Parte (4)
Série: Muito Libertinos
Ao sair do consultório de Dra. Gaciette, eu fiz exatamente como pretendia. Fui diretamente no departamento de pessoal da empresa, para apesentar o meu atestado. Já era quase 17h e levou um tempo para que eu fosse atendido. Enquanto esperava, liguei ao meu chefe e pedi se ele poderia me receber. Ele disse que me esperaria e eu consegui chegar antes das 18h. Quando entrei na sala dele, notei seu olhar preocupado. Ele me cumprimentou e mandou que eu me sentasse. Disse:
— Acabo de receber a informação do Departamento de Pessoal. Recebeu uma licença médica. O que se passa?
Era a chance que eu tinha de me explicar com meu chefe. Ele sempre foi um sujeito correto, e um bom líder. Sabia que ficaria desfalcado com a minha ausência. Eu disse:
— Vou confidenciar a você. Por total respeito e confiança. Mas, por favor, fica entre nós.
— Pode confiar. – Ele disse seco. Me olhava intrigado.
Fui direto:
— Peguei minha esposa, me traindo, me enganando, mentindo, e já faz tempo. Descobri somente agora. Fiquei transtornado, e não estou em condições de fazer nada.
A Reação dele foi inusitada. Exclamou:
— Puta merda! Que bosta! Essa é mesmo uma notícia ruim. Mas é melhor do que eu esperava. Achei que você tinha feito merda das grandes.
Ele esperou que eu me sentasse, respirou fundo, e olhando firme nos meus olhos falou:
— Não se desespere. Seja bem-vindo ao time. Já passei por isso, e sei o tsunami que isso é na nossa vida. O segredo é sobreviver, e não se deixar levar pelo desespero.
Na hora, pensei que ele estivesse falando por falar, ou para me dar algum consolo. Fiquei um pouco calado, sem saber se entrava logo no assunto, e ele disse:
— Há dois anos, me aconteceu a mesma coisa. Depois de 20 anos de casamento, descobri que minha esposa tinha um amante, já há seis anos, e todos os meses ele vinha regularmente aqui nesta cidade, e ficava um dia com ela em um SPA.
Deu uma pausa para respirar e continuou:
— Ela tem uma amiga que tem um SPA e me dizia que iam passar o dia no SPA com as amigas. Todo mês era isso. Eu trabalhando, nunca desconfiei de nada.
Eu, admirado fiquei olhando para ele, sem saber o que dizer. Ele continuou:
— Mulher, quando quer, faz milagres. Mas ela deu azar, uma das funcionárias novas do SPA tinha sido diarista e feito umas diárias em nossa casa e a reconheceu. Tirou foto dela na piscina com o amante, sem ela ver, e me encaminhou. Se não fosse isso, eu continuava enganado. A funcionária não gostava da minha esposa por isso deixou de trabalhar como nossa diarista. E teve a chance de se vingar.
Na hora, eu não sabia o que falar. Se eu perguntava o que aconteceu com eles, ou se explicava o que tinha me acontecido. Acho que ele percebeu a minha “cara de bunda” e caiu a ficha:
— Mas, me desculpe, amigo, diga aí... O que houve? Pode me dizer. Sei como isso detona a gente e nos tira do controle.
Eu não sabia por onde começar, e tentei resumir.
— Ela me traiu com o chefe dela no hospital, depois, ficou desempregada e fez programas, dizendo que cuidava de idosos, e finalmente, fez sexo com um casal de amigos meus, para vender conteúdo erótico. Mentiu o tempo todo. Me enganou. É uma safadeza atrás da outra, e o otário inocente aqui, nem desconfiava. Foi por um descuido bobo deles que eu descobri tudo ontem.
Quando eu acabei de falar aquilo, eu senti que a minha pressão havia subido, meus ouvidos zuniam, e eu tinha um pouco de taquicardia. Era impressionante como bastava eu tocar no assunto para me desestruturar completamente. Meu chefe percebeu e me deu um copo d´água dizendo:.
— Genaro, se acalme. Não se desespere. Você precisa mesmo uns dias de folga. Vai fazer terapia, se equilibre. O que está feito, está feito, não faça nada que possa piorar tudo.
