Pelado no churrasco

Um conto erótico de Tchelo
Categoria: Gay
Contém 5446 palavras
Data: 06/09/2025 08:37:12

“Ricardo, já tô te esperando, na catraca do metrô”.

Eu e Ricardo íamos a um churrasco, da Helena. Ela arranjou uma casa com piscina, num bairro bem afastado, mas parece que a casa era bem legal. E a gente já estava atrasado! O churrasco começava às 13h, e já eram 14h e ainda estávamos no centro da cidade.

Após um longo trajeto, enfim chegamos. O bairro era meio feio, mas a casa era realmente muito legal. Quer dizer, a casa não tinha nada demais, mas a área da piscina e churrasqueira era muito bacana. Já pegamos uma cerveja cada e fomos cumprimentar a todos. Devia ter umas 30 pessoas. A maioria era da faculdade, só uns poucos desconhecidos.

Entre os desconhecidos, estava um primo da Helena. Até aí, nada demais. A não ser pelo fato deste primo, Pedro, estar completamente pelado. Nu, no meio de umas 30 pessoas, homens e mulheres.

Eu até perguntei pra Helena por que seu prime estava nu, e ela simplesmente disse que ele não tinha trazido sunga.

Todos faziam de conta que estava tudo normal, sem nada estranho acontecendo. Mas todos, absolutamente todos, não tiravam os olhos do Pedro. Ou melhor, não tiravam os olhos do pinto do Pedro.

E acha que ele estava quietinho, dentro da piscina? Não, não vi o filho da puta entrar na piscina uma vez sequer. Ficou andando de um lado pro outro. Balançando o pinto de um lado pro outro. Eu queria me comportar como o adulto que eu era, mas a quinta série em mim não me permitia. Não falei nada, claro, a festa era da Helena e o peladão era seu primo, mas eu e Ricardo nos olhávamos espantados. A gente ria um pro outro só com o olhar.

Saímos de lá pouco antes da meia-noite, a tempo de pegar o último metrô de volta pra casa. Pedro continuou lá, peladão. Ia dormir lá, pelo jeito. Não sei como o namorado da Helena estava tão tranquilo. Se eu estivesse com uma namorada lá, ia ficar puto com um cara pelado na frente dela.

Eu não sou retrógrado, já fui em praia de nudismo. Mas lá, na praia, todo mundo estava pelado. No churrasco, não. Era só esse tal de Pedro. Exibindo seu pinto pra todo mundo.

Voltamos em silêncio no metrô. Eu tentava entender o que me incomodava tanto com a nudez do primo da Helena. Incomodava e me prendia, porque não conseguia parar de olhar.

Não sei, era como se ele, ao se expor, estivesse me expondo um pouco, também. Ele parecia ser da minha idade, meio que parecido fisicamente, mesma altura, pele clara, cabelos castanhos. Era como se eu também estivesse um pouco nu. Era como se, ao mostrar seu pinto, estivesse mostrando o meu também.

Eu sei que é ridículo, mas eu sentia algo assim: “agora todo mundo vai saber como é meu pinto também...”. Só tinha adulto lá, claro que todo mundo tinha ideia de como era o meu pinto. Fora pequenas diferenças de tamanho, todo pinto é meio parecido. Pau, saco com bolas. Pelos. Nada demais. Assim como todo mundo que vê uma garota de biquini (e todas estavam de biquini), sabe razoavelmente como seria sem o biquini. Nada surpreendente.

Mas eu estava incomodado. E, estranhamente, excitado. Excitado, mesmo, de pau duro. Eu sempre me considerei hétero, mas não conseguia negar que ver Pedro pelado me deixou excitado.

Chegando próximo da estação do Ricardo, ele falou, pela primeira vez no trajeto:

- Quer dormir em casa? O Marcos foi pra casa dos pais esse fim de semana.

Eu morava com meus pais, e era meio longe. Depois do metrô ainda precisava pegar um ônibus. Ricardo e Marcos dividiam um apartamento, apesar de cursar graduações diferente. Eles eram da mesma cidade do interior, amigos de longa data.

- Pode ser, tô mó cansadão...

Silêncio novamente. Mas foi só entrarmos em seu apartamento que ele falou:

- Cara, você acredita naquele doido pelado no meio de todo mundo?

- Não é? E todo mundo fingindo que estava tudo normal!

- Pois é! E o maluco lá, balançando o pinto de um lado pro outro.

- E não é que ele tivesse muito a mostrar, como se fosse um fenômeno...

