É tudo pelo bem dele. 8/10

Um conto erótico de Kouta
Categoria: Heterossexual
Contém 4723 palavras
Data: 29/09/2025 08:47:03

Aoi era uma menina sorridente naquele dia, diferente de como costumava ser. Quem a visse pulando de alegria na calçada do pequeno restaurante de lámen não imaginaria que, por trás daquele brilho, existia uma menina marcada por cicatrizes invisíveis.

Ela sempre fora tímida, retraída, e carregava consigo uma melancolia difícil de esconder. Os anos anteriores não tinham sido gentis com ela. O passado trazia lembranças amargas, pesadelos escondidos na figura de um avô cruel, alguém que tinha planos obscuros para a própria neta. Mas o pai de Aoi, com coragem e amor, a libertara das mãos daquele homem, afastando-se de toda a família rica e poderosa que nunca se importara de verdade.

Desde então, o mundo dela era pequeno, mas seguro: sua mãe, seu pai e aquele restaurante modesto. Para ela, aquilo era suficiente. Mais do que suficiente, era o lar que lhe devolvera a sensação de ser amada.

Naquela manhã, Aoi parecia especialmente empolgada. Seu pai tinha prometido que, depois do expediente, os dois iriam passear. Era algo simples — talvez comprar doces em uma lojinha próxima, talvez só andar pela praça enquanto o sol se punha. Mas para Aoi, qualquer instante ao lado dele era precioso.

Sua mãe a deixou na porta do restaurante, e Aoi entrou sorridente, acenando para Oren, o jovem assistente que trabalhava ali. Oren sempre cuidava dela quando o pai precisava se ausentar, e naquele dia não foi diferente.

— Seu pai foi comprar shiashu pronto. — disse Oren, ajeitando um avental manchado de molho.

Aoi não se importou. Sentou-se perto da entrada e esperou pacientemente, balançando as pernas no ar, como se cada segundo fosse uma eternidade. Quando finalmente seu pai apareceu, atravessando a rua com um pequeno pacote nas mãos, ela sorriu ainda mais, erguendo o braço para acenar.

Ele retribuiu o gesto, levantando a mão, os olhos cheios de orgulho e ternura. Foi nesse instante que o destino se mostrou cruel.

De repente, uma bicicleta surgiu veloz, quase um borrão. O ciclista estendeu o braço e, sem que o pai de Aoi tivesse tempo de reagir, arrancou o pacote que ele carregava. Dentro, estavam todas as economias guardadas para o depósito, o caixa do restaurante — fruto de semanas de trabalho árduo.

— Ei! — gritou o pai de Aoi, correndo atrás do ladrão.

Aoi, ainda na porta, assistia tudo em silêncio, o coração disparado. Ela não entendia exatamente o que acontecia, mas sabia que algo estava errado.

O ciclista desviava pelas ruas estreitas, quase derrubando pedestres. Na pressa, jogou-se em frente a um carro que vinha na outra faixa. O motorista, assustado, girou o volante de forma brusca. O carro perdeu o controle, rodopiou, e antes que alguém pudesse reagir, seguiu direto na direção do pai de Aoi.

O tempo pareceu desacelerar. Aoi viu o rosto do pai, viu o esforço inútil dele para saltar para o lado, e depois o impacto terrível. O corpo foi lançado contra o asfalto, o som seco se espalhou pela rua, e então o silêncio mortal tomou conta.

A menina ficou paralisada. Seus olhos arregalados se encheram de lágrimas ao ver seu herói, seu porto seguro, caído no chão. O sangue escorria devagar, manchando a rua cinzenta.

Mas havia mais. No instante em que ergueu o olhar, ainda em choque, ela viu o ciclista parar alguns metros adiante. Ele não fugiu imediatamente. Virou-se, olhou para trás, e os olhos dele se encontraram com os dela.

Aoi jamais esqueceria aquele rosto. Era um olhar assustado, culpado, mas também covarde. Por um segundo, pareceu querer ajudar, mas o medo falou mais alto. Ele agarrou o envelope, encheu os bolsos com o dinheiro que voava e, sem hesitar, pedalou de volta para a escuridão das ruas.

Aoi gritou pelo pai, mas sua voz se perdeu no caos. Pessoas começaram a se aproximar, algumas chamavam socorro, outras apenas observavam a tragédia. Oren correu até ela, tentando afastá-la da cena, mas a menina resistiu, desesperada para chegar até o corpo caído.

Ela segurou a mão fria do pai, ainda quente segundos antes, e chorou com todas as forças.

Naquele momento, tudo o que restava em seu mundo desmoronava. Seu pai, o homem que a salvara, que a amava incondicionalmente, que prometera estar sempre ao lado dela, partira diante de seus olhos.

E junto com o corpo caído, algo se quebrou para sempre dentro dela.

Aoi não esqueceu. Nunca esqueceu.

O rosto do homem na bicicleta, o instante em que ele a encarou, o momento exato em que escolheu fugir em vez de salvar. Essa lembrança se gravaria em sua alma como uma ferida eterna, moldando a pessoa que ela seria dali em diante.

Porque naquele dia, no meio da rua, Aoi perdeu a infância, perdeu o pai, e descobriu o peso cruel de viver com memórias que nunca a abandonariam.

Depois dessa lembrança que mais parecia uma locomotiva em movimento, atropelando tudo por onde passava, chegamos no presente.

Kenta deixou o jornal ao lado do banco de madeira em que estava sentado. À sua volta, o parque vibrava com vida. Crianças corriam e gritavam, soltando gargalhadas que ecoavam pelo espaço aberto. Pais observavam, atentos mas relaxados, enquanto o sol da tarde filtrava-se pelas copas das árvores. A cena era serena, mas dentro dele, nada estava em paz.

Aoi estava diante dele, parada com certa hesitação, como se cada passo até aquele ponto tivesse sido mais pesado do que poderia suportar. Seus olhos brilhavam não pela luz, mas pelas lágrimas que lutavam para não cair.

— Eu estou curioso, pois você sempre me detestou, e eu não te culpo por isso...

Kenta ergueu o rosto e a encarou em silêncio. O tempo entre eles parecia se alongar, trazendo de volta lembranças antigas, dores que ambos carregavam sem nunca terem se permitido dividir.

— O que você quer, Aoi? — perguntou Kenta, a voz baixa, firme, mas carregada de algo que soava como medo.

Aoi respirou fundo. Por um instante, parecia que sua resposta não sairia, mas então ela estendeu a mão e pousou-a sobre o ombro dele. O gesto simples quebrou a muralha invisível entre eles.

— Kenta-san. — disse ela, com os olhos marejando. — Depois, de muito tempo, eu consegui me livrar da mágoa de tudo que aconteceu. Eu te perdoo, Kenta-san.

— Como é?

