O domingo amanheceu com aquele sol suave de Belo Horizonte entrando pela janela do nosso apartamento no Paraíso. Depois da correria do primeiro dia no Brilhante, meu corpo pedia um pouco de aconchego, e nada melhor do que isso do que a companhia das minhas amigas. Decidi que aquele dia seria nosso.
Acordei antes delas, com aquela energia típica do meu período fértil me cutucando, me deixando mais molinha e com o pensamento mais safado que o normal. Coloquei um vestido leve, de algodão, que ia até o meio da coxa – o mais "comportado" do meu guarda-roupa – e desci até a padaria da esquina. O ar da manhã estava fresco, e eu cumprimentei alguns vizinhos no caminho, sentindo uma normalidade que era uma delícia depois da vida conturbada de Veredinha.
Voltei com uma sacola cheia de pães quentinhos, biscoitos de polvilho, um bolo de fubá e frios. A Clara, nossa anjo da organização, assumiu a cozinha e preparou um almoço mineiro divino, com direito a tutu de feijão, couve e linguiça. A Ingrid, com sua precisão científica, fez um pudim de leite que ficou perfeito, sem uma bolha sequer. Ficamos à mesa por horas, rindo, comendo e relembrando histórias de Veredinha – os bons tempos, não os que me fizeram fugir de lá.
À tarde, foi a vez de Grey's Anatomy. Nos jogamos no sofá, cobertas por um cobertor, maratonando os dramas médicos como se não houvesse amanhã. Eu estava ali, fisicamente. Mas minha mente voava. A cada cena mais quente, minha imaginação disparava. A carência do meu período fértil era uma voz constante na minha cabeça, sussurrando que eu precisava de um homem, de uma rola, de algo dentro de mim que me preenchesse e me acalmasse aquela inquietação toda.
Quando a noite caiu, a fome voltou e a preguiça também. Resolvemos pedir pizza. Foi um consenso fácil. Enquanto aguardávamos, troquei o vestido por minha camisolinha rosa favorita: curta, de renda transparente, que deixava pouco à imaginação. Por baixo, apenas um fio dental minúsculo da mesma cor. Estava em casa, me sentindo livre, sexy e… extremamente necessitada.
O interfone tocou. Era o porteiro avisando que o entregador tinha chegado. Como as regras do prédio não permitiam a subida de entregadores, me ofereci para descer.
— Já volto, meninas! — gritei, saindo do apartamento.
Não pensei em trocar de roupa. A excitação de saber que um homem, um estranho, me veria daquele jeito era um aperitivo para o que meu corpo realmente pedia. Desci de elevador, sentindo o tecido leve da camisola roçar meus mamilos duros e o fio dental cortando minha boceta já levemente úmida de expectativa.
O saguão estava vazio, apenas o porteiro entretido com as câmeras de segurança. Abri a porta de vidro e lá estava ele. O entregador. Um negão lindo, jovem, com uns braços definidos que sustentavam a caixa térmica de pizza. Ele usava uma jaqueta do delivery, mas dava para ver o corpo atlético por baixo. Ele tinha cara de malandro, daqueles que sabem o que querem.
Seus olhos percorreram meu corpo da cabeça aos pés, sem disfarce. Parou nas minhas pernas, subiu para a curva do meu quadril, fixou nos meus seios sob a renda transparente e finalmente encontrou meu olhar. Ele lambeu os lábios lentamente, um gesto predatório que me fez tremer por dentro.
— É daqui a pizza? — ele perguntou, a voz mais grave do que eu esperava.
— É sim. Quanto é? — respondi, pegando a nota que havia separado.
— Trinta e oito. — ele disse, ainda me devorando com os olhos.
Paguei e peguei a caixa. A tensão sexual no ar era palpável. Eu estava carente, e ele estava claramente interessado. Aproveitei a deixa.
— Você não quer subir? — perguntei, baixando o tom de voz para um sussurro convidativo. — Tomar uma água… ou um chá?
Ele entendeu na hora. Um sorriso malandro estampou no seu rosto.
— Claro. Só vou deixar as coisas aqui na portaria.
Ele deixou a bolsa térmica e o capacete com o porteiro, que fingiu não ver nada, e entrou comigo no elevador. Mal as portas se fecharam, nos jogamos um contra o outro. Nossas bocas se encontraram num beijo voraz, cheio de língua e desejo reprimido. Suas mãos agarram minha bunda, apertando com força, e eu gemí baixo na sua boca. Eu enfiei minha mão por dentro da calça jeans dele, sentindo o volume quente e duro da sua rola. Era grande, muito grande. Um sorriso de vitória surgiu no meu rosto.
Ele, por sua vez, não perdeu tempo. Levantou minha camisola, puxou o fio dental de lado e deslizou dois dedos dentro da minha boceta, que já estava encharcada.
— Já tá toda melada, sua safada — ele rosnou no meu ouvido.
O elevador parou no nosso andar. Saímos rápido, e eu abri a porta do apartamento com cuidado, espiando para ver se as meninas estavam na sala. A TV estava pausada. Ouvi a descarga do banheiro e vi a Ingrid na cozinha pegando algo na geladeira. Era minha chance.
Coloquei a pizza em cima da mesa da sala na ponta dos pés e, sem fazer um barulho, puxei o Brenno – ele havia me contado o nome no elevador – pelo braço, direto para o meu quarto e fechei a porta.