- Nada, pinto normal, nem grande nem pequeno.

- Exato, nada demais.

- E ele lá, sem a menor vergonha!

- Eu que tava com vergonha por ele. Tava com tanta vergonha que eu tava até... – parei a frase, sem coragem de continuar.

- De pau duro de vergonha? Eu também! – falou, pegando cervejas pra nós na geladeira.

Abrimos, tomamos um gole.

- Não sei como ele não estava de pau duro... – falou.

- Tem que ser muito corajoso pra fazer o que ele fez, ficar assim, pelado, na frente de um bando de estranhos e conhecidos.

- Vou confessar que fiquei com inveja da coragem dele.

- Não tinha pensado nisso, mas concordo. É de dar inveja ser tão desapegado assim.

Ricardo me olhava, eu olhava pra ele. Estava um clima diferente. A gente já tinha bebido a tarde e a noite toda, e ainda continuávamos bebendo. Já não tínhamos tanto controle de nossos pensamentos e atitudes.

- Por que a gente não fica pelado? – perguntou.

- Aqui, agora?

- Se eu não tiver coragem de ficar pelado na frente do meu melhor amigo, como um dia vou ter coragem de ficar pelado na frente de várias pessoas estranhas?

- Fica pelado, então, ué...

- E você não vai tirar a roupa, não?

- Ah, cara, não sei, não. Não vou conseguir ficar tão tranquilão como o primo da Helena...

- Tá falando sobre pau duro? Também tô de pau duro. Foda-se!

- Cê tá falando sério?

- Claro que tô. Vamos ficar pelados.

- Mas pra que?

- Pra nada. Pra ficar pelado. Que nem o doido lá!

- Você que tá doido.

- Tô doido, sim. Não teria coragem lá, mas com você eu tenho coragem. Quero sentir um pouco da liberdade que ele sentiu! – e começou a tirar a roupa – E seria legal se você ficasse pelado também!

Em instantes, Ricardo estava pelado na minha frente. Pau duro, como ele tinha adiantado.

- Eu devo estar doido, também... – falei, começando a tirar minha roupa.

Fui tirando peça a peça (o que era pouco, já que estava um baita calor). Por fim, sobrou a cueca, que não escondia minha ereção. Respirei fundo e arranquei a cueca, jogando de lado. Pronto, agora era minha vez de estar pelado na frente do meu amigo. E, assim como ele, de pau duro.

- Aê! Aí, sim, caralho!

- E agora, o que a gente faz? Fica olhando um pro outro?

- É. Sei lá, quer jogar Playstation?

- Pode ser...

Sentamos lado a lado no sofá, os dois de pau duro. E começamos a jogar, como se não houvesse nada de estranho. Jogamos um tempo.

- O cara podia ao menos raspar o saco... – falei.

- Nossa, verdade. Ele era mó peludão. Você raspa, né?

- Sim, e aparo em cima.

- Eu também. O saco fica mó macio, ó... – falou, levando minha mão até o seu saco.

Tomei um susto, mas não tirei a mão.

- Macio, mesmo... – falei, meio envergonhado, olhando fixamente pra TV.

- Deixa ver se o seu tá macio assim – falou, colocando a mão no meu saco.

O jogo foi abandonado, nesse momento.

- E você deixa mais compridinho aqui em cima – falo, subindo a mão do meu saco para meus pelos, contornando meu pau – eu deixo quase zero...

Fiz como ele, e subi minha mão para seus pelos quase inexistentes de tão curtos.

- Bem curtinho, mesmo... – falei, sem saber o que falar.

- Tô achando ótimo ficar assim com você!

- Eu também.

- Quer bater uma punheta?

- Acho que não tem como não bater uma punheta, agora...

Eu imaginei que ele ia tirar a mão do meu pinto pra se masturbar, mas ao invés disso ele agarrou meu pau e começou a me masturbar. Fiz o mesmo. Tomei coragem e subi meu olhar, pra encontrar o dele.

Nos masturbamos assim, um ao lado do outro, um masturbando o outro. Olhando nos olhos um do outro. Eu nunca tinha visto seu olhar assim. Era um olhar de desejo, de tesão. Eu também estava com muito tesão. Jamais imaginei masturbar meu amigo, tampouco ele me masturbar.

Ficamos assim até gozar. Ele gozou primeiro, eu gozei na sequência.

- Pronto, agora acho que a gente consegue relaxar e jogar... – ele falou, se levantando e buscando uma toalhinha.

