Era uma tarde quente e ensolarada, o tipo de dia que pede uma piscina para relaxar. Eu e meu namorado estávamos na casa dele, uma vibe tranquila, os dois jogados na área externa, com a música suave tocando ao fundo. O calor fazia a água da piscina parecer ainda mais convidativa, e eu estava ali, relaxado, curtindo a brisa e o calor do sol na pele.
Eu estava com uma cerveja na mão, e a cada gole, sentia a bebida ir me aquecendo de dentro pra fora. Meu namorado estava ao meu lado, rindo de algo que eu nem prestava atenção, até que a conversa deu um giro inesperado.
— Você tem que admitir, a vida aqui tem seu charme. O lugar, a tranquilidade... — ele disse, olhando pra fora, para o horizonte, ainda segurando sua bebida.
— É, eu gosto disso também. Aqui parece um refúgio. — Respondi, com a mente vagando.
De repente, sem pensar muito, com a língua mais solta pela bebida, dei uma olhada discreta no seu pai, que estava ali na área também, mais afastado, conversando com um amigo. O homem estava em boa forma, como sempre, e a maneira como ele se movia, sua postura... Ele ainda tinha aquela presença.
— Seu pai ainda dá um caldo, hein... — Soltei, rindo levemente, como se fosse apenas uma observação casual.
Meu namorado me olhou por um segundo, a expressão dele se tornando mais descontraída, como se tentasse entender o que eu quis dizer, e então sorriu.
— O quê? O meu pai? — ele riu, mas não parecia estar tão surpreso. — Ah, ele sempre foi muito vaidoso, você sabe. Mas... não sei se isso é algo que você deveria estar reparando... — ele completou, dando um sorriso meio desconcertado.
Fiquei quieto por um momento, deixando o comentário no ar, enquanto tomava mais um gole da cerveja, me perdendo na suavidade da bebida, tentando ler o olhar dele. A conversa poderia ter terminado ali, mas havia algo no tom dele que me fez continuar.
— Eu só digo que, bem... ele tem uma presença, sabe? Tipo, aqueles homens que sabem o que estão fazendo. — Continuei com um sorriso malicioso, tentando manter a leveza, mas com um toque de provocação no tom.
Ele olhou para o pai dele, depois para mim, e eu pude ver que a provocação estava começando a fazer efeito. A tensão no ar mudou de forma sutil, mas estava ali.
— Eu não sei, amor... — ele deu de ombros, tentando desviar o assunto com uma risada leve, mas sabia que algo estava pegando ali. — Meu pai tem o charme dele, mas... não é bem a mesma coisa, né? Você também tem seu jeito, eu gosto muito de como você me faz ver as coisas de um jeito diferente.
Essa resposta me deixou com um sorriso no rosto. Ele estava começando a entrar no jogo, e eu sabia que, por mais que ele tentasse disfarçar, a provocação ainda estava presente. A conversa fluiu sem pressão, mas uma nova dinâmica estava começando a surgir, e eu sabia que era só uma questão de tempo para que os desejos fossem explorados com mais intensidade.
O sol já estava começando a se pôr, tingindo o céu de um laranja suave, enquanto nós dois ainda estávamos ali, ao redor da piscina, relaxando. A cerveja já tinha feito seu efeito, e eu me sentia levemente mais solto, mais à vontade, quase em um transe tranquilo. A música baixou, e o som da noite começou a invadir o espaço, como uma melodia natural.
Ele se virou para mim, com aquele olhar sereno que, ao mesmo tempo, parecia esconder algo profundo. Eu o conhecia bem o suficiente para perceber quando ele estava pensando em algo mais sério. A conversa casual que tínhamos até então parecia estar se afastando do tom leve e se aproximando de algo mais significativo.
— Então... — ele começou, com um sorriso quase nervoso, mas sincero —, você já parou pra pensar em como a vida vai ser quando a gente morar junto?
Eu dei uma risada baixa, mais por nervosismo do que por achar engraçado. A ideia de morar junto me fazia pensar em tantas coisas, mas não era algo que eu queria tocar diretamente agora.
— Eu acho que seria interessante. Eu sempre pensei que teria mais liberdade com você, tipo... já é bom a gente estar junto como está, mas imagine se pudéssemos compartilhar mais momentos, mais do nosso dia a dia, sem essa separação de "minha casa, sua casa", sabe?
Ele assentiu com a cabeça, mas parecia estar se aprofundando mais nos seus próprios pensamentos.
— É, eu sei. Eu tenho a sensação de que, quando a gente morar junto, as coisas vão mudar. Mas, não sei, você acha que... — ele hesitou por um momento, mas logo continuou —, você acha que está pronto para isso?
Eu respirei fundo, me apoiando na borda da piscina, e olhei pra ele com um sorriso mais tranquilo.