Na hora, eu percebi que não sabia o que deveria fazer. Estava mesmo sem rumo. Eu disse:
— Perdi o pé, não sei o que devo fazer. Estou com muita raiva, e ao mesmo tempo, desmotivado. Meu casamento acabou.
Meu chefe me fez um sinal de atenção, para que eu escutasse:
— Genaro, não queira saber agora. Espere a poeira baixar. A terapeuta vai ajudar. Você vai entender melhor o que está acontecendo. E só então, terá cabeça e equilíbrio para tomar alguma decisão.
Eu olhava para ele, me esforçando para ouvir e entender. Meu pensamento estava disperso. Ele falou:
— Eu vivi isso, posso lhe dizer, meu casamento acabou também, e pensei que tinha ido tudo pelos ares. Nos separamos. Mas, com o tempo, voltamos a nos entender. Eu refiz a minha vida. Ela também refez a dela. Com o tempo, tudo de acomodou. Hoje, isso tudo é passado. Cada um de nós se tornou uma pessoa melhor. Às vezes, precisamos ir ao lixão, ao fundo do poço, para recomeçar e fazer as coisas certas.
Tentei me defender:
— Mas, eu nada fiz de errado, fiz tudo certo, e mesmo assim...
Ele deu um tapa na mesa, para me interromper. Levei um susto. Ele disse:
— Se estivesse tudo certo, não acontecia essa merda. Acorda. Mesmo sem ter culpa, o problema também envolveu você. Ela fez e isso deve ter uma razão. Mesmo que seja só safadeza, espere o fogo do ódio abaixar. Dá um tempo. Vai passar a ver um monte de coisas que você não via. Se você tiver que se separar, vai ter cabeça para fazer isso direito, e não fazer cagada. E, se resolver perdoar e voltar, vão ter a chance de refazer tudo certo.
— Não tem como perdoar chefe. Foi muito tempo. Não foi um deslize casual. – Eu disse, cheio de raiva.
Ele fez que sim, e me dando um sinal de positivo falou:
— Se quer continuar aqui, e trabalhando comigo, vai, sai daqui hoje, faz essa terapia com a dra. Graciette, se isola por uns dias, e espera as coisas se acalmarem. Vai entender um monte. E terá clareza para decidir. Agora chega, que o dia acabou e eu tenho que ir embora.
Ele se levantou e estendeu a mão. Eu agradeci e fui saindo, e ele falou:
— Não estou sendo rude, nem insensível. Apenas, tenho experiência. Daqui a uma semana voltamos a nos falar. Mas se precisar de algo, me ligue.
Eu fiz um sinal de positivo e saí dali ainda confuso, mas com uma certeza. Eu tinha apoio e com quem contar, e isso era muito importante.
Voltei ao hotelzinho onde eu havia dormido e fiz uma negociação para ficar uma semana, e ainda consegui um desconto de 25% no total, pagando a metade adiantado. Depois, subi ao apartamento e deixei meu computador e o uniforme. Com a mochila vazia, fui em direção à minha casa, mas parei o carro numa rua antes. Depois, segui a pé e quando cheguei na casa já era quase 20h. Eu sabia que se não houvesse luz em minha casa, a Size não estaria lá. E minha desconfiança se confirmou. A casa estava sem luz acesa. Ela não tinha conseguido ficar em casa sozinha.
Tratei de entrar rápido, fui ao quarto e peguei uma mala pequena sobre o armário. Coloquei rapidamente algumas trocas de roupa.
Primeiro, cuecas, meias, três calças Jeans, três calções, quatro camisas polo, e umas cinco camisetas, um par de sapatênis. Eu estaria de folga e não precisava me vestir socialmente mais elegante. No banheiro, peguei coisas de higiene como xampu, e sabonetes, pasta dental, aparelho de barbear, desodorante, colônia e outras coisinhas. Fechei a mala, olhei em volta e vi que a casa estava arrumada, limpa. Na geladeira, tudo normal. A Size deixou tudo bem arrumado e em ordem, como sempre fazia. Peguei um caderno que usava para anotações em casa e abri numa página em branco. Peguei a caneta e escrevi:
“Size. Fiquei muito abalado, pois senti que você estava mentindo para mim, novamente. Eu nunca havia desconfiado de você, mas uma vez já aconteceu de você mentir, e quando a desconfiança se repete, resolvi não dar mais chance para novas mentiras. Eu não posso seguir na relação com desconfiança. Quero ficar uns dias isolado, pensando o que pretendo fazer. Não posso continuar uma relação sem confiar. Deixo um dinheiro na gaveta da penteadeira, para compras. Daqui uma semana, voltaremos a nos falar. Então resolveremos. Até lá. Não tente me procurar, não quero vê-la estes dias. Estou muito abalado e com raiva”.
