Becca - minha campeã - sozinha no Rio - Conto 13

Um conto erótico de EuBeccaEeles
Categoria: Heterossexual
Contém 1935 palavras
Data: 04/08/2025 13:47:55

Quando o Vinícius foi chamado para aquela preparação no sul, eu achei que seria uma pausa. Um intervalo na intensidade que Rebecca e ele vinham vivendo. Eles estavam absurdamente conectados, como namoradinhos mesmo — nas palavras dela, ditas rindo, com um certo deboche de quem sabe que aquilo me atravessa. Ela o chamava de “o meu comedor fixo”. E eu... eu assistia. Partilhava. Servia.

A ausência dele, no entanto, trouxe um tipo estranho de silêncio. Não nela — Rebecca continuou viva, quente, vibrante. Mas em mim. Era como se eu tivesse esquecido como era ela sem alguém a ocupando inteira. Como se eu tivesse me esquecido de quem ela era antes de se dar a ele. E talvez ela também estivesse redescobrindo isso.

A viagem para o congresso no Rio veio como uma brisa quente. Ela estava linda naquela semana. Mais do que o habitual. Um vestido preto novo, curtíssimo, que ela fez questão de usar sem sutiã, o peito marcando firme sob o tecido leve. Mandou uma foto pra mim no aeroporto. Um “olha como eu tô indo” com emoji de diabinha. Eu sorri. Mas meu estômago revirou.

E então veio a mensagem.

“Adivinha quem tá aqui no evento?”

Caio. O Caio.

Aquele professor de literatura com cara de poeta maldito. O mesmo que, meses atrás, tinha vindo dar uma conferência em São Paulo. Rebecca ficou encantada na época. Não houve sexo, não. Mas houve tensão. Tesão. O nome dele ficou gravado. Foi a primeira vez que conversamos sobre a possibilidade real de outro homem. O primeiro chifre que quase foi. E talvez justamente por isso, nunca tenha sido. Era cedo demais. Mas agora?

Agora ela tinha sido moldada, preparada. Vinícius a tinha feito virar de vez. E Caio... Caio ainda existia ali, no fundo da memória, como uma carta que não tinha sido jogada.

Rebecca me ligou depois da conferência, ainda com a voz elétrica. Eu já sabia que vinha história. Ela sempre fica assim quando algo a cutuca por dentro — a fala mais leve, o riso solto, um jeitinho quase adolescente, como se estivesse ensaiando me contar alguma coisa que já decidiu.

— “Oi, amor…” — disse ela, com aquele tom que mistura carinho com charme premeditado.

— “Oi, Becca. Como foi a mesa?” — perguntei, fingindo normalidade, mas já com o radar ligado.

— “Boa. Melhor do que eu esperava, na real. O Caio palestrou antes de mim. Lembra dele?”

Claro que eu lembrava. O “quase”. O que chegou cedo demais. O nome que ficou pendurado entre nós como uma história não contada.

— “O professor sensual de Nietzsche? Impossível esquecer.” — brinquei.

Ela riu. Gosto quando ela ri sem culpa.

— “Ele veio falar de literatura e violência simbólica. Mas parecia que tava me comendo com os olhos.”

— “Ah, então mudou o tema da palestra…” — falei, sorrindo.

Houve um silêncio breve do outro lado. Depois ela disse, num tom propositalmente leve:

— “Ele me chamou pra tomar um chopp. Aqui perto, na Lapa. Disse que era só pra ‘rever os colegas’, mas… sei lá.”

Ficou no ar. Aquela frase que carrega o “mas” como senha. Ela queria ir. Só ainda estava escolhendo o tom da música.

— “Só pra rever os colegas, claro.” — eu disse. — “E se rolar uma revisão anatômica mais aprofundada, você vai me contar depois ou vai deixar eu adivinhar?”

Ela riu mais alto dessa vez. Sincera. Desarmada.

— “Idiota. Eu nem sei se vai rolar alguma coisa.”

— “Becca…” — falei, baixo — “Você sempre sabe. Só não quer decidir sozinha.”

Ela suspirou. E, quando falou de novo, a voz dela estava mais mansa:

— “Você se incomoda?”

— “Você quer mesmo saber?”

— “Quero.”

Fiquei alguns segundos em silêncio, só ouvindo a respiração dela. Eu via a cena inteira: o vestido leve, os olhos brilhando, as pernas cruzadas num bar com cheiro de cerveja e história... e ela, deixando-se levar. O Rio tinha esse efeito nela. Caio, então, era só o gatilho certo na hora certa.

