Galera,
Peço desculpas, mas a correria têm sido grande nos últimos dias.
Tentarei colocar o conto da Emilinha em dia ainda nessa semana.
Enquanto isso, espero que curtam este.
Forte abraço,
Mark
[...]
Eu sou Rafael. Tenho 32 anos e sou redator publicitário preso na monotonia de slogans para marcas de iogurte e detergente. Minha aparência não é exatamente a de um capa de revista: tenho estatura mediana, barba rala que oscila entre charme desleixado e descuido puro, olhos castanhos que minha tia Sônia insiste em chamar de “expressivos”. Minha vida amorosa é um deserto de encontros desastrosos, nos quais eu invariavelmente derrubo algo em alguém ou digo a coisa errada na hora mais errada ainda. Sou o cara que tropeça nas próprias palavras quando nervoso, mas, segundo minha mãe, “esse é o meu charme”. Duvido…
Era uma sexta-feira. O ar do meu apartamento cheirava a pizza de pepperoni requentada, misturada ao leve ranço de uma cerveja quente esquecida na mesinha de centro. O sofá puído roçava minhas coxas através da calça jeans e a TV murmurava um episódio repetido de uma série de que até hoje não sei se era de ficção científica ou comédia. Meu celular vibrou no bolso, um zumbido que quase não ouvi devido a uma raja de uma arma laser na TV. Peguei o aparelho e quando vi o remetente, ou melhor “a” remetente, quase engasguei com a azeitona: Marina, uma linda loirinha de olhos verdes do meu trabalho, uma mulher que parecia saída de um comercial de xampu de tão perfeita. Seus cabelos dourados caíam em ondas perfeitas e seu sorriso tinha o poder de derreter até o Alcides, o nosso chefe ranzinza. Na verdade, eu acho que ele tinha uma queda por ela, mas eu não o culpo, afinal, quem não teria. Nosso contato se resumia a trocas de memes no grupo do WhatsApp e cafés na copa, onde eu tentava não derrubar algo nela ou em mim enquanto ela falava sobre séries ou o trânsito infernal. A mensagem era simples, mas fez meu coração disparar como se eu tivesse corrido uma maratona:
— Oi, Rafa! Tô organizando uma festinha amanhã na minha casa. Nada formal, só uns amigos, música, drinks... Topa vir? 😊
Eu li e reli, o brilho da tela refletindo nos meus olhos incrédulos. Marina me convidando para uma festa? Era tão improvável quanto eu acertar o nome de todas as capitais do mundo num quiz. Respondi com um entusiasmo que beirava o desespero:
— Claro, Ma, tô dentro! Manda o endereço!
“Ma”!? De onde, porras, eu tirei esse “Ma”? Nunca tive intimidade com ela a esse ponto, mas como já havia feito, deixei seguir. Ela respondeu em segundos, eu já imaginando uma comida de toco:
— Maravilha! Moro na Rua das Acácias, 245. Venha lá pelas 20h, ok? E vem com energia! 😉
O emoji de carinha piscando parecia pulsar na tela e eu passei o resto da noite imaginando cenários onde eu me tornava o cara mais interessante do planeta. O cheiro da cerveja quente misturava-se ao calor da minha empolgação e até o sofá parecia menos desconfortável enquanto eu sonhava com a possibilidade de impressionar Marina.
No sábado, me preparei como se fosse desfilar num tapete vermelho. Tomei um banho demorado, a água quente vaporizando o banheiro, o aroma cítrico do sabonete misturando-se ao vapor que embaçava o espelho. Escolhi um perfume caro, guardado para ocasiões que nunca aconteciam, com notas de sândalo e bergamota que remetiam sofisticação, pelo menos era o que eu achava. Vesti uma camisa azul-marinho que minha irmã jurava “valorizar meus olhos” e um jeans que, milagrosamente, não tinha manchas de café. No espelho, o reflexo mostrava um Rafael quase convincente, com a barba aparada e um brilho de esperança nos olhos, embora o nervosismo fizesse minhas mãos tremerem enquanto amarrava os tênis.
Cheguei à Rua das Acácias com o coração batendo como um tambor de escola de samba. O sobrado era charmoso, com janelas iluminadas por luzes coloridas que piscavam em sincronia com uma batida eletrônica abafada. O ar da noite trazia um perfume floral misturado ao cheiro quente do asfalto aquecido pelo sol do dia. Toquei a campainha, o “tum-tum” cortando a expectativa que borbulhava no meu peito como gás de refrigerante.
