Campo Minado

Um conto erótico de Lore <3
Categoria: Lésbicas
Contém 2909 palavras
Data: 06/07/2025 20:20:58
Assuntos: Lésbicas

Alguns dias se passaram e, enquanto trabalhava, fui surpreendida com uma ligação do meu sogro. Eu estava no restaurante do hospital, então havia aquele barulho do ambiente. Atendi e fui me direcionando ao elevador, porque na minha sala estaria mais silencioso.

— Oi, Sr. Zé! — falei.

— Oi, Lore, é Iury — meu cunhado corrigiu.

— Deu saudade da minha voz, foi? — brinquei.

— Ih, tá maluca?! — ele respondeu, rindo.

— Aconteceu algo? — perguntei.

— Então... eu pensei um monte antes de ligar, mas... meus pais estão com fortes sintomas de gripe e não querem ir ao hospital, nem fazer uma consulta, nem fazer um teste — Iury me informou.

— Eita, isso é sério... — disse-lhe.

— Nem tomam remédio, só uma coisa que eles chamam de lambedor — ele falou, em um tom engraçado.

— Sei como é — respondi.

Pensei em finalizar a ligação e informar à Júlia para saber o que faríamos. Contudo, não deixei de notar que ele preferiu ligar para mim e não para ela, e quis então tentar que eles trocassem esse contato.

— Cunhadinho, eu tô no trabalho e aqui tá bem corrido. Tem como você ligar para a Juh? Sabe-se lá quando terei tempo para falar com ela — tentei.

— Huuum... beleza — ele disse.

— À noite eu ligo novamente, para saber notícias e também... para que você não morra de saudade de mim — zoei para quebrar o clima.

— Ligue, mas para eu ver meus sobrinhos, porque deles sim eu sinto saudade — ele revidou.

— Fatality! — exclamei, e rimos, finalizando a ligação.

Eu não queria alarmá-lo, mas a preocupação já pesava no meu peito. Era impossível não pensar que talvez eles tivessem contraído o vírus. Afinal, mesmo sabendo dos riscos, haviam feito uma viagem que não poderia ser adiada, mas que, diante do cenário que vivíamos, nos pareceu arriscada desde o primeiro minuto. Além disso, eu conhecia bem a resistência deles às orientações de Júlia. Ela assumiu para si a tarefa de fazer as compras e garantir que tudo chegasse à porta com o máximo de cuidado, mas convencer seus pais a aceitarem cuidados sempre foi um desafio. Eles carregam no coração uma vocação quase inata para cuidar e servir. Inverter essa lógica e permitir-se ser cuidados parecia, para eles, contrariar a própria natureza.

Os testes feitos para que pudessem regressar a Salvador deram negativo, mas eu sabia que isso não significava muita coisa. Era perfeitamente possível que, antes ou durante a viagem de volta, eles ainda estivessem incubando o vírus, e o resultado negativo fosse apenas um reflexo do período de janela. Também havia a possibilidade do falso negativo. Embora o RT-PCR fosse considerado o padrão ouro, não era infalível. Ainda havia uma pequena taxa que deixava margem para alimentar minha dúvida.

Em pouco tempo, recebi outra ligação, dessa vez da gatinha.

— Oi, amor — disse-lhe.

— Iury acabou de me ligar — ela me falou, com a voz trêmula.

— Calma, meu amor... pode ser uma gripe também — tentei amenizar.

— Eles nunca ficam gripados — Juh pontuou. — Falei tanto para não irem... — e desabou em choro.

Interfonaram para a minha sala e eu fiz uma pequena pausa na ligação, mas com o coração na mão, queria tranquilizá-la antes.

— Antes de tudo, eles precisam fazer um teste. Depois a gente segue as recomendações — falei, mas sabendo que já era algo que Juh sabia.

— Você sabe que horas consegue sair hoje? — ela me perguntou.

— Beirando a noite... mas posso tentar sair mais cedo — falei, mesmo sabendo que seria difícil.