— “Não me incomodo. Só... seja discreta.”

— “Eu sou discreta.” — ela rebateu, quase ofendida.

— “Você é um escândalo elegante, Becca. Isso é diferente.”

— “Idiota.” — ela repetiu, mas agora com carinho. — “Tá… eu ainda não decidi. Talvez eu vá. Só pra conversar. Você sabe como ele é interessante.”

Eu sabia. Sabia também que ela já tinha decidido. Que só queria minha bênção para não se sentir sozinha no pecado.

— “Conversa boa, vinho barato, clima úmido… perigoso.”

— “É chopp, não vinho.”

— “Chopp, claro. Mais direto. Menos romântico. Melhor pra deixar as coisas fluírem sem muita poesia.”

— “Você tá rindo de mim?”

— “Não. Tô só me imaginando amanhã, tentando trabalhar, com você me ligando pra contar que ficou com a boca suja de cevada e de outro nome.”

Silêncio. Daqueles cheios de sorrisos contidos.

— “Acha que eu devo ir?” — ela perguntou, finalmente.

— “Você já está indo.”

— “Talvez.”

— “Então, vai bonita.” — falei. — “Mas volta ainda mais bonita. Com aquela cara de mulher puta que me dá tesão.”

Ela respirou fundo. Quase um suspiro.

— “Você é um corno safado”

— “Eu sou o homem que você escolheu pra te ver florescer.”

— “E se eu me perder um pouco hoje?”

— “Se for nos braços certos, você sempre volta melhor.”

Ela ficou em silêncio por um tempo. Depois disse baixinho, com uma risadinha que denunciava mais do que qualquer confissão:

— “Depois te conto.”

— “Eu sei que vai.”

E desligou.

Fiquei olhando pro celular, sorrindo sozinho. Sentindo o gosto leve da entrega — aquela entrega mútua, de quem confia tanto que pode se perder um pouco... e ainda assim se pertencer.

Às 19h46, ela me mandou a mensagem:

“Tô indo, tá?”

E veio a foto. Aquela que me fez respirar fundo, quase em desespero.

Rebecca estava de frente para o espelho do elevador, celular na mão esquerda, olhar de lado, sutilmente cruel. O vestido vinho parecia pintado sobre o corpo — justo, curto, de alcinhas finas, tecido acetinado que colava na pele como desejo líquido. Sem sutiã, como ela gosta, os seios desenhados com perfeição sob o pano. O decote era discreto, mas não inocente. A fenda lateral deixava uma coxa à mostra, bronzeada, firme, com aquela curva lateral da bunda ameaçando escapar.

O cabelo solto descia liso até a metade das costas, com as pontas viradas como quem sabe seduzir até o ar. A maquiagem era delicada, olhos delineados, batom vermelho queimado. E o salto? Fino, preto, elegante — o tipo de salto que ecoa no assoalho de um bar e faz os homens virarem o pescoço. Ela estava radiante. Um monumento de autoconfiança sexual.

Respondi, já sentindo o calor subir:

“Você tá linda. Sério. Vai com calma, com classe. E com um pouquinho de sacanagem discreta. Não esquece: eu gosto quando ninguém desconfia... só eu sei.”

Ela visualizou. Não respondeu. Deixou a ausência trabalhar por ela.

Às 22h03, a dor de cabeça me bateu de verdade. Não física — era outra coisa. O corpo em alerta, a mente em labirinto. Eu deitado no escuro, o celular quente na mão, os pensamentos girando na imagem dela sentada à mesa com Caio, cruzando as pernas, rindo de leve, os joelhos à mostra, aquele olhar felino, e ele... olhando.

Tentei aliviar falando com ela:

“Tô com dor de cabeça. Cê acha que tem alguma coisa a ver com isso?”

Dois minutos depois, a resposta chegou:

“Imagino que essa dor de cabeça aí esteja bem grande…”

Aquilo me atingiu. Rebati, meio aflito, meio duro de tesão:

“Quantos centímetros de dor de cabeça, Rebecca?”

Ela demorou mais. E então veio:

“Não sei ainda…”

“Mas é, com certeza, a maior dor de cabeça da minha vida.”

E um segundo depois, só isso:

🐂

Um boi.

Meu estômago revirou. Meu pau latejava. O peito apertado. E ela, no Rio, linda, rindo, sendo olhada, desejada. Talvez tocada.

E eu aqui, sentindo cada centímetro crescer na minha cabeça.

