Traída e Prostituída (Um conto de Dani)

Um conto erótico de Dani
Categoria: Gay
Contém 2298 palavras
Data: 06/09/2025 01:09:50
Última revisão: 06/09/2025 01:26:00

Às vezes nos tornamos a pessoa errada sem querer, sem pensar, sem… Enfim, o mundo às vezes prega peças e essas peças às vezes são bem crueis. Você acha que está protegendo alguém e aí descobre que foi usada, simples assim, essa é a palavra, usada, prostituída por alguém que você confiava e aí você percebe que confiou na pessoa errada, que se deu para a pessoa errada.

Essa é uma dessas vezes…

Hugo era meu amigo, meu parceiro, meu confidente, junto com César e Pedro, quando parei de me vestir como menina em casa, (se não apanhava), foi só quando estávamos os três que continuava acontecendo, quando eu perdi a aposta para o César e dei para os três na casa do César aquilo foi o ápice da transformação na menina que eu seria.

Claro, as coisas eram diferentes, tudo era diferente… Isso foi antes do Pedro ficar com vergonha do que fizemos e se afastar e dizer que nada aconteceu, chegar a ficar violento, se o assunto fosse levantado, “ele nunca transou com outro garoto”, dizia ele…

Pior que isso doeu… Mas… Como apesar disso, ele continuava me tratando no feminino, quando estávamos só nós quatro e não se importava de me ver vestida de menina, eu realmente fiquei magoada mas deixei para lá, era melhor ter algum amigo que nem um.

E havia um outro ponto…

Os três me protegiam, os três protegiam a amiga indiazinha que não sabia se quer dar um soco, que machucava a mão se tentasse, ou pior ainda, que ficava paralisada quando era ameaçada, imóvel, sem reação, mesmo que me machucassem, claro que eles eram crueis comigo as vezes por causa disso, mas eles podiam, eles me protegiam de todo mundo, mesmo que às vezes acabavam eles mesmos sendo crueis, ainda pegavam mais leve comigo do que entre eles.

De qualquer forma, uma femboy, indígena, confundida com menina, com os cabelos em cachinhos negros nos ombros, que várias vezes já havia sido abordada, por homens mais velhos contando que estavam falando com uma menina, naquele dia voltava do colégio com o Hugo, enquanto ele me enchia a paciẽncia…

“Poxa Dani só uma chupadinha vai…”, as coisas já tinham chegado nesse nível e a culpa era todinha minha, uma aposta boba, dei para os três, mas junta três pessoas com os hormônios saindo pelo alto da cabeça e o que você têm quando um dos três se demonstra alguém que aceitaria algo assim??? Uma vadiazinha do grupo para qualquer hora que alguém precise de um buraco para gozar.

No fundo era meio assim que eu me sentia, mas gostava da atenção, gostava de gozar com eles, César era diferente ele tinha jeito com garotas, Hugo, cheio de histórias de transar com todas as garotas, mas sabíamos que chupava o Fábio para usar o videogame última geração dele, além disso, eu era a única garota disposta a dar para ele.

“Dani ninguém entra na casa abandonada você sabe disso principalmente essa hora.”, eu olho para a casa abandonada no final da rua, ainda faltavam uns bons metros para passarmos por ela em direção a nossa casa, mas era visível… “E se alguém pega a gente Hugo, já pensou no assunto?”, “Não vai acontecer não meu, se tah louco?”, “Louca…”, eu não precisava consertar sempre, mas manter masculino na frente dos outros e feminino no pessoal às vezes havia deslizes para um lado E para o outro.

“Desculpa gata.”, eu sorrio sem jeito e vermelha, ele literalmente me desarmou no ‘gata’, “Ok, mas se a formos pegos eu vou ficar muito brava com você.”, falo sorrindo, com uma cara que nós dois sabemos que não vai durar nada essa braveza, porque tenho confiança que não vai acontecer.