— Acho que vou agora e os trago para cá. Aqui vai ser mais fácil de cuidar caso dê positivo — Júlia disse.

— Pega o carro aqui e aproveita para me dar um beijinho — sugeri.

— Vou fazer isso. Quero muito seu beijinho agora — Juh falou, com a voz manhosa.

Em pouco instante, a muié mais linda do mundo chegou. Mesmo toda preocupada, exibia a sua beleza única.

Fiquei a esperando ao lado de fora. Ela me abraçou e eu tirei a máscara para dar um beijo em seu pescoço.

— Ali tem um centro de testagem rápida — falei, apontando para a esquina.

— Tá. Lana até conseguiu marcar uma consulta, mas eles não foram. Então remarcou para amanhã... Como vamos estar aqui, vou adiantar por aqui caso dê negativo — ela me disse.

— Deixa isso comigo, consigo daqui — falei, e Juh assentiu.

Nos dirigimos até o jardim. Percebi que a gatinha precisava de mais um tempinho comigo.

— Até que seus irmãos se desenrolam bem, né? Um ligou para você, a outra marcou uma consulta... — falei, ajustando o cabelo que caía pelo seu rosto.

— Iury ligou para mim porque você pediu — Juh me corrigiu.

— Uai, mas ligou — disse-lhe, com um sorriso.

— Eu acho que eles já não gostam de mim, amor — Júlia disse, de repente.

— Por que diz isso? Pode ser impressão... Vocês estão se conhecendo agora — tentei.

— O tom comigo é sempre um pouco diferente. Repare nas ligações — ela disse.

— Tá bom, vou ficar mais atenta... Mas sério, por enquanto, não se prenda nisso, não... Deixa rolar — falei e roubei um selinho.

— O Psiquilord vai te demitir por estar namorando quando deveria estar no seu trabalho CORRIDO — Juh ironizou, enfatizando a última palavra, e eu ri.

— Pelo visto, seu irmão citou até as vírgulas da nossa conversa — respondi, ainda rindo.

Ficamos um tempinho em silêncio e ela parecia mais calma e, eu diria, até um pouco mais leve.

— Tô com medo, Lore... — Juh confessou, enquanto nós nos despedíamos.

— Eu sei, amor... — falei, apertando um pouco mais o abraço.

— Mas vai dar tudo certo, creio que vai — ela disse, entrando no carro, e eu assenti.

Enfiei a cabeça pela janela e segurei seu queixo para beijá-la com vontade.

— Eu não ia falar nada pra estarmos aqui, mas era isso que eu queria mesmo — Júlia disse, com um sorrisinho de canto, já saindo.

— Que bom que eu leio pensamentos — brinquei, procurando a máscara para retornar ao meu posto.

Quando terminei de passar pelo pátio, um maqueiro muito gente boa, que virou meu amigo, brincou: "Drª, o vírus eu não sei, mas 80 milhões de bactérias vocês trocaram." E eu ri, respondendo que há riscos que eu gosto de correr.

Pela primeira vez, Milena e Kaique ficaram sozinhos em casa, e isso não me assustava, mas eu tinha ciência de que, ao chegar, poderia encontrar milhões de cenários que eu sequer seria capaz de imaginar.

Acabei rindo e conferindo nas câmeras o que faziam. Os dois estavam correndo com Brad ao redor da casa, coisa que certamente também estariam fazendo se nós estivéssemos por lá.

A minha única angústia real era que, de algum modo, isso chegasse aos ouvidos do pai de Milena e ele quisesse fazer de uma gota d’água uma tempestade.

Adiantei tudo que pude para ficar livre mais cedo, fiz meu teste e deu negativo mais uma vez... Sinceramente, eu não conseguia mais me alegrar, sabendo das diversas possibilidades.