Eu já não conseguia dormir. Estava deitado, suando, só com a cueca, olhando para o teto escuro do quarto e com a mente cheia dela — Rebecca — e dele — Caio. O Chop a conversa baixa, a mão dele encostando nas costas nuas dela quando foram se despedir… ou talvez nem tenha havido despedida.

A imagem dela com aquele vestido justo, as coxas à mostra, rindo com aquele charme de mulher que sabe exatamente o efeito que causa. Rebecca tinha ido disposta. E se Caio era metade do que eu lembrava, ele não ia deixar aquela chance passar.

Às 00h12, o celular vibrou com uma notificação no WhatsApp. Uma única mensagem dela.

Abri.

“23”

Só isso. Um número. Frio, seco, afiado como uma lâmina. E bastou.

Meu coração disparou. Senti o pau enrijecer de novo. Uma onda quente subiu pelo estômago.

Vinte e três.

Ela não explicou. Não precisava. A mente fez o resto do trabalho.

Caio.

Dotado.

Calibre vinte e três.

Vinte e três centímetros. Eu nem sabia se era verdade, mas bastava ela dizer. Ou sugerir. Ou fingir. O simples fato de ela ter jogado esse número como uma provocação noturna já me desmontava.

Vinícius era grande, sim. Mas era normal. Uns 17, 18 talvez. E mesmo assim, Rebecca já parecia transbordar quando voltava dele. Imagina agora…

Eu me virei na cama, duro, tremendo, imaginando minha mulher, minha rainha, minha Becca — encarando um calibre 23. Ela, que sempre foi atrevida mas controlada, que tinha resistência, que gostava de ser desafiada…

Será que estava dando conta?

Ou estava arregando?

Será que estava fazendo bonito? Representando? Dando orgulho pra mim?

Ou será que estava ali, na cama de hotel, sendo aberta, esticada, vencida por aquele tamanho absurdo?

Fechei os olhos. Imaginei ela de quatro, o vestido puxado até a cintura, o corpo curvado para frente, os braços tremendo. E ele por trás, segurando a cintura com as duas mãos, com aquele membro irreal entrando devagar, depois fundo, depois tudo. Ela gemendo, chorando, tentando. Ou talvez sorrindo, gostando.

Meu pau latejava contra o elástico da cueca.

A verdade é que eu queria isso. Queria que ela fosse vencida. Que ela fosse desafiada até o limite do prazer. Que ela provasse que podia. E, se não pudesse… que me contasse, com um sorriso, que perdeu.

Vinte e três.

E eu? Não era pequeno. Não. Uns 15, 16. Mais do que muita gente. Nunca fui inseguro — pelo menos, não antes de conhecer Vinícius. E mesmo com ele, havia conforto na ideia de que Rebecca estava bem cuidada.

Mas aquilo ali?

Aquilo era outra coisa.

Era guerra.

Rebecca estava enfrentando um monstro. E eu, no escuro do nosso quarto em São Paulo, me masturbava devagar, imaginando a minha mulher sendo invadida por um calibre 23, com o emoji do boi ainda flutuando na conversa, rindo de mim.

E eu...

eu só podia torcer para que ela estivesse dando o melhor dela.

Porque ela não era só minha mulher.

Ela era a minha campeã

Será que ela aguentou?

A dúvida era insuportável. O tesão misturado com orgulho e humilhação. Eu precisava saber. Nem que fosse para doer. Ou gozar de novo.

Respirei fundo, digitei com os dedos trêmulos:

“Você aguentou?”

Fiquei olhando a tela. Um minutoa hora, duas, três.

Finalmente, ela estava online. Digitando. Parava. Voltava. Eu via.

E então veio:

“Fiz o possível.”

Só isso.

Três palavras.

E o mundo girou dentro de mim.

Fiz o possível.

Não disse que foi bom.

Não disse que foi ruim.

Não disse que terminou.

Mas estava tudo ali.

Ela tentou. Ela foi. Ela encarou.

E talvez… talvez nem tenha terminado.

Talvez ela tenha mandado a resposta ainda na cama, com ele ao lado. Ou no banho. Ou deitada, nua, sorrindo para o teto, com o corpo ainda dolorido — mas orgulhosa.

Rebecca.

A minha mulher.

A minha campeã.

E eu?

De novo duro.

De novo vencido.

De novo apaixonado.

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Comentários

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O problema desses contos é que não tem dramas, intrigas, falta de desenvolvimento da serie.

A mulher sai com diversos e o marido aceita tudo.

Histórias assim fica repetitiva e sem graça.

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