Nem assinei. Rasguei a folha do caderno e prendi com um imã, bem na porta da geladeira. Deixei um dinheiro na gaveta da penteadeira dela no quarto, e saí fechando a porta.
A caminhada que eu fiz levando a mala, erguida, sem arrastar para não chamar a atenção dos vizinhos foi rápida e silenciosa, sem atrair a atenção de ninguém. Mas por dentro, o meu peito queimava com uma dor incontrolável. Entrei no carro e parti para o hotel.
Ao chegar, tive que jantar logo, pois o restaurante não ficava até muito tarde. Comi mas a comida não tinha sabor nem me apetecia tanto.
Depois do jantar, no quarto, liguei o notebook e fui ver o que é que a Dra. Graciette havia enviado ao meu e-mail. Mas, logo que estava navegando, me lembrei que eu continuava com o meu programa de duplicação do aplicativo de mensagens do telefone da Size. Não pensei duas vezes, e fui lá dar uma conferida. Bingo!
A Size havia trocado muitas mensagens com o casal Malan e Louise.
O primeiro registro era de uma chamada de áudio da Size para o Malan, que durou uns três minutos. Fui verificar era ainda na parte da manhã.
Certamente, ela ligou depois que eu mandei a mensagem para ela, que também estava registrada ali. Ela falou com o Malan. E indicava que pouco tempo depois o Malan me telefonou e eu estava no almoço. Depois tinha uma mensagem dele para ela:
“O Ge está puto. Falei com ele, está perto do serviço, almoçando. Não é possível que ele não saiba de nada! Você jura que não deu alguma pista? Como ele ia desconfiar?”
Size: “Eu disse que você me trouxe de moto. Era para parecer natural. E ele surtou. Ele conhece você bem demais. Desconfiou que teve coisa entre nós. A nossa história de que a festinha acabou normal, acho que não colou. Mas ele não sabe e não tem como saber. Só desconfia. Quando eu cheguei ele estava dormindo e eu fui ao banheiro e me lavei do pescoço para baixo. Só não lavei a cabeça para não molhar o cabelo. Mas a bocetinha eu lavei bem lavada.”
Malan: “Jura que ele estava dormindo? Será que ele não fingiu e viu você se lavando?”
“Size: “Tenho certeza, quando cheguei eu me certifiquei que ele dormia. O Ge dorme mesmo um sono pesado. Nem quando eu fui me deitar ele se mexeu. Acho que ele está jogando pesado, plantando verde, fazendo drama, para ver se a gente entrega alguma coisa. Vou manter a minha versão”.
Louise: “Size, o seu corno sentiu ciúme do Malan, porque está brigado com ele, e só de você voltar de moto de madrugada, agarradinha nele, já está fazendo esse drama. Típico de machista possessivo. Imagine se ele sonhasse que você engana o corno já faz muito tempo. Melhor você pedir desculpas, dizer que errou, ele vai perdoar, e vai voltar. Deixa o corno passar uns dias sozinho, ele volta.”
Size: “Mas eu gosto muito dele. Eu não sei ficar sem o meu corno. Ele é o meu mundo. Eu dou para outros porque eu adoro ser safada. É um vício que eu sempre tive. Mas o Ge nunca vai aceitar isso. Por isso vivo mentindo. Não admite, e ainda mais se souber que eu enganei e menti tanto tempo. Aí pode ser o fim. Mas, acho que no fundo ele sente que eu engano. Não foi uma boa contar que voltei com o Malan. Podia ter dito que foi de Uber. Estou desnorteada.”
Ler aquelas mensagens não me faziam bem, me deixavam mais frustrado e irritado. Meio no automático, acessei o canal privado do casal Ma-Ise, e fui ver mais outros vídeos. Me doía ver, mas era também como se alimentasse mais a minha revolta.
