## **Capítulo 11 – Salto, Toga e Gravata**
Daniela atravessava o corredor como quem já pertencia a ele. O salto marcava o ritmo de sua ascensão: firme, seco, elegante. Os olhares dos funcionários agora eram diferentes — alguns respeitosos, outros cautelosos. Mas todos, atentos.
Na sala de planejamento, Ângela a esperava sentada, braços cruzados e olhos semicerrados.
— Precisamos falar da pauta da reunião de amanhã — disse com a autoridade de quem não aceitava recusa.
Daniela pousou sua pasta sobre a mesa. Estava serena, mas não submissa.
— Não vai haver reunião de pauta, Ângela.
E eu estou com o pau mais duro possivel por dizer isso para você
O silêncio que se seguiu foi quase teatral.
— Como é? — disse a controler, com um sorriso falso. — Você não entendeu. Não é convite. É convocação.
Daniela apenas se inclinou, os olhos na mesma altura dos dela.
— Eu entendi perfeitamente. Mas estou focada na apresentação do plano. Se tiver algo relevante para acrescentar... envie por e-mail.
E saiu da sala como quem fecha uma porta e acende uma luz ao mesmo tempo.
---
**No apartamento de Ângela – Mais tarde**
Ela chegou em casa quase tropeçando no próprio orgulho. Largou a bolsa no sofá, chutou os saltos no chão e pegou um copo de licor como se fosse remédio.
O marido veio ao seu encontro, sorridente, querendo agradar. Tentou abraçá-la, mas ela o empurrou sem palavras. Subiu direto para o quarto, abriu a gaveta e tirou o cinto de couro grosso, e uma cinta com um consolo de uns 16 cm ajustando à cintura com frieza.
— Vem. De quatro.
Ele hesitou. O desejo estava ali, mas a resposta do corpo, não.
Ângela não esperou.
Fez com que ele abrisse as pernas e com o peso da mao fez com que ele inclinasse arebitando a bunda e
montou nele como quem monta num cavalo bravo. Cada estoca fasia com seus seios grandes e flacido balancassem e era uma sentença. Cada impulso, um acerto de contas silencioso com o mundo. Vinte minutos de domínio seco, impiedoso. Sem carícia. Sem pausa.
Ele chorava baixinho. E pedia, implorava -- para esta ardendo Ela, exausta, deitou-se de lado, suada e vazia.
— Agora sim — sussurrou, para si mesma. — Alguém me obedeceu hoje.
---
**Na casa de Henrique — Noite anterior à reunião**
Henrique estava no sofá com os documentos abertos no colo, revisando cada gráfico. Luísa entrou com uma expressão de caçadora satisfeita.
— Aprovado em Direito e agora engenheiro de planos... Está mesmo se achando, né?
Ele sorriu, distraído.
— Lu, amanhã é importante...
Ela se aproximou e sentou-se em seu colo com um sorriso que misturava afeto e perversidade.
— Então você vai dormir com incentivo.
Ela pegou a sandália da estante. *PÁ!*
Uma chinelada rápida e apetava seu saco .
*PÁ!*
Outra, com mais ênfase.
*PÁ! apertava mais
E um sussurro no ouvido:
— Sexta a gente conversa sobre “recompensas”. Se continuar obediente.
Henrique foi dormir sentindo as marcas — e o peso da responsabilidade.
---
**Auditório do Conselho — Quarta-feira**
Estavam todos presentes. Marcelo, Sr. Antônio, Guilherme, os vice-presidentes, os diretores. Até Hellen, discreta no fundo, e Luísa, de vestido preto justo e salto afiado, observavam em silêncio.
Henrique e Daniela se posicionaram à frente da sala. Ele começou com calma e clareza, apontando riscos, oportunidades e projeções. Não gaguejou. Não titubeou.
Daniela assumiu a segunda parte com postura impecável. Ela estava tao exotada que teve uma ereção. Falou de absorção de ativos, integração de equipe e redução de custos planos operacionais. Os olhos dela estavam calmos, firmes — e letais.
Mas seus 25 cm de dote estavam firmes.Ç
Sr. Antônio pigarreou.
— Plano objetivo, bem estruturado. Tenho pouco a criticar. Henrique, você nos surpreendeu. Daniela, você nos convenceu. O Conselho vai deliberar oficialmente, mas se dependesse de mim, a assinatura já estava na mesa.
Ângela tentou cortar:
— Mas a supervisora ainda responde a...
— Ela responde pelos números — disse Marcelo. — E eles estão ao lado dela.
O silêncio que se seguiu foi mais forte que qualquer palpite.
---
**Após a reunião**
Ângela descia as escadas com a cabeça erguida e o sangue quente. Tinha perdido terreno. E pior: para alguém que ela considerava “decorativa”.
Henrique e Daniela saíram lado a lado. Não disseram nada. Apenas se olharam — e sorriram com os olhos. Tinham vencido. Mas sabiam que aquilo era só o começo.
---
**Mais tarde — Convite inesperado**
Daniela já estava em casa quando recebeu a notificação:
**“Quinta, 17h. Cobertura do Grupo. Chá informal. Traje casual. — Hellen.”**
Não havia emojis. Nem explicações.
Mas ela sabia: aquele não era um simples chá. Era um teste. Um convite para o círculo das mulheres que reinavam sem levantar a voz.
Onde saltos falavam mais do que microfones.
Ela fechou o celular. Respirou fundo.
E foi escolher o vestido.
Sabia que não podia errar ....