A porta se abriu e a imagem que se formou, me surpreendeu: não era Marina. Era uma mulher que parecia ter saído de um daqueles filmes da “Emanuelle” que passavam nas madrugadas de um certo canal nos anos 90. Cabelos ruivos cacheados caíam em cascata sobre os ombros, a pele morena brilhava sob a luz suave do corredor e o vestido vermelho que ela usava era tão justo que me perguntei como ela havia conseguido entrar ali, o tecido agarrando cada curva como uma segunda pele. Seus olhos, de um azul profundo, me encararam com uma mistura de curiosidade e um convite silencioso para o caos. A voz dela, rouca como um uísque envelhecido, vibrou no ar:
— Rafael!?
— So-So-Sou… - Gaguejei, claro.
— Oi! - Ela se jogou em mim, segurando em meu ombros e me dando dois beijos nas bochechas: - Entra, querido, a festa tá só começando.
Eu a acompanhei, o chão de madeira rangendo sob meus tênis, enquanto o aroma de incenso com notas de baunilha e algo doce, talvez patchouli, me envolvia como uma névoa, ou talvez fosse só maconha mesmo. A sala estava cheia de pessoas, mas nenhuma delas era Marina ou qualquer colega do trabalho. Luzes coloridas dançavam nas paredes, a música eletrônica pulsava como um coração vivo, e copos de drinks com fatias de limão e folhas de manjericão tilintavam nas mãos dos convidados. Tentei me orientar, procurando o cabelo loiro da Marina, mas a mulher do vestido vermelho, que se apresentou como Clara, me puxou pelo braço com uma força surpreendente:
— Relaxa, Rafa. Aqui é todo mundo de boa. Quer um drink? Fiz um mojito com um toque de pimenta que vai te fazer ver estrelas.
Aceitei, apesar de nunca ter tomado um mojito, o cérebro ainda tentando encontrar algum rosto conhecido. Enquanto Clara se afastava para pegar o drink, um moreno alto com cavanhaque, braços fortes e tatuados, usando uma camisa estampada de flamingos me deu um tapinha nas costas:
— Rafael, né? Corajoso tu, mermão? Não é para qualquer um…
Sorri, aceitando o elogio, mas depois fiquei pensando: “corajoso”? Por quê? Eu só vim para uma festa da minha colega de trabalho. Clara logo voltou e trocou duas ou três palavras com o moreno de cavanhaque. O mojito que ela trouxe exalava menta fresca, limão azedo e um ardor sutil de pimenta que fez minha língua formigar. Tomei um gole e o calor da pimenta dançou na minha língua, subindo até o fundo da garganta. Sem nem que eu tivesse tempo de me opor, Clara me puxou para a pista de dança improvisada na sala, o vestido vermelho ondulando como uma chama viva.
A pista de dança era um redemoinho de corpos, risadas e luzes que piscavam em tons de roxo, vermelho e azul, como um caleidoscópio febril. Clara dançava com uma fluidez hipnótica, o vestido vermelho movendo-se como uma extensão do corpo dela, cada giro revelando a curva suave de seus quadris. Eu, por outro lado, parecia um robô desajeitado, meus braços movendo-se em ângulos estranhos enquanto tentava não pisar nos pés dela. O ar estava denso, carregado de perfumes, suores e algo mais primitivo, um cheiro que parecia pulsar no ritmo da música. Meus tênis grudavam levemente no chão pegajoso de respingos de bebida e o calor da sala fazia minha camisa colar nas costas.
Clara se aproximou, o calor do corpo dela quase tocando o meu, o tecido do vestido roçando meu braço como uma carícia elétrica. Sua respiração, quente e com um leve traço de hortelã, roçou minha orelha:
— Marina me contou que é a sua primeira vez numa festa como essa, Rafa? Não precisa ter vergonha, aqui ninguém julga.
Meu coração disparou, não só pelo tom dela, mas pela sensação de que eu estava em um território completamente desconhecido:
— Festa como essa… tipo… com drinks e dança? — Minha voz saiu mais aguda do que eu gostaria, traindo meu nervosismo.
