- ÔÔÔ, LEÃO DA RURAL CHEGÔÔ! SE VACILAR, FERRÔÔ! ENGENHARIA É O TERRÔÔ! – o bonde juntou e geral começou a pular.
- PAU NO CU DOS VIADINHO DA UNIRIO, PORRA! – eu gritei o mais alto que pude no meio da multidão.
- Aff! Impressionante. Sempre tem um escroto pra bancar o macho alfa, hein? – a voz miúda saiu do meu lado, eu virei pra ver quem era e quase cobri aquele merdinha com meu corpo.
- E sempre tem um marica pra encher o saco. Não sei o que tu veio fazer aqui, Almir.
- Eu também vou competir, Bradock. Sou do time de Cheerleader, esqueceu?
- Cheer o que?
- Cheerleader. Líder de torcida.
- E isso é competição? Num fode, porra, bagulho de viado! Tomar nesse teu cu, aqui é só pra homem. Só macho. – mostrei os braços, flexionei os bíceps e o viado fez cara feia.
Era meu segundo ano participando dos jogos universitários, a gente tinha acabado de dar uma surra nos cuzões da UNIRIO e a atlética de engenharia tava fazendo algazarra na beira da quadra de basquete. Suadaço e ofegante da partida, meu uniforme colava no corpo e eu só pensava em comemorar em grande estilo, com muita cerveja, copão de uísque e resenha com a galera das outras atléticas. Tinha papo de 100 cabeças acampando no pátio do Pereirão, um colégio desativado em Teresópolis, com uma porrada de mina gostosa circulando, muita mulher gata e os hormônios borbulhando à flor da pele.
- Amiga, trouxe aquele gloss babadeiro pra me emprestar? – Almir pediu.
- Trouxe, viado. Tá aqui. – Fernandinha emprestou o batom pra ele.
- Pronto, vai começar a viadagem. Tem que ser do meu lado essa frescura? – resmunguei.
- Vai se fuder, Bradock! Eu tô aguentando esse teu cheiro de suor e não tô reclamando, tô? – ele reagiu.
- E vai reclamar do que? É cheiro de macho, viadinho, tá sentindo?!
- Me erra, cara. Dá um tempo. Pode deixar que eu não vou chegar perto de você até a gente sair do ginásio, babaca. – o novinho saiu e Fernanda também fez cara feia, de quem não gostou do que eu disse.
Meu nome é Vinícius, vulgo Bradock, tenho 1,87m, 25 anos, pele branca e o corpo malhado, definido graças à vida de atleta. Cabelo escuro, barbinha no queixo, olhar fundo, ombros largos, mãos e pés enormes, 101Kg de massa magra e porte de jogador profissional de basquete. Sou aluno do quinto período de Engenharia Civil da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), faço parte da atlética do meu curso e viajei com dois amigos da fraternidade pra competir em Teresópolis: Rael e Paulo César.
Rael é meu melhor amigo, aquele fechamento pra todas as horas e com quem eu mais me identifico por conta do nosso comportamento hiperativo e o jeitão explosivo. Ele tem 26, é branquinho, loiro, um pouco mais baixo que eu, playboy meio marrento e artilheiro no time de futsal da atlética. A gente mora na mesma república há quase três anos, ele namora a Fernandinha, da Enfermagem, e o casal foi competir junto nos jogos universitários. Já o Paulo César é mais tranquilão na dele e menos afobado. É o menor da tropa, mas tem porte de lutador de judô e 28 anos de carcaça. Moreno, forte, pega a Nathália, do curso de Gastronomia, e eles também foram de casal pra Teresópolis.
Tô contando em detalhes pra tu entender o seguinte: Rael e Paulo César foram com as namoradas, enquanto eu fiquei sozinho e não desenrolei uma minazinha sequer pra passar o fim de semana no frio da região serrana. Eles prometeram que iam acionar a Carla, uma ruivinha peituda da Educação Física, pra brotar na minha barraca de madrugada e a gente dar umazinha, mas ela acabou não conseguindo viajar pra Teresópolis em cima da hora e lá se foi minha foda certa escorrendo pelo ralo.