Limpou a porra do seu peito, barriga e mão e me jogou o paninho sujo de sua porra. Me limpei e devolvi a tolha. Ele pegou, cheirou e jogou no chão do banheiro. Foi pra cozinha e buscou mais cervejas. Me entregou uma e sentou ao meu lado.

- Eu acho que ele deve ter batido uma punheta antes de ficar pelado na frente de todo mundo... – falou.

- Cara, é muito autocontrole. Eu tô mole agora, mas se a gente continuar assim, daqui a pouco fico duro novamente.

- Eu também. Então vamos curtir esse momento relaxado e mole. “Olha, eu sou o Pedro, gosto de mostrar meu pinto pra todo mundo...” – falou, fazendo vozinha e balançando o pinto.

- Não, seu pinto é bem mais bonito que do Pedro – falei, me arrependendo imediatamente.

- O seu também é muito mais bonito que o dele!

- Obrigado.

- Daqui em diante, só quero ficar pelado.

- Eu vou adorar te ver pelado o tempo todo – não devia ter falado isso – mas você vai ter coragem de ficar na frente de várias pessoas como o Pedro?

- Por enquanto, vai ser só na sua frente, mesmo.

- Eu topo te ver pelado sempre.

- E você vai ficar pelado, também, né?

- Se só tiver você junto, fico pelado, também.

- Mas vamos tentar ficar pelados que nem o Pedro, na frente de outras pessoas... Vamos numa praia de nudismo?

- Eu fui no ano passado, lembra, até te chamei pra ir pra Trindade comigo.

- Se eu soubesse que tinha praia de nudismo, tinha ido.

- Beleza, nas férias a gente vai.

- Combinado. O difícil vai ser não ficar de pau duro.

- Vamos ter que bater umas punhetas antes.

- Eu topo. Quer voltar a jogar Playstation?

- Acho que preciso dormir...

- É, eu também.

Eu já ia me ajeitar no sofá, quando Ricardo falou:

- Não vai dormir nesse sofá horrível, não. Dorme na cama, comigo. Troquei a antiga por uma cama de casal. Tá novinha.

Fui atrás dele pro quarto, sem questionar. Ele arrancou a colcha e deitou na cama, de barriga pra cima e pernas abertas. Deitei ao lado dele. Ele falou:

- Mano, ainda não me conformo com o cara lá pelado mostrando o pinto pra todo mundo!

- Véio, você tá com fixação no pinto do cara!

- Não consigo parar de pensar nisso. Como eu tiro a imagem do pinto dele da minha mente?

- Sei lá, coloca o meu pinto no lugar... – falei, sem quaisquer segundas intenções.

Ele se levantou, sentando na cama. Se girou e se posicionou entre minhas pernas, seu rosto bem perto do me pinto.

- Tem um cheiro gostoso... – falou, se aproximando ainda mais até encostar seu rosto na minha virilha, meu saco tocando sua bochecha.

- É? – perguntei, respirando fundo como ele.

- É sim. Vê se o meu também tem esse cheiro bom... – falou, subindo em cima de mim, até que suas pernas estivessem em meus ombros e seu pinto em cima da minha cara – Cheira!

- É bom, sim...

Ele desceu ainda mais, seu saco na minha boca, seu pau mole no meu nariz. Ele meio que rebolava, esfregando seu pinto todo no meu rosto. Começou a endurecer. Eu também comecei a ficar duro.

O clima mudou. A tensão ficou clara.

- Se você me chupar, eu te chupo também! – falou.

Eu só olhei pra ele, com cara de dúvida e tesão. Mas não neguei. Então, ele voltou a descer sobre mim, ficando entre minhas pernas. Agarrou meu pau e começou a me chupar. Caralho, de delícia. Me chupava e acariciava meu saco ao mesmo tempo. Uns bons minutos depois, parou e deitou ao meu lado.

- Sua vez!

Eu me posicionei entre suas pernas e fiquei admirando seu pinto por um tempo.

- Vai!

Segurei seu pau e comecei a chupar. Não sabia direito como fazer, então tentei imitar o que algumas garotas já fizeram comigo e, principalmente, o que Ricardo tinha acabado de fazer. Chupei seu pau, lambi seu saco, suas bolas. Punhetei enquanto lambia só a cabecinha.

Depois, ele me jogou na cama ao seu lado, subiu em cima de mim. Com nossos pintos colados, começou a bater punheta pra nós dois. Nossas porras voaram todas sobre meu peito e minha barriga. Ele buscou aquele paninho já sujo de porra e me limpou.