Kenta arregalou os olhos. As palavras, tão curtas e diretas, entraram em sua alma como uma lâmina. Ele desviou o olhar, engolindo em seco, e de repente, as pernas perderam a força. Caiu de joelhos no chão de terra batida do parque, em um gesto que não era apenas de surpresa, mas de rendição e humilhação.

— Eu não queria fazer aquilo. — começou, a voz embargada. — Mas não tive escolha. O Kouta estava doente… Ele precisava de medicamentos, e eu… eu não trabalhava. Eu já batia carteira naquela época, só para sobreviver.

Aoi respirou fundo, sentindo o coração se partir. Ela também se ajoelhou, ignorando a poeira que manchava o tecido da roupa, e pegou a mão dele com força.

— Eu estou te perdoando agora, Kenta-san. — disse, deixando a voz falhar. — Mas você precisa entender… eu sempre te odiei. Sempre guardei esse rancor. Porque, para mim, você tirou meu pai de mim. Ele era o meu herói. Quando Kouta me apresentou você… eu te reconheci. E desde aquele dia, eu nunca consegui agir como uma cunhada de verdade.

Kenta abaixou a cabeça, a respiração pesada.

— Eu entendo. — disse, num sussurro. — E não te culpo. Eu mesmo sempre me culpei. Desde aquele dia, todas as noites… aquele rosto, aquele momento nunca saíram da minha mente.

As lágrimas finalmente rolaram pelo rosto de Aoi.

— Quando o Kouta sofreu o acidente… — começou, tentando controlar o choro. — Eu lembrei do meu pai. E tive medo que a mesma coisa acontecesse com ele.

Kenta ergueu os olhos, atentos, e a interrompeu.

— Foi por isso que você fez os vídeos?

As palavras bateram nela como um soco. Aoi arregalou os olhos, surpresa.

— O que…?

Kenta firmou o olhar.

— Eu já sei de tudo, Aoi. E o Kouta também sabe.

Aoi abaixou a cabeça, e as lágrimas que ela segurava se transformaram em um choro descontrolado. As mãos tremiam, e a voz saiu em soluços.

— Foi nesse momento que eu entendi… o que é se rebaixar para salvar alguém que você ama. Eu fiz o que não queria, me sujeitei a coisas que nunca pensei que faria… tudo para não perder o meu herói outra vez.

— Aoi-san... Eu...

Kenta aproximou-se mais e a abraçou. Era um gesto pesado, mas ao mesmo tempo necessário.

— Eu sei como é isso. — murmurou, apertando-a com força. — Eu sei. Eu te entendo, e eu torço de coração que o Kouta entenda também e possa te perdoar.

Por alguns segundos, não houve mais nada além do som das crianças ao fundo, distante, e o choro dela abafado contra o ombro dele.

— Mesmo que ele não me perdoe... Ele está a salvo, bem, e isso que importa... — Disse Aoi.

Kenta fechou os olhos, sentindo a dor dela se misturar com a dele. Quando voltou a falar, sua voz era baixa, mas clara.

— O Kouta está muito magoado. Ele se sente traído, Aoi. Mas vai superar. Eu acredito que vocês dois ainda vão se acertar.

Ela ergueu o rosto, com os olhos vermelhos, e tentou sorrir em meio às lágrimas.

— Obrigada… — disse, quase num sussurro. — Se eu tivesse insistido mais, procurado outra forma… talvez tivesse conseguido o dinheiro sem precisar me sujeitar. Mas eu não vi saída.

Kenta acariciou o ombro dela, balançando a cabeça.

— Eu lamento por não ter visto o que estava acontecendo a tempo. Talvez eu pudesse ter feito algo. Talvez pudesse ter impedido. Mas eu não fiz.

Houve um silêncio entre eles, pesado mas também necessário. As palavras haviam sido ditas, as feridas abertas expostas à luz do dia.

Então Kenta respirou fundo e olhou diretamente nos olhos dela.

— Aoi… quem era o tal “produtor”? Kenta e eu não sabemos quem é, então...

A pergunta pairou no ar, quebrando a calmaria momentânea que se formara entre eles. O coração dela disparou, as lágrimas secaram de súbito, substituídas por um pavor silencioso. De repente, uma pessoa aparece ali, no meio do parque, e flagra os dois. Uma pessoa que poderia colocar de vez um fim naquela conversa, ou eleva-la a outro patamar.

(Algumas horas depois, Kouta.)

Eu caminhava pelas ruas quase sem sentir meus pés tocarem o chão. Tentava manter a mente em foco, mas a minha cabeça estava tão cheia que até a temperatura parecia irrelevante. Kuro tinha caído. Preso, algemado, gritando, me acusando diante de policiais que nem sequer podiam me ver. Parte de mim sentia prazer, outra parte sentia vazio. Era como se cada vitória fosse apenas mais uma pedra sobre os ombros.

Um já tinha caído, mas ainda havia outros. O produtor… e ainda tinha que lidar com a Aoi.

Só de pensar nela, meu peito se fechava. Ainda não tinha forças para confrontá-la. Eu me lembrava das palavras do Kenta ecoando, me empurrando adiante, mas ao mesmo tempo as imagens dos vídeos queimavam minha mente como ferro em brasa. Eu via o sorriso forçado, o olhar perdido dela, e me perguntava: por quê? Por que você foi fazer tudo isso, sua estúpida?

E o pior era saber que tudo tinha sido por mim. Ela tinha feito aquilo porque eu estava entre a vida e a morte.

Era amor? Era desespero? Era egoísmo? Eu não sabia.

Me peguei parado no meio da rua, olhando para o chão, sem perceber que um carro vinha. O motorista buzinou, me xingou, e eu apenas dei de ombros e segui andando. Minha mente estava mergulhada num redemoinho de perguntas sem respostas.

Quando finalmente cheguei em casa, encontrei silêncio. Aoi não estava. A casa estava impecável, cheirando a limpeza. Cada objeto em seu lugar, Aoi era assim mesmo. Ela cuidava, dos mínimos detalhes.

Me joguei no sofá e fiquei olhando para o teto. Pensei em tudo o que tinha feito naquele dia, em como eu tinha manipulado Kuro, feito ele cair na armadilha que Kenta montou. Senti uma pontada estranha: orgulho e nojo misturados. Eu tinha cruzado uma linha que talvez não tivesse volta.

Até onde eu estava disposto a ir? Até onde iria o meu ódio, a minha sede de justiça?

Foi então que um barulho do lado de fora me tirou do transe. Levantei, caminhei até a porta e vi uma sombra. Me preparei para o pior, mas era só um gato. Um gatinho cinza, magro, miando baixinho. Me agachei, passei a mão sobre a cabeça dele. O bicho ronronou, como se soubesse que eu precisava de um pouco de paz.

— Que engraçado, você aparecer aqui essa hora, amiguinho. Quer um pouco de leite?

Foi então que me virei para colocar um pouco de leite na tijela para o gatinho que apareceu. Eu adorava animais. E nesse instante, vi Aoi chegando.

