[Saga da Esposa Corrompida] - Capitulo 17 - A Primeira Vez Sozinha

Um conto erótico de Roux
Categoria: Heterossexual
Contém 1334 palavras
Data: 28/08/2025 11:51:23

CAPÍTULO 17: A PRIMEIRA VEZ SOZINHA

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Dois meses se passaram desde a noite em que Nayra abriu a porta para novas sensações. A rotina em casa estava equilibrada, quase previsível, e Jeffi continuava presente, silencioso, atento a cada mudança dela. Nada no cotidiano sugeria que ela estivesse caminhando por territórios perigosos — mas ele sabia que cada passo dela fora do controle dele também era parte do jogo.

A rotina, agora, tinha uma espécie de ritmo doce. Isa crescia saudável, inteligente e arteira. Nayra estava estável no trabalho da clínica, e Jeffi continuava investindo tempo em casa, sendo o pai presente, o marido compreensivo. O ambiente era tão harmônico que quase dava raiva de quem não conhecesse os bastidores.

Nayra não virou uma mulher vulgar, mas havia deixado pra trás os pudores de antes. Começara a usar roupas mais justas, que delineavam as curvas, sem nunca ultrapassar a fronteira do escândalo. Ainda evitava decotes, mas não se escondia mais. E Jeffi via tudo. Em silêncio. Registrando cada movimento como quem constrói uma obra de arte com as próprias mãos e não quer que percebam cedo demais.

Foi numa tarde qualquer que ela chegou animada da clínica:

— Amor... teve uma seleção pra um evento de capacitação. Em Porto Seguro. Três dias. Todas as recepcionistas da rede foram convidadas, mas só duas de cada unidade vão.

Jeffi nem precisou fingir surpresa:

— E você foi escolhida?

Ela assentiu, mordendo o lábio com um sorriso contido. Dava pra ver o brilho nos olhos dela. Algo ali não era só empolgação profissional. Era um desejo de mundo.

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Nos dias que antecederam a viagem, Jeffi observou em modo silencioso. Nayra saiu sozinha para o shopping. Voltou com um maiô novo, um daqueles que realça o corpo sem mostrar demais, cremes novos, um salto leve, sandálias e lingeries simples. Nada que gritasse vulgaridade. Mas o corpo dela, agora mais solto, mais definido, fazia o resto.

— Não comprei nada demais, viu? Tudo discreto. — disse, mostrando as compras sem dar espaço pra julgamento.

Jeffi apenas sorriu. Não era preciso comentar. Tudo tava perfeito.

Na noite anterior à viagem, Nayra arrumou a mala sem pressa. Separou as roupas com cuidado, dobrou as lingeries com um leve rubor nas bochechas, evitou olhar pra Jeffi. Ele ficou sentado no canto da cama, observando sem julgar.

Na despedida no aeroporto, Isa segurando a mão do pai, Nayra deu um beijo na filha, depois um beijo no canto da boca de Jeffi. Nada demorado. Mas havia um toque a mais. Uma demora no olhar, um pedido mudo de que ele entendesse.

— Se cuida, viu? — ela disse.

— Você também.

E ela foi.

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Os três dias pareceram semanas. Jeffi não demonstrou ansiedade, mas estava em vigília. O celular ao lado o tempo todo. Nayra mandou algumas mensagens curtas: "aqui é lindo", "tô animada", "as meninas são legais". Nada demais. Nada suspeito. Mas também, nada típico de quem sente necessidade de compartilhar tudo.

Ela postou uma foto. Uma só. Nayra e mais três colegas de uniforme, com short por cima dos maiôs, próximas a uma piscina. O rosto dela estava iluminado. Pele molhada, sorriso contido, o olhar um pouco baixo. Jeffi aumentou a imagem. A perna direita estava ligeiramente dobrada, realçando a curva do quadril. Ele sorriu.

“Ela não percebe o quanto entrega o que sente. Mas eu vejo”, pensou.

Na primeira noite, Jeffi permaneceu acordado, observando padrões, imaginando cenários, analisando. A ausência dela provocava pensamentos, mas não excitação. Era cálculo, não tesão.

Na segunda noite, Nayra não mandou mensagem. Ele não cobrou.

Na terceira, uma única mensagem:

"Tô morta de cansada. Amanhã tô de volta. Beijo. Amo vocês."

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Ela voltou no fim da tarde, bronze sutil, cabelo com cheiro de mar. Isa correu pro colo da mãe. Nayra agarrou a filha, rodou com ela no ar, deu aquele beijo de saudade. Depois olhou pra Jeffi, e o beijo que deu nele foi mais longo do que o habitual. Um toque de necessidade. Um reconhecimento.