Até aí beleza, nada que não pudesse ser contornado, afinal de contas eu tava cercado de mulher bonita. Só tinha mina gata ali: preta, branca, morena, alta, magra, baixa, gorda, loira, ruiva... Eu tava no paraíso. O foda é que a Fernanda tinha que levar a porra do amigo viado dela pra competição, não é? Fala sério, mané!
Não sei explicar o que exatamente, mas o Almir tem alguma coisa que me tira do sério. Não sei se é o cheiro do perfume feminino que ele usa, se é o comportamento meio fresco ou o jeito escorregadio de andar, só sei que tem algo que me faz ranger os dentes e respirar fundo sempre que ele chega perto.
- Você não vai com a minha cara, né, Bradock? – o moleque perguntou quando a gente voltou a se esbarrar na saída do ginásio.
- Prefiro não responder.
- É porque eu sou preto? Você é desses incel, é? – ele provocou.
- Vai se fuder, otário. Tá me chamando de racista? Eu namorava a Brenda, lembra? Não sou criminoso, não. O que eu não dou é confiança pra viado, só isso.
- Ah, que ótimo. Não é racista, mas é homofóbico. Grandes merda. Nunca fiz nada pra você, Vinícius.
- E é melhor não fazer mesmo. Vai procurar tua turma, rala. Xô.
O Almir tem 18 anos, é calouro de Ciências Sociais, afeminado dos pés à cabeça e visivelmente homossexual, daqueles que falam miando, desmunhecam e passam gloss. 1,74m, pretinho, pele lisa, lisa, lisa, lábios cor de rosa, olhar cínico e o corpo magro, mas ao mesmo tempo coxudo nas roupas elásticas de líder de torcida. Ele vestia uma espécie de maiô colorido, colado e parecido com os dos ginastas nas Olimpíadas, só que cobrindo as pernas e socado na bunda pra quem quisesse ver. Menos eu. Talvez eu fosse o único na porta do ginásio que não queria ter visto.
- Na moral, por que tu chamou esse viado pra viajar com a gente, Paulão? – desabafei com os parceiros.
- Ah, qual foi? Para de ser implicante, Bradock. Almir é gente boa, tu que tá viajando. – o Paulo César me quebrou.
- Deixa de neurose, irmão. Alivia a barra do cara. – Rael também ficou contra mim.
- Porra, Rael, até tu vai defender essa biba? Tomar no cu, mano! Cadê nossa parceria? Achei que tu era meu fechamento, cuzão.
- Ele é melhor amigo da minha mina, tu sabe disso. Queria que eu fizesse o que?
- Mas precisa ele andar junto igual carne e unha? Não quero boiola me acompanhando, não, mermão.
- A gente também anda junto, Bradock. Para de drama.
- Drama, drama... – resmunguei. – Só vocês pra defender o Almir.
Os dois se olharam e riram de mim. O plano depois do jogo de basquete era passar nas barracas, pegar roupa nova, tomar banho e partir pra mega resenha que ia rolar no pátio externo do Pereirão, mas o isoporzinho já tava comendo solto na entrada do acampamento e eu nem me livrei do suor no corpo antes de começar a beber. Paulo César acendeu o baseado, Rael encheu os copos, Fernandinha soltou Filipe Ret na caixa de som e a Nathália fortaleceu no gelo de coco, cada um fez uma coisa.
Foi nesse meio tempo que avistei a primeira loirinha me olhando de longe, chamei ela pro canto e lá fiquei durante meia hora de amasso, beijo, chupão no pescoço, mão aqui, dedo ali. Pensei que ia arrastar a patricinha pros corredores escuros da parte de trás do Pereirão, mas não passamos do esfrega-esfrega e depois cada um foi pro seu canto. Retornei pra resenha com a pica dando seta no calção, reencontrei meus amigos e acho que o cretino do Almir se ligou no meu estado de meia bomba, porque ele viu quando enchi a mão no caralho por cima do short.