Ela vinha devagar, a cabeça baixa, os passos arrastados. Quando ergueu os olhos e me viu ali, se assustou. Seu rosto ficou vermelho, e ainda assim tentou sorrir.

— Oi, Kouta-kun.

Eu não consegui sorrir de volta. Segurei o gato nos braços, respirei fundo e falei:

— Aoi… a gente precisa conversar.

O sorriso dela vacilou. Ela parou alguns passos de distância, segurando a bolsa contra o peito.

— Agora? Não quer comer primeiro? — perguntou, quase num sussurro.

— Eu estou sem fome. . — respondi, com firmeza.

Entramos em casa em silêncio. Coloquei o gato no chão, e ele saiu explorando como se fosse dono do lugar. Peguei um pouco de leite na cozinha, e coloquei em uma tijela, enquanto o felino foi direto para ela, e começou a beber. Estava realmente com fome. Eu sentei no sofá e a encarei. Ela hesitou, mas acabou sentando junto, no sofá da outra extremidade. Os olhos marejavam.

— Você viu os vídeos, não viu?

Olhei nos olhos dela, e meus olhos se arregalaram. Ela sabia antes mesmo que eu resolvesse falar:

— Como você sabe dos vídeos.

O silêncio se estendeu, pesado como chumbo. Ela abriu a boca, fechou, desviou o olhar.

— Porque fui eu que mandou os e-mails pra você, Kouta-kun... — Ela disse, enquanto as lágrimas começaram a cair sobre seus olhos.

Eu fiquei sem reação.

As palavras dela ecoavam na minha mente como um soco direto no estômago.

Ela… tinha sido ela mesma.

Meu peito apertou, a respiração ficou pesada. Eu senti minha garganta arder, mas não deixei escapar nada. Apenas a encarei.

Ela não conseguia me olhar de volta.

— Porque, Aoi? — minha voz saiu mais baixa do que eu queria. — Eu não entendo, porque você mesma me mandou esses e-mails? Eu jurei que eram...

Ela soluçou, limpando as lágrimas com as costas da mão, mas sem sucesso. Me interrompia, e assim disse:

— Porque… eu não queria que você ficasse mais sem saber a verdade, Kouta-kun! Eu não podia mentir pra você. Eu não sou má, eu só… eu só não sabia como dizer. Então eu resolvi mostrar. Mostrar que, em todos aqueles momentos, eu não conseguia sentir nada… até me drogarem. Eu nunca quis… nunca quis. E quando estava fora de mim, nas alucinações, só conseguia pensar em você…

Senti meu coração girar dentro do peito. Eu deveria acreditar? Aquilo não fazia sentido.

— Você acha mesmo que isso justifica, Aoi? — falei, tentando controlar minha voz, mas saiu duro, ríspido. — Existiam outros meios. Tinha que haver outro jeito! Como que eu vou olhar pra você agora?

Ela respirou fundo, como se tivesse esperado essa cobrança. Então, com a voz embargada, começou a explicar.

— Eu perdi o emprego, Kouta. Eu faltei demais cuidando de você. A casa já estava com aluguel atrasado… íamos ser despejados. Eu tentei empréstimo no banco, não consegui. Tentei financiar o seu tratamento… foi negado. Eu estava desesperada... Eu não queria perder você da mesma forma que perdi meu pai.

As palavras dela batiam em mim como pedras. Eu quis interromper, mas ela não parava.

— Foi então que… o Kuro apareceu. Ele disse que tinha uma proposta. Que eu podia ser modelo fotográfica. Só lingerie. Só isso. Eu… achei a ideia um absurdo, eu não iria me submeter a isso. Mas você piorou! Seu cérebro estava tendo pulsos e parando vez e outra de responder, e você precisava ser removido para outro hospital ou eles iam desligar os aparelhos... E... eu aceitei, porque achei que não seria tão errado. Mas quando cheguei lá…

A voz dela quebrou. As lágrimas desceram mais forte.

— Eles me obrigaram a gravar o que você viu. Eu não queria, Kouta. Eu não queria… — ela cobriu o rosto com as mãos. — Eles me ameaçaram com coisas, que eu não posso falar. Mas já tinha assinado um contrato. Um ano inteiro. Eles me deram muito mais do que eu precisava. Eu usei só o suficiente pro seu tratamento. O resto… eu doei para um orfanato.

Silêncio.

Só os soluços dela.

E eu, parado, sentindo meu peito se encher de raiva.

— Você… — minha voz falhou, mas logo endureceu. — Você é uma idiota. Isso não é algo que deveria ter feito.

Ela ergueu os olhos vermelhos para mim, tremendo.

— Eu não podia perder meu herói de novo, Kouta-kun…

Meu sangue ferveu. Eu bati a mão no braço do sofá e levantei a voz.

— Eu não sou nenhum herói! — quase gritei. — Eu sou só um cara que acreditou em você… e que agora vê que você não passa de uma vagabunda oferecida.

As palavras escaparam antes que eu pudesse pensar.

E no momento em que elas ecoaram pelo ar, eu quis arrancar minha própria língua.

— Me... Me desculpe... Eu...

Os olhos dela se encheram de lágrimas outra vez. Mas ela não retrucou. Não me atacou.

Ela simplesmente… aceitou.

Com a voz fraca, ela disse:

— Eu entendo… eu sei que você me odeia. E tudo bem.

Ela respirou fundo, tentando forçar um sorriso.

— Mas eu te amo, Kouta-kun. E só estou feliz porque o meu herói está vivo. Eu daria a vida por você… se fosse preciso.

Eu não aguentei mais olhar pra ela. A dor me consumia, se misturando com ódio, confusão, vergonha.

— Aoi... Eu...

Ela hesitou.

Olhou para o chão, depois para mim. Tirou algo da bolsa. Uma carta.

— Eu escrevi isso… antes de tudo. É a última coisa que eu tenho pra te dar.

Ela deixou a carta em cima da mesa. Ficou parada, como se aguardasse minhas mãos irem busca-la. Mas eu permaneci imóvel.

O silêncio entre nós era ensurdecedor.

As lágrimas corriam pelo rosto dela, mas ela não se moveu. Só ficou ali, de pé, como uma sombra.

Eu não suportava mais. Caminhei até o banheiro e bati a porta, trancando por dentro.

Sentei na privada, com a cabeça entre as mãos. O coração pulsava como se fosse explodir.

A carta estava comigo. Eu não queria, mas peguei.

Olhei para ela por alguns segundos.

O papel tremia na minha mão.

Então, rasguei.

Em quatro pedaços.

Joguei no chão, como se cada pedaço fosse uma parte do que eu sentia por ela.

As lágrimas me venceram.

Caíram fortes, sem controle.

Levantei, tirei a roupa e entrei no chuveiro. A água escorria pelo meu corpo, mas não lavava nada.

Dentro de mim, a sujeira, a dor, o peso da escolha dela… e das minhas palavras… só cresciam.

Fechei os olhos.

