Eu me apaixonei pela pessoa errada 2 de 3

Um conto erótico de Vicente
Categoria: Heterossexual
Contém 1936 palavras
Data: 08/09/2025 12:32:58

A Tina sempre foi para frente, talvez porque dona Judith a prendia e eu como um súdito fiel às suas vontades a acompanhava, eu não sei se ela me via como um otário ou se ela realmente me amava como sei lá, um irmão.

E foi assim que ela passou no vestibular e ia cursar jornalismo, eu não tinha planos de ser jornalista, mas para seguir ela quase como uma obsessão estava na mesma faculdade, no mesmo curso e vendo ela sair com vários caras, eu nunca entendi porque ela nunca ficava só com um, os namoros dela duravam no máximo 3 meses e ela sempre voltava para mim triste contando como fulano é otário, ciclano é machista, o outro transa mal e etc.

Foi assim que conhecemos Wiliam e Fátima, num desses trabalhos em grupo que ninguém quer fazer, mas é obrigado, Willian era bonito, forte e musculoso, já a Fátima era princesinha, loirinha de olhos verdes, assediada por toda a faculdade.

— E aí Vicente, qual o lance entre você e a Tina ?

— Todo mundo pergunta isso, mas é só amizade, nos conhecemos desde a infância

— Então... ela tá solteira ?

— Está sim, pode chegar nela

— Valeu, mas na verdade queria que você me adiantasse ela

Duas coisas que odeio em homens, primeiro é pedir a permissão de outro para chegar em uma mulher como se ela não fosse capaz de responder por si mesma. Outra coisa é pedir para falar de você para ela, como se isso fosse mudar alguma coisa, mas não era a primeira vez que isso acontecia, lá foi eu com meu orgulho ferido contar para ela o que estava rolando.

— Tina, o Wiliam quer ficar contigo, o que eu faço?

— Deixa quieto Vicente, se eu quiser, eu pego

— Sei, sei

— E você não vai comer ninguém? A Fátinha é gostosinha

Disse ela me dando beliscões

— Para garota, parece os meninos da faculdade

— Acho que tenho convivido muito com eles

Rimos da situação

Eu nunca tentaria nada com a Fátima, eu sou esquisitão e ela é tipo a garota da faculdade, então estava fora da minha alçada tentar algo com ela.

Mas a gente foi pro meu apartamento fazer o trabalho, entre bebidas e muita discussão sobre o trabalho, Tina e Wiliam foram para o quarto, e começaram a transar

Era possível ouvir os gemidos e tapas e um grande constrangimento na sala entre eu e Fátima.

— Parece que eles estão mandando ver

— Me desculpa por isso, a Tina quando bebe perde o senso

— Está tudo bem, mas acho que a gente não devia ficar para trás

Ela sentou no meu colo e começou a me beijar, passava mão pelo meu corpo, pegava a minha mão e coloca nos seus peitos. Acariciava meu pau, e nada dele subir, claramente o motivo era Tina, o amor da minha vida transando no quarto ao lado.

— Me desculpa eu não tô no clima

Ela saiu de cima de mim claramente decepcionada

— Acontece, nunca comigo, você foi meu primeiro

— É que a Tina é como minha irmã sabe, e não é legal transar ouvindo sua irmã gemer

— Deve ser uma merda mesmo, então eu já vou indo, te vejo na faculdade ?

— Claro, claro, nos vemos lá

Os gemidos cessaram e o Wiliam saiu do quarto e se arrumando

— Fala cara, eu já estou indo, vejo você na faculdade

Só acenei com a cabeça, Tina apareceu de banho tomado e sentou no sofá ao meu lado

— E a Fatinha?

— Já foi

— Não rolou nada ?

— Não, ela precisava ir

— A gente combinou de cada uma pegar um e ela meteu o pé, maior vacilo, vou te arrumar uma amiga melhor

— Não Tina, sério, para com essa porra

Ela botou almofada no meu colo, deitou e antes de adormecer enquanto eu fazia carinho no seus cabelos, parece que ela entristecia depois de cada transa, como se fosse um erro que não conseguia evitar.