- Tá olhando o que? Perdeu o olho na minha rola, baitola?
- Precisa fazer isso em público, Bradock? Vai no banheiro, pô.
- Senão tu vai ficar me manjando, né? Viado do caralho. É uma bichona mesmo. Fresco.
- Nunca vou entender essas suas manias feias.
- Lógico, porra! Tem que ser macho pra entender, marica. É só tu parar de manjar e tá resolvido, não tem tempo ruim. – dei outro aperto no bichão, ele continuou observando minhas patoladas e não me poupou.
- Aposto que tá com chato.
- Quer ver aqui se eu tenho chato? – ameacei descer o short e botar o pau pra fora, só então Almir me levou a sério e parou de retrucar.
Ficou um certo clima de tensão e animosidade entre nós no canto da resenha, mas tudo se dissipou quando dei um tapa no baseado, a maconha pegou no cérebro e de repente aliviou meu corpo, anestesiando minha mente junto. O Almir sentou do meu lado, puxou a fumaça do beck na sequência e seus olhos ficaram pequenos e vermelhos, porém nem assim ele parou de me manjar sempre que eu metia a mão na piroca.
- Não consegue, né? É mais forte que tu. É automático. Tu é bicha mesmo.
- Oh, descobriu o Brasil. Tá surpreso? Eu gosto de homem, Bradock, que novidade. Você é burro?
- Tô ligado que tu é viado. Mas porra, vai manjar o cara que mais implica contigo aqui dentro? Papo reto, moleque? Tem vergonha na cara, não? – cruzei os braços, me fiz de marrento.
- Você é um babaca, todo mundo sabe, mas é gostoso. Fora que eu sei que esse seu jeito de valentão é só pra esconder o maluco gente boa que você é por dentro, Vinícius Bradock. – ele alisou meu bíceps. – Pena que a gente nunca se deu a chance de-
- Sai fora, tchola. Tu não me conhece, não. Nós não é amigo, porra, tá maluco? Se manda. – me soltei, saí puto e fui dar rolé em outra parte do colégio.
No decorrer de três horas bebendo, fumando e curtindo com os parceiros, eu peguei papo de três calouras e duas veteranas de outros cursos, só mina padrão. Dei uns amassos com uma morena da cintura fina no bosque do Pereirão, sarrei numa gringa que adorou quando eu mordi o beiço dela, depois saí com a pretinha do curso de Farmácia perto da biblioteca desativada, longe dos olhos alheios, e foi com ela que pensei que a coisa ia evoluir pra uma foda gostosa. Devo ter passado mais de dez minutos dedando grelo, fazendo massagem com os dedos na porta da xota e deixando a safada melada, ela gemeu facinho na minha mão.
- Mmmm! Você tem cara de quem tem rola grossa, Bradock. – ela riu.
- Quer ver?
- Mostra.
- Só se mamar. – pedi.
- Mamo. Cadê?
Arriei o calção suado do basquete, botei o caralho pra fora e a cabeça já tava melada de tanto roça-roça em pouco tempo. Meu saco doía, cheio de leite, a pica apontou pro alto, deu vários pinotes e implorou por uma mamada de responsa, tudo que eu mais precisava pra encerrar a primeira noite em Teresópolis. Quando a mina finalmente ajoelhou e abriu o bocão, o celular dela começou a tocar e interrompeu nossa putaria.
- Alô? Oi? A Ju? Mentira?! Tá bom, tô correndo praí. – ela falou no telefone.
- Ué, mas já? E a chupada?
- Minha amiga exagerou no MD e tá morrendo no banheiro. Tenho que ir. Bom te conhecer.
- Ah... Porra... – fiquei sem reação.
