Provoco meu irmão mas a brincadeira sai do controle - Parte 11

Um conto erótico de Confissões secretas
Categoria: Heterossexual
Contém 1595 palavras
Data: 16/07/2025 14:55:24
Última revisão: 17/07/2025 08:19:04

- Ih é mesmo, obrigado! – ele fala apressado, pegando a taça sobre a mesinha da sala e levando para a cozinha. Ele já lava, seca e a guarda no armário antes de deixar o apartamento.

***

OBS: antes de dizer como terminou essa noite, quero contar o que Amanda relatou, no dia seguinte, a respeito do que rolou no bar com mamãe.

O QUE ROLOU NO BAR: AMANDA

No barzinho, após me cumprimentar, a mãe de vocês pede desculpas pelo tapa da última vez. Diz que perdeu a cabeça. Noto que ela perdeu o aspecto radiante que vinha tendo nas últimas semanas, e voltou a ter a expressão carregada de quando a conheci.

Digo a ela para ficar tranquila sobre o tapa e também peço desculpas pelo que rolou. Ela sugere: vamos tomar umas primeiro antes de entrar nesse assunto, que estou precisando.

***

Já estamos na segunda garrafa, rindo e conversando bobagens, e pergunto a ela o que a motivou a marcar o barzinho após tudo que aconteceu no café.

Ela diz que refletiu muito sobre tudo que eu disse da última vez, como sobre os pensamentos pesados que você @Camila teve após o incidente. Além disso, explica que está difícil conviver com você @Pedro desde que descobriu que os nudes eram seus. E que eu sou a única pessoa com quem ela pode falar sobre isso.

Comenta que primeiro ficou com muita raiva de mim, mas com o tempo começou a entender a minha intenção. E agora consegue ter empatia pela confusão que deve estar na cabeça da @Camila, pois a sua sendo muito mais madura já está uma grande bagunça.

Após mais algumas doses de cerveja servidas em copos de vidro e muita conversa, questiono, com cuidado:

- Tenho, eu acho, intimidade com você o bastante para falar isso, então não me leve a mal. Mas vejo que você não está mais com o semblante alegre que observei em você recentemente. O que aconteceu? Você por acaso parou o “tratamento” que eu te passei?

Ela sorri, sem graça.

- Me senti muito mal após descobrir que fiz "aquilo" com as fotos do meu próprio filho. Não consigo mais me tocar. Nem mesmo posso olhar para o Pedro sem me sentir estranha. E a insônia também voltou.

- Sinto muito mesmo ter causado tudo isso – respondo, em choque ao calcular o tempo que ela está sem. “É para sentir mesmo”, ela alfineta. Depois, pergunto o que ela quis dizer com “sentir estranha”.

Ela pausa por um momento.

- Não sei... Não consigo olhar para ele da mesma forma. Não suporto seu toque…

- Não suporta, ou não quer suportar?

Ela me olha sem jeito. Após mais uma rodada de cerveja, retomo:

- Tente ser o mais objetiva possível. Como você se sente, fisicamente, quando ele te toca? Que tipo de sensação isso gera?

Ela me encara com olhos úmidos, e seus lábios tremem. Toma mais um copo.

- Na verdade, o problema é justamente esse. Tenho medo do que posso sentir… E não sei o que aconteceria se visse na minha frente o que já vi em fotos...

- Você quer dizer vê-lo pelado?

Ela não responde e eu deixo para lá, fingindo prestar atenção na música ao vivo.

- Estou aliviada de finalmente desabafar - ela diz um tempo depois, sorrindo.

- A melhor solução sempre é colocar para fora – digo, sorrindo de volta.

Alguns minutos depois, falo:

- Quero desabafar algo com você também. E peço que não me julgue.

A mãe de vocês balança a cabeça em sinal positivo.

- A situação com seus filhos também foi chocante para mim, devo admitir, mesmo sabendo em teoria que isso é algo perfeitamente normal e estudado na psicologia. E, me colocando no lugar dos seus filhos, me lembrei do meu irmão... e antes que eu percebesse, já estava olhando para ele diferente. Como mulher.

- Seu irmão? – ela grita, de queixo caído.

Confirmo com a cabeça.

- E não tem como negar. É duro admitir, mas ele é um gostoso! É moreno, puxou meu pai nisso e também na altura, e ainda é forte de academia.

- Imagino… - ela responde, ficando um pouco vermelha. - E você tem... tesão nele?

- Por que eu vou mentir para mim mesma? Tenho – respondo, sem hesitar.

– Você é louca… - ela responde sorrindo, e com as bochechas coradas.

- Mas não fiz nada quanto a ele – continuo. - Pelo menos pensei que não. Mas meu subconsciente me sacaneou. Após boas semanas foi que percebi que, sem querer, estava usando roupas mais curtas em casa, como camisolas e shortinhos.

Enquanto dizia isso, o sorriso dela foi se esvaindo.

- E essa ficha só caiu na última vez que nós duas nos encontramos, quando você me contou que estava fazendo a mesma coisa – completei.