E ali, debaixo da água fria, eu chorei como uma criança.

Saí do banheiro com a toalha nos ombros, o corpo ainda quente do banho. Vesti a primeira camisa que encontrei no armário e, enquanto passava a mão pelos cabelos molhados, parei diante da cômoda.

Um porta-retrato me encarava. Era eu e Aoi, sorrindo, abraçados, em dias melhores. Toquei o vidro com os dedos úmidos. O reflexo me devolvia um rosto cansado, um homem diferente daquele da foto. Mas também me devolvia uma certeza: Eu amava ela.

— Aoi? — chamei, ajeitando a gola da camisa. — Queria falar com você uma coisa.

Não tive resposta alguma.

Caminhei até a sala. O sofá estava vazio. A manta dela ainda dobrada no canto. O celular não estava ali.

— Aoi, você tá aí?

Ninguém respondia. Era um completo silêncio.

Fui até a cozinha. Ela estava do jeito que Aoi deixou, mas ela também não estava lá. Olhei no corredor. Nada.

O coração começou a acelerar. Será que ela foi embora?

Me forcei a respirar fundo. Não, provavelmente saiu pra respirar, como sempre fazia quando queria ficar sozinha.

Voltei pra sala e sentei, sentindo o peso das palavras que tinham saído da minha boca mais cedo. Palavras duras. Cruéis. Palavras que eu nunca quis usar com ela.

Passei as mãos no rosto.

— Idiota... — murmurei para mim mesmo. — Por que eu disse aquilo?

Peguei o celular. Toquei na tela, procurei o número dela. Liguei.

“Ao cliente chamado, este número está fora de área.”

Fiz de novo. O mesmo.

— Droga Aoi! Me atende, por favor! Me Desculpa!

Senti um aperto no peito.

E se... E se por acaso ela...

Antes que a mente me levasse para lugares sombrios, o celular vibrou nas minhas mãos. Uma ligação. O nome na tela: Kenta.

Atendi na hora.

— Irmão?

— Kouta. — A voz dele soava séria. — Você pode falar?

Fechei os olhos.

— Eu... eu tive uma conversa com Aoi. Falei coisas que não devia, Kenta. Ela saiu... e eu não sei pra onde foi.

Houve um silêncio do outro lado.

— Então vocês conversaram mesmo.

— Como você sabe disso?

— Ela veio até mim hoje cedo. Pra conversar. Pra desabafar... e me perdoar.

Meu coração gelou.

— Perdoar você? Ela veio me falando que te perdoou, mas eu não entendi. Perdoar pelo quê, Kenta?

Do outro lado, ele respirou fundo. Como se estivesse tirando um peso enorme do peito.

— Pelo que aconteceu com o pai dela.

Arregalei os olhos.

— O pai dela faleceu no ano que a gente se conheceu, mas o que isso tem a ver?

— O atropelamento. — A voz dele falhou. — Eu... eu estava lá, Kouta.

A mão que segurava o celular começou a tremer.

— Do que você tá falando, Kenta?

Ele então começou a explicar tudo o que aconteceu, o roubo da carteira, ele fugindo, desviando para não ser pego pelo carro, e a cena onde o atropelamento acontece. E o quanto aquilo o marcou, o quanto ficou sem reação, e que ele apenas saiu em disparada, pois ele não podia deixar de comprar os remédios que eu precisava.

Fiquei sem palavras. O silêncio pesou entre nós.

— Então... — minha voz saiu rouca — foi por isso... que ela sempre evitava contato contigo.

— Sim. — ele respondeu, baixo. — Ela nunca me perdoou de verdade até hoje. Sempre carregou esse rancor. Eu percebia isso, todas as vezes que a gente se encontrava, ela... Parecia querer distância de mim, nós só conversamos uma vez.

A mente girava. Tudo começou a se encaixar.

— Por que você nunca me contou? — perguntei, com a voz embargada.

— Porque foi um pedido dela. — Kenta suspirou. — Ela não queria que você me odiasse. Na única vez que nos falamos, ela pediu pra que eu não falasse nada a você.

Olhei para o retrato de novo. O sorriso dela naquela foto parecia me condenar.

— Eu... — minha voz falhou. — Eu não sabia de metade das coisas que ela tava passando. Eu não sabia que ela ficou comigo mesmo... sabendo que você, meu irmão, indiretamente causou aquilo.

Do outro lado, ouvi um suspiro pesado.

— Eu sempre me culpei por isso. Mas hoje... ela me perdoou.

Me calei. As mãos suavam.

— Kouta. — Kenta chamou. — Você leu a carta?

Olhei para o pedaço de papel rasgado em quatro partes, que eu, no impulso, peguei do chão do banheiro.

— Não.

— Então leia. — a voz dele era firme. — Leia, e quando Aoi voltar... ouça o que ela tem pra dizer.

Desligamos.

Me aproximei devagar das partes da carta. Juntei cada pedaço, encaixando como se fosse um quebra-cabeça. As bordas rasgadas pareciam zombar de mim. Sentei no sofá e, com as mãos trêmulas, comecei a ler.

Cada palavra era uma faca entrando no meu peito.

Cada frase era um peso esmagando meu coração.

"Kouta-kun. Se você está lendo esta carta agora, é porque você está me odiando nesse momento.

Eu juro que se eu pudesse, eu mudaria tudo o que eu fiz, mas eu não posso. Terei que conviver para sempre com isso, e talvez até mesmo com o fato de ter perdido o amor da minha vida, mas eu também ganhei. Porque eu salvei o meu herói.

Você é a pessoa mais importante da minha vida. Uma pessoa que vinha me salvando desde o momento que me conheceu. Eu nunca contei isso para ninguém, muito menos para você.

Quando eu era pequena, eu sofria abusos do meu avô. Ele… tentou fazer coisas que eu no começo não tinha noção, mas… Um dia meu pai flagrou isso e acabou me salvando de tudo aquilo e me fez ter noção do quão abominável era o meu avô e a minha família por parte dele, que defendiam tudo aquilo por conta do dinheiro que ele tinha.

Meu pai cortou os laços com a minha família. Nós passamos a viver com dificuldade, mas com muito amor e sorrisos no coração. Meu pai fazia tudo por mim. Era o meu herói.

Naquela época, eu era a menina mais bonita da sala. Os garotos viviam querendo ficar de mãos dadas comigo e alguns mais velhos até me beijar e eu sempre me incomodei com isso. Todos sempre me tratavam como se eu fosse um troféu, mas a única pessoa ali que me olhava com carinho era você.

Você um dia me salvou sem saber quem eu era, e assim me estendeu a mão. No dia em que você fez isso, foi o dia seguinte em que eu perdi meu pai. Foi como se Deus estivesse me mandando um herói de novo para minha vida. E eu não estava errada.

