Mestre Gabriel - A Noite Chega, o Show Termina [Capítulo 21]

Um conto erótico de EscravoDele
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 1336 palavras
Data: 07/09/2025 23:08:23

A noite se aprofundava sobre a chácara, trazendo consigo um frio mais intenso que as últimas horas da tarde. As luzes artificiais contrastavam com o céu já estrelado, enquanto Gabriel e seus amigos, ainda saciados e relaxados em suas espreguiçadeiras, mantinham Júnior em sua posição de subserviência. O contador permanecia de quatro, servindo de mesa improvisada para as garrafas de João Victor, e com os pés de João Guilherme apoiados em suas costas, a pele queimada do sol ardendo sob o escarro seco de Thiago. O cansaço era uma névoa densa em sua mente, mas a ausência de sua própria vontade era uma estranha bênção.

— Cadela! — a voz de Gabriel o tirou de sua letargia. — As bebidas estão acabando. Vá buscar mais. E traga alguns cobertores também, a noite esfriou.

Júnior se esforçou para se levantar da posição de quatro, sentindo as dores da virilha e da coxa irradiarem. Ele correu para a casa, sua visão um pouco turva, mas seus movimentos automáticos. Voltou com as bebidas geladas e uma pilha de cobertores macios e felpudos. Distribuiu os cobertores para Gabriel e seus amigos, que os aceitavam com indiferença, enrolando-se confortavelmente enquanto suas vozes se tornavam mais sonolentas e despreocupadas. Júnior, retornando ao lado do grupo, posicionou-se novamente de quatro, curvado, pronto para qualquer demanda. As garrafas foram novamente empilhadas em suas costas, e ele sentia o estômago vazio se contorcer em protesto. A dor da fome era uma companhia constante.

As horas se arrastaram, marcadas pelo esvaziar das garrafas e o arrefecer do entusiasmo. As conversas diminuíram, substituídas por bocejos e murmúrios de despedida. Os amigos de Gabriel, finalmente, começaram a se levantar das espreguiçadeiras, e Júnior sentiu um calafrio de apreensão.

— Bom, Gabriel, nós vamos nessa. Que dia! — disse João Guilherme, batendo nas costas de Gabriel. — O Júnior é um verdadeiro achado! Obrigado por tudo!

Thiago e João Victor se aproximaram de Júnior, que ainda estava de quatro. João Victor chutou levemente a lateral de Júnior.

— Valeu, cadela! Você é o melhor apoio que eu já tive! — Ele riu, antes de cuspir no cabelo de Júnior, repetindo o gesto da tarde. — Tenha uma boa noite na sua toca!

Thiago, ao passar, deu um tapa estalado nas costas de Júnior, bem em cima da garrafa que ainda estava lá. O som oco fez Júnior se encolher.

— Essa é para você não esquecer quem manda! E quem serve! — gritou Thiago, já se afastando.

Júnior apenas assentiu com a cabeça, sem levantar o olhar, sentindo o líquido pegajoso do cuspe e a dor do tapa. Sentiu o alívio quando o último carro dos amigos de Gabriel saiu da chácara, os faróis se perdendo na escuridão da estrada. O silêncio, então, tornou-se quase ensurdecedor. Agora, eram apenas Gabriel e ele.

Gabriel se esticou, espreguiçando-se. Olhou para Júnior, que ainda estava na mesma posição de quatro, esperando.

— Eles se foram, cadela. Você pode se levantar agora. — Gabriel tomou um último gole de sua bebida, deixando o copo vazio sobre a mesa de centro. — Você serviu bem hoje. Mas o dia não terminou para você.

Júnior se endireitou com dificuldade, sentindo os músculos doloridos clamarem por um alívio que não viria. Ele se virou para Gabriel, que o observava com um brilho de cruel satisfação nos olhos.

— Cadela, me leve ao quarto. Quero o melhor quarto da casa. E tudo pronto para mim. — ordenou Gabriel.

Júnior não hesitou. Com passos mancos e o corpo curvado, guiou Gabriel para o seu próprio quarto, o mais confortável e espaçoso da casa. Chegando lá, Júnior abriu a porta, acendeu as luzes e arrumou a cama com presteza, desfazendo o cobertor e alisando os lençóis para o Mestre. Ele esperou, de pé, com as mãos postas, enquanto Gabriel inspecionava o ambiente.

— Muito bem. — disse Gabriel, assentindo com a cabeça. — Agora, quero um banho. Prepare a banheira para mim. Com água morna, não quente demais. E quero a toalha mais macia.

Júnior correu para o banheiro anexo ao quarto, ajustando a temperatura da água da banheira com precisão. Encontrou a toalha mais fofa e a pendurou ao alcance da mão de Gabriel. Ao retornar ao quarto, Gabriel, que já estava apenas de sunga, começou a despir-se para entrar na banheira.