Um dos vídeos era das duas, Size e Louise, com máscaras no rosto, chupando o pau grande do Malan.
Ele falava em voz muito baixa, sussurrada, chamando as duas de safadas e putinhas. Elas, também, entre elas, elogiavam a pica e falavam o quanto estavam com tesão.
Assistindo aquilo, e me lembrando das mensagens deles, me senti pela primeira vez, olhando aquilo de forma mais distanciada, não via mais a Size como a minha esposa, e sim, apenas como uma mulher safada e libertina, fazendo sexo para vender a imagem e ganhar dinheiro. Era incrível como eu havia me desconectado.
Eu, já sentia que elas gostavam de fazer aquilo, e se excitavam bastante, pois ficava evidente, pela respiração ofegante delas. Compreender aquilo, que elas eram mesmo safadas e gostavam, me ajudou a me desligar da imagem que eu tinha da esposa certinha e fiel, traidora e mentirosa, que era justamente o fator que mais me chocava ao conhecer aquele outro lado dela. Vi que aquela era a verdadeira Size, que os outros conheciam, e eu nem imaginava.
Foi importante, perceber e entender aquilo, porque eu passei a ver os vídeos apenas como conteúdo sexual adulto, e a Size, antes a minha esposa intocada, via como uma profissional do sexo, que fazia aquilo com satisfação, e sem nenhum peso moral.
Quando o Malan pegou a safada e foi meter nela, a imagem em close não revelava quem eram, mas eu que conhecia os dois na intimidade, podia perceber exatamente que eram eles. E ao ver a Louise gravando as cenas e estimulando a safada a dar para o marido, e enquadrando em detalhes o pau dele invadir a xoxotinha que eu antes pensava que era somente minha, ouvi o gemido de prazer da Size, tive uma reação estranha, e me senti excitado. Não sabia exatamente o porquê daquilo, e me incomodou bastante, como se eu me culpasse por ter uma ereção, ao ver as cenas de sexo gravadas da minha esposa me traindo. Juro que fiquei com raiva daquilo e me deixou revoltado. Fiquei tão embaraçado, que resolvi parar com aquele vídeo, e dar uma olhada nos materiais que a doutora Graciette havia enviado.
Ela escreveu assim:
“Caro Genaro. Apresento um apanhado de textos, que eu compilei, de estudos já realizados, para você ter uma noção mais ampla sobre o problema da infidelidade conjugal. Para nossa terapia, será bom já ter lido tudo”.
“Vamos primeiro analisar o ato: Traição”.
“Você já se perguntou, quem trai mais em um casamento, o homem ou a mulher?”
“Muitos desejam saber quem é mais infiel. Sobre qual gênero trai mais, vemos que, “historicamente”, os homens traem mais, até mesmo em função do patriarcado e da diferença de gênero, que colocam o homem nessa posição de mais poder.”
“Segundo um levantamento relativamente recente, realizado por um aplicativo conhecido, (evito citar para não expor) intitulado a “Radiografia da Infidelidade”, 91% dos homens já traíram pelo menos uma vez, enquanto nas mulheres esse número é de 88%. No Brasil, os homens traem mais do que as mulheres. Entre eles, 50,5%, admitem já terem sido infiéis em seus relacionamentos. Entre as mulheres, a traição foi admitida por 30,2%. Porém, dos entrevistados do sexo masculino 91% afirmaram já terem traído e, entre as mulheres, 88% revelaram terem sido infiéis”.
“Os três perfis de pessoas que mais costumam trair”:
“Estudos científicos já identificaram, sim, alguns tipos de personalidade que têm mais tendência a trair seus parceiros. Veja quais são”:
“Se fala muito em narcisismo hoje em dia, mas, de acordo com o Dicionário Cambridge, o narcisismo é ´ter muito interesse e admiração pela sua própria aparência física e/ou pelas suas próprias habilidades´. As características dos narcisistas incluem opinião muito elevada sobre si mesmo, necessidade de admiração, crença de que as outras pessoas são inferiores e ter falta de empatia pelos outros”.