Fui à clínica e fiz uma sessão presencial, aproveitando a presença de João. Também conversamos sobre a situação atual; ele partilhou que uma tia não estava nada bem, e a história parecia muito com a dos meus sogros. Viagem recente e, mesmo recebendo alerta dos familiares, ela não estava gostando por se sentir regulada. Não consegui deixar de fazer um paralelo.

A gatinha me mandou mensagem dizendo que já havia chegado, então tomei uma ducha no banheiro do escritório e fui direto para onde havíamos combinado. De longe, a vi com Iury e Lana. Eu pensei que eles iam permanecer na pousada, então me surpreendi.

Quando me aproximei, involuntariamente, Iury olhou para trás e arregalou os olhos em um susto, que logo se transformou em um abraço caloroso.

Eu não esperava aquela reação, então só ri e o abracei de volta.

— Rapaz, eu falei que você estava com saudade — zoei, passando a mão no cabelo dele.

— Só fui educado, disseram que tenho que ser — ele tentou se recompor, porém ria.

Lana falou comigo em um aceno mais tímido e dei um selinho em Juh.

— E aí? — perguntei.

— Foi o maior trabalho para convencê-los de vir... — Júlia lamentou.

— Mas deu certo — disse, fazendo um pouco de carinho.

— Espero que dê negativo e que seja somente uma gripe — ela disse.

O clima entre os três não era muito confortável. Sabe quando você é criança e os pais do seu amigo estão brigando feio com ele? Eu me sentia igual, contudo, tentava disfarçar puxando assunto com cada um, de forma individual, já que em grupo não funcionava muito bem, e às vezes eu me arrependia amargamente de fazer isso.

— Achei que vocês iam ficar por lá — comentei.

— Eu também... — falou Lana.

— Ela não deixou — Iury disse, se referindo a Juh.

— Já falei: eu só achei que vocês não iam querer ficar — a gatinha se justificou, em um tom cansado.

Pelo visto, aquele assunto já havia sido pauta.

— Perguntar não ofende... — Lana sussurrou.

— Eu queria vir — Iury disse, olhando para ela, que apenas deu de ombros.

— Queria vir me ver — brinquei, numa tentativa desesperada de mudar o rumo da conversa.

— Sai dessa! — ele exclamou, porém eu sabia que ele sorria.

— Vocês estão gostando de lá? — Juh perguntou, sutilmente.

— Hunrum — Iury respondeu, acenando positivamente com a cabeça.

E meus sogros apontaram, ambos se locomovendo mais devagar que o normal. Até os achei mais magros; estavam visivelmente abatidos.

Lana e Iury correram até eles, e Juh e eu fomos logo atrás.

— Eles me odeiam... — ela disse.

— Me senti em um campo minado com vocês — desabafei, e ela deu um sorrisinho forçado.

— Negativo, negativo, negativo — a gatinha foi falando até chegarmos lá.

— Negativo! Falei que era exagero vir até aqui — meu sogro disse, impaciente.

— Não precisa de consulta médica, a gente dá um jeito em casa — minha sogra disparou.

— Nada disso! Eu estou falando sério. Nós vamos fazer uma consulta, sim, porque, por mais que seja uma gripe, está afetando vocês. NÓS VAMOS! — Júlia disparou e virou as costas, indo até o carro.

Eu fiquei sem palavras. Ela tinha total razão, mas eu nunca a vi falar daquela maneira com ninguém, muito menos com os pais.

Até Lana e Iury, que não a conheciam direito ainda, se assustaram.

Todos começaram a segui-la em silêncio, e somente eu fiquei para trás, simplesmente sem acreditar no que via. Sr. Zé e D. Jacira não contestaram, e aquilo fez brotar um sorriso em mim por baixo da máscara, porque era um cenário inimaginável.

Adiantei os passos, ultrapassando-os, até chegar na gatinha, e passei a mão em sua cintura enquanto andávamos.

— Arrasou — disse-lhe baixinho, de maneira que só ela ouvisse.

— Vou pedir desculpas — Juh sussurrou.