Ela me olha em choque.

- O que você quer dizer? – diz por fim, com um semblante desconfiado.

- O ideal na terapia seria você mesma chegar às próprias conclusões. Mas como aqui sou só sua amiga, vou falar o que acho. Eu acho que você, como eu, inconscientemente começou a se vestir de maneira mais sensual em casa, sabendo que seu filho lhe desejava.

Ela suspira e balança a cabeça.

- Vou além, acho que seu subconsciente percebeu desde o início que os nudes eram do seu filho. No mínimo, você notou que era um rapaz com mesmo porte físico.

- Não! Isso é um absurdo... – ela diz, negando com a cabeça veementemente.

- Não precisa pensar nisso agora. Vai refletindo durante a semana – respondo.

- Você acha que eu vesti essas roupas para seduzir… - ela hesita em completar a frase. Percebo que já está um pouco embriagada. – Que tipo de mãe faria isso?…

Aperto seu ombro.

- Ei, eu não disse tudo isso para você ficar mais culpada. Foi só um desabafo. E para te mostrar que eu também fiz o mesmo. Além disso, não tem nada demais.

Não trocamos por um tempo, mas percebo em seu semblante que ela está refletindo, e parece perturbada e ansiosa. Ela gira a cadeira em direção à dupla que se apresenta no barzinho, de costas para mim.

- É simples descobrir a verdade – quebro o silêncio. – Volte a se masturbar com as fotos do Pedro, sem culpa.

Ela me olha assustada, com essa súbita volta ao assunto.

- Não tem como você negar que sentiu tesão nas fotos. Além disso, pare de evitá-lo. Pois se você não sentir nada com os carinhos dele, ótimo. E se sentir, simplesmente aceite a verdade. Quando eu digo para falar com naturalidade sobre sexo, masturbação, etc, não é só em relação aos seus filhos. É consigo mesma. E quanto a eles, deixe-os curtirem um pouco.

- Mas é errado – ela replica, sem muita firmeza.

- Mas se eles pararam de brigar, estão em segurança em casa, sem risco de doenças etc. por que não? Séculos atrás realmente havia o risco de gerar uma prole deformada. É por isso que as religiões pregavam contra essa prática, e com razão (embora existam vários casos de incesto na bíblia, Sara e Abraão inclusive eram irmãos).

- Porém, os métodos contraceptivos eficazes já estão aí há muito tempo, e seus filhos não são bobos. Então, hoje em dia, não há um motivo racional para ser contra esse tipo de relação, desde que seja consensual e entre adultos. É só uma hipocrisia da sociedade, e isso só gera uma enormidade de complexos e somatizações. Felizmente, porque isso faz eu ter mais pacientes.

Ela me escuta muda. Quando termino, ela se volta de novo para a banda. Seu pezinho nervoso mexe sem parar.

A banda faz um intervalo, e ela gira sua cadeira para o interior da mesa.

- Nossa, nenhum homem vai me chamar para dançar, não? – ela desabafa.

Vários já olharam para nossa mesa, e alguns inclusive diretamente para ela, mas nenhum nos abordou. Comento:

- Os homens de hoje são tudo frouxos, amiga. Você viu que eles olham e não fazem nada.

- Pois é… vou te confessar que vim cheia de fogo, doida para dar uns beijos. Mas pelo visto vou sair sem nada.

Afetada pelo álcool, digo:

- Amiga, eu não posso deixar você sair sem beijar.

Sem pestanejar, meto um beijão nela! Confesso que os primeiros momentos foram tenebrosos, porque ela ficou com a língua parada, em choque com minha atitude. Penso em recuar. Mas não demora e ela corresponde. E beija bem.

Quando me afasto, ela olha para os dois lados, para ver se tem alguém olhando, e, fala, com um sorriso de adolescente que matou aula:

- Menina, tá louca?

- Relaxa, aqui é um bar universitário, ninguém liga para isso - respondo, pois sei que ela teme pelo beijo gay.

- Mas você é…?

- Não! Quer dizer, mais ou menos hahaha. Você é a segunda mulher que eu beijo, na verdade. Mas tenho a teoria de que toda mulher é um pouco “bi festinha”: bissexual quando toma umas.

Ela morre de rir e eu a acompanho.

- Mas você gostou? - questiono.

- Não foi ruim, para falar a verdade. Você beija bem. Mas faltou aquela pegada de homem.

- Obrigada! Bem, na sua casa tem um rapaz que está doido por você…

Ela apenas me olha de lado, mas continua bem-humorada.

No resto da noite não falamos mais nada sério. Só curtimos, bebemos e conversamos bobagens. Talvez vendo que nós estávamos quase saindo, dois homens criaram coragem e nos abordaram, deixando seus números. A mãe de vocês não ficou muito interessada. Peço um Uber, que primeiro me deixa em casa, e depois a leva.

Recados: Capítulo novo na próxima segunda.

Este segundo conto da semana é fruto da colaboração na vaquinha.

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