Busquei na rua o que não tinha em casa

Um conto erótico de Carlos
Categoria: Heterossexual
Contém 2402 palavras
Data: 08/09/2025 13:58:20
Última revisão: 08/09/2025 14:13:21

Doze anos de casamento. Tempo suficiente para conhecer cada detalhe da rotina, cada riso e cada silêncio. Mas também tempo suficiente para perceber que o fogo da paixão não é eterno. Que a rotina pode transformar o desejo em frieza, e que o que antes era excitante agora se torna previsível.

Mariana sempre foi linda, cuidadosa, organizada. Uma esposa exemplar. Mas na cama… o cenário era diferente. Ela nunca se permitiu experimentar minhas fantasias. Sexo anal? Não. Boquete profundo? Raramente, e sempre com nojo. Gozar na boca ou no rosto? Esquece. Cada tentativa minha terminava em frustração, silêncio ou recusa. A rotina sexual se tornou mecânica, previsível, um ritual que cumpríamos mais por hábito do que por prazer.

Naquela sexta-feira, depois de uma hora extra não programada no trabalho, saí do escritório com o corpo cansado e a mente inquieta. A cidade parecia mais silenciosa que o normal, e o trânsito, lento. Um impulso começou a crescer dentro de mim, misto de desejo e culpa. Talvez fosse hora de buscar algo diferente. Algo proibido.

Sem pensar muito, mudei a rota. Em vez de seguir para casa, peguei a avenida da cidade famosa pelo comércio noturno e por ser ponto de prostituição. O coração acelerou, uma mistura de adrenalina e ansiedade. Estava prestes a fazer algo que jamais imaginei que faria: procurar uma prostituta.

As luzes da rua piscavam em tons de neon desbotados. Algumas calçadas estavam escuras, outras iluminadas por placas de bares e restaurantes decadentes. E então comecei a vê-las: mulheres com roupas curtas demais para o frio, gestos exagerados, olhares provocantes para qualquer carro que passasse.

Reduzi a velocidade, observando. Um grupo conversava próximo a um canto mal iluminado, rindo alto, exibindo-se de forma descarada. Mas foi então que a vi.

Ela surgiu da sombra de um poste queimado, andando com passos seguros, confiante, cada movimento pensado para ser observado. O cabelo loiro um pouco desgrenhado, batom vermelho borrado, maquiagem pesada, olhos intensos que pareciam procurar alguém. Um cropped de renda preto quase revelava demais, a micro saia azul transparente deixava à mostra a calcinha fio-dental, as pernas longas destacadas pelas meias finas e pelos saltos altos.

Meu coração disparou. Instintivamente, encostei o carro na calçada, bem ao lado dela.

Ela não hesitou: caminhou até a janela, inclinou-se e apoiou os braços na porta do passageiro. O decote quase encostou no vidro. O perfume doce, forte, invadiu o carro antes mesmo que eu pudesse dizer qualquer coisa.

— Boa noite, gato — disse, voz rouca, provocativa. — Procurando companhia?

Respirei fundo, tentando manter o controle.

— Quanto… quanto custa? — perguntei.

Ela sorriu devagar, mordendo o lábio borrado. — Pra você? Barato. Me leva pra um lugar e a gente combina.

— Entra. — falei.

Ela abriu a porta sem hesitar, jogou a bolsa pequena no colo e se ajeitou no banco. A saia subiu mais, revelando o brilho da calcinha mínima. Cruzou as pernas devagar, o olhar fixo em mim.

— Pra onde vamos? — perguntou, ajeitando o batom com a ponta do dedo.

— Um motel, na estrada— respondi, tentando soar indiferente, mas o coração disparado denunciava o contrário.

Engatei a marcha e seguimos pela avenida. O carro se moveu em silêncio por alguns minutos, cada um imerso no próprio pensamento. Mas o silêncio não durou. Sua mão, leve e hesitante no início, pousou sobre minha coxa. Subiu devagar, como se testasse minha reação.

— Tá nervoso? — murmurou, a voz carregada de malícia. — É a primeira vez?

— Talvez — respondi, tentando manter o controle.