Voltou a deitar do me lado. Deve ter dormido logo. Eu dormi logo.

Na manhã seguinte, acordei sem saber direito onde eu estava. Ao me ver pelado, ao lado de Ricardo também pelado, tudo veio à minha cabeça. O churrasco, o primo da Helena pelado. Ficar pelado com Ricardo, punheta um pro outro, chupar um ao outro. Dormir lado a lado, pelados.

Se eu já não estivesse de pau duro, teria ficado duro só de lembrar. Ricardo também dormia de pau duro. Eu não sabia o que fazer. Fui pro banheiro mijar, estava quase explodindo. Precisei mijar sentado, pelo pau duro.

Me olhei no espelho, lavei o rosto. Não sabia o que fazer. Fui pra sala, coloquei minha roupa. Já era quase meio-dia, então decidi ir embora, talvez Ricardo tivesse amnésia alcóolica, não se lembrasse de nada. E eu ia fingir que não lembrava de nada, também. Quando eu ia abrir a porta pra ir embora, ouvi a voz de Ricardo:

- Onde cê tá indo? – falou da porta do quarto, usando um roupão de banho.

- Pra casa...

- Você não tá com dor de cabeça, não?

- Muita, parece que minha cabeça vai explodir!

- Pega duas cocas na geladeira que eu pego remédio pra gente...

Eu achava melhor ir embora, mas precisava agir como se nada tivesse acontecido. Busquei as cocas e voltei pra sala. Ele me entregou o remédio e eu entreguei a coca. Tomamos o remédio e a coca.

- Que doideira, ontem... – ele falou.

- O quê? – tentei desconversar.

- Não tenta fazer de conta que não lembra. Eu sei que você lembra. Não tá nem com coragem de me olhar nos olhos...

- E você, não tá sentindo nem um pouco de vergonha? – falei, olhando de canto de olho.

- Sei lá, acho que tô, um pouco... Mas o que tô sentindo mesmo é medo de perder meu melhor amigo por eventos de uma noite apenas!

- Não vai perder, nada. Também não quero perder meu melhor amigo. Vamos deixar ontem pra lá, fingir que não aconteceu...

- Cara, os longos anos de terapia que fiz depois da separação dos meus pais me fez entender que empurrar pra baixo do tapete não resolve, infelizmente.

- Fazer o que, então?

- Conversar. Conversar muito, até entender. Então resolver.

- Difícil, hein... Tô morrendo de vergonha!

- Eu estaria morrendo de vergonha se tivesse dado pra você...

- Nossa, nem bêbado como ontem eu teria coragem! Se tivesse dado pra você, acho que já teria me jogado da janela!

- Que dramático. Também não seria pra tanto, né? Mas, de qualquer forma, que bom que a gente só se chupou!

- Não fala assim, que vergonha! – falei, olhando pra baixo.

- Tá bom, fizemos sexo oral um no outro. Melhor? Não muda o fato de que a gente chupou um ao outro, mamou, fez boquete, felação...

- Tá bom, já entendi! – falei, olhando nos olhos dele.

- Ah, agora sim. Não consigo conversar sem olhar nos olhos...

- Então, fala! Quer falar, fala! – falei, sem ser grosseiro, mas meio impaciente.

- Calma, cara. Não tem “algo” que eu quero falar. Quero conversar... Sei lá, o que você acha que tá fazendo você ficar com vergonha?

- Sei lá. Tudo! Por que você tá com vergonha?

- Nem tô com tanta vergonha assim, você tá muito mais, pelo jeito. Mas, vamos lá. Não tô com vergonha nenhuma da gente ter ficado pelado juntos, tomado cerveja pelados, jogado Playstation pelados.

- Não, isso é de boa, até meio engraçado...

- Pronto, olha aí! Já tem uma parte que estamos bem, que não tem nada a resolver, tudo de boa.

- Sim...

- Então a gente até pode pegar umas cervejas e continuar o papo pelados...

- Cê tá bêbado, ainda?

- Não. Talvez um pouco. Mas tô zoando, tô só querendo aliviar o clima.

- Tá bom, então.

- Tá, vamos lá. Eu também não tenho problema algum com a gente bater punheta juntos. Qual o problema de ter essa intimidade?