Por muitas vezes eu pensei em tirar a minha própria vida depois que ele se foi. A minha mãe passou por um período de depressão. Eu tive que amadurecer um pouco mais cedo. Nós não tivemos apoio da minha família. Mas você sempre esteve ali como meu amigo, todas as vezes em que eu estava abatida você sempre vinha com uma florzinha que você arrancava do jardim para me dar. Sempre que eu estava desanimada, você vinha propondo uma brincadeira diferente.

Você me disse várias vezes que você seria a minha família, sempre que eu lembrava do meu pai. Por amor a você, até mesmo o Kenta eu perdoei.

Porque eu te amo, Kouta-kun. Eu amo você de uma forma que eu entregaria a minha vida pela sua e não pensaria duas vezes. A extensão do meu amor por você é maior que tudo.

Tudo que eu quero é que você seja feliz. Você não precisa me perdoar. A única coisa que eu quero é que você saiba que você é o único homem que tem o meu amor. Mesmo que para você, você não tenha outras coisas, você tem o meu amor, e como eu já disse uma vez, a única pessoa que realmente vale a pena fazer qualquer coisa, é com você.

Seja feliz, Kouta-kun."

As lágrimas vieram sem que eu pudesse impedir. Molharam o papel. Borraram as letras.

Ela... ela passou por tudo aquilo.

O avô. O pai. O acidente. A solidão. E mesmo assim, nunca deixou de acreditar em mim. Nunca deixou de me amar.

Eu... a chamei de vagabunda.

Joguei a carta no colo, afundei o rosto nas mãos. Me odiava. Me sentia o pior dos homens.

Me levantei num impulso. Saí correndo da sala. Abri a porta da frente. O ar frio da noite bateu no meu rosto, misturando-se com as lágrimas quentes.

— Aoi! — gritei.

Corri pela rua.

— Aoi, volta!

As janelas se iluminavam, vizinhos curiosos espiavam, mas eu não me importava.

— Aoi! — gritei de novo, a voz quase falhando.

Até que ouvi.

— Kouta!

Uma voz feminina, vinda de longe.

Virei.

— Akemi-chan?

Ela vinha andando pela calçada, parecia cansada, de tanto correr para me alcançar. Estava séria, mas com um sorriso que não alcançava os olhos.

— Eu não posso conversar agora! — gritei, tentando passar por ela. — Eu tô atrás da minha Aoi!

Ela levantou a mão, bloqueando meu caminho.

— Eu sei onde ela tá.

Parei. O peito arfava.

— O quê...?

— Eu posso te levar até ela. — disse, calma.

Seus olhos, porém, tinham algo estranho. Uma sombra. Uma intenção escondida.

Eu não percebi na hora. Não quis perceber.

Meu coração só gritava o nome dela.

E, sem saber, eu estava entrando direto em uma armadilha.

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Comentários

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Que texto extraordinário! Minha mente erótica, teve que se curvar diante da força 💪 do amor envolvido. 💘 e admito que ganhou disparado.

Li todos os comentários, de leitores de respeito e que entendem de fato a interpretação de textos, sempre aprendo muito com essa rica convivência.

Porém lá no começo tem um parágrafo que me incomoda ! A Aoi foi tirada da família, porque eram escrotos, e tinham planos obscuros num futuro para ela. Se tratando de um país como o Japão, onde a promiscuidade dentro das famílias era algo muito antigo e natural, leva a crer que talvez o vôzinho esteja envolvido nessa trama magnífica.

Comentado e 🌟 🌟 🌟.

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Curioso...Aoi era uma traidora capítulos atrás,agora é uma mulher guerreira e que merece paz... que lindo! Nada como um capítulo depois do outro. Nossa natureza machista grita mais alto primeiro,depois que sabe a verdade,fica calminho,calminho.

O conto nunca foi lá muito erótico,mas isso pouco importa quando a história é bem desenvolvida e causa surpresas. Excelente.

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As pessoas julgam com base nas informações que tem amigo, isso é da natureza humana. Não existe alguém, pelo menos eu não conheço alguém, que mesmo em seu intimo não julgue as pessoas mesmo com poucas informações sobre, apenas pela primeira impressão. Elas podem não externar isso, mas em pensamento, elas fazem isso, todos nós fazemos.

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Desculpe discordar, ficar ressentido por a mulher que eu amo desde sempre, ser degradada, humilhada, ter a inocência e pureza arrancadas junto com sua dignidade, sendo que ela teria como evitar toda a situação, se isto é ser machista, eu sou machista até o talo, eu prefiro morrer do que colocar a mulher que eu amo numa situação similar, muita coisa mudou do primeiro capítulo para este, já comentei com detalhes, o que você chama de machismo, eu chamo de instinto de proteção com a mulher que eu amo.

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Boa Sensatez

Ficar ressentido é até um direito do namorado .

Mas a própria carta escrita pela namorada revela suas ações.

E também revela que naquele exato momento ela não tinha saída , como ela poderia evitar oque aconteceu. ?

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Amigo doda, viu o que respondi pra você em um comentário?

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Boa Kayrosk

Procurei mas não vi .

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Sim, nesse capítulo tudo foi explicado, ela não só estava sem alternativa imediata, como também foi coagida e portanto obrigada a aceitar as filmagens, já que a proposta inicial seria fazer fotos de lingerie, ela aceitou fazer essas fotos, daí em diante, ela já estava na rede de gente inescrupulosa, que a deixaram sem opção alguma, já falei tudo isso e mais um pouco no comentário extenso abaixo.

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Tem um adendo aí... Tudo indica que desde o atropelamento, até a captação da aoi tudo está sendo controlado. Tudo planejado.

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Positivo Mhcmm, bem citado, tem mais esse atenuante, possivelmente de ter sido tudo uma armadilha sórdida desde o início.

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Se foi mesmo tudo planejado desde o começo olha, aoi deve ter um mel viu?

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O mel ou fel, melhor rotulando, seria a inveja trajada de admiração da Akemi, que fez a Aoi virar alvo.

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Sensatez,só acho que julgar por antecedência,no meio do conto,sem saber quais destinos e acontecimentos irão ocorrer,meio precoce. De repente,uma traidora vira coitadinha. Um relato na primeira pessoa faz com que a visão do narrador seja"o" fato! Nem sempre é assim.

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Concordo contigo, Astrogilldo. Porém, essa é a beleza da sessão dos comentários onde podemos trocar impressões, fazer projeções e conjecturas, podemos estimar o que vai acontecer e dizer o que achamos e sentimos até aquele momento. Faz parte de nós, seres humanos. Somos assim. E para o autor, deve ser um deleite saber que pessoas estão lendo e comendos, independente de ser crítica ou não. É sinal de que a história impactou de alguma forma.

A visão de todos sobre Aoi foi mudando de capítulo a capítulo. Hoje, ela é a queridinha de todos, inclusive por mim. Porém, lembrando, ainda tem dois capítulos, o produtor ainda está vivo, as drogas estimulantes continuam disponíveis e... tudo pode acontecer ainda.