A casa em si era uma casa de esquina, abandonada, um quintal abaixo do nível da rua, uma lavanderia, que oferecia cobertura, só a noite, as vezes alguns usuários de drogas, ou casais desesperados e sem lugar para fazer exatamente o que íamos fazer, acabavam frequentando o lugar, de tarde realmente era mais para um lugar abandonado mesmo.

Pulamos o muro, eu estava com um jeans super justo, camiseta larga e ele de bermuda e camiseta, quem visse de relance poderia me confundir com uma menina e achar que era um casalzinho indo fazer o que não deve, por sorte ninguém viu. Ou eu achava que não…

Chegando lá nos beijamos rapidamente, mas logo ele já tira para fora, eu fico olhando por um tempo, tah eu aceitei, mas é a primeira vez que vou chupar alguém, então fico olhando sem saber o que fazer por algum tempo seguro na mão com cuidado com carinho olhando as reações dele…

Ele sorri olhando para mim, vendo minha indecisão eu sorrio de volta. “Dani ajoelha que fica mais fácil…”, sorrio e me ajoelho realmente parece mais fácil assim, estou no chão sem saber como, me arrisco nas primeiras lambidas, sentindo o cheiro, fecho os olhos, me sentindo ficar excitada com isso, começo a colocar na boca devagar.

Podia ser inexperiente, mas já tinha lido muito sobre, além de também ter um pau, então entre saber como segurar, como mover, saber a pressão correta dos lábios, saber que passar a língua sobre ele dentro da minha boca, ia ser gostoso, sabendo que é sensível, eu escuto o gemido dele que me diz que estou certa e seguindo no caminho correto, meu primeiro oral e estou mandando bem.

“Caralho que boquinha Dani…”, percebo o prazer dele conforme ele tenta mas não consegue não se mover, não pulsar, suas mãos acariciam meus cabelos, percebo que ele começa a ditar os movimentos da minha cabeça o ritmo, tudo, eu sinto o fogo me dominando, levanto os braços e cruzo os pulsos.

Não precisei pedir com palavras, ele me domina, uma mão segura meus pulsos, juntos cruzados, a outra começa a ditar o ritmo com a minha cabeça, é uma delícia ver como ele perde o controle, ele empurra fode minha boquinha e logo goza, enchendo minha boca de esperma, eu tomo um susto, é amargo, sinto vontade de vomitar, sinto que vou engasgar, mas o instinto fala mais alto.

Eu jamais cuspiria, eu jamais me deixaria fazer feio… Engulo tudinho, sem reclamar, sem deixar ele perceber que me pegou de surpresa, engulo cada gota, na primeira vez que chupei um garoto até ele encher minha boca de porra.

“Que bonito os dois viadinhos.”, eu sinto meu estômago gelado, sinto o medo subir pela minha espinha, Fábio pegou a gente, a mãe dele é amiga da minha, ele é bem mais velho, ele sempre fez bullying comigo e agora…

Penso tudo isso enquanto os dois discutem, Hugo pergunta o que ele faz aqui, ele diz que vendo viadinhos fazerem putaria, quando ele manda a sentença, “Só vão sair daqui se a Dani der para mim.”, eu fico olhando para ele, piscando algumas vezes, paralisada de medo, mas agora outra coisa acontece na minha cabeça.

CARALHO ele quer me comer, tipo, todas as garotas da rua em algum momento já quiseram dar para o Fábio, ele era gostoso, simples assim, mas… Bullying homofóbico, inclusive com o próprio Hugo e prática constante de bullying com os mais novos da rua, fazia eu morrer de medo dele e de qualquer consequência que isso poderia ter.

“Não vou dar para você.”, falo de uma vez, não confio, tenho medo e sei que ele vai me fazer se arrepender, apesar disso meu tom de voz saiu mais desafiador do que eu queria. Principalmente para alguém que não sentia que conseguiria mover as pernas, sentindo todo o meu corpo gelado. “Vou falar para todo mundo se não der.”, eu estremeço de medo, meu pai me mataria se soubesse, mas resolvo desafiar assim mesmo, “Dane-se.”.