Clara riu, um som grave e melodioso que ecoou no meu peito como um trovão distante:
— Você é um fofo mesmo, bem que ela me disse. Mas, uma festa *swinger* é nada mais que uma festa como qualquer outra, só que com um “plus”. - Disse e me piscou um olho: - A Marina disse que você tava curioso pra experimentar.
Meu mundo parou. Festa “swinger”? Eu? Curioso? Minha mente correu até a mensagem da Marina, mas antes que eu pudesse pegar o aparelho, Clara me puxou para um canto mais reservado da casa, uma área com sofás de veludo vermelho e cortinas pesadas de voile que abafavam a música. O ar ali era mais denso, saturado com o mesmo incenso doce da sala, maconha mesmo, mas agora misturado a um cheiro mais humano, de pele aquecida e desejo. Foi então que vi.
Atrás de uma cortina semiaberta, dois casais se entregavam a um momento de intimidade que fez meu rosto queimar como se eu tivesse encostado numa chapa quente. Uma morena, com uma tatuagem de borboleta nas costas que parecia voar a cada movimento, estava entrelaçada com um negão imenso, os corpos movendo-se em um ritmo lento e hipnótico, como uma dança que seguia uma música que só eles ouviam. A pele dela brilhava com um leve suor, refletindo as luzes coloridas que se infiltravam pela cortina e os gemidos abafados que escapavam eram quase engolidos pela batida eletrônica. Ao lado, o outro casal, uma mulata que certamente era passista de alguma escola de samba, rebolava intensamente no colo de um loiro com jeito de surfista, a cabeça jogada para trás. Ele, com mãos firmes em seus quadris, se movia com uma mistura de delicadeza e urgência. O ar parecia vibrar com a energia deles, um misto de respiração ofegante, o roçar de pele contra pele e o leve aroma de perfume floral misturado ao calor humano. As sombras dançavam nas cortinas, transformando a cena numa pintura viva, ao mesmo tempo bela e avassaladora.
Eu congelei. O copo de mojito suando na minha mão, o gelo derretendo e pingando nos meus dedos. Meu coração batia tão alto que parecia competir com a música. Clara, ao meu lado, observava hipnotizada a cena, com um sorriso travesso nos lábios, os olhos brilhando como se estivesse diante de uma obra de arte:
— É bonito demais, né? A liberdade, a entrega...
Sem saber o que dizer, apenas concordei com um monossílabo que parecia a única coisa que eu conseguiria reproduzir naquele momento. Clara então me olhou:
- Você não é obrigado a nada, querido. Só entenda que não tem nada de errado em sentir o que você está sentindo agora.
E eu estava sentindo mesmo! O calor da pimenta do mojito ainda dançava na minha boca, mas agora era misturado com uma onda de excitação que subia pelo meu peito, apertando minha garganta e acelerando minha respiração. Minha pele formigava, como se cada nervo estivesse sintonizado na cena à minha frente. Clara se aproximou ainda mais, o ombro dela roçando o meu, o tecido do vestido vermelho quente contra minha pele. O perfume dela, uma mistura agridoce de jasmim e limão, me envolveu como uma névoa:
— E aí, Rafa? É do jeito que tu imaginava? Tá curioso ou com… medo?
Eu não sabia o que dizer. Minha mente gritava para fugir, para encontrar a Marina e tentar entender aquilo, mas meu corpo parecia ancorado ali, atraído pela energia crua da sala e pelo olhar magnético da Clara. Antes que eu pudesse responder, ela segurou minha mão, os dedos quentes e firmes, e me levou por um corredor estreito até um quarto nos fundos da casa. O ar ali era mais fresco, mas ainda carregado com o mesmo incenso doce, agora misturado ao leve cheiro de lavanda de um difusor no canto. Ela fechou a porta e o som da música ficou abafado, como se o mundo lá fora tivesse sido reduzido a um murmúrio.
O quarto era pequeno, iluminado por um abajur de luz âmbar que lançava sombras suaves nas paredes brancas. A cama, coberta por um lençol de cetim preto, parecia convidar e intimidar ao mesmo tempo. Clara se aproximou, o vestido vermelho refletindo a luz como uma chama líquida, cada passo dela fazendo o tecido ondular e revelar as curvas de seu corpo. O ar parecia mais pesado, carregado com a promessa de algo iminente:
— Como eu te disse, você não precisa fazer nada que não queira, Rafa. — Disse ela, a voz suave, mas com um tom que fazia meu sangue correr mais rápido: — Mas algo me diz que você tá mais curioso do que assustado.
