O CÓDIGO DO PRAZER XIII

Um conto erótico de Ryu
Categoria: Heterossexual
Contém 2542 palavras
Data: 10/07/2025 08:45:23
Última revisão: 10/07/2025 13:32:37

13 - Bug de Comportamento

Quando terminamos de comer, ela se levantou e foi ao quarto.

Quando voltou à sala... levei um susto, foi uma surpresa!

Surpresa mesmo, nunca esperava ver Simone daquele jeito!

Fiquei sem palavras!

Simone saiu do quarto com um sorriso que eu não reconhecia. Usava uma blusa de alcinha curta e decotada, feita de um tecido barato estampado de oncinha — algo que ela sempre detestou, parecia emprestado de alguém dez anos mais nova.

Brincos de argola enormes, salto agulha, maquiagem carregada — olhos pretos demais, boca vermelha demais.… Era como se alguém tivesse entrado no corpo dela. Como se a Simone que eu conhecia tivesse sido substituída por uma versão de balada de quinta categoria.

Usava um shortinho bem colado. O tecido se grudava ao corpo dela, contornando suas curvas de maneira quase exagerada. Aquela imagem era tão distante da mulher refinada com quem eu compartilhava minha vida.

Mas não foram só as roupas. Era o jeito. O andar balançado, exagerado. O modo como ela se encostou na parede, com a mão no quadril, revirando os olhos pra mim como se eu fosse só mais um cara qualquer.

E em vez da postura elegante e firme de sempre, seus quadris balançavam de forma exagerada, como se estivesse tentando atrair olhares. O que antes era uma postura ereta e confiante, agora dava lugar a um caminhar mais provocante, quase desleixado. Ela parecia se divertir com isso, mas eu não conseguia entender o porquê.

Ela mascava um chiclete — e fazia isso de um jeito barulhento, desleixado, empurrando a língua contra a bochecha, como uma adolescente rebelde tentando provocar. Nunca vi Simone mascar chiclete. Nunca. Aquilo por si só já me tirou o chão. Mas o rosto… o rosto foi o que mais me chocou.

Ela me olhava com uma expressão vulgar, debochada. Boca semiaberta, um sorrisinho torto no canto dos lábios, sobrancelhas arqueadas como quem quer seduzir e provocar ao mesmo tempo. Os olhos? Meio revirados, com um brilho que não era dela — algo mais escuro, superficial. Não havia nada do olhar atento e inteligente que costumava me fitar.

Ela se encostou no batente da porta, jogou o quadril pro lado e estalou a goma entre os dentes.

- O que... o que é isso, Simone? - Perguntei, tentando manter a calma, mas minha voz saiu mais fraca do que eu queria.

Ela riu. Não o riso leve e contido de sempre. Era um riso alto, solto, vulgar, escandaloso.

— Tá parecendo uma… — a palavra engasgou, mas escapou — …puta!

Ela sorriu, como se tivesse conseguido exatamente a reação que queria.

— Ué, amor… não é isso que você gosta? — Ela estalou o chiclete de novo, deu dois passos lentos em minha direção, rebolando como se estivesse numa vitrine.

— Vive olhando pras putinhas na rua, pras meninas de shortinho, com esses decotes, com esse jeito. Eu resolvi experimentar. Vai dizer que não tá gostando?

Eu ia responder na hora, mas minha boca ficou seca. Aquele tom de desafio misturado com ironia mexeu comigo. Parte de mim queria negar, queria dizer que não era verdade. Que eu não olhava — ou, se olhava, era inconsciente, automático, sem malícia.

Mas outra parte... sabia que ela tinha percebido algo real.

Simone se aproximou mais, e eu senti o perfume forte — doce demais, enjoativo, nada parecido com o aroma elegante e discreto que ela sempre usava. Ela passou os dedos pela minha camisa, descendo devagar, brincando com o botão de cima, enquanto me olhava de baixo pra cima, com aquele ar de provocação.

— Simone, escuta… — falei, com a voz mais calma que consegui reunir — eu já olhei, sim. Olhei pra muita mulher na rua. Eu já saí com algumas putas sim!

Paguei por sexo! Confesso. Foi um erro. Um hábito idiota. Mas isso... isso é coisa do passado.

— Hoje eu quero sentir como é ser tua puta!