Ali, em pé, parado, de pau durão e calção nos joelhos. A pica bamba, acenando e derramando baba grossa no chão empoeirado. Sozinho, bêbado, chapado da erva que fumei e carentão, mais do que necessitado de uma boquinha quente agasalhando minha piroca. Mas quem? A única coisa que sobrou foi o aroma da buceta da novinha na minha mão, que eu tive que cheirar pra terminar de ficar galudo. Meu cacete parecia que ia fazer uma curva pra baixo, de tão torto. Eu PRECISAVA esvaziar o tanque, mas a noite chegou no final e não restou mulherzinha. E agora?
- “Vou dormir. É a melhor coisa que eu faço. Chega, por hoje é só.” – pensei.
Voltei pro dormitório, procurei Rael na barraca dele e não o encontrei, vi apenas a Fernandinha dormindo, já de roupa trocada, roncando e aparentemente sozinha.
- Coé, Paulão. Tu viu o Rael por aí?
- Vi não, Bradock. Ele pegou um baseado comigo e disse que ia lá fora fumar.
- Sem a Fernanda?
- É. Eles discutiram na resenha e ela foi deitar boladona. Ele saiu pra torrar um e esfriar a cabeça.
- Tranquilo. Ia pedir um baseado pra fumar também, ver se acalmo os nervos antes de dormir. Tem algum sobrando aí, paizão?
- Tá com ele, Rael levou o meu. Vê se encontra ele.
- Já é, mano. Tamo junto, boa noite.
Saí rumo ao bosque, o silêncio da noite me cobriu e eu me vi praticamente sozinho pelos corredores do Pereirão quando o relógio deu 2h da manhã. Ao meu redor, apenas algumas barracas apagadas, um ou outro casalzinho se pegando num canto escuro, gatos nos muros e o som do sereno ecoando ao fundo. Eu poderia ter simplesmente deitado e dormido, mas tava de pau duraço, doido pra fuder, e queria dar uma relaxada, até pra pegar no sono rápido. O cheiro da erva fresca me conduziu à área traseira do colégio, cheguei na parte desativada do antigo prédio, onde só tinha ruínas, e não acreditei no que vi.
- SSSS! Mama, puto! Faz o que a Fernanda tem nojo, isso! – Rael de pé, sua pica pra fora do moletom e ele botando alguém pra mamar na surdina da noite, atrás do muro.
- Gmmm! – ajoelhado na frente dele, Almir enchia a boca e chorava de nervoso pra conseguir engasgar na pica do meu amigo.
- “PUTA MERDA! Rael tá pegando o amigo da mina dele! Caralho! Que filho da puta, mané!” – minha cabeça ficou zonza, foram muitos pensamentos de uma vez só.
Tentei me controlar, mas senti taquicardia, uma descarga tremenda de adrenalina e cheguei a ficar pálido, ao ponto da pressão cair drasticamente e eu precisar apoiar no murinho pra não perder o equilíbrio. O que vi ali foi mais do que um flagrante, foi a revelação mais inesperada que já tive, porque o Rael sempre passou a impressão de ser um maluco bem resolvido, fiel no relacionamento e, acima de tudo, heterossexual. Mas lá estava ele, rindo fácil com a chupada babada do amigo da Fernanda, fazendo caras e bocas de prazer e gemendo nas engasgadas do Almir.
- Bate minha pica na tua cara, bate? FFFF!
- Mmmm! Sabia que ainda ia te chupar, Rael. Você é um gostoso.
- E eu tava ligado nas tuas manjadas. Toda vez que eu coço o saco, tu olha, viado.
- É meu instinto de viado. Eu não ia sossegar se não te mamasse. Só fico triste pela Fernanda, tadinha.
- Ó, sigilo total. Tá ligado que ninguém pode saber desse lance, né?
- Lógico. Minha boca é um túmulo. – Almir voltou a engolir sem massagem, tragou cada centímetro do piru do Rael e sustentou os engasgos por muito tempo.