“Essas características, podem envolver alguém pensando que é incrível na cama – independentemente de sua habilidade real. Isso é conhecido como narcisismo sexual, e um estudo de 2014 dos pesquisadores James McNulty e Laura Widman, que acompanharam 123 casais ao longo de quatro anos, medindo seus traços sexualmente narcisistas, e acompanhando sua infidelidade, descobriu que pessoas com altos níveis dele têm maior probabilidade de trair. Os A dupla descobriu que 5,3% dos participantes traíram o cônjuge, e aqueles que tinham altos níveis de narcisismo sexual eram os mais propensos a fazer parte desse grupo”.
“Os que se masturbam muito também são citados. Um estudo de 2021 indicou que as pessoas que exibiam níveis mais elevados de “desejo solitário” – um termo sofisticado que os acadêmicos usam para evitar dizer ´masturbação´ – poderiam estar associadas a um aumento da incidência de infidelidade”.
“Quem já traiu uma vez, também pode estar mais propenso a trair novamente. Embora isso não signifique com certeza que alguém pulará a cerca, um estudo de 2017 indicou que ter sido infiel anteriormente aumenta a probabilidade de que o façam novamente no futuro. Dos 484 casais analisados, 44% relataram traição em algum momento durante o relacionamento – e essas pessoas tinham três vezes mais probabilidade de se envolverem com alguém de fora do relacionamento novamente”.
“Uma pesquisa revelou que Brasil é o país mais infiel da América Latina”.
“Um aplicativo de encontros discretos, pensado por e para mulheres, (omitido para não expor) construiu um ranking dos países mais infiéis, com base na concentração de usuários cadastrados em cada localização geográfica, e o Brasil ficou em primeiro lugar como o país "mais infiel" da América Latina. As estatísticas não mentem”.
“De acordo com a diretora de Comunicação do aplicativo, para a Espanha e América Latina, em apenas um ano e meio, desde que o aplicativo chegou ao Brasil em 2021, o país se tornou o número 1 da América Latina em termos de assinantes”.
“O aplicativo na América Latina temmembros e somente o Brasil tem a maior comunidade com quasemembros”.
“Para compreender a percepção e o ambiente do relacionamento pessoal, romântico e sexual dos brasileiros, o aplicativo resolveu promover o primeiro estudo sobre a infidelidade no Brasil. A investigação abordou junto aos entrevistados, temas como infidelidade, diferença entre gêneros e infidelidade digital, e descobriu que 8 em cada 10 brasileiros foram infiéis e sete em cada 10 brasileiros consideram que é possível amar e ser infiel. Somente isso já mostra o tamanho dessa grande onda de infidelidade que cresce a cada ano”.
“A pesquisa mostrou que 62% dos brasileiros consideram a infidelidade algo natural até certo ponto. O motivo mais comum pelo qual os brasileiros cometem infidelidade é por motivos sexuais (problemas, desejo, curiosidade sexual) que representam 50% das causas. A interação física é considerada infidelidade com maior frequência. Porém, 10% dos entrevistados não consideram como traição no caso de contratação de serviços de prostituição e 6% não se sentiriam traídos por seu parceiro (a) beijar outra pessoa”.
“Cerca de 86% dos brasileiros já traíram. Essa é a maior porcentagem na América Latina. Isso pode ser porque mais de 60% dos brasileiros acham que a infidelidade é apenas uma falha humana. Ou mais de 70% acham que se pode estar apaixonado pelo parceiro, mas também ser infiel a ele. Sexo é muito importante para os brasileiros que sempre procuram muito o prazer, mas em casal valorizam mais outras coisas”.
“Outros dados importantes desse estudo, revelam que o brasileiro é compreensivo no momento de perdoar um parceiro infiel. Seis, em cada 10 entrevistados, estariam dispostos a não terminar a relação por conta de uma traição. Entre os principais motivos para tal compreensão estão: a falta de desejo sexual, a falta de um acordo monogâmico prévio, ter um casamento por conveniência, diminuição do desempenho sexual do casal, a curiosidade sexual, entre outros”.
“Estou lhe passando estes textos e informações, porque acho importante você ter conhecimento sério sobre o assunto. Você não é um caso isolado. Milhões de pessoas descobrem todos os dias que foram traídas por seus parceiros, e a maioria, no início, fica completamente desnorteada. É natural. Meu objetivo será ajudá-lo a entender o que se passa, a interpretar o que sentiu, e como se preparar para ressignificar tudo e sair dessa fase mais fortalecido, independente das decisões que venha a tomar quanto ao futuro da sua relação”.
