A Viagem que Mudou Tudo

Um conto erótico de Gerson
Categoria: Heterossexual
Contém 2085 palavras
Data: 31/08/2025 22:45:55
Última revisão: 31/08/2025 23:08:21

O Peso da Rotina

O que vou escrever agora aconteceu em 2019, e talvez seja meu primeiro e único conto do gênero. Na cidade de Taquari, aqui no Rio Grande do Sul, minha vida já era uma sucessão de certezas. Eu, Gerson, com meus 32 anos na época, engenheiro de produção, vivia uma rotina precisa na Dexco, antiga Duratex, como analista sênior. Eu malhava todo dia, mantinha o corpo em forma, não para ficar grande, só o suficiente para me sentir bem. Em casa, Monique, minha esposa, era minha parceira nisso tudo: jovem, linda, com curvas definidas. Trabalhava em casa como representante da AlgaWorks. Éramos daqueles casais românticos, empáticos.

Mas a perfeição era uma casca fina. Após oito anos de casado, a rotina tinha um peso silencioso. O sexo era bom, mas previsível; os finais de semana, agradáveis, mas iguais. Um tédio confortável que eu nem mesmo admitia para mim mesmo. Esse vazio sutil veio à tona com Sheila, a irmã caçula de Monique. Aos 24, recém-formada em Engenharia de Produção e desempregada, ela era o oposto: beleza natural, comia o que queria e ainda assim tinha um corpo que virava cabeças – curvas generosas, pele macia, um jeito hiperativo que a fazia esbarrar, atrapalhada, em tudo e todos. Seu namorado, Thiago, meu amigo, e ela eram presenças constantes em nossa casa. Thiago era gerente em um mercado da cidade.

A primeira rachadura real aconteceu numa noite de sexo com Monique. Eu metendo com força, tentando alcançar aquele clímax conjunto que tínhamos há anos, mas algo estava errado. Seus olhos estavam vidrados no teto, distantes. Diminuí o ritmo, parando completamente. "Tudo bem, amor?", perguntei, ofegante. Ela piscou, como se voltasse à realidade. “Desculpa, mo... é que estou preocupada com a Sheila”, ela sussurrou, “tá sem emprego. Formada. Pode dar uma força pra ela?”. A pergunta, naquele momento de vulnerabilidade, foi um balde de água fria. A conversa matou o tesão instantaneamente, e a frustração silenciosa me fez questionar se meu papel de "marido perfeito" era apenas um serviço.

A Indicação e o Acidente Inocente

Dias depois, chamei-os e anunciei a indicação para uma vaga de trainee. Sheila deu um pulo de alegria, desequilibrou-se atrapalhada e caiu de lado no meu colo. O joelho dela atingiu meu saco sem querer. Eu me encolhi de dor, um "AHH!" abafado escapando dos meus lábios. O rosto dela se contorceu em pânico e vergonha. “Meu Deus, Gerson, desculpa! Fui tão idiota!”, ela exclamou, e suas mãos se agitaram, tentando se recompor. Uma delas se apoiou na minha coxa, bem perto do local do impacto, enquanto a outra se agarrou ao meu ombro. Foi um toque de puro acidente, desesperado para se recompor, massageando impulsivamente minha virilha. Seus olhos, cheios de remorso, buscaram os meus. “Tudo bem? Eu não vi…”. Monique riu, Thiago gargalhou: “Cuidado com o homem, Sheila!”. Eu forcei um sorriso, dizendo que estava tudo bem, mas minha mente estava confusa. O impacto tinha doído, mas o calor do corpo dela no meu colo, o perfume de canela do seu hálito tão perto, e a visão do seu decote enquanto se recompunha… meu corpo reagiu de forma traiçoeira e completamente involuntária. O ar ficou pesado só para mim.

Três meses depois, a notícia: Sheila efetivada. Precisaria ir a Uberaba, em Minas Gerais, para um treinamento de quatro dias, com colegas – incluindo eu, que futuramente seria o gestor da célula. Monique ficou feliz, mas triste pela minha ausência. Thiago brincou que eu seria o guarda-costas da namorada dele, protegendo-a dos marmanjos. A culpa me corroeu, mas o pensamento de ter Sheila por perto, longe de tudo, acendeu um desejo perigoso e inegável.