— Vem cá, cadela. Não vou me despir sozinho. — disse Gabriel, estendendo o braço.

Júnior prontamente se ajoelhou e, com movimentos ágeis e reverentes, desceu a sunga justa, revelando o corpo imponente de Gabriel. O Mestre ficou nu diante dele, e Júnior se viu hipnotizado pela visão. Gabriel, então, entrou no banheiro, deixando a porta entreaberta.

— Lembre-se, cadela, não saia daqui. — a voz de Gabriel ecoou do banheiro. — E quero minhas roupas limpas e dobradas quando eu sair. Ah, e... — Gabriel fez uma pausa, e Júnior ouviu o som da água jorrando na banheira. — Traga-me um copo de água gelada. No quarto. Quando eu sair, quero tudo pronto.

Júnior obedeceu. Começou a recolher a sunga molhada de Gabriel do chão do quarto, dobrando-a com cuidado, sentindo o cheiro que emanava dela. De repente, ouviu um som do banheiro, como se algo tivesse caído. A voz de Gabriel soou impaciente.

— Cadela! Estou com sede! E me esqueci de pegar o sabonete! Traga-o aqui!

Júnior, que estava no meio de dobrar a sunga, deixou-a cair. Correu para a cozinha para pegar a água e o sabonete. Quando retornou ao quarto, Gabriel chamou novamente, impaciente.

— Mais rápido, cadela! Estou esperando!

Júnior correu para o banheiro, o sabonete em uma mão e o copo d'água na outra. Ao entrar, viu Gabriel dentro da banheira, a água fumegante. Sem hesitar, Júnior se ajoelhou ao lado da banheira, entregando o sabonete. Gabriel o pegou, com um sorriso debochado.

— E a água, cadela? Vai ficar parado aí?

Júnior estendeu o copo. Gabriel deu um longo gole, os olhos fixos nos de Júnior. Quando terminou, inclinou o copo e derramou o resto da água sobre a cabeça de Júnior.

— Você está suado, cadela. Precisa se refrescar. Agora saia. E não me faça esperar de novo.

Júnior assentiu, o corpo encharcado, mas a mente focada em não cometer mais erros. Ele retornou ao quarto, terminando de dobrar a sunga de Gabriel, arrumando tudo impecavelmente.

Minutos depois, Gabriel saiu do banheiro, já vestido em uma bermuda e sem camisa, os cabelos molhados. Ele observou o quarto, satisfeito com o serviço.

— Muito bem. — disse Gabriel, estendendo a mão para a mochila que Júnior havia trazido mais cedo. Júnior a entregou. Gabriel abriu um compartimento e tirou a meia suada, o objeto de desejo de Júnior, o símbolo de sua devoção. Ele a olhou com escárnio, depois jogou-a no chão, bem aos pés de Júnior.

— Cadela! — Gabriel comandou. — Esta noite, esta será sua almofada. Você vai dormir aqui, no chão do meu quarto, aos meus pés. Com esta meia como seu travesseiro. Entendeu?

Júnior sentiu um misto de repulsa e uma estranha aceitação. A meia. Tão desejada. Agora, seu travesseiro de humilhação. Ele se ajoelhou e recolheu a meia, segurando-a nas mãos com uma reverência que parecia mais inata do que forçada.

— Sim, Mestre. — murmurou, sua voz um fio de som. — Será uma honra.

Gabriel riu, uma risada fria e satisfeita. Ele se deitou na cama, acomodando-se nos lençóis macios, observando Júnior se encolher no chão, usando a meia como um travesseiro improvisado.

— Agora, cadela. Não se atreva a dormir até que eu durma. E se eu acordar no meio da noite e você não estiver acordado, você vai se arrepender. Fique de guarda. Você é meu cão de guarda pessoal esta noite.

Júnior assentiu, os olhos fixos no corpo de Gabriel deitado na cama. O corpo exausto, a pele ardendo, a fome roendo suas entranhas. O vazio deixado pela meia, agora seu travesseiro de vergonha, era um buraco em seu peito, mas a completa submissão, a ausência de qualquer escolha, trazia uma estranha e perversa paz. Ele era apenas um objeto, e objetos não sentem. A noite seria longa e fria, mas ele estava lá, na escuridão, aguardando o próximo nascer do sol, a próxima ordem.

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Comentários

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Lobinho submisso já disse tudo, mas pra melhorar ainda tem a meia pra usar de travesseiro e lógico que dar uma cheirada e lambida..

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Que delícia esse conto, não tem nada mais gostoso que ver um dono deitado em sua cama enquanto o sub fica no chão aos pés observando um macho Alpha de verdade tendo seu descanso

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