“No caso de ser sua intenção uma separação, é recomendado ter orientação jurídica para saber o que fazer e como. Se a traição levar a considerações de separação ou divórcio, pode ser útil consultar um advogado para entender os direitos legais e as possíveis implicações”.
Ao ler aqueles textos, me lembrei imediatamente do meu chefe, e realmente me senti menos “vítima única”, pois estava vendo que a maioria parecia ter também um caso de traição em sua vida.
Uma coisa que eu reparei, é que havia sofrido uma certa transformação silenciosa do meu estado anterior de revolta e desespero. Eu me sentia mais calmo, menos ansioso, e muito mais equilibrado. Começava a ter mais clareza do que deveria fazer e tinha certeza de que aquele processo seria uma chance de renovação para mim.
Naquele momento, eu imaginava que deveria mesmo procurar uma orientação jurídica para me aconselhar, pois na minha convicção, o grau de traição e mentiras da Size, tinha comprovado que ela realmente não tinha nenhuma consideração e respeito por mim, mesmo que se dissesse apaixonada. E aquilo para mim, colocava uma pedra e afundava nas águas da separação, aquela nossa história.
Então, do nada, minha mente voltou a recordar das cenas de sexo, e eu me lembrei da Size, como eu a conhecia, na intimidade, nua, sua beleza estonteante, uma mulher mais do que gostosa, e profundamente provocante e sexy. Foi estranho porque naquela hora não a via mais como a minha esposa, via apenas como a mulher gostosa e devassa que fazia sexo com outros por prazer, safadeza e por dinheiro. E incontrolavelmente, fiquei excitado. Senti meu pau duro e o corpo quente, pedindo por sexo. Não entendi direito o que estava acontecendo. Vontade de fazer sexo, saudade de um sexo gostoso como sempre tive com a Size, e ao mesmo tempo, meio revoltado de sentir aquilo justamente com a imagem dela. Fiquei meio invocado e tratei de ir para dentro do chuveiro, tomar um banho e esfriar as cabeças.
Demorei quase meia hora dentro do chuveiro, tentando dissipar a onda de libido e excitação que fiquei, sem muita explicação. Achei que era consequência de ficar dois dias sem sexo, e saber que não a tinha mais à minha disposição. Pode parecer absurdo, mas na hora, deu saudade de ter a minha esposa gostosa e sempre disposta para o sexo.
Encafifado com aquilo, saí do banho, fui para o quarto, deitei pelado e o tesão não passava. Resolvi ligar o notebook novamente e entrei em um site de vídeos de sexo. Vasculhei na relação oferecida e achei um vídeo de uma garota Chamada Izabel Ruiz.
Era no site “Porn*ub”, onde uma morena gostosa (@izabelrruiz) monta a cavalo no colo de um comedor de braço tatuado, e ele a fode calmamente durante 10 minutos, ela primeiro cavalgando naquela piroca grossa, depois ele fodendo com ela de joelhos sobre o sofá. O título do vídeo é “Fodendo meu vizinho na sala de estar da minha casa”.
Eu estava muito tarado, meu pau duro vibrava vendo as cenas e meu corpo pedia sexo. Fui ficando cada vez mais excitado com o vídeo, e de repente, do nada, eu me recordava da Size, porque a garota é gostosa e tem a pele macia e lisa como a minha esposa, e o sujeito forte e tatuado lembrava o sujeito do sofá da festa. Num ápice, as imagens na tela se misturavam na minha cabeça com as lembranças do sexo da Size com o tatuado, na noite da festa, e aquilo foi me deixando meio alucinado, sentia raiva, mas ao mesmo tempo tesão, eu xingando alto, chamando de puta, safada, cadela, e gozei um monte, jorrando porra sobre a cama do hotel. Na hora, foi uma gozada muito intensa e forte, com um pouco de revolta e tesão misturados.
Depois que o tesão baixou, me deu uma espécie de raiva e ressentimento, e desliguei o notebook. Não tive nem vontade de ir me lavar. Fiquei deitado na cama e ali mesmo apaguei, esgotado, os nervos em frangalhos, e a cabeça remoendo aquela situação meio inusitada.
Continua na parte 5.
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