Tentei sorrir, mas não consegui. A situação era absurda demais.

— Eu tô contigo agora — continuei. — Tô com você. Só tenho olhos pra você. E nem sei como te explicar isso, mas… ver você assim, desse jeito... me dá uma confusão danada por dentro.

— Eu sou a mulher sofisticada que você ama, Anderson. Sempre vou ser. Aquela que cozinha contigo, que fala de livros, que escolhe vinho pelo aroma. Essa sou eu.

Fez uma pausa, mordeu levemente o lábio inferior e completou:

— Mas hoje... eu quero ser tua puta. Quero saber como é ser uma dessas mulheres que você paga para comer. Quero saber como é o poder que elas têm. E quero sentir você me olhando desse jeito. Sem filtro.

Havia algo perigoso naquilo. Mas também havia sinceridade. Eu não sabia se queria impedi-la — ou se queria vê-la ainda mais à vontade naquele papel. E isso me assustava mais do que tudo.

A verdade é que, enquanto eu me revoltava por dentro, uma parte de mim — uma parte feia, silenciosa, escondida — achava ela incrivelmente atraente daquele jeito.

Vulgar, sim. Exagerada, sim. Mas irresistível.

Ali mesmo na sala, coloquei a mão atrás da nuca dela e fui forçando seu corpo para baixo, obrigando-a a ficar de joelhos:

- Já que você é uma puta, sabe bem o que fazer!

Ela me olhou com uma expressão obediente e começou a abrir o zíper da minha calça, e a retirou por completo.

Cuspiu o chiclete, começou a me masturbar com ambas as mãos, enquanto sugava meu saco e beijava a região da virilha. Em seguida começou a passar a língua em todo o meu membro, percorrendo-o desde a base até a cabeça, ao mesmo tempo que me olhava diretamente nos olhos, com um cara de puta.

Resolvi dar um tapinha, bem fraco em seu rosto, só por brincadeira:

- Vai logo vagabunda, para de enrolar e caí de boca no meu pau!

Ela adorou receber a ordem, e fez exatamente com mandei. Começou a chupar com muito desejo!

Aquele boquete estava sendo incrivelmente gostoso e suculento.

Enquanto ela mamava loucamente na minha vara, lembrei de que combinamos de trepar em todos os cômodos do apartamento. Resolvi levá-la para cozinha.

Me inclinei, enrolei o cabelo dela na minha mão direita e dei um puxão brusco para trás.

Simone deu um grande gemido de prazer e me olhou com uma expressão de prazer, totalmente entregue, como se pedisse por mais brutalidade.

Aquilo me deu sinal verde. Comecei a puxá-la pelo cabelo, arrastando-a até a cozinha.

Fomos assim da sala até a cozinha. Ela foi meio arrastada, meio andando de quatro, enquanto eu puxava seu cabelo. Não posso negar que senti um imenso prazer dominando desse jeito.

Chegando lá, atirei Simone no chão da cozinha e falei pra ela ficar de quatro. Dava para ver na forma como se comportava, que ela tinha adorado ser arrastada. A expressão em seu rosto, a sua respiração, sua postura corporal, seus gemidos. Ela estava adorando a experiência.

Ela tirou a blusinha, e ficou de quatro.

Eu cheguei por trás, arranquei seu shortinho, deu um tapa na sua bunda e comecei a penetrá-la.

- Aí safado! Gostoso! Mete com força na tua puta!

Sua buceta estava bem molhadinha, comecei a socar com mais força.

- Me fode mais forte, vagabundo!

Aumentei o ritmo, Simone estava enlouquecida querendo Vara.

- Aí, só isso Anderson? Não consegue socar mais forte?

Percebi que ela estava falando aquilo só para provocar ... e estava conseguindo.

Aumentei o ritmo para o máximo que conseguia, e dei um tapão na sua bunda:

- Calo boca piranha!

Ela continua a provocação:

- Nossa, que tapinha fraco! Quero um macho de verdade me comendo!

Eu já estava no meu limite. Peguei seus cabelos e puxei a cabeça dela para trás.

Novamente ouvi ela dar aquele gemido de prazer. Com a outra mão dei um tapa de leve em seu rosto:

- Já falei pra calar a boca, vagabunda!

- Nossa como você é fraquinho. Será que vou ter de arranjar outro macho pra mim?