Ela riu baixo, um som rouco que me fez gelar por dentro. Aproximou-se do meu pescoço e depositou um beijo rápido, outro mais lento. O perfume forte invadiu o carro, me deixando tenso, excitado.

E então ela se inclinou ainda mais, deslizando pelo banco em direção ao volante, de forma que só me restava manter os olhos na estrada. O zíper da calça abriu com agilidade, e antes que eu pudesse reagir, senti sua boca quente, firme, envolvendo-me com precisão.

Segurei o volante como se fosse o último elo com a realidade, mas a tensão me consumia. O calor, o contato, a pressão de seus lábios, a língua habilidosa — tudo contribuía para que minha mente se esvaziasse em desejo.

Ela olhou para cima, direto nos meus olhos, sorrindo mesmo com a boca ocupada. A provocação era clara: ela estava no controle, mas também me desafiava.

— Vai devagar — consegui murmurar, ainda dirigindo.

Ela apenas riu, e continuou, alternando ritmos, aumentando a intensidade, tornando impossível qualquer concentração na estrada.

Por alguns instantes, o carro se tornou pequeno, quente, e o mundo exterior desapareceu. Não havia casamento, não havia esposa, não havia culpa — apenas desejo, só ela, só aquele momento.

Quando a entrada do motel apareceu, as luzes piscando em vermelho e amarelo, meu coração ainda batia acelerado. Estacionei, ainda respirando com dificuldade. Ela ajeitou os cabelos loiros, ainda sorrindo, os lábios úmidos, e se sentou ereta, como se nada tivesse acontecido.

— Vamos nos divertir — disse com aquela voz rouca, provocante. — Mas primeiro, vamos entrar.

Peguei a chave e caminhamos juntos pelo corredor mal iluminado. Cada passo dela, o som dos saltos, cada movimento da saia curta — tudo contribuía para manter a tensão, para me deixar ansioso pelo que estava por vir.

Dentro do quarto, a cena era simples, quase decadente: cama redonda com lençóis de cetim vermelho, luz baixa, cheiro de desinfetante misturado com perfume. Ela se sentou na beira da cama, cruzando as pernas, como quem esperasse por algo que eu ainda não sabia que precisava.

— Tira a roupa — disse com firmeza.

Ela não hesitou. Retirou o cropped de renda, a saia azul transparente, ficando apenas com a calcinha fio-dental, meias e salto alto. A pele clara, iluminada pela luz fraca, parecia ainda mais provocante.

Ajoelhou-se diante de mim, os olhos fixos nos meus. Um sorriso travesso surgiu, quase desafiador.

— Gostou do que viu até agora? — perguntou.

— Sim — murmurei, incapaz de desviar o olhar. — Muito.

E então, antes que eu pudesse reagir, ela se inclinou e começou novamente. Um boquete lento, firme, habilidoso, com os olhos fixos nos meus, sorrindo e provocando cada reação que surgia em meu corpo.

Mantive-me firme, tentando não perder completamente a razão. Mas era impossível. O calor, o som, o contato, o sorriso dela — tudo me consumia. A estrada, o motel, a avenida — tudo desapareceu. Restava apenas a sensação de estar diante de alguém que dominava cada instante, cada toque, cada gemido que escapava de mim.

E naquele momento, eu soube que a noite estava apenas começando.

O som molhado enchia o quarto, misturado ao meu fôlego irregular. Quanto mais eu me esforçava para resistir, mais ela se aprofundava, relaxando a garganta, deixando-me sentir a cada centímetro.

— Isso… continua… — murmurei, a voz embargada.

Ela acelerou, sugando com mais força, a mão trabalhando em sincronia. O corpo inteiro respondeu, e percebi que não resistiria muito mais.

— Vou gozar… — avisei, mas ela não parou. Ao contrário: intensificou, mergulhando fundo, sugando com força até que eu explodisse dentro de sua boca.

Gemidos roucos escaparam de mim enquanto ela permanecia lá, firme, recebendo tudo.

Quando terminou, afastou-se apenas o suficiente para abrir a boca diante de mim, exibindo o líquido acumulado na língua. O olhar era de provocação, como quem aguardava um comando.