Hugo tenta me defender, falando que não vai acontecer, tenta passar pelo Fábio, que rapidamente empurra ele e segura o pulso dele torcendo o braço dele com força, sinto meu coração apertar nessa hora.

“LARGA ELE!”, eu grito mas o Fábio não me escuta e torce mais arrancando um grito do Hugo, eu tapo meus ouvidos já começando a chorar, “Só largo se você liberar para mim.”, eu olho em volta, pensando em gritar por socorro, pensando que talvez, alguém ouça e venha ajudar, mas aí Fábio força mais o pulso do Hugo arrancando outro grito, “Tah bom, ok… Só por favor larga ele.”, eu aceito chorando, cedendo aos desejos do Fábio para salvar o meu amigo.

Hugo, César e Pedro me protegerão tantas vezes, dessa vez, eu iria proteger, eu faria algo para garantir que ele não fosse machucado, eu aceitei, claro não é como… Fábio, era realmente gostoso, mas eu tinha medo, medo das consequências, dessa vez, o medo foi vencido pela necessidade, eu iria dar e iria gostar, depois pensaria nas consequências.

Fábio se aproxima e me vira sem cerimônias, de costas para ele com as mãos na parede, ele baixa minha calça junto com a cueca, “Abre a bunda viadinho hora de levar pau.”, eu obedeço tremendo, mas não só de medo, estou também excitada pelo que vai acontecer, afinal como eu disse, eu já havia tido mais de um devaneio com isso, coloco as duas mãos para trás e abri minha bunda para ele fazer o que quer.

Sinto uma cuspidinha e logo já vem o caralho dele, duro, pulsando, sinto ir me abrindo, gemendo, gemidinhos manhosos de aiai, até dobro uma perna, sentindo ele rasgar a passagem para entrar tudo só na base do cuspe, mesmo assim ele entra inteiro, meu corpo acostumado não oferece resistência e a dozinha é só por estar pouco lubrificado…

“Caralho Dani, cuzinho acostumado com pau ein?”, ele só está constatando o óbvio, mas eu estou excitada e agora quero gozar, tenho esse direito com um pau no meu cu, “Cala boca e me fode Fábio.”, ele dá risada, segura meu quadril e começa a bombar com força, me arrancando gemidos manhosos, “Ah é? Então aguenta vagabunda.”...

Ele fode com vontade, com força, segurando meu quadril, eu gemendo de prazer, rebolando a bunda no caralho que me fode, ele se empolga me abraça, me acaricia, gemendo no meu ouvido, o jeito como está gemendo, deixando claro, que ele também queria isso há muito tempo, só não queria admitir, enquanto me fode forte.

Até que por fim tudo acaba uma enterrada forte, funda, que me arranca um gritinho, tremendo inteira, com as pernas um pouco bambas gozando sem ejacular, ele me segurando firme, bem fundo, gozando dentro de mim, enchendo meu interior com seu semem. Percebo ele ficar um pouco sem jeito pela forma como me abraça e se afastar olho para trás e vejo ele desviar os olhos.

Passo um tempo me recompondo, me sentindo toda sensível, pensando na loucura que acabei de fazer, Fábio definitivamente não era um cara para quem eu deveria ter dado, isso poderia terminar mal de inúmeras maneiras, começo a ajeitar minha roupa, quando escuto o que ele fala para o Hugo.

“Hugo você tinha razão ‘ELA’ têm uma bundinha deliciosa, pode até ficar uma semana a mais com o meu videogame.”, “Que se tah falando Fábio, sei de videogame nem um não.”, Fábio não precisava falar mais e eu sabia quando o Hugo estava mentido, eu fico um tempo de boca aberta meu olhar indo de um para o outro, eu fui literalmente usada como moeda de troca, sinto meus olhos começarem a lacrimejar

Saio correndo dali com o Hugo vindo atrás de mim tentando se desculpar, ‘jurando pela mãe mortinha’ de que o Fábio estava mentindo, só estava querendo bagunçar nossa amizade, eu estava tão puta que caminhava na frente sem olhar para trás, ainda chorando, quando sinto as palavras do Hugo terminar de ferir meu coração, “Poxa Dani, mas você deu porque quis né?”, eu vou para o meu portão com passos apressados.

