...CONTINUANDO:
Como um belo casal de namorados logo começaram a dar alguns beijinhos, uma troca de toques gentis, dedos passeando sem pressa pela pele um do outro. Vanessa passava a ponta da unha pelo peito suado do garoto, desenhando círculos, sentindo o calor.
— Você é lindo, sabia? — murmurou com um sorriso, os olhos brilhando e cheios de sinceridade. — Um jovem desses... com esse corpo, esse rosto, esse pau... — a mão dela desceu e acariciou de leve o pênis semi-flácido, ainda melado de porra — ... perfeito pra mim. Foi a melhor escolha que eu fiz. Não me arrependo nem um pouco de ter pedido pro Pedro te trazer.
Lucas sorriu, meio envergonhado, meio bobo de prazer. Acariciou o quadril dela, puxando devagar, como quem queria sentir mais da pele, mais da casada.
— E você é a mulher mais linda que eu já vi. Sério. — A voz dele saiu baixa, rouca. — Desde o restaurante... eu não paro de pensar no quanto você é gostosa. E agora, depois de tudo isso... você é melhor do que qualquer sonho que eu já tive. Você é real?
Vanessa deu uma risadinha, mordendo o lábio. Um pouco tímida, um pouco lisonjeada. Ela adorava ser tratada assim. Como uma fêmea desejada, mas também adorada.
— Você fala umas coisas que me desmontam... — sussurrou, e colou os lábios nos dele num beijo lento, quente. Depois encostou a testa na dele, os olhos semicerrados. — Obrigada... por estar aqui. Por me ajudar com isso.
— Ajudar com o quê? — ele perguntou, curioso.
Ela hesitou um segundo, mas manteve o sorriso. Levou a mão ao rosto dele, fez um carinho com o dorso dos dedos.
— Vamos dizer que... meu marido precisava aprender uma lição. E você está sendo um ótimo professor. — Piscou com malícia.
Lucas riu, mas aquela fala o havia deixado triste. É verdade, ela é casada, ela jamais seria a mulher dele. Na verdade ele estava sendo usado como uma ferramenta para criar ciúmes. Isso o revirou por um instante, tão rápido que ela não percebeu que ele se ofendeu, talvez ainda pelo efeito do álcool. Ele puxou o corpo dela pra mais perto. As mãos deslizaram pelas costas nuas, até chegarem na bunda de Vanessa, que ele apertou com gosto, sentindo a maciez deliciosa da mulher. Era como se ainda não tivesse o suficiente dela.
— Acho que a gente pode repetir essa lição quantas vezes você quiser.
Nesse momento, Vanessa sentiu um leve escorrer entre as pernas. Franziu o cenho, instintiva. Sabia o que era. A porra quente dele estava começando a vazar.
— Droga... — disse baixo, saindo devagar do abraço. Passou a mão pela coxa, sentindo o líquido quente escorrendo. "Não quero desperdiçar isso", pensou ela.
Ela pegou a calcinha que tinha jogado nos travesseiros com o absorvente. Colocou a peça no lugar com cuidado, como quem guarda um segredo valioso dentro de si. Depois puxou a blusinha leve por cima dos seios e se ajeitou de volta ao lado dele.
— Pronto. Agora sim. — disse com um sorriso, voltando a deitar, colando seu corpo ao de Lucas.
Ele passou o braço por cima dela, puxando de volta com um suspiro satisfeito.
— Posso te perguntar uma coisa?
— Claro — respondeu ela, sem tirar os olhos do rosto dele.
— E... seu marido? Como é a relação de vocês? Você ainda ama ele?
Vanessa ficou em silêncio por alguns segundos. O dedo dela, que passeava pelo peito dele, agora desenhava traços mais lentos. Ela olhou para o teto por um instante antes de responder.
— Sim, amo, mas acho que um dia já amei muito mais. Muito mais mesmo. Mas... a gente vai morrendo por dentro, sabe? Aos poucos. Ele parou de me olhar com desejo e passou a olhar outras. Parou de me desejar com aquele fogo louco. Parou de tentar. E eu comecei a me tornar invisível para ele, a mulher que sempre esta ao lado e que sempre é a traída. Isso me cansou em um momento. — Ela virou o rosto e o encarou, com um sorriso triste, mas firme. — Hoje, eu gosto da ideia dele me ver sendo desejada por outro. Ver que o que ele deixou de valorizar agora é tesouro nas mãos de outro, um garoto, jovem, bonito, com um corpo natural como você. Como o Pedro.
Lucas a olhou nos olhos, sem saber bem o que dizer. Era muita coisa pra processar. Ainda mais nu, suado, abraçado com a mulher que acabava de devorar.
— Você merecia mais. Alguém que enxergasse você de verdade... — disse ele, e a beijou de leve no ombro. Depois riu baixinho, tentando aliviar o clima. O jovem, no fundo queria roubar a esposa de Marcão para ele, mesmo sabendo que seria impossível — Mas também, com esse corpo... acho que você estragou meu padrão pra sempre.
Vanessa sorriu, acariciando o cabelo dele. Mas logo virou o jogo:
— E você? Tem alguma garota? Alguma que você goste? Que te espere em casa ou que você esteja de olho?
Lucas mordeu o canto do lábio, envergonhado. A pergunta parecia simples, mas depois daquela noite, qualquer resposta soava complicada.
— Tinha umas que eu achava legais. Mas... nenhuma assim. Nenhuma que me deixasse doido como você me deixou. — Ele passou a mão pela cintura dela e completou num tom mais baixo, quase tímido: — Desde que te vi, parece que nenhuma outra serve.
Vanessa soltou uma risadinha gostosa, apertando o rosto dele com carinho.
— Ai, menino... você sabe mesmo como deixar uma mulher se sentindo poderosa.
Ela colou os lábios nos dele mais uma vez, num beijo lento, úmido e cheio de segundas intenções. O tipo de beijo que diz "isso não acaba aqui".
… CONTINUA…