Eu engoli em seco, o gosto residual do mojito ainda na língua, o ardor da pimenta misturando-se ao calor que subia pelo meu peito:
— Eu… Eu não sei o que tô fazendo aqui. — Confessei, minha voz tremendo como um adolescente na primeira paquera: — Eu vim pra festa da Marina, mas sabia que era… assim…
Clara riu, um som que era ao mesmo tempo gentil e provocador, como o tilintar de taças de vinho numa noite de verão:
— Relaxa, Rafa. Às vezes, a vida te joga por caminhos meio diferente só pra te mostrar algo novo.
Ela deu um passo à frente e o espaço entre nós desapareceu. Quando ela me beijou, foi como se o mundo se dissolvesse numa explosão de sensações. Seus lábios eram macios, quentes, com um leve toque de pimenta que fazia minha pele formigar. Minha mão encontrou a curva da cintura dela, o tecido do vestido liso e quente sob meus dedos, como se estivesse absorvendo o calor do corpo dela. O beijo se aprofundou, nossas línguas dançando num ritmo que era ao mesmo tempo urgente e lento, cada movimento enviando faíscas pelo meu corpo.
Nossas roupas caíram como folhas de outono, o som do tecido roçando a pele misturando-se aos nossos sussurros e risadas nervosas. Meu jeans, quase tão justo quanto o vestido dela, deslizou pelo chão com um ruído suave e minha camisa se amontoou num canto, o botão superior tilintando contra o assoalho. O corpo de Clara era uma sinfonia de curvas, a pele morena brilhando sob a luz âmbar, cada toque dela como uma nota que reverberava na minha espinha. Meus dedos traçaram a linha de suas costas, sentindo a suavidade da pele e o calor que emanava dela, enquanto ela puxava meu corpo contra o dela, o cetim do lençol frio contra minhas coxas contrastando com o calor de sua pele.
Não demorou e ela abocanhou o meu pau como se dependesse daquilo para respirar. Enganei-me. Na verdade, ela queria perder o ar com ele, tanto que engasgou algumas vezes. Mas confesso: foi o melhor boquete que recebi em minha vida. Ela era uma maestrina naquilo! Sabia lamber, beijar, chupar, cheirar, se esfregar, punhetar, enfim, foram tantas as variações que eu fiquei perdido, literalmente abestado com sua desenvoltura. Mas como tudo que é bom dura pouco, ela parou, apertando a base do meu pau:
- Calma, querido, temos a noite toda para nos divertirmos. Vamos aproveitar muito ainda.
Ela então puxou uma camisinha não sei de onde e encapou o meu pau com uma última chupada perversa: usando a boca para colocar a camisinha. Depois, subiu em mim e se deixou penetrar. Passou então a rebolar com uma cadência, com uma satisfação, tudo de olhos fechados, que me deixou de queixo caído. Eu precisava fazer algo também! Não era justo deixar que somente ela trabalhasse. Passei a acariciar todo o seu corpo, pernas, bunda, seios, estes lindos, redondinhos, siliconados… mas foi quando abri sua bunda e passei o dedo em seu cu que me dei conta de com quem estava transando:
- Enfia!
- Oi!? - Perguntei, assustado.
- Enfia no meu cu.
- Cê quer dar o cu pra mim?
- Depois, né! Agora enfia o dedo, ou dedos. Vai enfiando…
Quem sou eu para negar um pedido desses. Enfiei. Primeiro um, depois dois, mas foi quando coloquei o terceiro e a vi arfar que entendi que a danada gostava de dar o rabo. Melhor para mim, porque eu iria aproveitar aquele buraquinho ainda naquela noite:
- Ra… Ai! Que… delícia! Enfia… fundo! Eu… Eu tô quase… Ai… Gozan… DOOOOOO!
Depois disso, após um forte estremecimento, ela amoleceu e se deitou no meu peito, arfando. Acolhi aquela linda mulher com muito afago, mas não pude deixar de perguntar:
- Quer dizer que… tenho chance de ganhar esse cuzinho apertado?
Ela ainda respirou um pouco mais, em silêncio, antes de responder:
- Certas coisas não se pedem, querido; se conquistam.