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Mas a Aoi traiu o Kouta, isso não é uma visão machista, é fato, não devemos distorcer fatos, podemos contemporizar com equilíbrio, bom senso e discernimento, mas nunca fazer inversão de valores.

Neste caso a Aoi traiu, mas a traição foi explicada e justificada plenamente na minha opinião, consequentemente deveria ser totalmente perdoada, mas também não quer dizer que não haverá sequelas perante a traição dela, pois essas reações são totalmente próprias , singulares e inadvertidamente alheias ao racional, sendo assim, dependendo da intensidade dessas reações, poderá trazer uma dificuldade de convivência por vezes intransponível, mesmo a um casal que se ama profundamente, causando o fim do amor e do relacionamento.

Na minha convicção, não se pode banalizar a traição, traição é a deadline da quebra de confiança, e sem confiança não há qualquer tipo de relacionamento que perdure.

Veja que isso não tem nada a ver com estilo de vida liberal, que no entendimento de muitos, é um estilo de vida no qual se é permitido trair, contrário da minha concepção, pois, se o ato é permitido, tecnicamente não há traição, se não há traição, não tem quebra de confiança, se não tem quebra de confiança, o amor não está ameaçado, se o amor não está ameaçado, eu concordo plenamente.

Essa convicção não tem nada contra a vida liberal, desde que não haja quebra de confiança e confiança é igual a cabeça, cada um tem a sua.

Essa é a visão de um romântico inveterado. Kkkkkkkkkkkkkkkk

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Vou dar um exemplo, que não minha opinião, fica clara a quebra de confiança, numa situação que é difícil de superar.

Um casal tem um relacionamento livre, que é muito além do liberal, ou seja, podem transar com quem quiser, quando quiser, aonde quiser, inclusive conhecidos, tudo livre, mas com uma única exigência, um dos cônjuges pede para nunca transar na cama do casal, sob a alegação der ser um cantinho que inspira o amor que emana quando o casal estivesse fazendo amor, conservando assim essa energia única e exclusiva do casal.

Como podem imaginar, esse cônjuge flagra seu cônjuge na cama do casal e ainda escuta a frase "Enfia a energia unica no cú da mãe, eu quero fuder aonde eu quiser caralho!!!"

Isso é traição, falta de confiança ou os dois???

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Eu acredito na Aoi, eu comparei ela com a Emilinha de outro conto aqui, e na Emilinha eu não via um pingo de vdd em nada do q ela fez. Mais a Aoi, esse sim sofreu de vdd e pelos motivos certos e errados, nada do que aconteceu cm ela foi justo. Espero q ela tenha paz.

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Que conto é esse da Emilinha?

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Você tem razão. Tudo que a Emilinha falava, parecia um discurso pronto. Era como se você do ponto de vista do Paulinho (era esse o nome dele, né?) quisesse acreditar nela, mas você como leitor sentisse que era falso. Foi magistralmente escrito.

Mas aqui, podemos sentir a sinceridade da Aoi. E portanto também está magistralmente escrito, conseguindo de fato ransmitir as emoções da personagem através do texto.

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Negócio é que o próximo capítulo eu sinto que algo ruim vai acontecer, ela sumiu e a Akemi vai levar o Kouta pra algum lugar, do jeito que ela foi aliciada desde a volta eu não duvido que eles tenham sequestrado Aoi e vão força-la a fazer sexo na frente dele, pra quebrar ainda mais a mente dos dois...

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Sim, essa é o que tudo indica. Mas o Kayrosk é muito bom com esses clifhangers. No último capítulo mesmo, tinha muita gente inclusive eu, imaginando que o Kenta pudesse estar envolvido por conta daquele final.

Sem contar que esses dois não merecem sofrer mais, portanto espero realmente que isso não aconteça. Mas de fato, a intenção do produtor lá, parece ser justamente essa.

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Nunca eu poderia imaginar que ela que mandaria o site pra ele mesmo acessar e descobrir a verdade, eu aposto que ela só não esperou que a reação dele fosse a que foi, mas acho que ela pensou que se contasse seria pior.

Acho que agiu no impulso

To achando que a pessoa que surpreendeu ela e o Kenta ali foi a Akemi e ela contou as intenções do diretor e os três resolveram armar uma pra ele

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Eu vi um comentário em um dos capítulos passados que levantava essa idéia, e portanto cheguei a pensar nela. Mas descartei depois, eu achava que era o produtor, com a intenção de destruir a relação deles.

Mas como eu e outro amigo dissemos em um comentário lá embaixo. Sinceramente esse "produtor", parece muito perigoso, para eles lidarem sem que o Kenta intervenha mais diretamente. Mas essa sua sacada de que eles podem armar uma armadilha com a ajuda da Akemi, realmente é uma boa sacada.

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Apesar dela ter medo do produtor e a Aoi também, Akemi parece tentar se livrar de tudo que ta passando. Eu acho que ela procurou Aoi em algum momento e contou tudo e as duas estão tentando acabar com esse cara.

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Boa Anjonegro

Acredito que sejam situações diferente .

A Emilinha tinha um sonho de sair da pacata cidade onde vivia , se deslumbrou com a grande maioria das pessoas que sonham com a cidade grande .

Infelizmente se primo nao teve boas intenções .

Mesmo não sabendo tudo que aconteceu com a Emilinha pq o Mark ainda nao concluiu o conto eu amei a personagem da Emilinha e vejo que ela amava de verdade seu namorado , mas como lhe disse em cima , ela foi enganada .

Agora falando da Aoi deste o começo eu disse que nao importava se o namorado iria voltar pra ela , o único objetivo seria salvar o namorado .

Resumindo, Emilinha e Aoi tem um lugar guardado no meu coração rs

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Cara, acabei de ler o conto da Emilinha. Tem nem comparação as duas. A Aoi é uma pessoa muito melhor que se viu sem alternativas. Emilinha sempre foi falsa e desonesta com o namorado. E ainda armou pra ele e o chefe perder grana naquele sequestro. Ainda não li o conto do ponto de vista da Emilinha, fiquei sem estômago para isso diante da raiva que fiquei dela kkkkk

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Vale muito a pena ler o conto pelo ponto de vista dela também, embora não deva mudar sua opinião da personagem

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Vi que ainda não tá completo. Quando o Mark completar a saga dela, eu vou ler.

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Emilinha é complicada demais, nunca vi uma pessoa tão inocente ser tão maldosa e manipuladora, em todos os sentidos ela é um ser paradoxal em forma de ninfeta caipira, ainda não consegui nem chegar perto de entende-la, muito menos suas decisões e atitudes, ainda é um mistério. Só digo uma coisa com certeza, a Aoi nunca participaria de nada que diretamente fizesse mal ao Kouta, ser a principal agente no planejamento e realização do sequestro dele seria impossível, ela iria preferir a morte, já a Emilinha, demorou a tomar uma atitude positiva, e quando tomou, foi mais por culpa do que amor protetivo, mas a obra está em aberto, então, ainda não podemos fazer um juízo de valor de sua personalidade.

