Presente e passeio humilhante

Um conto erótico de Gabriela
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 1347 palavras
Data: 01/08/2025 23:47:38

O sol já mergulhava no mar quando ele estacionou na orla. A praia estava viva: crianças gritavam, casais andavam de mãos dadas, ambulantes cruzavam a areia, e velhos conversavam em cadeiras de plástico. Tudo parecia normal.

Exceto eu.

— Vamos — ele disse, saindo do carro.

Abriu o porta-malas com calma e pegou uma sacola. Seu sorriso já era um aviso.

— Hora de vestir o presente. Um biquíni novo… bem justo. Bem vulgar.

— Como convém a você.

Peguei a peça. Rosa-choque, tecido brilhoso, vulgar até o limite. Sem forro. A parte de cima era feita de dois triângulos minúsculos. A de baixo era só uma ameaça: um biquini asa delta tipo fio dental fino, cordinhas delicadas demais para esconder qualquer coisa — principalmente a gaiola.

— Pode trocar ali — ele apontou para os banheiros públicos da orla.

— Mas seja rápida. Ou vai trocar aqui mesmo, entre os cães.

Entrei no banheiro, que não tinha tranca e era úmido, fedido, com areia por toda parte. O espelho estava rachado. Tirei o vestido com pressa e pendurei num gancho torto na parede.

Comecei pela parte de cima. Ajustei os triângulos minúsculos sobre os seios. Amarrei no pescoço, depois nas costas. Já me sentia ridícula. Exposta. Absurda.

Peguei a parte de baixo. Subi uma perna, depois a outra. Encaixei um lado. Ia puxar o outro quando…

A porta se escancarou.

— Opa! — a voz dele soou alta, teatral. — Pensei que estivesse demorando muito…

Fiquei paralisada.

A parte de cima já estava vestida.

A de baixo pendurada no meu joelho. Minha virilha totalmente exposta. A gaiola metálica reluzindo sob a luz fluorescente. As pernas abertas, o corpo curvado, sem defesa.

Do lado de fora, alguém riu. Uma mulher soltou um “meu Deus”.

Ele ficou parado, observando.

— Foi sem querer — disse, com um sorriso nos olhos que negava tudo.

— Mas já que estamos aqui… apresse-se. Está… linda.

Fechou a porta devagar. Não sem antes piscar.

Vesti o resto trêmula, com a alma em carne viva. A areia do chão já colava nas minhas pernas suadas. A parte de baixo do biquíni subiu com dificuldade. A cordinha afundava entre minhas nádegas. A gaiola mal era coberta. Não havia proteção. Nem dignidade.

Só um tecido fino e um propósito: me humilhar.

Saí do banheiro com a cabeça baixa. As pessoas ainda olhavam. Eu sentia. O calor no rosto, o suor entre os seios, o sal na garganta. Tudo pesava.

Os dois rottweilers já estavam fora do carro. Grandes, musculosos, ansiosos. Farejavam o chão com autoridade. Ele me entregou as guias.

— Cuide deles. Mostre que é útil. E comportada.

Tentei segurar firme. Mas os dois puxaram. Um para a esquerda, outro para frente. Quase caí. Meus pés arrastaram na areia quente. A parte de baixo do biquíni afundou ainda mais. A areia entrou por baixo, grudando na pele úmida e na gaiola, raspando cruelmente.

— Não consegue nem segurar dois cães? — ele disse alto. — Já imaginou se fossem dois machos em cima de você?

Um homem de boné olhou e riu.

— Essa aí perdeu uma aposta ou é só algum tipo de atração? -pediu para meu dono, me ignorando totalmente como se estivesse falando de um objeto

Outro respondeu com um deboche sujo:

— Eu pagava pra ver ela com os dois no cio… isso sim.

Continuei andando. Os cães me puxavam. A areia arranhava entre minhas coxas. A cada passo, o biquíni sumia mais entre minhas nádegas. O tecido apertava, assava, expunha.

Os rottweilers latiam, excitados. Um deles quase me derrubou ao correr atrás de um pombo. O outro farejou minha virilha por alguns segundos antes de me ignorar por completo.

— a Gabriela tá cheirosa? – Perguntou bem alto

Continuamos pela orla até perto da água

— Lave-se. Está imunda. Por dentro e por fora.

Entrei no mar. Primeiro até os tornozelos. Depois joelhos. Cintura. A água salgada gelou minha pele, sobretudo meu clitóris, e queimou onde a areia já ferira. Ele me chamou da areia e então, a vergonha.