Dei um segundo tapa em seu rosto, desta vez um pouco mais forte.

- Me fode mais forte! Se continuar molenga assim, vou dar pra outro!

Eu sabia que ela estava falando aquelas coisas só pra me provocar, mas estava conseguindo me tirar do sério. Resolvi fazer algo que nunca tinha feito antes: comer o cuzinho da Simone.

- Então você quer levar pau de verdade! Vai preparando esse cuzinho então, piranha! Vou te arregaçar inteira!

- Ai, isso! Assim que eu quero, bem machão! Me abre! Me abre!

Tirei o pau da buceta, montei em Simone, que continuava de quatro, e meti no cu, com raiva!

Ela começou a gemer alto! Eu me senti vingado:

- Quem que é molenga agora? Diz agora que eu sou fraco, sua puta safada!

Ao me posicionar para comer o rabinho de Simone, coloquei um pé em cada lado do corpo dela, próximo à sua boca.

Enquanto levava pau de quatro, Simone começou a passar a língua no meu pé. Não vou negar, aquele ato me deu ainda mais prazer.

Os gemidos dela se intensificaram e mudaram de tom, agora misturavam dor e prazer.

Ela aguentou firme por um bom tempo, até que pediu para parar:

- Aí Anderson, tá gostoso. Mas eu não aguento mais!

Eu estava com tanta raiva pelo que ela havia dito, que continuei socando.

- Pára! Pára! Tá doendo!

Eu estava fora de mim, enlouquecido naquela relação intensa, continuei metendo com força.

Simone cravou os dentes no meu pé. Mordeu com todas as suas forças! Eu dei um grito de dor e saí de cima dela!

Só então eu voltei a mim, e vi o quanto eu tinha aberto o cuzinho dela.

Simone ficou um tempo deitada no chão da cozinha, ofegante, se recuperando daquela enrabada.

Mas além da expressão de dor, o que se sobressaia e também era visível em seu rosto era o prazer que tinha sentido!

Peguei-a no colo, ela me abraçou no pescoço, e a levei ao banheiro para tomarmos banho juntos. Senti o seu corpo inteiramente suado, mas completamente satisfeito.

No banho ela me olhava com outros olhos, com uma certa admiração. A expressão de aprovação e de satisfação de Simone me deixaram feliz, pois senti que tinha conseguido satisfazer minha mulher.

Mas também havia um outro lado, minha visão sobre quem era Simone mudou completamente. Jamais imaginei que ela gostasse deste tipo de relação.

Ainda no banho, conversamos um pouco.

Eu ainda estava meio atordoado. A gente tinha acabado de sair daquele momento intenso, e ela, com aquele jeito totalmente diferente:

— Simone... — comecei ainda tentando encontrar as palavras. — Você falou uns negócios ali que... eu não sei. Achei que tava me ameaçando de verdade.

Ela soltou uma gargalhada gostosa.

— Ai, Anderson! Não! Claro que não, meu amor! — Ela se jogou do meu lado, ainda rindo, e passando o sabonete no meu peito. — Você achou mesmo que eu ia te trocar por outro?

— Ué... — dei de ombros, meio sem graça. — Do jeito que você falou...

Ela me encarou com aquele olhar afiado e ao mesmo tempo divertido, como quem fala sério, mas se diverte com o drama.

— Aquilo tudo foi só pra deixar a coisa mais... quente, entendeu? Um temperinho. Um tempero picante. Eu gosto de provocar, de testar, de soltar uns palavrões, umas frases de efeito. É tipo performance, sabe? Versão 2.0 da Simone. No dia a dia, você já me viu falar assim?

Eu ri, porque não, definitivamente não. Simone era toda refinada, elegante, parecia que tinha saído de uma revista de moda até pra ir na padaria.

— Então — Ela sorriu. — Entre quatro paredes eu me solto. Viro essa versão... selvagem, exagerada, meio atriz pornô com roteiro ruim. Mas é só uma brincadeira, amor. Um personagem. Eu gosto disso. Me excita. Mas não significa que eu tô falando sério.

Ela pegou no meu pau e começou a acariciá-lo:

— Você me come gostoso, Anderson. Se eu disser que não, é só porque quero você me fodendo com mais força.

Eu comecei a rir, não consegui evitar.