- Punheta junto já bati com alguns amigos, vários anos atrás. A gente botava um pornô no computador e assistia juntos. Mas cada um batia punheta pra si mesmo. Mas a gente não bateu assim, mas um pro outro...

- Sim. Mas vamos por partes. Punheta juntos, cada um punhetando só seu próprio pinto, tá de boa?

- Apesar de achar que a gente já passou da idade pra isso, acho que não tem nenhum grande problema com isso...

- Excelente. Já resolvemos a punheta.

- Mas ontem foi mais que uma punheta, já falei. Foi um pro outro.

- Pois é. Mão amiga. Ao contrário de você, eu nunca tive um amigo pra bater punheta juntos. Sempre quis. E ficava imaginando como seria, fantasiando. E como isso ficava na minha cabeça, indo e voltando, acabei fantasiando algo ainda mais intenso que só um amigo de punheta. Acabei fantasiando fazer mão amiga com esse amigo. Então, desculpa se eu passei da linha e fiz algo que você não gostou... – falou, olhando pra baixo.

- Não, calma. Não é que eu não gostei. Eu gostei, claro. Gozei, assim como você. Então não tem nada que pedir desculpas! Só não sei se é coisa pra amigos ficarem fazendo, só isso.

- Ué, não chama mão amiga? A gente não é amigo? Melhores amigos?

- É, mas acho que não funciona bem assim?

- Por quê? Tem lei sobre o que amigos podem ou não fazer? Você não gostou?

- É...

- Vai dizer que, quando você batia punheta com seus amigos, você nunca teve vontade de pegar no pinto de algum deles, de curiosidade, mesmo?

- Primeiro, não era uma roda gigante de punheta, como você tá fazendo parecer. Foi uma vez como Vicente e duas vezes com o Enzo, só...

- Tudo bem. Mas fala, nenhuma vez você teve curiosidade de pegar no pinto de um desses seus amigos aí? Sem viadagem, só por curiosidade? Porque eu vou confessar, eu sempre tive curiosidade de pegar num pinto. Pronto, falei!

- Do Vicente, não. Pinto esquisito, feio. Um pau enorme, um saco esquisito, pelo parecendo palha, bolinhas minúsculas...

- E do Enzo?

- Tá, do Enzo talvez. Um pinto legal, bem parecido com o meu... Tá bom, tive vontade de pegar, sim. Mas não tinha possibilidade nenhuma disso acontecer. Jamais!

- O meu pinto é bem parecido com o seu, quase idêntico... – falou, abrindo o roupão e deixando amostra seu pinto, seu pau duro babando.

- É, mas a gente já passou da fase de ter curiosidade! – falei, tentando não deixar aparentar meu pau duro dentro da bermuda jeans.

- Pra mim, a curiosidade ainda não passou...

- O que você quer que eu fale, Ricardo? Que tá tudo bem bater punheta um pro outro?

- Não. Só fala que você não gostou de fazer mão amiga comigo.

- Eu já falei que gostei.

- Então fala que você não tem vontade de fazer novamente...

- Não é questão de não ter vontade.

- Então, o que é?

- Imagina que eu volto com a minha ex-namorada. A gente bate punheta um pro outro e depois eu vou encontrar com ela, fazer carinho no rosto dela com minha mão cheirando seu pinto.

- Ela bem que merecia, hahaha.

- Idiota.

- Mas não é?

- Tá bom. Daqui a pouco você vai dizer que não tem nada de mais chupar meu pinto, aí ir pro interior e beijar sua namorada na boca, com o gosto do meu pinto na sua boca?

- Até que seria bom. Quem sabe ela não se acostuma com gosto de pinto e passa a me chupar mais, e com mais vontade...

- Ah, Ricardo, não sei nem porque a gente tá conversando... Você não leva nada a sério!

- Tô levando super a sério. Já concordamos que ficar pelado juntos, beber pelados, jogar pelados, é de boa. Que bater punheta juntos é OK. Eu estou dizendo que curti muito fazer mão amiga com você e adoraria fazer novamente. E você tá me explicando porque não quer fazer de novo – falou, fechando o roupão.

- Já falei que o problema não é querer ou não.

- Então você quer?

- Até quero.

- Tá bom. Entendi. Vamos ficar assim: não tem nada de errado a gente ter feito mão amiga ontem. Nós dois gostamos e temos vontade de fazer de novo. Eu topo quando você achar que tá tudo bem. E ok se nunca mais acontecer. Só vai acontecer se um dia você quiser e tiver de boa com isso, tá legal?

- Beleza, então...