— Que saudade... — ela disse, com um sorriso leve, mas o olhar ainda travado em outra memória.

Naquela noite, ela dormiu cedo, exausta. Jeffi não perguntou nada.

No segundo dia, ela também não puxou assunto. Parecia normal, mas um normal ensaiado.

Na terceira noite, Isa já dormia. Nayra saiu do banho, vestindo um dos pijamas velhos, cabelo solto, pele ainda com cheiro de hidratante. Sentou ao lado de Jeffi na cama, o corpo meio virado, sem olhar diretamente.

— Tá tudo bem? — ele perguntou, como quem quebra o gelo sem querer gelo.

Ela assentiu. Silêncio. Depois respirou fundo.

— Queria te contar como foi lá... o evento.

Jeffi apenas assentiu. Não tocou nela. Não interrompeu.

Ela começou leve: palestras, dinâmicas, as meninas da outra unidade. Risadas, comidas típicas, a vista maravilhosa.

— A gente dividiu os quartos, mas teve uma noite que trocamos... porque o ar-condicionado de um dos quartos parou. Dormi com outra colega.

Jeffi captou a quebra. Ela não era de justificar detalhes irrelevantes. O desvio era um grito silencioso.

Nayra continuou, mais baixo:

— Foi nesse quarto que... aconteceu.

Jeffi esperou. Deixou o peso do silêncio recair.

— Eu estava louca pra te contar. De verdade. É como se meu corpo não aguentasse guardar. Mas decidi segurar uns dias para aumentar a expectativa.

Nayra sorriu.

Ele tocou no joelho dela, com um carinho quase cirúrgico.

— Quero saber. Tudo. Sem filtro.

Ela demorou, mas começou. Contou que ele era um turista, hospedado no mesmo hotel. Que se viram no café da manhã. Depois se esbarraram na piscina. Trocavam olhares, e uma das colegas dela chegou a brincar: "Acho que tem gente querendo puxar papo, hein?"

Nayra descreveu o momento no corredor: ela saindo do quarto, ele vindo na direção contrária. Um "oi" que virou sorriso. Um convite disfarçado: "Vai ter música ao vivo no bar do hotel. Cê vai?"

Ela foi. Com as colegas. Mas ele estava lá.

Contou que conversaram. Que ele não perguntou se era casada. Que ela também não disse.

E então veio a parte que Jeffi mais esperava. Nayra, aos poucos, soltando as descrições com mais intensidade, como se falar libertasse a memória presa:

— A gente subiu no mesmo elevador. Não tinha mais ninguém. Ele encostou na porta e me olhou. Eu senti que ele ia tentar alguma coisa. Quando o elevador parou, eu saí primeiro. Mas ele veio atrás. Falei boa noite. Ele encostou a mão no meu braço, leve... e me puxou.

Jeffi respirava fundo. Observando. Analisando.

Nayra continuou:

— Me beijou. Forte. E eu... eu deixei. Tentei parar. Mas não parei. Entrei no quarto. Ele entrou junto. E... me virou de costas.

Ela olhou nos olhos de Jeffi agora. Sabia o que ele queria.

— Me colocou de quatro na beira da cama. Me puxou pelo cabelo. Ele colocou a camisinha. Eu tava tão molhada que ele entrou sem esforço. E eu... deixei.

Jeffi apenas sussurrou:

— E depois?

Nayra agora falava entre suspiros, o corpo quente:

— Me segurou pela cintura. Bateu na minha bunda. Eu gemia. Baixo. Mas gemia. Ele gozou. E eu... eu me deitei. Sozinha. Sem culpa. Mas com medo do que tinha acabado de sentir.

Jeffi se aproximou.

Ele beijou o pescoço dela e sussurrou:

— Repete o que ele fez. Do jeito que foi.

Nayra se levantou, tirou o pijama. Se ajoelhou na beira da cama. Virou o rosto pra ele:

— Assim?

Jeffi tirou a calça com pressa. Nayra se curvou, ofereceu-se como havia feito. Ele a segurou com força, como ouviu no relato. Entrou nela sem aviso, com tesão acumulado de dias. Cada estocada era uma cena reencenada. Ele gemeu o nome dela. E ela... o de Jeffi.

Quando gozar era questão de segundos, ele puxou, mirou e explodiu nas costas dela, tremendo. Nayra ficou parada, de quatro, sentindo o esperma escorrer.

Caíram exaustos na cama. Silêncio. Corpos ainda pulsando.

Ela falou primeiro:

— Não sei mais se me sinto culpada. Mas ainda me assusta... o quanto eu gostei.

Jeffi virou o rosto e disse:

— Você só tá começando a se descobrir. E eu tô aqui pra te ver inteira... até o fim.

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