— Claro, mas a questão é... será que você está? — Respondi, já começando a brincar com a ideia. — Quero dizer, a gente tem que compartilhar até as coisas mais... íntimas, né?
Ele me olhou com um brilho nos olhos, e pela primeira vez naquele dia, percebi que ele estava mais interessado na minha resposta do que imaginava.
— Tipo o quê? — ele provocou, se aproximando um pouco mais, a voz mais baixa, mas cheia de curiosidade.
Eu dei um sorriso sutil, não querendo ser óbvio demais, mas deixando um espaço para ele explorar o que estava por trás da minha pergunta.
— Tipo, dividir até os desejos... — falei, tomando mais uma gole da cerveja, esperando que o efeito dela tornasse a conversa ainda mais descontraída.
Ele ficou em silêncio por um momento, claramente absorvendo minhas palavras, até que a expressão no rosto dele mudou. Ele parecia estar considerando o que eu tinha dito.
— Bem, se a gente vai morar junto... — ele falou, de um jeito mais sério, mas ainda com aquele toque brincalhão —, talvez seja hora de, quem sabe, explorar as coisas de um jeito diferente. Mas, você tem certeza de que está pronto para... tudo isso?
Eu ri baixinho, me jogando para trás, olhando para o céu, e então respondi com um tom mais suave, mas ainda provocante:
— Eu sou só uma pessoa que gosta de explorar... de ver até onde podemos ir juntos. Casamento, vida juntos, até os momentos mais... secretos. Às vezes, penso que, talvez, o que vem depois seja tão bom quanto o agora, ou até melhor.
Ele ficou quieto por alguns segundos, e pude sentir a tensão aumentar, uma mistura de curiosidade e desejo em seus olhos. A conversa estava nos levando para um lugar mais profundo, onde as palavras deixavam mais espaço para o que não era dito.
— Isso é... interessante — ele murmurou, mas logo sorriu, quebrando a tensão. — Acho que a gente tem muito o que explorar ainda. Vamos ver aonde essa estrada nos leva, né?
Eu não disse nada imediatamente, apenas olhei para ele com um sorriso leve, sentindo o álcool continuar a criar uma aura de liberdade entre nós. A conversa não precisava ser forçada, mas a semente estava plantada. O casamento, as mudanças, as experiências... tudo aquilo começava a tomar uma forma mais interessante na nossa dinâmica.
A música continuava a tocar baixo, mas agora, a tensão entre nós estava palpável. O calor da piscina e o efeito da cerveja criaram uma aura relaxante, mas algo mais estava no ar. Ele se aproximou ainda mais, seu corpo tão próximo do meu que pude sentir o calor que emanava dele. O olhar dele se intensificou, e eu soube exatamente o que ele queria, sem palavras.
O risco de sermos vistos não parecia nos deter. Eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, alguém poderia aparecer. A casa estava cheia, seus pais estavam ali, e a possibilidade de sermos interrompidos tornava tudo ainda mais excitante. Mas, ao mesmo tempo, isso parecia dar uma energia nova ao momento, uma urgência que só aumentava a tensão.
Ele inclinou-se para mim, tocando meu rosto com a mão, fazendo-me olhar diretamente em seus olhos. O toque de seus dedos na minha pele me fez estremecer, e eu sabia que ele também estava sentindo isso. Era como se o tempo tivesse desacelerado ali, à beira da piscina, em pleno risco de sermos flagrados.
Com um sorriso travesso, ele se aproximou ainda mais, e eu podia ouvir sua respiração quente. Ele murmurou, com uma voz suave e quase imperceptível, mas cheia de desejo:
— Acha que alguém vai aparecer?
Eu olhei para o lado, verificando rapidamente se alguém estava por perto, mas a preocupação com a possibilidade de sermos vistos só aumentava a excitação. Eu me incline em direção a ele, pressionando meu corpo contra o dele, sentindo o calor de sua pele misturar-se ao meu.
— Não importa. Eu gosto desse risco — murmurei de volta, antes de tomar seus lábios com urgência. O beijo foi quente e exigente, sem hesitação, como se o mundo ao nosso redor tivesse desaparecido.
Ele me puxou mais para perto, suas mãos explorando meu corpo com a mesma intensidade. A piscina, as risadas distantes, a casa cheia... tudo isso se dissolvia. Só existíamos nós dois e o desejo. A água ainda nos envolvia, mas a pressão crescente entre nós fazia com que a distância se tornasse cada vez mais curta.
Eu sabia que tínhamos pouco tempo antes que alguém pudesse nos encontrar, mas aquele momento, o risco, o prazer... tudo se misturava em algo tão intenso que a possibilidade de sermos interrompidos só tornava o momento mais excitante. Com cada toque, com cada beijo, o desejo aumentava, e eu sabia que não ia conseguir resistir por muito mais tempo.