— Tá... agora fez sentido. Meio louco, mas faz sentido.

— A loucura certa, com a pessoa certa — ela respondeu, com um sorriso — Mas ó, se for demais, se te deixar desconfortável, me fala. Não quero que isso vire um problema. A gente acha o equilíbrio entre a lady e a puta!

Saímos do banho e fomos até o quarto.

Simone foi até o armário e sorriu de um jeito safado. Aquele sorriso que eu já começava a reconhecer como o prenúncio de algo inesperado.

— Então acho que você está pronto pra uma última surpresa — disse, abrindo uma gaveta do armário.

De lá, puxou uma caixa. Quando a abriu na minha frente, vi diversos itens que nunca imaginei que ela teria coragem — ou interesse — de comprar: algemas, vendas, um chicotinho, lubrificantes, brinquedos dos mais variados. Fiquei paralisado por um momento. Era como se eu estivesse conhecendo uma nova Simone, ali mesmo, no meu quarto.

— Tudo isso… você comprou? — perguntei, meio sem acreditar.

— Sim. Quero que a gente explore juntos. Quero que o nosso relacionamento seja tudo: elegante, divertido, e também picante.

Demorei alguns segundos antes de responder. Por dentro, eu revia a mulher que idealizei e comparava com essa nova versão tão mais complexa e fascinante. E, pela primeira vez, percebi que talvez a maneira como a idealizei fosse pequena demais pra tudo o que ela realmente é.

— Me conta tudo — disse, sorrindo. — Quero saber o que é cada coisa… e como você imaginou a gente usando.

Ela riu, se aproximou, e começou a me mostrar item por item, com um brilho nos olhos. Eu, ali, deixava a fantasia para trás — e me apaixonava ainda mais pela mulher real.

Conversamos bastante, uma conversa bem interessante. Depois Simone adormeceu. Fiquei ali do lado, observando-a dormindo com um semblante alegre.

Já eu por mais que tentasse não conseguia, tinha muitas coisas girando na minha cabeça. Camila, por exemplo.

Resolvi aproveitar o tempo e pesquisar sobre o passado dela.

Continuava achando que havia algo de artificial naquela relação. Algo que me despertava curiosidade.

Peguei os dados que tinha da ata de eleição de síndico e o rosto de Camila captado pelo olho magico eletrônico, em pouco tempo, cruzando dados, encontrei algo que não me surpreendeu, mas confirmou uma intuição: ex-modelo, presença em ensaios sensuais de revistas e sites de segunda linha e, por fim, registrada em uma agência de acompanhantes de luxo —especializada em executivos, como eles chamavam.

Camila... ex-modelo. Até aí, tudo bem. Mas vieram também links de sites antigos, fóruns, reportagens obscuras de revistas esquecidas. Ensaios sensuais, fotos provocantes, entrevistas veladas em que ela falava sobre “atender executivos discretos” sob contrato. Tudo se confirmou devagar. Camila tinha sido acompanhante. Do tipo alto padrão.

Executivos, políticos e milionários contratavam essas mulheres para diversos propósitos. Por algum motivo, aquilo me deixava inquieto. Mas não era indignação moral. Era outra coisa. Talvez um desejo mal disfarçado. Também descobri que a primeira esposa de Eduardo faleceu a dois anos, e que o casamento com Camila era recente.

Eu encerrei a pesquisa. Já ia fechar a aba, mas no último momento, eu olhei com mais atenção para uma das fotos.

Um pequeno detalhe naquela foto, que até então tinha passado despercebido.

Não conseguia acreditar que aquilo era verdade!

Atirei no que vi e acertei ... tanto no que vi quanto no que não vi.

Matei dois coelhos com uma cajadada só.

Aquele detalhe, naquela foto mudava muita coisa!

Continua ..

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Comentários

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Mais um bom capítulo, com uma cena de sexo excelente e mais um gancho "daqueles".

"Bug" define bem o que foi essa cena dos dois. As prostitutas sempre foram o escapismo de Anderson. Um escapismo relacionado justamente à Simone, já que contratava mulheres parecidas com ela. Simone fazer justamente o contrário é uma ironia muito louca, pois ele nunca procurou uma prostituta barata.

Essa imersão no psicológico do Anderson está muito interessante de ler.

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Muito obrigado Turin!

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