O Voo e a Tensão Crescente

Partimos do Aeroporto de Porto Alegre. No voo, ela estava visivelmente nervosa, as mãos trêmulas. Eu a tranquilizei, e ela, agradecida, se aninhou na poltrona. Eu, perto da janela, ela se inclinou sobre mim para ver as nuvens, e seu seio pressionou meu braço por um instante que pareceu uma eternidade. Não mexi um músculo, concentrando-me apenas naquele ponto de calor e pressão. Ela se acomodou de volta, mas seu perfume doce e o cheiro natural da sua pele já tinham invadido meus pulmões. Meu pau começou a endurecer lentamente, latejando contra a calça. "Viu algo interessante?", ela sussurrou, e seu braço roçou meu corpo ao pegar algo no chão, pressionando-se contra minha coxa. Chegando em Uberaba, a tensão entre nós era um fio esticado, prestes a arrebentar.

O Beijo Obrigatório

Para o jantar, ela sugeriu o Shopping Uberaba. No shopping, passamos perto da bilheteria do cinema e um cartaz chamou sua atenção: "A Dama e o Vagabundo. Promoção Casais: 2 ingressos pelo preço de 1 + pipoca. O beijo mais romântico da sessão ganha um combo de pipoca e refrigerante grátis!".

Seus olhos brilharam com a economia. “Nossa, que promoção boa! E ainda podemos ganhar a pipoca! Vamos, Gerson?”. Eu hesitei, olhando para o cartaz como se fosse uma armadilha. "Sheila, acho que não é pra nós...", eu disse, mas ela me puxou pelo braço.

“Claro que é! Somos um casal de viagem”, ela brincou, com um sorriso malandro. “Além disso, é só um beijo. Eles nem vão lembrar da gente. Vamos, é metade do preço!”

Antes que eu pudesse raciocinar ou me opor, ela se virou para o atendente: “Um para o casal, por favor!”.

O jovem na bilheteria sorriu. “Beleza. Só preciso confirmar a promoção, tá? Podem se beijar?”.

O ar saiu dos meus pulmões. Fiquei paralisado. Sheila, por outro lado, encarou o desafio com a mesma impulsividade com que fazia tudo. Virou-se para mim, colocou as mãos no meu rosto num movimento rápido e puxou meus lábios para os dela.

Foi um beijo. Um beijo de verdade, úmido e com pressão, que durou os dois ou três segundos necessários para o atendente dar o aval. “Valeu, pessoal! Tá valendo!”, ele disse, rindo, e entregou os ingressos.

Ela se afastou, pegando o ingresso com um sorriso vitorioso de quem conseguiu um ótimo negócio. “Viu? Falei!”, disse, sem parecer afetada.

Mas eu estava em estado de choque. O gosto de menta dos lábios dela ainda estava na minha boca. Meu coração batia descompassado. E então eu vi: suas mãos tremiam levemente enquanto ela segurava o ingresso, e um rubor subia pelo seu pescoço. Ela não estava imune. Aquele beijo por uma promoção tinha sido o fósforo que acendeu o pavio. A inocência daquela brincadeira evaporou naquele instante, substituída por uma tensão carregada e palpável.

Na sala escura, ela se aninhou ao meu lado, a mão na minha coxa, os dedos desenhando círculos lentamente na costura da calça. "Foi bom, não foi?". Eu não respondi, engolindo seco. O silêncio era uma luta interna. Pensava em Monique, na vida que construímos, e em como um beijo "obrigatório" tinha o poder de desmoronar tudo. Mas a excitação do risco, o prazer proibido de me rebelar, era avassalador.

A Ponte Digital

Voltamos para o hotel em um silêncio pesado e elétrico, cada um se dirigindo ao seu quarto. Eu mal tinha fechado a porta quando meu celular vibrou.

Sheila: E aí, o que achou da nossa promoção?

Eu: Sheila, isso foi… intenso. A gente não devia.

Sheila: Foi só um beijo, Gerson. Por uma pipoca. Mas admita… você não odiou.

Eu: Não odiei. E é exatamente isso que me assusta.

Sheila: Tá assustado ou tá com tesão?

Eu: Para com isso. É errado. A Monique, o Thiago…

Sheila: Eles tão lá, a gente tá aqui. Ninguém nunca vai saber. Tô com tanto calor neste quarto…

Sheila: [Foto enviada] (A foto mostra apenas os pés dela sobre a cama, com as unhas pintadas, e ao fundo, uma fina alça de lingerie preta caída no chão.)

Sheila: Tô quase sem roupa. E pensando naquele beijo.

Meu coração disparou. A imagem queimou na minha mente. Eu digitei um "Não podemos", mas apaguei. Digitei "Isso é loucura", mas não consegui apertar enviar. Minha mão tremia. O pau latejava dolorosamente dentro da calça.

Foi nesse exato momento de conflito total que a batida suave na porta me tirou do transe.

