Areia, Desejo e Confissão
O sol dourado de Copacabana se espalhava como um manto quente sobre a praia, enquanto o casal Flávia e Célio se instalava no pequeno apartamento alugado na altura da Figueiredo de Magalhães. Era uma escapada planejada, dias de descanso e prazer no coração vibrante do Rio. O mar chamava, o calor incitava, e o espírito leve da cidade parecia já provocar fantasias.
Na manhã do segundo dia, Flávia, de biquíni cavado e óculos escuros grandes, avistou uma escolinha de beach tênis bem ali, perto do posto 4. A música animada, os corpos suados e os risos descontraídos capturaram sua atenção. Foi Célio quem sugeriu, com aquele olhar maroto e voz baixa:
— Vai lá, amor... aproveita. Você vai ficar linda suando naquela areia.
Flávia sorriu, mordeu o lábio e se inscreveu. No final da tarde, voltou ao apartamento com o rosto corado — e não era só do sol.
— Célio... — disse ela, jogando a bolsa no sofá e pegando uma água gelada. — Tem um aluno novo na turma. Leandro. Meu Deus, que homem!
Célio sentou-se na varanda, observando o corpo ainda úmido da esposa. A voz dela soava diferente — excitada, vibrante. Ele sorriu por dentro.
— E o que tem esse Leandro?
— Alto, moreno, barba cerrada, olhos verdes... e um sorriso. Você precisa ver o corpo dele. E joga bem... nossa, como joga.
Célio cruzou as pernas, escondendo o leve volume que crescia. O tom dela era quase inocente, mas carregado de desejo.
— Então... conquista ele.
— O quê? — Flávia riu, surpresa, virando-se com a garrafa de água ainda na mão.
— Vai. Se ele te atraiu assim... deixa rolar. Me deixa imaginar você com outro. Você sabe que eu gosto. Me enlouquece.
Ela hesitou. Mas os olhos de Célio brilhavam, cheios de fogo e aprovação.
Na manhã seguinte, Flávia foi para a segunda aula. Vestia um shortinho colado e um top esportivo decotado. Passou protetor no colo devagar, sabendo que podia ser observada. E foi. Leandro se aproximou mais durante os treinos, elogiou suas jogadas, riu com ela, e ao final do treino, limpando o suor do rosto, deixou escapar:
— Flávia... o que acha de um chopp hoje à noite? Tem um barzinho aqui perto, tranquilo...
Ela hesitou só por um segundo, mas a lembrança do olhar de Célio a encorajou. Respondeu com um sorriso:
— Eu topo.
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Quando chegou ao apartamento, a brisa do fim da tarde soprava quente pelas janelas. Flávia entrou devagar, como se carregasse algo secreto no corpo. Os olhos de Célio a buscaram imediatamente.
— Ele te chamou? — perguntou direto.
Ela assentiu, com um brilho nos olhos.
— Pra um chopp, hoje à noite.
Célio se levantou. Foi até a mala, abriu o zíper lateral e puxou um pequeno pacotinho da sacola de uma loja. Entregou a ela.
— Quero que você use isso hoje.
Flávia abriu o pacote devagar, sentindo os dedos tremerem levemente. Era uma calcinha rendada, preta, pequena, finíssima. Quase um sussurro de tecido. Ela mordeu o lábio.
— Célio...
— Vai, Flá. Seja livre. Quero você vivendo esse momento. Quero você linda, desejada... quente. Me deixa imaginar tudo.
Mais tarde, ela saiu. Vestia um vestido leve, de alcinha, que dançava com o vento. A calcinha nova a fazia sentir-se poderosa, deliciosamente provocante. Beijou Célio na porta com gosto de malícia e despedida.
Ele ficou sozinho. Acendeu apenas uma luz baixa no canto da sala, pegou uma cerveja e sentou-se no sofá. Tentava assistir algo na TV, mas a mente voava.
Imaginava Flávia chegando ao bar... Leandro a olhando com desejo... os corpos se aproximando... talvez ele tocasse o joelho dela por baixo da mesa, talvez ela sorrisse com aquele ar tímido que ficava ainda mais sexy quando queria provocar.
Célio levou a mão à calça, sentindo o volume crescer com cada pensamento.
E se ela já estivesse sem calcinha?
E se, no calor do momento, Leandro a encostasse na parede do banheiro do bar, a mão dele subindo pela coxa dela, encontrando a pele nua, quente?