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Das grandes questões que me afligiam, todas foram inquestionavelmente sanadas:

Péssima escolha da Aoi em uma opção péssima?

Ela não escolheu uma opção péssima, ela foi cooptada sob mentiras e coações e foi mantida sob um premeditado e ardiloso tratamento de exceção que a manteve em um cativeiro

financeiro e moral.

Ela negligenciou a ajuda do Kenta, preferindo se "prostituir"?

Não, apesar de haver motivos plausíveis e convincentes para não aceitar a ajuda do Kenta, ela passou por cima desses sentimentos negativos e o procurou, mas o mesmo estava temporariamente incomunicável, justificado pela pouca afinidade dos dois pela culpa da morte do pai da Aoi.

Ela ter traído a confiança e a cumplicidade do Kouta, inclusive criando uma falsa aceitação ao relacionamento dela com Kenta, então, ela foi falsa?

Não, apesar da mentira, ela não foi falsa, devido ao forte laço de amizade, gratidão e irmandade entre o Kouta e o Kenta, ela sabendo também do amor e da devoção do Kenta por ela, ela conclui acertadamente que se a verdade fosse revelada, a relação tão sofrida mas muito bonita e real entre os irmãos ficaria abalada, esse foi seu primeiro sacrifício .

Ela não teve a menor empatia pelo Kouta, quando decidiu fazer as filmagens?

Não, ela teve toda a empatia possível, tanto que em face de tanta pressão, tanta dúvida, tantas ameaças, tanta escuridão, tanto medo, tantas inseguranças, tanta má influência, tanta solidão, tanta falta de apoio, tantos traumas, sendo obrigada a se entregar a uma solução inaceitável, mesmo assim diante de tantas adversidades ela teve o nobreza de escrever uma carta que prova a intenção de revelar tudo que possivelmente faria, demonstrando claramente a preocupação com os sentimentos do Kouta.

Claramente toda a situação se desenvolveu por causa de um sujeito que não é um produtor de filmes adultos, é um gangster do sexo, esse tipo de sujeito costuma estar alinhado ou pertencer uma quadrilha no qual os membros fazem de tudo em matéria de sexo, prostituição, filmes, puteiros, boates, tráfico humano e até escravidão, logicamente, tudo ilegalmente e no submundo, com âmbito internacional, ou seja, a Aoi se meteu com quem não poderia se meter, por isso a dificuldade em sair, basta ver a situação da Akemi.

Desculpa o comentário longo, mas como o mais empático dos comentaristas deste fórum e amigo Doda já colocou em outras palavras, ao contrário de muitos contos neste site, este conto transborda emoções que saltam das bem escritas linhas e afogam nossa mente com sentimentos arrebatadores e emotivos.

Falei que ficaria com ódio daquele que atrapalhasse o amor indefectível entre o Kouta e Aoi, pois é, o destino atrapalhou esse amor, como o senhor do destino desses tão reais personagens é o Kayrosk, acho que tô com raiva de tu meu amigo. Kkkkkkkkkkkkkkkkk

Cara tu é incrível, mais um elefante branco dentro da sala, dessa vez com uma sala menor, porta menor e um elefante maior, e o incrível é que o elefante saiu e não quebrou nada, talvez os sentimentos do elefante, mas aí é outra estória. Kkkkkk. Meus sinceros parabéns.

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Muito bem nos comentários, amigo.

Pelo que lembro bem, você e o DODA sempre viam as atitudes de Aoi justificadas por um motivo muito maior.

E a carta dela foi de machucar o coração. Tenho carinho grande por ela. Espero que ela seja feliz.

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Eu ainda ficava reticente sobre ela ter escolhido fazer os filmes, sendo que teria a opção da ajuda do Kenta, o Kayrosk até tentou dar uma despistada chamando a atenção para a ocupação dele, mas sempre achei que a chave de tudo seria o motivo dela se negar a aceitar a ajuda do Kenta, para então realmente entender o porquê dela ter ficado sem opção para salvar a vida do Kenta.

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Eu ainda estou impactado pela carta da Aoi. Já imagino milhares de finais épicos onde os dois acabam ficando junto...

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Manda no privado os finais, eu ja escolhi o meu mas fiquei curioso xD

vou aproveitar e te mandar uma sugestão de conto.

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Com toda sinceridade, o Kouta já perdoou a Aoi, agora, o final está em segundo plano, nada importa mais, nem vingança.

Nada mais vai atrapalhar esse amor, depois disso tudo que infelizmente eles passaram, nem o Kayrosk consegue separa-los, na minha cabeça, eles já estão juntos pela eternidade, afinal Romeu e Julieta estão juntos até hoje no desejo e na imaginação de milhões de pessoas através dos séculos, essa é a força do amor verdadeiro, que transpassa qualquer barreira.

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kkkkkkkkkkk que profundo.

Também acho que Kouta e Aoi já estão juntos para todo sempre e além.

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A culpa é Kayrosk, como o amigo Mhccmm disse a gente lê por causa da putaria, e ele mete um conto de amor supremo, para um romântico incorrigível é inspirador. Kkkkk

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Bicho... Fodasse o kouta, na moral. Só queria que essa menina tivesse uma medida de paz. Que tivesse uma vida agora de paz e tranquilidade. Se fuder... A gente entra na parada pra ficar de pingola dura e sai chorando... Tacapeste!!

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Vou fazer uns conto pro pessoal que ta com falta de excitação ficar, acho que farei um jaja kkkk

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Não vai ser aquele que você falou que vai fazer o pessoal passar raiva, né? Pois já passo muita raiva diariamente, e nos seus últimos contos já vim passando também, os fdps que armaram para o casal do último conto, esse produtor e esse Kuro nesse conto que ousaram atrapalhar a felicidade desse casal. Se você já está dando o aviso de raiva eu só posso imaginar kkkk, e infelizmente aí vou ter que pular o conto para não dar um soco na tela kkkk.

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Não, to ja com dois conto no gatilho, o da solange que vai ser meio tenso e um mais leve e com muito amor, depois desses dois vamos ver

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Meu amigo, só pra deixar claro: foi brincadeira!!! Rsrs adoro seus contos mas esse bate muito doído. "Somente o que sentimos justifica nossos atos" acho que esse conto é a ilustração dessa frase.

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Maravilhoso! 3 estrelas! O jeito ingênuo e impulsivo dele faz com que o conto seja verossímil - vai ser barra enfrentar esse produtor - mas acho que o brother vai ter uma participação importante - algumas pontas soltas valem a pena para deixar o leitor "participanto" - é um capítulo de camarote de luxo - essas raras joias aparecem nesse site - difícil, mas há

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Se por um lado vemos um amor que existia pela conveniência, aqui vemos um amor bem desenvolvido e legítimo que é bem explorado e que nasceu devido a cuidados que um teve pelo outro. Parabéns Kayrosk, você não faz contos eróticos, você faz estórias de vida, de superação, adicionadas com uma boa pitada de erotismo e temas que o pessoal aqui gosta.

