Eu era normalista, estava no meu último ano e, como de costume, minha escola sempre desfilava no Sete de Setembro. Eu amava. A cidade inteira parava, a rua principal ficava tomada de gente, e entre um passo e outro da marcha, eu me divertia observando os rostinhos bonitos nas calçadas, os olhares curiosos, os celulares levantados pra tirar foto. Era bom pra pegar uns telefones, uns olhares mais insistentes, e às vezes, com sorte, rolava até uns peguinhas se alguém realmente dava mole.
E estava lá euzinha: saia azul-marinho plissada, camisa branca engomada que colava nas costas de tanto calor, meias até os joelhos e uma gravatinha curta com o broche da escola. O sol batia forte, o suor escorria pelas costas, mas a gente se mantinha firme, enfileirada, com um certo orgulho. As meninas ao meu lado andavam sincronizadas, cabelos bem presos, rostos maquiados só o suficiente. Eu também tentava manter a pose, mas o olhar vagava.
A gente já estava na parte final do desfile, e quando dobramos a esquina da avenida principal, saindo do centro das atenções, a multidão começava a dispersar. Era ali, naquele trecho mais tranquilo, onde as coisas mais interessantes aconteciam. Porque era o bastidor do fim do desfile. Gente tirando sapato, meninas trocando número pelo WhatsApp rapidinho, professores mais relaxados.
E foi exatamente ali, ao dobrar a esquina, que eu vi.
Uma coluna de tanques — tanques mesmo, enormes, esquisitos, camuflados, imponentes — estacionados na lateral da rua. Soldados iam e vinham, alguns rindo, outros só observando. Mas entre todos eles, teve um que me chamou atenção.
Ele estava encostado num dos tanques — era um desses que tem rodas mas sem um canhão grande — braços cruzados, o uniforme camuflado justo, a boina bem ajustada na cabeça e o olhar preguiçoso de quem esperava a hora de ir embora. Ele era lindo, um rosto quadrado, queimado de sol, a vida militar tinha dado à ele um ar rústico.
Quenado ele me viu sorriu de canto. Um sorrisinho torto, mas bem respeitoso. A gente sabia que eles não podiam arrumar problemas com a gente, segundo ouvi, eles poderiam ser presos por isso!
Eu segui andando com as meninas, mas meu olhar ficou preso nele. Aí ele fez um gesto mínimo, com a cabeça, me chamando. Discreto, mas direto. Como se dissesse: “vem cá, só você”.
Meu coração acelerou na hora. Eu ri por dentro. Olhei pros lados, ninguém parecia ter notado. E foi aí que veio aquele pensamento maldoso: ser___á_ que é comigo mesmo? Meu Deus…
— Vai na frente, Tati — falei baixinho pra minha amiga. — Vou no banheiro do posto ali rapidinho.
Ela nem questionou, só assentiu com a cabeça e seguiu com as outras. Eu, por minha vez, desviei o caminho como quem sabia exatamente o que estava fazendo — embora por dentro meu coração batesse rápido, e o calor do corpo se misturasse a um friozinho bom na barriga. A pele, ainda úmida de suor por causa do desfile, agora suava por outro motivo.
Me aproximei dele devagar, mas sem hesitar. Ele continuava ali, impassível, como se já soubesse que eu viria. Os olhos desceram pelas minhas pernas com descaro, e depois subiram, lentos, até encontrar meu olhar. Não teve pressa, nem vergonha. Me despiu com os olhos. Esse é safado, pensei, e mordi o canto da boca.
— Minha irmã estudou nesse colégio aí — disse ele, com um sorriso branco de propaganda. Estava sentado sobre o tanque, ou sei lá o quê, com um ar tão à vontade que parecia ter acabado de voltar de alguma guerra.
— Você me chamou aqui só pra dizer isso?
— Não — respondeu com simplicidade, sem desviar os olhos. — Eu te achei bonita. Queria trocar uma ideia com você.
Ele se levantou com uma agilidade que me surpreendeu e foi andando até a parte de trás do blindado. Me fez um gesto com a cabeça, quase um convite.
