de Gabriel, mãos deslizando sobre músculos tensos, sentindo cada pulsação. Gabriel responde, segurando, explorando, guiando, puxando.

As línguas se enlaçam, línguas e dentes leves que provocam gemidos. A respiração é arfante, carregada de urgência. Cada toque nos braços, no pescoço, nas costas, faz a tensão subir, o calor explodir no peito. Lucas estremece, arqueando-se instintivamente, implorando por mais, e Gabriel corresponde, firme, quase possuindo, mas com cuidado, conhecendo cada reação.

Gabriel desliza sobre Lucas, corpos encaixando-se como se fossem feitos um para o outro. Cada aproximação, cada empurrão, provoca estremecimentos involuntários, gemidos que se misturam ao ar quente do quarto. A urgência é palpável, quase brutal. O suor escorre, pele contra pele, o coração dispara, o cheiro do desejo misturando-se à respiração.

Lucas segura Gabriel, puxando-o mais perto, cada contato firme, intenso, impossível de conter. A cada entrada, cada movimento, há resposta carnal, quase selvagem — gemidos, suspiros, pele arrepiada, músculos tensos e relaxando, tudo em perfeita sincronia.

O ápice chega como onda crescente, inevitável. Cada centímetro percorrido, cada toque profundo, cada gemido, cada arrepio explode em prazer que não pode ser contido. Os corpos tremem, se arqueiam, se rendem, misturando força e vulnerabilidade, controle e entrega.

Quando finalmente se abandonam ao calor que sobra, corpos grudados, respiração acelerada, suor escorrendo, a intimidade não é apenas emocional — é física, completa, verdadeira. A carne encontrou a carne, o desejo encontrou o desejo, e o quarto se torna espaço de êxtase, calor e entrega absoluta.

O silêncio que sobra é pesado, carregado de respiração, gemidos abafados e batimentos descompassados. Cada olhar confirma: ali não há apenas prazer, há reconhecimento, entrega, confiança.

O sol entra tímido, dourando os lençóis amassados. Gabriel observa Lucas dormir, respiração calma, peito subindo e descendo, lábios entreabertos. Passa os dedos na clavícula, confirmando que tudo foi real.

Na cozinha, o café é preparado devagar. Lucas aparece, cabelo bagunçado, sorriso preguiçoso.

— Achei que ia acordar sozinho — diz ele, provocando.

— Pensei em te deixar dormir mais… mas o café venceu — responde Gabriel, estendendo a xícara.

Encostam testas. Silêncio quente. Calor compartilhado. Intimidade recém descoberta que pesa, mas envolve.

Sentam-se à mesa. Não há planos, nem promessas, mas há certeza: algo mudou, e não é só entre eles — é dentro deles.

— Ontem foi mais do que eu esperava — murmura Lucas.

— E menos do que eu quero — responde Gabriel.

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Comentários

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Uuuaauu ! Delícia de posse e de entrega . . . Fico aguardando a continuação dessa linda relação !

Três merecidas estrelas e nota dez.

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Muito obrigado. Sou novo na arte de contar. Quis deixar a imaginação do leitor construir sua própria narrativa.

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