— Eu te amo Vicente

— Eu também te amo Tina

Mentalmente eu continuei respondendo "Você não tem ideia do quanto"

Na faculdade eu passava e todo mundo me olhava, um grupo de garotas sorria e disfarçava que não era para mim. A Tina veio me abraçar e andar de braços dados como sempre fazia. E ela também percebeu os olhares e os risinhos

— O que tá rolando Vicente? Você está cagado?

Disse ela olhando para minha bunda

— Aparentemente não

Wiliam apareceu, meio constrangido

— E aí gente, como você tá Vicente ?

— Eu estou bem, porque ?

— Não tá sabendo?

— Sabendo de que ?

— Tá geral te chamando de PPB, pau pequeno e brocha

Fiquei sem reação, e sabíamos exatamente quem espalhou isso. Eu peguei minhas coisas e decidi ir para casa.

— Eu vou matar aquela filha da puta Vicente, você não pode bater nela, mas eu posso

— Vai piorar as coisas Tina, por favor deixa pra lá, daqui a pouco todo mundo esquece.

— Mas se eu ver ela não respondo por mim e você vai para a aula, não vai fugir e levanta essa porra dessa cabeça

A gente andava e ela aos berros mandava as pessoas tomarem no cu

— Está olhando o que ? Vai se foder!

Ela realmente dava medo quando estava com raiva, quando entramos na sala de aula tinha um desenho de um pau com meu nome ao lado escrito "Vicente pau pequeno e brocha".

Fatinha entrava atrás de mim e correu para apagar o quadro. Ela me olhos e tentou vir falar comigo.

— Não chega perto dele piranha

— Tina não é o que vocês estão pensando tá

— E o que estamos pensando ? Que você é um escrota do caralho?

— Vicente deixa eu me explicar por favor

Professora entrou em sala de aula

— Senhoras e senhores para os seus lugares

A professora Carmem era fantástica e claro ela sabia o que estava acontecendo, ela fechou a porta e mandou que sentássemos em círculo. Entregou uma folha de papel para todos nós, e mandou que escrevêssemos nossos nomes nela amassássemos o papel e jogássemos pela sala e mandou que pegassem um papel amassado que não fosse o nosso.

— Quero que vocês escrevam uma matéria sobre o nome da pessoa que está no papel amassado.

O destino cruel mês fez pegar o nome da Fatinha, e a Tina pegou alguém aleatório, tínhamos 10 minutos para fazer a matéria.

— Senhor Vicente, o senhor começa por favor

— Eu tirei a Fátima

A sala inteira me olhou e uns fizeram "uhhh"

Eu respirei fundo e comecei.

— Fátima Fernandes da Silva, apesar de um sobrenome comum entre os mais empobrecidos do Brasil, Fátima não faz parte desse grupo, ela é de classe média alta e nunca soube como é morar em um lugar que constantemente te lembra que você vai ser menosprezado.

— Mas apesar disso tudo ela tem um carisma que nos faz apaixonar por ela e eu fui um desses, apesar de não conhecer nem metade das músicas que ela ouve, eu as escutei quando dividimos o fone de ouvido só para entender quem ela era.

— E eu entendi, Fatinha é uma mulher com sonhos de menina e como toda menina vai cometer erros que pode machucar muita gente, que pode me machucar e machucar vocês que estão lendo esse artigo, porque pessoas erram, inclusive vocês, acima de tudo eu que estou me perguntando se não conseguir odiar ela, não seria um erro. Então, Fátima e uma lembrança para mim e para todos que merdas acontecem, saiba lidar com elas.

A sala estava em silêncio e Fátima estava segurando o choro.

— Muito bem senhor Vicente

— Eu quero ser a próxima, eu tirei o Vicente - gritou Tina

Eu vi o papel e sabia que não era meu nome ali

— Eu conheço o Vicente a minha vida toda, as vezes eu acho que ele não existe e eu inventei ele para tapar os buracos das minhas ilusões.