— Engole — ordenei, a voz grave.

E ela obedeceu, inclinando a cabeça para trás e engolindo devagar. Depois abriu novamente a boca, mostrando-a vazia, como prova.

Limpou os lábios borrados com a língua, ainda ajoelhada.

— Gostou? — perguntou, com um sorriso malicioso.

Respirei fundo, tentando recuperar o fôlego. — Foi só o começo.

Camila ficou de quatro sobre a cama redonda, a calcinha minúscula puxada de lado. A penumbra realçava o brilho da pele dela, já úmida de suor.

Aproximei-me, ajoelhado atrás dela, e só então percebi o detalhe que me fez parar por um instante. Entre as nádegas dela, um pequeno plug metálico refletia a luz amarelada do quarto, a base adornada com uma pedrinha falsa que parecia joia barata.

— Que porra é essa? — perguntei, passando os dedos ao redor.

Ela riu, arqueando o corpo para trás. — Uma ajudinha… facilita o trabalho. Nem todo homem sabe como entrar aqui, então eu já deixo pronto.

O jeito natural com que disse isso me acertou em cheio. Era tão sujo, tão profissional, tão longe da imagem de esposa exemplar que eu carregava em casa.

Segurei firme sua cintura e penetrei-a na vagina de uma vez, sentindo o corpo dela me sugar. O plug, ainda em seu lugar, deixava tudo mais apertado, estreito, quase sufocante.

— Caralho… — murmurei, enterrando-me fundo.

Ela gemeu alto, apoiando os cotovelos no colchão. — Eu disse que valia a pena…

A sensação era insana, cada investida arrancava gemidos dela e me deixava mais perto do limite. O espelho no teto refletia a cena completa: eu atrás dela, metendo forte, e o brilho prateado do plug piscando a cada movimento.

Camila rebolava de volta, o corpo obediente, oferecendo-se como uma boneca programada para satisfazer.

Quando senti a pressão se acumular, segurei seus cabelos e a puxei para trás. Retirei-me de dentro dela e a virei de joelhos diante de mim.

— Abre a boca.

Ela obedeceu imediatamente, a língua estendida, os olhos fixos nos meus. Alguns movimentos rápidos e não resisti: explodi ali mesmo, parte na boca, parte borrando o rosto dela.

Camila permaneceu imóvel, recebendo tudo. Depois lambeu os cantos dos lábios, passou os dedos pelo rosto e os levou à boca, saboreando como se fosse parte do serviço.

Abriu bem a boca, exibindo o que tinha guardado na língua, antes de engolir devagar, olhando para mim o tempo todo.

O sorriso que deu em seguida, borrado e brilhante, era a imagem perfeita da decadência — e da minha satisfação.

— Cliente feliz? — perguntou, com a voz rouca.

Respirei fundo, ainda segurando seus cabelos. — E com vontade de muito mais.

Levantei-a pela cintura e a virei de frente, jogando-a de costas na cama. Afastei a novamente a calcinha e puxei devagar o plug prateado, que saiu brilhando, molhado. Ela estremeceu e mordeu os lábios, como se a ausência do objeto a deixasse vazia.

— Tá pronto pra você — murmurou, provocando.

Posicionei-me ali, e com um único empurrão entrei em seu cu. O corpo dela se arqueou, os dedos se agarraram aos lençóis, e um gemido abafado escapou de sua garganta.

— Relaxa… — falei, segurando firme sua cintura.

E comecei a mover-me. O aperto era brutal, quase insuportável de tão bom. Cada investida fazia seu corpo estremecer, os olhos virarem para trás. O suor escorria entre os seios, borrando ainda mais a maquiagem, transformando-a em pura decadência erótica.

Ela não pediu pausa, não reclamou, não tentou escapar. Apenas recebeu, obediente, como se sua função fosse ser usada até o limite.

— É isso que você quer, não é? — perguntei, batendo contra ela com força.

— É isso… me enche… — gemeu, com a voz falhada.