- Então, só fica faltando o sexo oral... – após uma longa pausa, respirou fundo e continuou – Ok, vou confessar logo, era outra curiosidade minha. Sou louco por sexo oral, adoro chupar buceta, e amo quando as minas me chupam. Acho que gosto de ser chupado até mais que meter! Mas a maioria das minas ou não chupam ou chupam sem vontade, com nojinho. Minha namorada mesmo. Raramente me chupa, e quando faz, chupa com nojinho. Então eu fiquei com essa curiosidade: será que é tão ruim assim chupar um pinto? Porque eu sei que ser chupado é incrível! E só tinha um jeito de descobrir. Eu nem pensei tudo isso ontem, só agi por impulso... – outra pausa, e seguiu – E descobri, não achei nada ruim, achei até bem legal chupar um pinto, até mais que chupar uma buceta! Desculpa ter te colocado nessa situação, mas acho que você era o único cara que eu teria coragem de fazer uma coisa dessas, e talvez ontem fosse a única oportunidade. E desculpa por ter pedido pra você me chupar, achei que se só eu chupasse eu ficaria diminuído, seria meio que o viado da dupla, e se você me chupasse também a gente estaria quites. Fui escroto nessa parte, me desculpa, mesmo! – concluiu, quase chorando.

- Relaxa, cara. Você não fez nada que eu tivesse falado que não queria, não te parei, e nem me forçou a fazer nada. Depois que você me chupou e pediu pra te chupar, só pensei meio que “por que não?”.

- Brigado. E pode ficar tranquilo, não vai acontecer de novo. Não que tenha sido ruim. Já falei que achei uma delícia chupar seu pinto, mas porque não tenho coragem, mesmo. Ao menos não sóbrio.

- Tranquilo...

- E você, o que achou?

- Bom, não vou dizer que achei exatamente “gostoso” chupar, não no mesmo sentido de ser chupado, que eu achei incrível a sensação de você chupando meu pinto – ele corou quando falei – mas achei muito legal. Legal ver seu pinto tão de perto, sentir como é ter um pau na minha boca, brincar com seu saco, sentir o cheiro.

- Achei o cheiro do seu pinto muito gostoso.

- Eu também... Mas também não teria coragem de fazer novamente. Não sóbrio...

- Quem sabe um dia, bêbados que nem ontem?

- Quem sabe?

- Agora, posso fazer uma pergunta?

- Depois de tudo o que aconteceu e o que a gente conversou, pode perguntar qualquer coisa...

- Ontem, quando falei que não conseguia tirar o pinto do Pedro da minha cabeça, você falou pra colocar o seu pinto no lugar. O que você quis dizer?

- Nada, não sei... Você devia trocar o curso por psicologia. Vai ser psicólogo, terapeuta, sei lá...

- Já passei metade da vida fazendo terapia. Chega. E não tô querendo te analisar, te fazer chegar a uma grande descoberta, não. Só queria saber se você tinha algo em mente.

- Ah, sei lá. Eu tava pelado do seu lado e você falando que não conseguia parar de pensar no pinto de um desconhecido. Se fosse pra ficar pensando num pinto, que fosse no meu, que sou seu melhor amigo. Não tava me oferecendo pra você chupar, não...

- Não achei que fosse, não. Fui eu que extrapolei.

- Já tamo de boa.

- Que bom. Mas eu super concordo com você, se for pra ficar com a imagem de um pinto na mente, que seja o seu. Então, pra isso, porque você não tira a roupa? Fiquei quase dez horas vendo o pinto do cara, ainda falta muito pra gravar o seu na memória...

- Melhor não, né? E o Marcos deve chegar a qualquer hora...

- Ele só vem amanhã.

- Ainda assim, melhor não.

- Por quê? Por que você tá de pau duro? Dá pra notar, mesmo você tentando esconder. Já concordamos que isso não tem problema, já que podemos bater punheta juntos, vamos ver o pau duro um do outro – falou, tirando o roupão e exibindo seu corpo nu, seu pau duro.

- Vamos pegar leve... Depois de ontem, da conversa. Pra não virar uma rotina ficar batendo punheta juntos.

- Não, pelo contrário. É pra normalizar, mesmo. E nem tô falando de bater punheta. Só ficar pelados, mesmo. Tomar uma cerveja, assistir um filme, jogar Playstation...

- Foi assim que começou ontem.

- Eu prometo não fazer nada, não propor nada. Sem punheta, só pelados. Juro.