A água da piscina ainda nos envolvia, mas o que mais importava agora era o calor que se espalhava entre nossos corpos. Cada toque parecia mais intenso, como se o mundo tivesse desaparecido ao nosso redor. O risco de sermos pegos tornava tudo ainda mais excitante. Eu podia sentir o desejo crescente nele, assim como o meu, e isso tornava tudo ainda mais urgente.
Ele se aproximou, seu corpo pressionado contra o meu, e a respiração dele se misturou à minha. Ele me olhou com um sorriso provocante, antes de me beijar com intensidade. A boca dele encontrou a minha com desejo, explorando cada canto, enquanto as mãos dele começavam a descer, arrastando-se por minhas costas.
Eu o puxei ainda mais para perto, sentindo a eletricidade de cada toque. A pressão no meu corpo aumentava a cada segundo, e eu sabia que não ia conseguir resistir por muito mais tempo. Ele parecia saber exatamente o que queria, tocando-me de forma que fazia meu corpo reagir imediatamente, exigindo mais.
Eu suspirei contra os seus lábios, deixando o desejo tomar conta de mim. Ele me empurrou levemente contra a borda da piscina, me fazendo perceber o risco que estávamos correndo, mas a excitação só aumentava. Os sons da casa, os risos distantes, tudo parecia se tornar irrelevante enquanto ele se aproximava ainda mais de mim.
As mãos dele viajaram por meu corpo, e eu não consegui mais controlar a pressão crescente dentro de mim. Meus dedos se entrelaçaram em seus cabelos, puxando-o para mim enquanto ele me tocava, me explorava, deixando claro que não havia volta. Eu queria mais, e ele também parecia querer o mesmo.
O calor da noite, o som da água, o risco... tudo isso apenas intensificava o desejo, tornando a sensação de cada toque ainda mais eletrizante. As palavras eram desnecessárias agora, porque nossos corpos falavam de uma forma que não podia ser ignorada. Eu estava completamente entregue ao momento, ao prazer, ao risco que corríamos.
Após o momento intenso na piscina, a conversa entre nós começou a voltar ao tom mais leve. A música ainda tocava suavemente ao fundo, enquanto o calor da noite nos envolvia. A excitação do que acabara de acontecer ainda estava no ar, mas agora, estávamos de volta ao clima descontraído. Ele me deu um sorriso cúmplice, e, juntos, começamos a caminhar de volta para a casa.
— Eu adorei esse dia, sabia? — ele comentou, passando o braço por minha cintura enquanto caminhávamos. — Mas não sei como vou ficar depois de tudo isso, ainda mais com o meu pai dando os olhares dele.
Eu ri, sentindo a tensão começar a desaparecer à medida que nos aproximávamos da casa. Quando entramos, a casa estava ainda mais tranquila, e seus pais estavam na sala, conversando de forma descontraída. O cheiro de comida ainda estava no ar, e a luz suave dava um toque acolhedor ao ambiente.
Logo depois, seu pai se aproximou de nós, com um olhar que, embora amigável, tinha algo mais por trás. Ele me cumprimentou com um sorriso, mas eu percebi que havia algo mais, algo que ele queria tocar.
— Então, já estão pensando em uma data? — ele perguntou, com um tom que soava curioso, mas com um toque de pressão que não consegui ignorar.
Eu olhei rapidamente para o meu namorado, que parecia um pouco desconfortável, mas estava tentando disfarçar. Ele respondeu com um sorriso forçado.
— Pai, a gente ainda está pensando sobre isso... Não é algo que precisa ser apressado. Vamos ver como as coisas vão se desenrolar.
Seu pai não parecia satisfeito com a resposta. Ele deu uma risadinha e se inclinou um pouco mais para nós.
— Não se esqueça de que o tempo voa, meu filho. E a vida também. Não é sempre que a gente tem as oportunidades certas na hora certa. — Ele olhou diretamente para mim, como se a conversa fosse direcionada a mim também.
Senti a pressão aumentando, mas eu sabia que precisava manter a calma. Eu não sabia exatamente como responder a isso, mas a tensão na conversa estava me deixando desconfortável.
— Vamos com calma, não tem pressa — tentei desviar, sem querer parecer rude, mas deixando claro que o assunto era delicado.
Ele pareceu aceitar a resposta, mas a expressão dele ainda estava carregada de algo mais. O silêncio que se seguiu foi interrompido pelo som de uma risada de sua mãe, que parecia perceber o clima e tentou aliviar a tensão.
— Vamos todos jantar! — ela sugeriu, com um sorriso acolhedor.
A conversa mudou para um tom mais leve, mas eu não consegui deixar de sentir o peso da pressão de seu pai sobre nós. No fundo, sabia que ele esperava uma resposta mais definitiva, uma escolha clara sobre o futuro. E, de alguma forma, isso deixou a noite mais carregada de pensamentos e possibilidades.