- AAARFF! Tu mama melhor que ela, sem neurose! – o loiro ficou na ponta dos pés pra fuder a cara do novinho, mas nem assim Almir recuou a garganta.
Quanto mais Rael pressionou a cabeça do Almir e o obrigou a engolir pica, mais o viadinho se empenhou e lambuzou a porra toda de saliva, sem cara de nojo ou frescura. Mais um pouco ali olhando e eu acho que teria me deixado levar pela pressão do momento, porque foi uma daquelas cenas que absorvem a atenção de quem vê. Bagulho inimaginável, tá ligado? Lembro das pernas tremerem e do coração saltar na boca, sendo que nem as partidas de basquete me deixavam assim.
- E cuzinho, tem pra oferecer? – foi Rael quem deu a ideia.
- Fernanda não tá dando a bunda, é? Hihihih.
- Quem dera, Almir. Se eu comesse o cu dela, não teria um terço dos problemas que eu tenho. Hehehe! Aquela lá é fresca até o talo.
- Tem cara mesmo. Sou muito mais eu na mamada, fala a verdade.
- Com toda certeza. Tu bota ela no chinelo. Hehehe! Chupa, isso! SSSS!
Ver a maneira íntima com a qual Rael deixou Almir falar do namoro dele me causou... Repulsa. Senti uma náusea terrível, o enjoo embrulhou meu estômago, cheguei perto de vomitar e a boca aguou, mas me segurei ao máximo pra eles não notarem minha presença oculta no muro. O Rael que eu conheço jamais permitiria que uma piranha qualquer desse pitaco ou fizesse comentários sobre seu relacionamento com a Fernanda, só que, por alguma razão que eu ainda não entendia, ali estava meu parceiro, meu irmão, meu brother traindo a mina dele com um viado que, por ironia do destino, era melhor amigo dela. Que bagulho zoado.
- Quero cu, Almir. Qual vai ser? – ele deu tapa na bunda do moleque e o alisou.
- Não vou dar hoje, Rael. Deixa pra amanhã, pode ser?
- Mas é hoje que eu tô livre, irmão. Fernanda foi dormir, não tá no meu pé. Bora, quero cuzinho. Me enrola não.
- Hoje não vai rolar. Tenho que dar pra outro cara antes. Ele tá precisando de mim mais do que você.
- É? Quem?
- Bradock.
Meu sangue ferveu quando o filho da puta citou meu nome no meio daquela sem vergonhice. Deu vontade de pular ali de surpresa, arranjar briga e gritar com ele, mas me segurei e continuei na minha. Te falar? Foi difícil não perder a paciência depois disso.
- Tu quer porque quer dar pro meu brother, né, viado?
- Sou apaixonado nesse macho, Rael, você não imagina.
- Mas Bradock não curte, se ligou?
- Eu sei. Mas quanto mais ele me maltrata, mais eu quero ser maltratado por ele, comer na mão dele. É foda. O cara tem todo o perfil de valentão comedor que eu curto, cê tá entendendo?
Chega, foi baixaria demais pra mim. Não aguentei continuar ali, meti o pé de volta pro acampamento e fui direto pra minha barraca, precisando ficar um tempo sozinho. Passei pelo Paulo César e ele tentou puxar assunto, mas eu segui sem olhar pra trás e me fechei no meu espaço. Agora me diz, quem é que dorme após um flagrante desse? Nem o cansaço da competição ajudou e me relaxar depois que deitei a cabeça no travesseiro e fechei os olhos.
Minha mente viajou a mil por hora, eu fui longe nos pensamentos e só peguei no sono por causa do excesso de álcool no sangue, caso contrário teria demorado muito mais a dormir. Mas quem disse que dormi bem dormido? Bastava relaxar e respirar fundo que a cena do Rael engasgando o viado do Almir surgia na mente, roubava meu sono e me mantinha de olhos abertos no colchonete. Perto das 3h da manhã, eu levantei atordoado pra mijar, retornei à barraca e tomei um susto com a presença inesperada do viadão lá dentro.