Assim que entrou, seus olhos se arregalaram. O quarto estava iluminado apenas pelas velas vermelhas que eu havia acendido mais cedo para minha Pomba Gira. As imagens dela, com seus vestidos coloridos, observavam a cena.
— Que delícia — ele murmurou, olhando em volta. — Hoje vou comer uma macumbeirinha.
Eu sorri, sentindo um orgulho peculiar. Joguei ele na cama e subi em cima dele, retomando os beijos. Sua boca encontrou meu pescoço, e ele começou a chupar com uma força que eu sabia que deixaria marcas. Eu não me importei. Adorava exibir meus territórios conquistados.
Tirei a jaqueta e a camisa dele, revelando um torso definido. Desci beijando seu peito, sua barriga dura, até chegar no cós da calça. Desabotoei e puxei tudo para baixo, junto com a cueca.
E lá estava. Uma rola negra, imensa, grossa e com uma cabeça rosada e enorme, como um cogumelo perfeito. Meu Deus, eu ia sofrer, mas que fosse. Abri minha boca e envolvi aquela cabeça, chupando com vontade, sentindo o gosto salgado dele. Ele gemeu, colocou a mão na minha nuca e me puxou para cima, me beijando de novo com aquele desejo brutais.
— Eu quero é você por cima de mim — ele ordenou, deitando de costas.
Não precisei ser pedida duas vezes. Montei em cima dele, guiei sua rola para a entrada da minha boceta, que pingava de tesão, e, sem pensar em camisinha – aquele momento era puro instinto –, sentei.
Ele entrou de uma vez. Eu gemi alto, sentindo meu interior sendo esticado ao máximo, preenchido por completo. Era grande demais, doía um pouco, mas a dor se misturava com um prazer intenso e profundo. Comecei a cavalgar, subindo e descendo, sentindo cada centímetro dele me rasgando por dentro. Ele segurava meus quadris, me ajudando no ritmo, seus olhos fixos nos meus seios balançando sob a camisola rosa.
— Essa bucetinha apertada é minha agora, loirinha? — ele grunhiu, ofegante.
— É toda sua, negão! Enche essa putinha de porra! — respondi, perdendo completamente a vergonha, me entregando àquele êxtase.
A cavalgada foi ficando mais frenética. Eu sentia o orgasmo se aproximando, uma onda de calor subindo da minha boceta para todo o meu corpo. Ele também estava perto.
— Vou gozar, gata… — ele avisou, com a voz rouca.
— Goza dentro de mim! — supliquei, acelerando ainda mais. — Enche minha barriga!
Foi o que ele fez. Com um gemido abafado, ele explodiu dentro de mim. Senti os jatos quentes e abundantes inundando meu útero, e foi o estímulo que eu precisava. Meu corpo tremeu violentamente, e eu gozei junto, um orgasmo intenso que me fez cair sobre o peito dele, ofegante e completamente dominada.
Ficamos deitados assim por alguns segundos, o som da nossa respiração ofegante preenchendo o quarto, o cheiro do sexo e do incenso se misturando no ar. Até que o telefone dele tocou. Era a pizzaria, preocupada com o sumiço.
Ele se levantou rapidamente e começou a se vestir. Eu me levantei também, me sentindo molenga e satisfeita, com as pernas tremulas. Enquanto ele se arrumava, senti o esperma quente dele começando a escorrer pelas minhas coxas. Abri a porta do quarto devagar e dei de cara com a Clara e a Ingrid, paradas na sala, com caras de paisagem.
Tentei disfarçar, puxando a camisola para baixo. —Preciso levar ele até a porta — disse, com uma voz ainda rouca.
Passei por elas com o Brenno atrás. Na porta, ele me olhou com um sorriso de canto.
— Então… Anna Luiza, é? — ele confirmou.
— Isso. E você? Brenno, né?
— Isso. Prazer, Anna.
— O prazer… foi todo meu — respondi, retribuindo o sorriso e dando um beijo leve nele.
Fechei a porta e me virei para encarar o julgamento das minhas amigas. Elas não aguentaram e explodiram em risadas.
— Sabíamos que você estava com alguém no quarto! — disse a Ingrid, segurando a barriga de rir. — O gemido estava altíssimo!
— Só não achávamos que era o entregador! — completou a Clara, rindo também.
— Acharam que era quem? — perguntei, confusa.
— O Walter, o zelador! — disseram quase em uníssono.
— O Walter? Por que ele?
— Ah, para, Anna! — a Ingrid falou. — Ele te come com os olhos toda vez que você passa pelo saguão. Não tira os olhos da sua bunda! A gente fez uma aposta que você ia dar pra ele primeiro!
Eu ri, sentindo o líquido do Brenno escorrendo. — Quem sabe um dia, né? Mas hoje não era o dia dele.
Corri para o banheiro para me limpar. Enquanto lavava suas sementes de mim, olhei no espelho e vi os chupões no meu pescoço. Sorri. Era a marca de um domingo perfeito.
Voltei para a sala, e nós três finalmente comemos a pizza, já fria, e terminamos de maratonar Grey's Anatomy, rindo e comentando sobre os dramas da Meredith Grey e os meus, que eram muito mais interessantes.