- De pau duro?

- Uma hora amolece... Pra gente se acostumar, porque eu ainda quero ir em praia de nudismo, ter coragem de ficar pelado na frente dos outros que nem o Pedro.

- Chega desse Pedro! – falei, começando a tirar a roupa.

- Ah, tá com ciuminho...

- Se encher meu saco, vou embora!

- Ok, não cito mais terceiros pelados...

Tirei toda minha roupa, expondo meu pinto, meu pau duro. Ricardo sorriu.

- Tem cerveja? – perguntei.

- A geladeira tá cheia!

Fui buscar, sentei no sofá ao lado dele, tava passando um filme na TV. Já no meio.

- Será que duro, o pau dele é maior que o nosso? – perguntei.

- Olha aí quem é que tá falando no pau do Pedro!

- “Pau do Pedro”, dá música. É pau, é Pedro, é um pinto molinho...

- Hahahahaha! Muito bom!

Não teve jeito. Não assistimos ao filme, nem ligamos o videogame. Só ficamos falando e comparando nossos pintos. Cor, tamanho, grossura, curvatura, pelos, prepúcio, frênulo, saco, bolas. Três latas de cerveja cada um e nenhuma palavra em relação a outro assunto que não nossos pintos. Ao menos, não era mais o do Pedro.

Eu estava muito de boa. Curtindo muito estar assim, mostrando meu pinto e vendo o do Ricardo. Ele estava certo, esta intimidade era incrível. Mais duas latas de cerveja cada um. Mais de uma hora se passou, e a atenção não saiu dos nossos pintos. Minhas bolas já estavam doendo, estava com tesão há muito tempo. Eu queria pegar no pinto do Ricardo, chupar novamente. Mas não podia fazer isso. Mas não tinha como, eu precisava gozar.

- Tá bom, se a gente não bater punheta, nossos pintos não abaixam nunca, e minhas bolas já estão doendo... falei.

- As minhas também.

- Vamos bater uma punhetinha. Mas cada um pra sim.

- Beleza.

Começamos a nos masturbas, assistindo um ao outro. Ver a mão dele subindo e descendo no seu pau, suas bolas balançando pra cima e pra baixo, era demais pra mim.

- Tá bom, vai. Deixa eu pegar um pouco... – pedi.

Sem falar nada, ele chegou mais pra frente. Nossos pintos colaram um no outro. Começamos a nos tocar. Mas não masturbar, logo de cara. Queria curtir, sentir. Ficamos assim, nos esfregando, nos tocando, nos sentindo, por mais de vinte minutos. Até que nos masturbamos pra valer e gozamos. Gozamos muito os dois. O tesão foi muito longo.

Ricardo buscou aquele mesmo paninho.

- Caralho, véio, esse paninho já tá nojento... – falei.

- Limpa aí e não reclama.

Nos limpamos e continuamos bebendo cerveja. Ricardo pediu delivery, dois lanches e batata frita. A conversa continuava sobre nossos pintos, enfim moles. Circuncisão (nenhum de nós era), pele, fimose (nenhum de nós tinha), pau de carne e pau de sangue, shower e grower, sunga, praia de nudismo, harmonização peniana. Chegou a comida.

Ricardo colocou uma samba-canção e uma regata e desceu pra pegar. Voltou e arrancou a roupa. Comemos no sofá, assistindo qualquer coisa na TV. Enfim, não estávamos mais falando sobre nossos pintos.

Do nada, Marcos entrou no apartamento.

- Eita, estou atrapalhando o namoro de vocês? – perguntou, mas com tom de zoeira.

Rapidamente, explicamos o churrasco do dia anterior, o cara pelado, e a ideia de ficarmos pelados também, sem nenhum contexto sexual (ao menos, na nossa versão contada dos fatos).

- Desculpa aí, Marcos, já vou por a roupa e ir embora... – falei.

- Não por minha causa... – falou Marcos.

- Relaxa, o Marcos é de boa... – concordou Ricardo.

- Pedro, né? – questionou o Marcos – Eu acho que eu sei quem é. É das artes cênicas, eu fiz uma matéria com ele, história da arte. Já fez várias peças na faculdade, e sempre aparece pelado em algum momento da peça. Vocês de exatas que não sabem de nada do que está acontecendo.

Mostrou foto dele no celular.

- Ele mesmo! – falamos.

Marcos até achou foto dele em cena que está pelado. Tá longe, nem dá pra ver bem, mas é ele, sem dúvida.