- Quem deixou tu entrar?! – banquei o brabo.
Mas Almir não respondeu. O moleque me olhou dos pés à cabeça, sentou confortável ao lado do colchão, deu dois tapinhas no travesseiro e me chamou pra deitar, mas eu relutei a ficar à vontade perto dele. Voltei pra cama sem pressa, ele me olhou em silêncio e manjou meus sovacos quando eu deitei com as mãos atrás da cabeça.
- Tá olhando o que, viadinho?
O ninfeto riu.
- Frutinha... Biba... Se ficar me olhando assim... Sei não, hein...
- Tem certeza que não sabe?
- Não, não sei. Não falo viadês, tu que fala. Traduz.
- Acho que você sabe, sim. Eu já percebi, Bradock, você também já percebeu. A fagulha, a centelha que rola.
- Não percebi nada, otário. Já disse que não sou fresco que nem tu. O que tu quer aqui? Dá o papo. Se não tem nada pra falar, mete o pé e me deixa quieto. Quero caô contigo não.
- Só quero entender qual é o seu problema comigo. Por que você é tão homofóbico?
- Não sou homofóbico.
- Ah, não? Então explica sua implicância com a minha pessoa, por gentileza. Quero ouvir suas razões. Vai, sou todo ouvidos. – o calouro cruzou as pernas e me intimidou.
O tempo parou na barraca e nossos olhares se cruzaram na pausa.
- Não sou homofóbico, eu só... – as veias inflaram, passei a mão na lateral do rosto dele e me segurei pra não amassar aquele viado entre meus dedos. – Eu só...
- Fala. Eu sei que você sabe. Fala a verdade, deixa sair. – ele pôs a mão no meio do meu peitoral e não teve receio de me tocar suado.
- Eu só... Não gosto que chegue perto, só isso.
- Por quê? – o piranho se aproximou e ficou cara a cara comigo.
- Porque... Quando tu chega perto... Esse teu jeitinho de moça. Teu cabelo, a pele lisinha... O cheiro doce, viado. Tu parece uma minazinha. Confunde meu cérebro legal, por isso te evito.
- Mas é o meu jeito, Bradock. Por que meu comportamento afeta tanto você?
- Porque eu sou macho. Meu corpo sente e reage à fêmea. – olhei pra baixo, ele acompanhou meu olhar e percebeu o volume obtuso no meu calção.
- Porra, cara... – Almir se assustou quando viu minha ereção. – Vamo resolver nosso problema, vamo? Tá na hora. Chega de adiar. Eu sei como ajudar.
Ele alisou minha coxa, preparou pra escorregar a mão na minha virilha e eu simplesmente deixei, cansei de fugir do conflito. Um arrepio saliente me subiu pela espinha, fechei os olhos e a próxima sensação foi da pica sendo agasalhada na boca dele até sumir na garganta. O piranho fez, em dois segundos, o que as veteranas não aprendiam a fazer nem em dois anos de faculdade. Facinho, molezinha, super fácil pra um viadão boqueteiro e guloso feito o Almir. Não sobrou 1cm de cacete pra fora e eu me despreguicei de nervoso quando vi que restou só meu saco pendurado no beiço rosado e cheio de gloss do putinho.
- SSSS! Almir, Almir...
- Tudo que você precisa é de um pouco de coragem, homem. Confia em mim.
- Sabe que nada disso resolve minha implicância contigo, né?
- Pelo contrário, Bradock, só piora. Depois de hoje, eu espero que cê me tire do sério mais vezes.
- Tem certeza que tu quer esse tipo de intimidade? Sou chato, moleque, vou te machucar.
- Machuca. – pegou minha mão e deu na própria cara. – Se isso enche o seu ego, eu disse não pros seus amigos só pra te esperar.
- Tô ligado. Vi teu showzinho com o Rael lá na área desativada.