Segurei seus tornozelos, levantando as pernas, e continuei até sentir que estava prestes a explodir. Mais alguns movimentos e gozei fundo dentro dela, até não sobrar nada.

Permaneci ali alguns segundos, enterrado no corpo dela, sentindo o calor e o aperto extremo. Depois retirei lentamente, observando a mistura escorrer.

Segurei seus cabelos e puxei-a para os joelhos. — Limpa.

Camila obedeceu sem hesitar. Abriu a boca e começou a lamber tudo, cada gota, até que meu pau estivesse limpo de novo. Envolvia a glande com a língua, sugava devagar, lambia até a base, olhando-me nos olhos o tempo todo, como se quisesse provar que não deixaria nada escapar.

Quando terminou, abriu a boca para mostrar, exibindo a língua. Só então engoliu, de uma vez, e sorriu.

— Cliente satisfeito? — provocou, a voz rouca.

Olhei para ela, despenteada, borrada, de joelhos na frente da cama. — Mais do que satisfeito.

O quarto estava silencioso, quebrado apenas pelo som abafado da televisão que ainda passava um pornô genérico. Camila levantou-se lentamente da cama, os cabelos desgrenhados caindo sobre o rosto, o corpo ainda marcado pelo uso que fiz dela.

Pegou a bolsa da poltrona e começou a se recompor. Primeiro ajeitou a calcinha minúscula, depois vestiu a micro saia azul quase transparente, por último o cropped preto. Parou diante do espelho, retocando o batom borrado com calma, como se quisesse encerrar o papel com dignidade.

Virou-se para mim, já com o sorriso de sempre, mas os olhos denunciavam a intimidade que nenhuma prostituta poderia ter.

— Você demorou — disse, com uma pontada de queixa, a voz agora menos rouca, mais dela mesma. — Eu já estava quase desistindo.

Recostei-me na cabeceira, ainda sem forças para levantar. — Não tive escolha. O chefe me obrigou a fazer hora extra.

Ela cruzou os braços, fingindo impaciência. — Pois é… tive que me virar. Você não imagina quantos carros pararam antes de você chegar.

Sorri, entendendo a provocação. — E deixou todos esperando?

— Quase não consegui. — Mariana — agora sem o disfarce de Camila — deixou escapar uma risada curta. — Teve uma hora que pensei que não ia conseguir recusar.

Levantei-me e a abracei por trás, respirando fundo o cheiro da mistura de suor e perfume barato que ainda impregnava na pele dela. — Valeu a pena esperar.

Ela se virou nos meus braços e me encarou com seriedade. — E aí… gostou de me ver como uma puta de rua?

Passei a mão pelo rosto dela, sujo de maquiagem borrada. — Eu amei cada minuto. Você estava irreconhecível.

Os olhos dela se suavizaram, revelando a esposa por trás da máscara. — Você não faz ideia do quanto foi difícil pra mim. Dois meses me preparando, ensaiando… no começo, achei que não conseguiria desempenhar esse papel.

Beijei sua testa, apertando-a contra mim. — Você conseguiu. E mais do que isso: me deu a noite mais intensa da minha vida.

Ela sorriu, agora sem malícia, apenas com ternura. — Eu só queria te surpreender… reacender o que a rotina apagou.

— Você reacendeu tudo. — Pausei, olhando bem nos olhos dela. — E eu te amo, Mariana. Mais do que qualquer fantasia pode explicar.

O nome verdadeiro soou pesado, definitivo, como se apagasse de vez a sombra de Camila.

Ela se aninhou em meu peito, deixando escapar um suspiro aliviado. — Eu também te amo.

Saímos juntos do quarto, lado a lado, deixando para trás os lençóis manchados e o espelho cúmplice. Voltamos para o carro como marido e mulher, não mais cliente e prostituta.

E enquanto dirigíamos para casa, percebi que a fantasia havia cumprido seu papel. Não era sobre trair, nem sobre prostituição. Era sobre reencontrar o desejo perdido — e redescobrir a mulher que eu sempre amei, sob uma máscara que agora podia descansar.

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Comentários

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Muito bom, parabéns !!! Espero que conte em breve novas aventuras...

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