A mente de Célio se afundava na fantasia, os olhos fechados, a respiração pesada. Era uma mistura de desejo, tesão, ciúme e excitação. Uma tempestade deliciosa, impossível de controlar.
Horas se passaram.
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A porta se abriu devagar.
Flávia entrou, descalça, os cabelos soltos e bagunçados pelo vento e... por algo mais. O vestido ainda colado ao corpo denunciava o calor da noite. Os olhos dela brilharam ao encontrar os de Célio.
Ela parou no centro da sala. Havia algo no jeito dela — não só o andar, mas o calor que ainda vibrava em sua pele, como se carregasse um segredo no corpo.
— Então...? — ele perguntou, com a voz rouca, os olhos escuros de tensão e tesão.
Flávia largou a bolsa, foi até ele e sentou-se em seu colo, de frente, sem dizer nada de imediato. Apenas deixou que ele a sentisse... quente, viva, elétrica.
— Você quer saber? — ela sussurrou. — Mesmo?
— Quero tudo. Cada detalhe.
Ela respirou fundo. Desceu os dedos lentamente pelo peito dele. E então começou:
— Nos encontramos no bar da esquina, ali da Figueiredo. Ele já estava me esperando. Assim que me viu, mordeu o lábio e disse que eu estava “gostosa pra caralho”. O jeito que ele falou... direto, sujo, seguro. Me molhou ali mesmo.
Célio engoliu seco. Flávia continuou, mais perto.
— Sentamos. Ele não parava de olhar pro meu decote. E eu sabia que a calcinha rendada que você me deu estava ensopando. Ele tocou minha coxa por baixo da mesa, subiu... e quando encostou os dedos, sentiu. Me encarou e disse: “Vamos sair daqui agora.”
Ela sorriu. E o sussurro virou confissão quente:
— Subimos pro apartamento dele, a duas quadras dali. Entramos no elevador... ele me pegou pela cintura, colou meu corpo no espelho e começou a me beijar como se não respirasse há dias. A mão dele já estava enfiada por baixo do vestido, puxando a calcinha pro lado.
— E então...? — Célio apertava a cintura dela, excitado, sufocado de imagens.
— Quando chegamos no quarto... ele tirou a roupa. E aí eu vi.
Flávia se afastou um pouco, ficou de joelhos entre as pernas do marido, com os olhos brilhando:
— Célio... ele tem um pau muito maior que o seu. Grosso... grosso de verdade. Tão pesado que caía pro lado quando ele andava. E quando ficou duro... parecia um monstro. Eu confesso: fiquei assustada. Mas excitada.
Ela levou a mão entre as próprias pernas, sentindo-se novamente, como se reativasse a memória no corpo.
— Ele me virou de costas na cama, levantou meu vestido, nem se preocupou em tirar a calcinha. Só rasgou. Eu ouvi o som da renda estalando. E então... me abriu.
Célio arfava, o rosto tenso.
— Foi fundo. Com força. Estocadas longas, pesadas. Eu senti meu corpo ser tomado por ele, cada centímetro me preenchia de um jeito que me fez gritar. Bati com a mão na parede, gemi o seu nome... mesmo com ele dentro de mim.
Ela voltou a montar no colo do marido, esfregando-se nele, com o vestido subindo, o sexo quente, escorregadio.
— Eu gozei duas vezes. Tremi, me derreti, me desfiz. E quando ele gozou... foi um jato quente que escorreu por toda minha coxa. Fiquei suada, molhada, usada.
Ela o encarou de novo, olhos nos olhos.
— E agora, Célio... agora eu sou toda sua. Mas... quero saber: você ainda me quer? Depois de saber que fui fodida por outro... com um pau bem maior que o seu?
Célio gemeu, puxando-a com força.
— Mais do que nunca.
E ali, no sofá, ela se encaixou nele, ainda quente do outro, ainda aberta. A mistura de cheiros, de gozos, de histórias. Ela cavalgava nele com os olhos fechados, como se trouxesse Leandro de volta no corpo, mas entregasse o coração — e o resto — ao homem que a deixava viver tudo isso.
O gozo de Célio veio rápido, intenso, possessivo. Ele segurou forte, como se quisesse marcar território no corpo dela — um corpo que agora carregava dois homens naquela mesma noite.
Copacabana não seria mas a mesma para o casal.