- Eu sei que cê viu. Dei um espetáculo pra você assistir de camarote, macho, não percebeu? Hihihi. – feita a revelação, Almir agarrou meu instrumento, alinhou na boca e só parou de engolir quando a cabeça afogou na goela e seu nariz escorou no meu púbis.
- AAARFF! CARALHO, QUE BOCA É ESSA?! – tremi de tesão.
- GGHMMM! – o desgraçado nem parou pra responder, se importou apenas com a garganta profunda.
- NA MORAL, TEM QUE SER MUITO BOQUETEIRO! AAARGH!
Eu até poderia forçar a nuca, esculachar e botar pra fuder, mas não precisei me esforçar pra nada, já que o próprio Almir calibrou a faringe no meu caralho sem eu ter que mandar. Continuei deitado com as mãos atrás da cabeça, super relaxado, gemendo baixinho e encaralhado com os estalos babados que a boquinha macia dele serviu no meu pau.
- Esse tempo todo se fazendo de malvadão e olha onde nós estamos agora, Vinícius. Satisfeito?
- Demais. Tô ligado que tu gosta de faixa preta, viado. Vem cá, mama esse caralho. A partir de hoje ele é teu, escutou? Hehehe! Tu sabe o que faz com ele. Pode botar na garganta se quiser. – apontei na boca, joguei dentro de novo e o ruído dos engasgos seduziu meus ouvidos. – OOORGH! ISSO, PUTO, MAMA TUDÃO! ENGOLE A ROLA TODA, VAI?!
Afundei 21cm de giromba na goela, o piranho engoliu cada pedaço da carne suada e deixou lágrimas escorrerem sem qualquer receio ou pudor. Eram lágrimas boas, de satisfação, provenientes do nervoso de ter a garganta fodida e a boca invadida pela minha pica cabeçuda. Mesmo olhando de fora, dava pra ver as bochechas do Almir cheias por dentro, ele sofrendo pra dar conta do boquete, mas não desistindo por nada.
- Não canso de meter na tua boquinha, papo reto. FFFF! Tu me chama de valentão, mas olha quem tá aguentando rola até o talo. Hehehe!
- Mmmm! Eu é que não canso de chupar essa pica gostosa. Parece que foi feita pra mim, cabe todinha. Cabeção gostoso de mamar.
- Caralho, viado, tomar no cu! OOORFF! – cheguei a me contorcer.
Às vezes ele chupava só a cabeça, passava a língua perto da saída do mijo e me arrepiava de uma ponta à outra do corpo, ou então engolia tudo, fechava os beiços em volta da base e me olhava com carinha de pidão, os olhos marejados e um claro semblante de mamador orgulhoso, daqueles que gostam do que fazem e que só sossegam quando engolem.
- Tá gostoso, tá!? SSSS! Meu pau entra todo na goela!
- UHUM! UHUMM! UUHNFF! – ele tentava responder de boca cheia e não conseguia, o que me empirocava mais ainda.
- GRRR! Vô fudê tua boquinha, pode?
- Vem cá, e se eu contar que ainda não dei pra ninguém desde que cheguei em Teresópolis, cê acredita?
- Caô. Papo reto? Logo tu? Tem cara de quem dá à beça.
- E dou mesmo, não vou mentir. Mas guardei cu pra você. – o sacana tirou o short, se posicionou em cima de mim e foi descendo devagar, ajustando o cuzinho no meu colo pra penetração acontecer.
- Melhor não arrumar ideia, Almir, tem gente aqui. Bora ficar só na mamada mesmo que tá legalzão. Se alguém acordar e ver... Mmmm!
- Quer parar justo agora, Bradock? Sério, cara? AAHNN! – ele me ignorou e continuou sentando.
- Tá acordado, Bradock? Preciso que tu... – o zíper da barraca abriu, Rael entrou sem avisar e travou quando me viu nu, suado e já quase engatado no líder de torcida.
- RAEL!? – o boiola também paralisou.
- ALMIR?! BRADOCK!? – no susto, Rael não soube como reagir.
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