Acho que havia entendido e tive certeza quando ela saiu de cima de mim, deitando-se ao meu lado. Porém, fui frustrado por uma outra boca que já beijava minha perna, seguindo rapidamente até o meu pau:
- Posso brincar com você também? Só um pouquinho… - Perguntou uma morena de cabelos cacheados, mas pele bem branca.
- Oi, Cíntia. Por mim, sem problemas. - Disse Clara e se virou para mim: - Se não tiver problema para você também, Rafa! Tem?
- Cê não se incomoda, Clara? - Perguntei, meio assustado.
- Querido, estamos aqui para nos divertirmos. Aproveite. Eu vou pegar algo para gente beber enquanto isso.
Eu a olhava abismado e ela se virou para a Cíntia:
- Esse é o Rafa, Cíntia. Ele é aquele amigo da Marina. Sabe aquele? O curioso, novato? Então…
- Ah… - Resmungou a Cíntia: - Eu… não sabia. Mas se você não quiser ficar comigo, tá tudo bem. Primeira vez, às vezes, assusta…
- Não! Eu… Ué! Se a Clara não se incomodar, também não vejo problema.
Elas se olharam e Clara se levantou, enquanto a Cíntia veio pegar no meu pau, dando uma punhetada:
- Vou lá e… já volto! Não abusa dele, Cíntia.
- Não prometo nada, amiga. - Disse Cíntia, sorrindo: - Ah! A Marina já voltou. Tava lá na cozinha com o Celão.
- Joia! Vou tentar trazê-la também.
Clara se foi. Cíntia começou um boquete quase tão bom quanto o de Clara e então entendi que, se a prática leva à perfeição, aquelas duas ali deviam já ter chupado muita rola. Ela me encarou então com um olhar malicioso e não teve timidez em pedir:
- Adoro que me peguem de quatro, sabia?
- Jura!? - Não sei por que eu perguntei isso até hoje.
- A-do-ro! - Ela disse e piscou: - Quer?
Que pergunta! Já fui ficando de joelhos e ela se ajeitando de quatro sobre a cama. Só então notei um outro casal no canto do quarto nos assistindo e fiquei encabulado. O cara deve ter notado:
- Já… Já vamos sair, cara. Não queremos atrapalhar.
- Ah, mor!? Mas… tá tão legal… - Resmungou sua namorada, outra ruivinha, porém de cabelos lisos, num estilo chanel.
- Não… Se quiserem ficar, sem problemas. - Falei, mesmo sem ter certeza disso.
Concentrei-me na bunda branca e redondinha da Cíntia que me aguardava. Sua posição não podia ser mais convidativa: ela estava com a cabeça encostada no colchão, a bunda bem empinada e aberta, escancarando sua buceta para mim. Sem mais delongas, encaixei-me nela e comecei a bombar, calmamente, aproveitando cada sensação, mas logo um fogo me atingiu e fiquei de cócoras, praticamente montando nela como um cavaleiro e passei a estocar feito um cachorro numa cadela no cio. Cíntia começou a berrar, parecendo que alguém a estava matando, mas foi só dizer uma frase para eu entender que estava indo bem:
- Se continuar assim, vou gozar logo!
- Quer que eu diminua?
- Não! Me fode como se eu fosse uma puta, seu safado!
Segui fodendo aquela morena até sentir sua buceta se contrair, como se quisesse chupar o meu pau. Ela então deu um grito e afundou o rosto no colchão, o corpo tremendo, seu cu piscando, sua buceta tentando me engolir…
Decidi que não iria parar, afinal, eu também queria gozar. Senti mãos femininas tocando as minhas costas e ombro, e quando olho para o lado vejo uma linda japonesinha, branquinha, de cabelos pretos, lisos e curtos, me olhando curiosa. Taquei-lhe logo um beijo na boca. Como a Cíntia escorregou para o colchão se deitando, passei um braço na cintura da japinha, logo descendo minha mão para apertar sua bunda e coloquei a sua mão em meu pau. Afinal, se aquela era uma festa de suruba, swing, sei lá o quê, eu iria comer até me acabar.
Essa japinha usava apenas uma espécie de camisola, sem nada mais por baixo, o que facilitaria minha incursão. Deitei-a na beirada da cama, barriga para cima, e caí de boca em sua buceta, fazendo ela gemer algo. Então, encaixei seus pés em meus ombros e perguntei, olhando no fundo de seus olhos:
- Posso?