— Já entrou em um desses?
— Claro que não. Vocês nunca deixam ninguém chegar perto dos tanques de vocês — rebati, com um sorriso de desafio.
— Não é tanque — corrigiu ele, com certo orgulho. — É um carro de combate para transporte de tropas.
— Nossa… que nome pomposo pra uma lata velha sem nem um canhão. Serve pra quê?
— Pra levar soldados pra operações atrás das linhas inimigas — disse, inchando o peito como se me apresentasse uma relíquia sagrada.
— Então é tipo um Uber de guerra? — soltei, rindo, debochada.
Ele olhou pros lados, meio sem graça, como se soubesse que o que estava prestes a propor não era exatamente autorizado.
— Quer entrar?
Arqueei a sobrancelha, divertida.
— Melor não, você tá doido? Teu superior vai ver, vai dar problema… vai acabar preso.
— Relaxa… eu sou o comandante dessa embarcação — falou, em tom baixo, mas com firmeza.
— Comandante? — provoquei. — Você é o quê, um cabo? Desde quando cabo manda em alguma coisa?
Ele sorriu com aquele canto da boca que fazia minha barriga revirar.
— Desde que ninguém tá olhando.
E estendeu a mão.
Peguei, meio sem pensar e subi naquela geringonça metálica sentindo o calor do sol no metal, e ele me guiou com firmeza até o topo, como se fosse uma coisa que ele fazia todo dia, como se me levar pra dentro de um veículo militar fosse a coisa mais natural do mundo.
— Vamos entrar por aqui — disse, apontando pra uma escotilha redonda no alto. — É mais divertido… aqui é onde fica o observador.
Ele desceu primeiro, com agilidade, e me estendeu os braços lá de dentro. A escotilha parecia saída de um filme, e o calor ali dentro era diferente — abafado.
Minha preocupação naquele momento? Ele olhar pros meus fundilhos enquanto eu descia, lógico. Mas… foda-se. Deixei. Talvez até fiz questão de descer mais devagar do que precisava.
Só que o destino não quis saber de charme. No segundo degrau, meu pé escorregou. Me desequilibrei completamente e caí pra dentro com tudo — só não me espatifei de vez porque ele me segurou forte nos braços, me prensando contra o corpo dele com um baque seco.
— Cuidado! — ele riu, com a boca muito perto da minha orelha.
— Ai, que vergonha… — sussurrei, mas no fundo, meu corpo estava em alerta, e não era pelo susto. Era pelo cheiro dele, pela proximidade, pelo jeito que a mão dele segurava firme minhas costas e minha cintura.
O espaço era minúsculo. Teto baixo, cheiro de graxa, metal velho. Uma penumbra quente envolvia tudo, e meus olhos demoraram a se ajustar. Lá dentro, quase não dava pra andar. Tinha bancos finos nas laterais e pouquíssimo espaço.
Ele me olhou com um sorriso enviesado, sem dizer nada, mas foi eu quem quebrou o silêncio.
— Eu vim pra fazer você perder a guerra, soldado — respondi, olhando direto nos olhos dele, com a ousadia escorrendo pela voz.
Ele não esperou mais nenhuma ordem.
Avançou como se tivesse recebido um comando interno, um instinto primitivo — e me beijou. Não foi beijo leve, nem educado. Foi beijo de quem prende, de quem aperta, de quem toma. A boca dele veio com força, colidindo na minha com um gosto de urgência e desafio. Ele me prensou contra a lateral metálica, e o barulho seco das nossas costas batendo na parede ecoou naquele espaço apertado.
Seu corpo era rijo, musculoso. Eu sentia a farda áspera entre nós, mas mesmo com o tecido no meio, era impossível não perceber o calor dele, o volume, a firmeza. Ele me segurava pela cintura com as duas mãos grandes, como se tivesse medo que eu escapasse. E eu… eu não queria fugir.
O corpo inteiro tremia, não de medo, mas de excitação. Um arrepio elétrico descia da base da minha nuca até atrás dos joelhos. Meus lábios respondiam, querendo mais, abrindo espaço pra língua dele entrar e explorar, quente, decidida, como se já soubesse o caminho.