- Ele mora aqui perto, quer que eu chame ele pra participar do naturismo in doors?

- Talvez outro dia. Hoje, ainda estou tentando me acostumar, perder a vergonha aos poucos... – falei.

- Boa. Eu ia sair pra comer, mas tô pensando em pedir algo por aqui e aderir ao naturismo com vocês...

- Boa, Marcos! – incentivou Ricardo.

- Vou só tomar uma ducha, tô suado da viagem...

Ricardo viu minha cara de preocupação e entendeu logo.

- Se achar que vai endurecer, corre pro banheiro do meu quarto e bate uma...

- Tá. Só não fica duro ao mesmo tempo!

Depois de mais de 15 minutos, Marcos apareceu na sala, pelado.

- Caralho! – se espantou Ricardo.

- Eita! – falei.

- Tá, é meio grande, mas é só isso, um pouco maior. Nada fenomenal. E, só pra saber, duro é quase do mesmo tamanho...

- Não é meio grande, é uma jeba de respeito, porra! – falou Ricardo.

- Tem o lado ruim. Nenhuma mina nunca topou dar o cu pra mim...

- Claro, né! Coitada... – zoou Ricardo.

- Ainda bem que bati uma no banheiro, sabia que vocês iam ficar olhando sem parar... – falou, vermelho.

Marcos era um cara bem introspectivo, não ia pra balada, mesmo Ricardo chamando sempre. Se eu tivesse aquele pau, jamais seria tímido, e ia ficar mais pelado que o Pedro. Eu ia exibir, mesmo. Foda-se. Mas, apesar de impactante o tamanho, não me atraía. Não que eu tenha atração por pintos, mas acho o pinto do Ricardo muito mais bonito.

E foi bom. Porque não me senti diminuído, por estar pelado junto de um cara com um pau muito maior que o meu. Porque achava mais bonito o pinto do Ricardo, normal como o meu.

Mas o bom que a presença de Marcos aliviou a tensão. Não estávamos mais só eu e Ricardo, aquele clima estranho no ar. Conversamos sobre várias coisas, o tesão não voltou. Mas estava escurecendo.

- Preciso ir embora... – falei.

- Fica aí, a gente pede uma pizza... – sugeriu Marcos.

- Eu não tenho roupa pra ir pra facul amanhã...

- Eu te empresto. Ou vai ter nojinho de usar uma camiseta e uma cueca minha? – zoou Ricardo.

- Tá bom... – nem tentei me fazer de difícil.

Pedimos pizza, comemos, continuamos bebendo (o que já estávamos fazendo desde o meio-dia). Marcos anunciou que ia dormir. Eu fiz menção de me ajeitar no sofá, mas Ricardo protestou:

- Ah, se liga! Dorme na minha cama...

Eu fiquei com vergonha do Marcos, mas ele nem prestou atenção e já foi pro quarto, fechando a porta.

Fomos para o quarto. Conversamos, cochichando.

- Caralho, e a jeba do Marcos? – fofocou Ricardo.

- Você tem uma fixação pelo pinto dos outros... – zoei.

- Na verdade, tava com vontade de chupar seu pinto de novo. Só o seu, não o do Marcos ou o do Pedro...

- Melhor não, né?

- Por quê?

- Pra não virar um hábito, ter que fazer sempre...

- Ó, a gente se chupa hoje, e aí fica seis meses sem se chupar!

- Seis meses?

- Seis meses, um mês, um ano. Quanto tempo você quisermeses.

- Combinado. Mas podemos fazer 69? Sempre quis fazer 69, mas minha mina nunca topou...

- Tá bom.

- Até gozar! Depois a gente cospe no paninho...

- Tá, vai...

Bom, a partir desse dia, praticamente passei a morar com Ricardo. E com Marcos, claro. Ricardo continua com a namorada, agora noiva. Eu tô sempre namorando, mas fico trocando de namorada a cada seis meses, não me fixo com nenhuma. Marcos se entendeu bissexual, e decidiu que prefere caras, porque tem vários caras que gostam muito de dar o cu para homens que tem pintos enormes. Marcos sabe que eu e Ricardo curtimos juntos, mas sem compromisso, e nunca comentou nada a respeito.

Ah, Pedro virou um grande frequentado de nossa comunidade naturista. Até Helena aparece de vez em quando, mas essa é outra história...

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Comentários

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Que delícia de narrativa. História cotidiana de melhores amigos. Gosto desses "recreios" por aqui.

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