Ela sorriu e mordeu os lábios antes de responder:
- Deve!
Meti! Fundo, rápido, só parando quando encostei no colo de seu útero. Vi Clara sentada aos pés da cama com uma bebida na mão, sorrindo do meu desempenho e lhe pisquei um olho. Ela veio até onde eu estava e me beijou a boca, deixando um pouco da bebida que havia ingerido. Então cochichou no meu ouvido:
- Para uma primeira vez, você está arrebentando, Rafa.
- Faz uma coisa pra mim?
- O quê?
- Me ajuda a fazer essa japinha gozar rápido. Quero terminar em você, no seu rabo…
Clara sorriu, entendendo que, apesar de todas, ela foi especial, e estava certa. Ela passou a beijar a japinha, acariciando sua bucetinha, seus seios, cujos mamilos passou também a lamber e chupar. Enfim, a japinha não durou muito, tremendo toda. Clara também não quis esperar mais e ficou de quatro na beirada da cama, abrindo bem a bunda, a fim de cumprir uma promessa não dita. Antes de enfiar em seu cu, fiz questão de lambê-lo e chupá-lo um pouco, e quando encostei a cabeça do meu pau ali, a ruiva se arrepiou toda. Nem precisei pedir, pois ela forçou a bunda para trás, querendo me engolir. Logo estava dentro, bombando feito um louco, sentindo todas as minhas forças se esvaírem:
- Clara, não vou aguentar muito…
- Goza, seu gostoso. Deixa eu sentir o seu pau dar coice entre de mim.
Foram mais umas boas bombadas e fiz o que ela pediu. Enchi a camisinha numa estocada profunda e deixei que ela sentisse os espasmos do meu pau. Quando acabei, saí dela e me sentei no chão, escorado na lateral da cama. Foi só abrir os olhos e o carinha do casal que nos assistia, disse:
- Mandou bem, irmão! Mandou muito bem… - Fez um “high five” para mim e não o deixei no vácuo.
Eles saíram e Clara, agora deitada com a cabeça perto da minha cabeça, ainda respirando rapidamente disse:
- Ele falou tudo…
- Desculpa não ter conseguido esperar você gozar. - Falei.
- Imagina, querido. Você deu show! Eu gozei gostoso antes. Tô de boa…
Ficamos em silêncio, apenas controlando nossas respirações. Eu ouvi vozes femininas, talvez da Cíntia e da japinha, e me lembrei da minha amiga:
- Clara, eu não entendi… De onde a louca da minha amiga tirou que eu gostaria de uma festa dessas?
- Não gostou?
- Não! Gostei. Só não entendi… - Resmunguei e rindo perguntei: - Cê chegou a ver a Marina quando saiu?
Clara me olhou, meio confusa e disse:
- Mas… Rafa, você… você acabou de comer a Marina!
- Oi!?
- Marina! - Chamou a Clara.
- Oi, Clarinha. - Respondeu a japinha.
- Rafa, ela é a Marina.
Eu olhei na direção da japinha e, de repente, minha mente voltou à realidade, como se alguém tivesse ligado um interruptor. O nome de Marina ecoou na minha cabeça, e eu me sentei na beirada da cama, o lençol escorregando até minha cintura:
— Cara… Você é a Marina?
- Sou. Mas você não é o Rafa!
- Sou sim! Mas que caralho está acontecendo aqui. Até agora não vi nenhuma loirinha, de olhos verdes, delicada, com sardinhas no rosto…
Clara se apoiou no cotovelo, os cabelos cacheados caindo sobre o ombro. Ela franziu a testa, confusa, os olhos brilhando com um misto de diversão e curiosidade:
— Loirinha!? Não tem nenhuma loirinha de olhos verdes aqui, Rafa. Mas pela sua descrição, se quiser, pode trazê-la na próxima. - Clara riu, gargalhou: - A única pessoa que me falou de você foi a Marina, ela ali. Disse que tinha convidado um cara novo pro nosso grupo. Rafael…
Marina? Japinha? Meu cérebro tentou juntar as peças, mas elas pareciam de quebra-cabeças diferentes. Fui pegar o celular na minha calça, as mãos trêmulas, o suor ainda brilhando na minha pele, e abri a mensagem da Marina. O endereço estava lá, claro como o dia: Rua das Acácias, 245. Mostrei para a Clara e para as outras que agora se amontoavam. Elas arregalaram os olhos e Clara começou a rir, o som ecoando no quarto como sinos de vento numa tarde de primavera:
— Meu Deus, Rafa, você tá na festa errada! Você inverteu os números, aqui é o número 425, querido. - Começou a gargalhar e ainda disse: - Ai, isso é bom demais!