O ar ali era pesado, abafado, o suor escorria pelas minhas costas, escorrendo entre as coxas. Eu sentia as meias nos joelhos começando a escorregar, sentia a gravatinha sufocar um pouco mais, e ainda assim… cada segundo dentro daquele beijo me deixava mais entregue. Não havia onde escapar, nem motivo. Só aquele calor, o ferro ao redor, o cheiro de óleo, e a presença dele — forte, intensa, irresistível.
Minha mão subiu pelo peito dele por reflexo, sentindo os músculos duros sob o uniforme, e ele gemeu baixinho contra minha boca, como se aquele simples toque fosse gasolina no fogo.
O beijo não cessava, só mudava de ritmo. Ele me tomava com a boca e eu me deixava levar, tonta de calor e desejo. Foi então que senti: a mão dele escorregando, firme, por trás da minha coxa, subindo por debaixo da saia plissada, sem pedir licença.
— Ei… — murmurei, num susto, com a voz embargada entre um beijo e outro.
Mas ele não respondeu com palavras. Só me olhou com aqueles olhos escuros, famintos, e apertou minhas nádegas com força, fazendo meu corpo arquear contra o dele. O toque foi bruto, decidido, como se ele soubesse exatamente o que queria — e não tivesse tempo pra hesitação.
A mão dele deslizou ainda mais pra frente, por entre minhas pernas, e quando os dedos encontraram minha calcinha úmida, ele soltou um suspiro rouco, como se tivesse sido surpreendido.
— Porra… — ele disse baixo, contra meu pescoço.
E então invadiu. Os dedos dele puxaram a calcinha de lado e tocaram direto na minha buceta quente e encharcada. Não teve preparo, não teve doçura — só intensidade. Dois dedos entraram de uma vez, tortos, errados, brutos. Era desconfortável e delicioso ao mesmo tempo. O jeito desajeitado, o espaço apertado, o cheiro de ferro e suor ao nosso redor… tudo somava pra deixar aquilo ainda mais insano.
— Ai… — soltei, entre gemido e riso, tentando ajustar meu corpo ao toque.
Mas ele não parou. Com as duas mãos, me segurava e me dedava com fome. Me sentia invadida, preenchida, domada ali mesmo, em pé, com as costas prensadas contra a estrutura metálica. Meu corpo rebolava instintivamente na mão dele, como se buscasse o encaixe certo, o ponto exato. E eu gemia baixinho, tentando não fazer barulho, mas era inútil: cada estocada errada deixava meu corpo mais aceso, mais entregue, mais puto de tesão.
Minhas mãos, por reflexo, começaram a buscar o dele. Toquei o peito, deslizei pela barriga dura por baixo do uniforme. Meus dedos tremiam, mas tinham rumo. Fui até o cinto, desabotoei o fecho com agilidade impaciente, puxei o zíper devagar, sentindo o volume latejante por trás da calça militar.
Quando enfiei a mão por dentro, ele gemeu baixo e afundou ainda mais os dedos em mim.
Ele arfava contra minha orelha, os dedos ainda enterrados em mim, como se não conseguisse decidir entre continuar me dedando ou simplesmente me possuir de uma vez. Mas aí ele rosnou no meu ouvido, rouco, baixo, como uma ordem sussurrada que atravessou meu corpo inteiro.
— Chupa pra mim… por favor.
Aquilo não soava como súplica. Soava como necessidade. Como urgência.
Afastei a mão do peito dele e puxei o cós da calça pra baixo, com esforço. Era apertado ali dentro, não dava nem pra se ajoelhar direito. Me agachei como pude entre os bancos e a parede de ferro, sentindo o joelho raspando em metal e minha saia amassando inteira.
O volume dele saltou com força pra fora da cueca escura. Um pau grosso, pesado, rijo de tesão, com a cabeça já úmida e brilhando. A pele era morena, o cheiro forte — um misto de suor, farda, desejo acumulado. E eu nunca tinha sentido tanta fome assim.