Eu sou um deles, as três estrelas aqui são muito bem dadas, eu sou seu fã desde a série da noiva e fiquei feliz que voltou a engajar aqui

independente do final, Aoi é a heroina que eu mais gostei dentre todas as que você fez, apesar do ato repulsivo que ela se sujeitou, ela porra... kkkk Mano, que amor que ela sente por ele, ela abriria mão até mesmo do perdão se ele ficasse bem e feliz

To ainda sem palavras

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Isso foi foda mesmo. Ela abriu mão do perdão para que ele ficasse bem. Amor maior que esse não há...

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Boa Carlos

Irmão, olha que história que estamos lendo ,a Aoi namora um cara que sempre respeitou ela , todos viam Aoi como um troféu e o atual namorado olhava com o coracao , palavras dela .

E não só isso , ela namora um cara que é irmao da pessoa que provocou um acidente matando o pai que pra ela era seu herói.

Para pra pensar, olha que loucura , Vc se esbarrar com o cara que vc odeia ate a alma rs

Esse conto é genial

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Agradeçam a mim tbm kkkkkk eu que fui atrás dele depois de uns bons meses sumido kkkk

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Muito bom!!!!

Nem sei o que comentar!!!

Obrigado

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Obrigado você meu amigo pelo feedback e pelo agradecimento

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Melhor capítulo até agora.

Agora resta saber se o Kenta, que é um assassino não conseguir de fato perceber o que está acontecendo para mandar esse produtor ir jogar no vasco. E quem é a pessoa que eles viram no parque. Akemi também deve ter um castigo no final.

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Olha o que acontece é o seguinte, eu até deixei claro na obra até agora, seria muito cômodo para ele matar os dois por vingança mas ele não quer gerar esse tipo de sentimento no irmão, ele não quer que ele faça as coisas por pura vingança, então ele simplesmente só deu as dicas para que o irmão utiliza-se da justiça para ferrar com o outro lá porque ele de certa forma comprava drogas para aliciar mulheres, então ele simplesmente só viu a brecha. Já o produtor só o final mesmo vai poder dizer se ele vai de Vasco ou não

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Eu entendi isso, apesar de me colocando no lugar de Kenta, se fosse meu irmão, eu secretamente mandaria os caras de Vasco, mesmo que não dissesse nada para ele só rê o que fiz, pois acho que a prisão é muito pouco, mas no último capítulo entendi que de certa forma, foi bom para o Kouta aquela vingança, pois fez com que ele se sentisse... não sei se confiante é a palavra certa, acho que mais no controle seria a melhor descrição. Mas pelo que está me parecendo, esse produtor é perigoso e astuto demais para o Kouta e Aoi lidarem sem uma intervenção mais direta do Kenta. Mas só aguardando ansiosamente para saber. Ótimo contos por sinal, um dos melhores dos últimos tempos aqui no site, parabéns.

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Pior que eu também não consigo imaginar eles se livrando dessa "produtor", sem uma intervenção direta do Kenta. Pois como vi em um comentário aqui, ele parece muito mais um gangster dessas obras asiáticas, ligados a grupos muito maiores.

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Esse foi, disparado, o melhor capítulo. Deu para sentir toda dor que Aoi carrega, desde a infância, a perda do pai e o que a fez tomar a decisão que tomou para salvar Kouta.

Quando ela chama o pai e Kouta de herói é algo bem profundo mesmo. Do fundo do coração.

E a carta, então, me deu um aperto no coração. Foi tão carregada de dor e tão sentimental quando ela disse que o Kouta tem a única que ninguém no mundo tem: o amor dela.

E por amor, eu acho que ela vai fazer besteira. Agora não é mais nem questão de saber se vão terminar juntos ou não. Ela precisa viver. Espero que Kouta consiga salvá-la mais uma vez.

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Boa Carlos meu Amigo.

O amor da Aoi é tão grande que ela não estava mais suportando ter que omitir para o namorado e por isso mandou os vídeos.

Falei em um conto passado que oque impotava de verdade para Aoi era ver o namorado vivo .

Cara , Kayrosk escreve com a alma .

Não escrevo contos , mas se escrevesse com certeza iria me exemplar no Kayrosk

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Eu to apaixonado por essa personagem, essa personalidade e essa carta. Não tem jeito, essa mulher hoje me conquistou, ela me lembra aquelas personagens de anime shoujo que amam o prota profundamente...

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Boa Junior xd

Oh sai pra la cara rs .

Me apaixonei primeiro rs

Realmente essa "menina" é apaixonante

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Tô no time dos apaixonados pela Aoi também, admito kkkkkkk

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Nessa altura do campeonato, existe alguém que não está? kkk

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Kkkk Que o meu vulcãozinho Kaori não fique com ciúmes, mas estou nessa extensa lista também

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Aoi me faz lembrar de outro personagem meu mas não é de um conto erótico, mas sim de uma história que tem mais luta que romance e coisas sexuais (Porque tem mas meio censurado), o Kagame, que no final da história salvou o mundo, descobriu que não foi seu pai que matou a Eiri, o seu maior amor, que foi o combustivel que o fez ficar quase a história toda buscando vingança, e quando ele se tornou literalmente um Deus, com o poder da destruição de Izamani sobre seu controle, ele abriu mão de tudo aquilo, de reconstruir seu clã, de ser um Deus no lugar de Izanami, para trazer Eiri de volta a vida usando um ritual proibido onde ele teria que dar sua vida em troca da vida dela, e o pior: Ela nem se lembraria dele. Ele o fez sem pensar duas vezes, para ele, ela viva, era o presente que ele iria querer para sempre.

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Faz sentido, exatamente por ela não se lembrar de nada, senão seria um castigo eterno, lembrando e lamentando a cada minuto seria uma tortura incomoda, quando finalmente esquecesse, uma súbita lembrança viria com uma dor lascinante e difícil de suportar, a ignorância é uma dádiva nesses casos.

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Caramba, que capítulo! O melhor capítulo desse conto que já tava muito bom desde o começo. Foi tenso e emotivo na medida certa, mal posso esperar para ler o próximo capítulo. Você é muito bom em construir esse suspense, Kayrosk!

Tô totalmente imerso no conto, muito bom essa sensação

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Que capítulo extraordinário! Podia lançar logo o próximo capítulo 😁

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Boa Samas .

Achei uma ótima ideia 😇

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Aoi é literalmente a encarnação de uma personagem de anime, essa declaração dela pro Kouta me lembrou da Hinata quando ela declarou ao Naruto.

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Boa Kayrosk .

Nem vou comentar o conto .

Não sou de escrever palavras.... mas pqp kayrosk , me fez chorar as 9 da manhã

Cara , Vc escreveu com o fundo da alma .

Eu ja estava apaixonado pela Aoi , agora eu morreria por ela

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