Ela riu tanto que lágrimas brilharam nos cantos dos olhos, o corpo tremendo enquanto se apoiava nas amigas que também riam. Eu não sabia se queria rir junto ou cavar um buraco no chão para desaparecer:
— Então… a Marina… a minha Marina não é a sua Marina, é isso? — Minha voz saiu como um gemido, o rosto queimando de vergonha.
— Parece que sim, querido. — Disse Clara, ainda rindo, enxugando uma lágrima: — Mas olha, você se saiu muito bem pra um cara que caiu aqui de paraquedas.
Decidi que era hora de ir embora. O ar fresco da noite parecia um alívio após o calor do quarto, mas o perfume de Clara ainda grudava na minha pele, uma lembrança insistente do que tinha acabado de acontecer. Ela me acompanhou até a porta, o vestido vermelho agora um pouco amarrotado, mas ainda hipnotizante, como uma chama que recusava se apagar. Assim que ela abriu a porta, demos de cara com um rapaz, moreno, de estatura mediana, até que relativamente parecido comigo. Perguntei na lata:
- Rafael!?
- Sim, sou eu. A gente se conhece?
Olhei para a Clara e rimos juntos, confidentes de um segredo que logo seria revelado a ele certamente. Depois, encarei o cara novamente e disse:
- Prazer, sou Rafael também. Mas sou de outra festa, e já estou atrasado. Entra aí, cara, e se divirta.
O Rafael entrou, tão perdido quanto eu quando cheguei e logo perguntou para Clara algo que eu também já perguntara:
- A Marina está por aí?
Clara riu e disse que lhe daria atenção em um segundo, só iria se despedir de mim:
— Você é um achado, Rafa. — Disse ela para mim, os olhos brilhando com um misto de malícia e carinho: — Se quiser, te chamo pra próxima, ou se preferir, podemos só tomar um café.
Eu ri, meio sem jeito, o coração ainda acelerado:
— Vou pensar no seu caso, Clara. - Virei-me para sair, mas logo retornei até ela: - Um café poderia ser uma boa.
Trocamos os números de telefone e ela me deu um último beijo, agora suave, carinhoso, mas não menos quente, com aquele mesmo leve traço de pimenta que fez minha pele formigar novamente. Saí para a noite, o ar fresco batendo no meu rosto como um tapa gentil.
Cheguei à casa da Marina, o número 245, com duas horas de atraso. A festa estava quase no fim, um cheiro bem mais suave e leve que da festa anterior inundando o ambiente. Marina, com seu cabelo loiro e olhos verdes, me recebeu com um sorriso confuso:
— Rafa, onde você tava? A gente estava te esperando há horas!
Contei uma versão editada da história, dizendo que me perdi no caminho e ela me ofereceu um drink que transparecia conforto e normalidade. Mas enquanto eu bebia, minha mente estava em Clara, no calor do quarto, no cheiro de seu perfume agridoce, no odor da maconha, no som dos nossos corpos contra o cetim…
Uma semana depois, recebi uma mensagem de Clara no Instagram:
— Oi, Rafa. Que tal aquele café? Prometo que não vai ter pimenta… a menos que você queira. 😉
Assim começou uma série de encontros que misturavam risadas, flertes e uma química que eu nunca imaginei encontrar num lugar tão errado como aquele. Quanto à Marina, a minha colega Marina, ela nunca soube da história toda, mas sempre que me via no escritório, perguntava com um sorriso:
— E aí, Rafa, ainda se perdendo por aí?
E eu, na última vez, respondi algo antes de sair para um novo encontro com a Clara:
- De verdade? Acho que me encontrei como nunca.
OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO SÃO FICTÍCIOS, E OS FATOS MENCIONADOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL SÃO MERA COINCIDÊNCIA.
FICA PROIBIDA A CÓPIA, REPRODUÇÃO E/OU EXIBIÇÃO FORA DO “CASA DOS CONTOS” SEM A EXPRESSA PERMISSÃO DOS AUTORES, SOB AS PENAS DA LEI.