— Uma vez na escola todos se afastaram do Bernardo o piolhento, menos o Vicente, quando eu quebrei o braço ele dormiu no hospital, quando o gato do nosso vizinho morreu ele fez um velório para todos na rua onde morávamos, ele da dinheiro para desconhecidos na rua, ele ajuda idosas atravessar o sinal, ele faz qualquer um sorrir nos piores momentos, ele sabe silenciar na hora certa, ELE NÃO SAIU DA PORRA DO MEU LADO UM SEGUNDO SE QUER QUANDO MINHA MÃE MORREU.

Tina já estava chorando e a turma de cabeça envergonhada abaixada.

— Ele é melhor que todos vocês juntos, TODOS! seus bando de otários.

Uns dez segundos de silêncio se passaram, enquanto Tina enxugava as lágrimas.

— Obrigada senhora Cristina. Bem está bom de relatos, o que eu queria que vocês aprendessem é que um jornalista tem o poder nas mãos de destruir alguém, olhem as folhas amassadas, por mais que vocês tentem consertar, ela jamais será a mesma, então quando falarem algo de alguém saibam do poder que vocês tem em amassar essa pessoa e por mais que outros façam discursos como o da senhorita Tina, o papel ainda fica amassado.

— Responsabilidade jornalista turma, responsabilidade afetiva.

Chegamos no apartamento e a Tina foi fazer algo para comermos. Alguém bate a porta

Abro e era Fátima

— Deixa eu me explicar por favor, 5 minutos

— Entra Fátima, a Tina tá fazendo algo para comer

— Vou botar veneno no prato dela, mentira Fatinha, ou não.

— Vocês parecem casados, mas eu só quero 5 minutos.

— Senta

— Eu não espalhei aquilo, eu estava muito frustrada porque achei que você me achava feia e...

— Você é linda Fátima - disse interrompendo ela

— Obrigada, mas continuando, eu cometi o erro de contar para uma amiga, achei que era segredo e nunca disse que seu pau é pequeno, só contei que não rolou e queria saber se era culpa minha, me desculpa eu não devia ter dito nada

Peguei as mãos dela e olhei para ela

— Não é sobre você Fátima, eu te expliquei, você é linda e qualquer homem teria sorte de ficar contigo

— Eu não queria qualquer homem

— Ai! Vão para o quarto logo - Disse a Tina sempre intrometida

— Estamos com fome, quando fica pronto ?

— Já está

Ela trouxe uma panela com macarrão grudado e ruim

— Acho melhor pedirmos pizza

— Está querendo esculachar minha comida

— Ela tá boa, mas pizza é melhor

Todos rimos da situação e a noite terminou com a Fatinha no meu quarto. E ela me olhava sem dizer nada

— Eu posso te beijar?

— Pode

Subi nela e comecei a beija— lá e fui descendo tirei suas calças e a bucetinha dela estava depiladinha, ela tinha se preparado para isso. Passei a lamber a buceta dela enquanto ela se contorcia ainda envergonhada com gemidos contidos

— Humm humm

Eu estava de pau duro e por algum motivo ela não me olhava no rosto, fui penetrando e ela estava apertadinha e quentinha, quase virgem.

— Aiii parece que ele não é pequeno, vai com calma

— Vou no seu tempo

E devagar ela foi se acostumando com a pica e me beijando entre as estocadas e gemidos, foi inevitável gozar na barriga dela. Tomamos banho e dormimos juntos.

Na faculdade já éramos um casal, Wiliam e Tina também. Na menor oportunidade nós transávamos.

Eu comia ela no banheiro da faculdade, ela me mamava entre as aulas, eu fodia ela em todas as posições, e eu estava começando a esquecer a Tina.

Mas a vida me mostrou que é impossível esquecê-la.

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Foto de perfil genéricaEspectador Contos: 85Seguidores: 112Seguindo: 4Mensagem Tendo a fixar na realidade.

Comentários

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Pelo tema, acho que não vai ter um final feliz, mas seria massa se Tina descobrisse que sempre amou o Vicente, mas perdeu o time certo, porque a Fátima ocupou completamente o lugar vazio deixado por Tina. Prevejo um final triste. E, conto excelente!

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