O Convite e a Primeira Noite de Entrega

A batida foi suave, quase um arranhão. Eu sabia quem era. Abri a porta, e ela entrou. A foto não tinha feito justiça. A única coisa que cobria seu corpo era uma lingerie preta translúcida, que mal escondia a pele clara e as curvas perfeitas. O cheiro de sabonete e pele fresca me atingiu como uma onda. Fiquei paralisado, olhando para ela, para a cama, para a porta fechada. A hesitação durou um segundo. Então, pulei em cima dela, os beijos famintos, o som das mãos rasgando o tecido da minha camisa. “Isso é errado, Sheila... Monique... Thiago...”, murmurei entre um beijo e outro, mas ela me calou com a boca. "Esquece. Só prazer. Isso é você de verdade."

Caímos na cama, eu lambendo e chupando seus seios fartos, os bicos rosados endurecendo na minha língua. Eles tinham um gosto salgado, de suor e banho fresco. "Me fode, Gerson", ela gemeu, "Me enche de porra!". O desejo de transgressão falou mais alto. Entrei nela devagar, sentindo o calor úmido e apertado me envolver. Fui fundo, batendo forte, sentindo o suor colar nossos corpos. "Mais, caralho, me arromba!" ela gritou, as unhas cravadas nas minhas costas. Gozei dentro, com jatos quentes, enquanto sentia a pele dela tremer em um orgasmo intenso.

Os Jogos Proibidos e o Prazer da Culpa

Na segunda noite, o jogo subiu de nível. Ela sussurrou: "Quero te chupar enquanto você fala com Monique". O risco era insano, mas o tesão era maior. Liguei para minha esposa, tentando controlar a voz. "Oi, amor, como foi seu dia?", eu disse, tentando soar normal. Enquanto Monique falava do seu trabalho, Sheila se ajoelhou, levando meu pau à boca. "Eu te amo, Monique", eu disse, a voz falhando levemente quando Sheila engoliu fundo. Eu me concentrei em respirar, em dar respostas curtas. "Sim... ahn... sim, tudo correndo bem aqui." O prazer era intensificado pelo medo delicioso de ser descoberto. Gozei na boca dela, e ela engoliu tudo, os olhos fixos nos meus, um sorriso perverso nos lábios.

Na terceira noite, o jogo foi ainda mais longe. "Me come enquanto eu digo que estou com saudade do Thiago". Ligou para Thiago, telefone na mão, eu por trás, meu pau invadindo a buceta já molhada. "Saudade, amor... como você está?", ela disse, a voz um pouco trêmula. Eu a socava, as palmas batendo em sua bunda. "Tô... ah... tranquila... o treinamento é puxado...", ela continuou, mordendo o lábio para conter um gemido. "Me fode mais forte, Gerson!", sussurrou baixo, longe do microfone. Gozamos juntos, ela tremendo, a voz falhando completamente por um instante. Thiago, do outro lado, nem notou. "Tive um espasmo, foi nada", ela riu, recuperando o fôlego. A culpa estava lá, sim, mas tinha se transformado no tempero mais afrodisíaco que eu já experimentei.

O Último Êxtase e o Retorno

Na quarta noite, tomamos banho juntos. "Quero no meu cu, Gerson. Me invade enquanto a água cai." Ensaboei seu corpo, meus dedos explorando o cuzinho apertado, lubrificando-o com o próprio sabonete. Ela se empinou contra o box. "Me arromba, vai, enche meu cu de porra!". Entrei devagar, sentindo a resistência ceder. Meti fundo, a água quente escorrendo sobre nossas costas, minhas mãos apertando seus seios. Ela gozou gritando, seu cu contraindo no meu pau. Gozei dentro, jorrando, uma sensação de entrega total e absoluta transgressão.

No avião de volta, ela estava sentada na janela, sem medo, me olhando com o ar de quem guardava o segredo mais sujo e gostoso. "Foi maravilhoso", sussurrou. Concordei, com um nó na garganta. "O que rolou fica na viagem. Nunca mais." Um último beijo quente, escondido atrás de uma revista. Na chegada em Porto Alegre, Monique e Thiago nos esperavam, abraços inocentes que queimavam minha pele culpada.

O Segredo que Não Morre

Hoje, em 2025, lembro daqueles quatro dias com uma clareza que me corta a respiração. Foi a transgressão mais intensa da minha vida. Sheila está em outra cidade com um novo amor. Eu e Monique vivemos o melhor possível, e eu a amo. Mas a memória daquela depravação com Sheila nunca me deixou. Transformou-se num segredo morno que eu revisito nos meus momentos mais quietos, e sim, às vezes, no meio do sexo com Monique, é o que me leva ao clímax mais forte. A culpa não desapareceu; na verdade, é ela que tempera o prazer da lembrança, tornando-a proibida e, por isso, eternamente excitante.

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