Ele segura meu pulso eu me viro e com as duas mãos no peito dele empurrei ele com o máximo de força que eu podia, como disse lá no começo, eu não sei dar um soco, eu fico paralisada se alguém me ameaça, eu estava tão puta, que eu não me importava, se ele quisesse me machucar me bater porque eu empurrei ele, eu não ia ligar, mas ele recua…

Ele recua porque sabe que eu não vou fazer além disso, ele recua porque sabe que se eu cheguei até aí é porque estou furiosa de uma forma que ele nunca tinha visto, porque eu achei que estava protegendo ele, enquanto estava literalmente sendo usada para ele ganhar coisas… Ele senta na calçada e começa a chorar enquanto eu entro em casa.

Eu ainda paro e olho para trás, magoada, com pena, eu realmente senti meu coração apertado por fazer ele chorar, mas a verdade é… Assim como o Pedro, o Hugo também era a pessoa errada, ele nunca me respeitou, ou respeitaria, então entro dentro de casa e vou chorar no meu quarto.

Fábio nunca falou nada, ele tinha uma reputação a manter, mas o puto acabou armando para transar comigo de novo, em uma quermesse do bairro, dentro de um local escuro, achando que eu não o reconheceria, o que mostra que gostou do que fez, só nunca teve coragem para sair do armário e dizer que gostava de outro garoto.

Hugo, nunca mais dei tal liberdade para ele, mas ele também não falou nada do que fizemos, se ele dissesse César iria literalmente acabar com ele na base do soco por ter me feito passar por isso… Mas eu também não falei nada para ninguém, um pouco envergonhada por como aconteceu, por ter sido enganada e pior de tudo, por ter achado que devolvia anos de proteção.

– – – – – – – – – – FIM – – – – – – – – – –

Espero que gostem e comentem esse conto

Beijinhos e até a próxima.

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Foto de perfil de Dani PimentinhaDani PimentinhaContos: 18Seguidores: 74Seguindo: 18Mensagem Menina trans não operada, escritora por Hobie e diversão.

Comentários

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Muito bom Dani! Já conhecia a primeira versão, mas gosto tanto dos textos que é como se tivesse lendo coisas novas... Gosto muito dessas histórias que relembram o passado, mesmo quando os fatos são tristes. A vida é assim, não tem jeito, a gente ri e chora durante toda a nossa jornada... Delícia de texto!!! TMJ... ⭐⭐⭐

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A vida é feita de todas as nossas experiências, revisitar o passado também nos trás aprendizado.

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Mandou bem, Dani! Impossível não sentir empatia da vítima e raiva dos demais, história boa!

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Obrigada pelo comentário. Quando escrevi essa história pela primeira vez era com o Hugo como narrador, mas aí mudei para 3° pessoa com o Hugo com ponto de vista.

Essa versão é o conto “Moeda de Troca”

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Interessante, depois vou ler o primeiro, gostei da estratégia.

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Gostei!! Bem sincero e excitante esse conto apesar de tudo, vai ter mais? Espero q continue escrevendo.

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A série Despertar de Dani conta bem mais da personagem, o Retorno de Dani conta o reencontro com Cesar e o que aconteceu com Hugo e Pedro.

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Acho que todos nós um dia já confiamos na pessoa errada.

Acho que pelo menos serve de aprendizado.

Texto bom, senti um desconforto ao lê-lo ( e isto é um elogio), pelo contexto dos acontecimentos!

Parabéns!

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Sim é natural e saudável querer confiar, mas as vezes…

Muito obrigada pelo comentário.

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