O tecido do biquíni se colou completamente à pele. Ficou transparente. A parte de cima revelou os mamilos duros. A parte de baixo… parecia não existir mais. A gaiola metálica, fria, brilhava visivelmente entre minhas pernas. Eu podia sentir os olhares.

— Aquilo é de verdade? — cochichou uma mulher.

— Parece um brinquedo erótico…

— Ela está presa nisso? — murmurou um adolescente. — Que porra é essa?

Voltei andando com dificuldade. O biquíni grudava. A areia raspava. Os cães pulavam ao redor. E eu, ali, menos do que eles.

— Dono… — murmurei querendo fugir pro carro — Está ardendo. Tá… queimando. Entre as pernas. O sal. A areia…

— Por favor…

Ele riu.

— Eu tenho algo no carro. Uma erva calmante. Serve pra inflamação. Mas… você vai aguentar.

— Está tudo bem, não é?

— Por favor, por favor… — supliquei. — Eu imploro. Tá doendo muito… por favor…

Ele respirou fundo, fingindo ceder.

— Muito bem. Você pediu.

Fomos até o calçadão, cheio. E lá, em pleno horário de pico, ele pegou uma pequena bolsa térmica. Tirou uma luva.

— Fica parada — ordenou.

— É só para aliviar.

Colocou a luva, abaixou a parte da frente do biquíni e, em plena luz do dia, entre os rottweilers e os curiosos, encaixou um dos saquinhos bem sobre meu clitóris preso na gaiola.

Nos primeiros segundos, foi apenas estranho. Depois, a ardência começou.

E então veio o inferno: coceira. Queimadura. Um calor agressivo. Uma pontada como agulhas flamejantes direto na carne viva.

Me contorci. Tentei fechar as pernas. Não consegui.

— Está tudo bem, Gabriela? — ele disse alto.

— Era isso que você queria, não era? Ou será que troquei os chás? Sou muito desatento! – falava em meio a risos sínicos – mas não importa, você não foi clara na erva que queria né.

Alguém notou minha expressão.

— Tá se tremendo por quê, moça? Controla o teu viado.

— Acho que o chá era afrodisíaco — zombou outro.

— Ou ela tá entrando no cio.

Um dos cães rosnou e latiu alto. Me puxou fui ao chão, rebolando, esfregando a virilha na areia como se isso aliviasse — mas só piorava.

— Olha lá! — riu um garoto que apesar de ser novo, tinha mais pelos que eu. — A baitola tá competindo com os cachorros pra ver quem se coça mais!

Outro completou:

— Ela quer marcar território também?

Ele me levantou

— Te dei o que pediu. Espero que esteja gradecida.

— Você está linda. E mais viva do que nunca.

Fui puxada de volta ao carro. O corpo queimando. A alma em ruínas.

E então explodi.

— Isso não é justo! — soltei de repente. — Você diz que é uma recompensa, mas é tortura! Eu fiz tudo certo, obedeci… Eu pedi ajuda!

O silêncio entre nós foi imediato. Até o mar pareceu recuar.

Ele virou o rosto. Olhou fundo. Frio. Cortante.

— Que pena — murmurou. — Justo quando eu achei que você estivesse aprendendo.

me arrastou até o carro. Abriu a porta traseira, me empurrou sem uma palavra e trancou.

As janelas fechadas abafavam tudo. A urtiga ainda queimava como fogo santo. Me contorcia sobre o banco de couro quente. O suor escorria. O biquíni colava na carne viva. A dor me desfigurava por dentro.

Do lado de fora, vi quando ele se afastou. Entrou no banheiro masculino. Quando voltou, estava com outra roupa. Limpo. Seguro. Perfeito.

Entrou no carro.

Ligou o motor.

— Vamos pra uma sorveteria, estou quente de vergonha — disse. — Você precisa aprender a ser grata pelas regalias que recebe.

— Por favor… — gemi. — Tá insuportável… tá queimando muito…

Ele virou o rosto lentamente.

— Eu deixei bem claro desde o início…

— Eu odeio barulho no carro.

Parou no acostamento. Pegou meus pulsos e prendeu com uma fita elástica.

Do porta-luvas, tirou algo embolado: a sunga suada que usava antes.

— Abre a boca. Ou eu abro por você.

mal abri e ele enfiou a peça dentro.

Fundo. Quente. Ácida.

Com gosto de mar, suor e punição.

— Isso vai te lembrar de duas coisas:

— Um: quem você é.

— Dois: que submissa barulhenta… não merece conforto.

E seguimos estrada afora.

Eu, gemendo por trás da mordaça suja.

Com o clitóris em brasas.

Com a boca cheia dele.

Com os cães atrás — mais calmos e mais limpos que eu.

Espero ter dado uma leitura prazerosa!

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