Segurei pela base, firme, e lambi de baixo até o topo, sentindo o gosto dele, quente e salgado, pulsando na minha língua. Ele gemeu alto, a mão indo direto pro meu cabelo, tentando controlar o próprio corpo. Eu sorri por dentro.
Abocanhei devagar, deixando a cabeça entrar por completo, a boca molhada envolvendo ele até ouvir aquele som: o gemido abafado, a respiração presa. Comecei a chupar de verdade, ritmada, intensa, cada vez mais fundo, sentindo ele se contrair e segurar no meu ombro pra não desabar.
— Porra… assim eu vou gozar, caralho… — ele sussurrava, o corpo tremendo, quase sem espaço pra se mover. A cada sugada minha, ele se empurrava mais, tentando conter o impulso de foder minha boca com força.
Meu queixo batia no zíper ainda aberto da calça dele, e o calor no interior do veículo era insuportável. Mas eu estava molhada como nunca, e aquilo só aumentava meu tesão. A boca escorregava, a saliva descia, eu sentia o pau dele pulsando entre meus lábios, as veias marcadas latejando com a proximidade do gozo.
Ele mal conseguiu aguentar.
No momento em que senti o pau dele pulsar mais forte na minha boca, a respiração falhando como quem vai gozar, ele me puxou com urgência. As mãos agarraram meu braço e meu ombro, me levantando com brutalidade carinhosa — daquelas que fazem o corpo vibrar de susto e tesão ao mesmo tempo.
— Vira. Agora. — ele ordenou entre dentes, a voz rouca, quase selvagem.
Me virei sem pensar, as pernas trêmulas, o corpo inteiro latejando. Apoiei as mãos na parede fria do carro de combate, sentindo o metal gelado contrastar com a pele quente, úmida, arrepiada. Ele puxou minha calcinha com brutalidade, rasgando o elástico num estalo seco. A saia ficou erguida, amassada entre nós, e ele encaixou sem cerimônia.
O pau entrou de uma vez, grosso, duro, preenchendo tudo com força. Meu grito abafado se perdeu no abafado do metal — não de dor, mas de choque. Era fundo. Era urgente. Era o corpo dele batendo no meu com estalos molhados, sem espaço, sem tempo, só impulso.
— Puta que pariu, você é apertada… — ele gemia, socando dentro de mim com um ritmo animalesco.
A cada estocada, meu corpo se movia pra frente, prensado entre o ferro da parede e a carne quente dele me atravessando por trás. As mãos dele agarravam minha cintura como se fosse propriedade, e os quadris vinham duros, decididos, metendo sem pausa, sem dó, como se quisesse marcar o interior do meu corpo com a forma dele.
Eu já não era mais gente.
Meus joelhos tremiam, o gozo subia em ondas, e eu gemia alto agora, sem medo de quem ouvisse — ninguém ouvia, só ele, e ele adorava. Ele desceu uma mão até o meu clitóris e começou a esfregar com força, fazendo meu corpo desabar. Rebolei contra ele, querendo mais, implorando sem palavras por cada estocada, por cada dedo, por cada gota de suor escorrendo de nós dois.
— Goza pra mim — ele rosnou, e meu corpo respondeu no mesmo segundo.
Gozei com força, com espasmos longos, agarrada no ferro frio, sentindo a buceta pulsar em volta dele, apertando, sugando. Ele gemeu, mordeu meu ombro, e veio logo depois. Forte. Profundo. Derramando tudo dentro de mim com o corpo colado, o peito arfando nas minhas costas, os dois tremendo.
Ficamos ali, ofegantes, colados, no meio do carro de combate abafado, suados, destruídos… e vivos.
Depois daquela guerra, recompostos, tivemos que sair como ratos que fizeram coisa errada — ajeitando as roupas, fingindo compostura, tentando esconder o cheiro de sexo no ar.
Ninguém viu.
Ou fingiram que não viram.
E eu, de saia amassada e pernas bambas, só conseguia pensar numa coisa:
no próximo Sete de Setembro… eu desfilava de novo.
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