— Sustenta — inventei, sussurrando de volta.

— Exagerei — ela pontuou, já com a voz trêmula.

— Não achei... Funcionou — comentei.

E somente diante do carro, Júlia virou-se para eles.

— Desculpa o jeito que eu falei. Eu estava com muito medo de ser o pior desde que Iury me ligou, e estou vendo como vocês estão debilitados... Só quero que tudo fique bem... — Juh disse, com um tom vacilante, e os abraçou.

Nesse momento, Lana e Iury se afastaram um pouco dos pais.

— Não tem problema, nós vamos, tá? — falou meu sogro.

— Eita, que hoje de noite vai estar todo mundo espirrando junto — brinquei, e eles riram.

— Como perguntar não ofende, vocês querem ir com a gente ou preferem ficar com Lore? — Juh questionou os irmãos.

— Com Lore — eles responderam quase juntos.

Eu nem sabia que ia ficar, mas como Júlia estava controlando tudo, aceitei de bom grado.

~ Eu que não queria apanhar da minha muié braba na frente dos outros 🤣

Eles partiram, e eu os levei lá em casa. Eles estavam com saudade das crianças e, com certeza, Milena e Kaique também partilhavam do mesmo sentimento.

Quando passei pela porta, os dois estavam sentados no chão, pintados da cabeça aos pés com diversas cores de tinta, cada um com uma esponja nas mãos tentando tirar uma pequena mancha da parede.

— Ih, carai, o que rolou? — Iury perguntou, fazendo-os olhar depressa para trás.

— Titioooos!!! — os dois exclamaram, correndo até ele e Lana.

— Acho que não pode abraçar — Lana comentou.

— Por causa do COVID... — Mih comentou, e os dois pararam no meio do caminho.

— Porque vocês estão cheios de tinta!!! — ela exclamou, rindo.

— Para o banho, os quatro... — falei, dando uma piscadinha.

Entreguei algumas roupas para que eles pudessem se trocar, e eles passaram a tarde jogando altinha e se divertindo na piscina.

Fiquei a maior parte do tempo em ligação com outros diretores; estávamos tentando trocar experiências e aproveitar o que estava dando certo em cada local. Mas consegui me juntar aos queridos e aproveitei para tentar ensiná-los a nadar. Mih e Kaká já haviam iniciado um tutorial, mas não parecia dar muito certo.

~ Saíram sabendo boiar, pelo menos 🤣

Pedi para os guris saírem para que não se resfriassem e, então, ficamos nós três nos secando, sentados nas cadeiras, só que de maneira espaçada.

— Júlia trabalha no colégio que Mih e Kaká estudam? — Lana perguntou.

— Isso, eles falaram? — perguntei.

— Sim... E talvez a gente estude por lá também... — Lana disse em um tom de quem não havia gostado da ideia.

— Talvez? — questionei, rindo. — Tenho certeza que sim... — completei.

— Mas ela fica lá na parte que a gente vai estudar? — Iury questionou.

— Depende... Este ano, não... Mas Juh transita bastante entre os segmentos. Ela não curte muito o Ensino Médio — informei.

— Pelo menos isso — Lana disse, num desabafo, mas logo lembrou quem eu era, e foi notável o susto estampado em seu rosto.

Eu queria evitar ao máximo essa parte deles dois falando mal da minha muiézinha para mim.

— Vocês estão sendo injustos com Juh. Ela é a melhor pessoa que eu conheço e tem um coração gigante — falei, olhando nos olhos dos dois.

— É que ela é tão... — minha cunhada iniciou, e eu a interrompi.

— Vocês não a conhecem. Por favor, deem uma chance — tentei.

— Mimada e ciumenta — Iury completou pela irmã.

Pelo visto, o ciúme foi descoberto.

— E você tá reclamando disso para a pessoa que mais se esforça para mimá-la e se orgulha disso? — perguntei, rindo.

— Mais que nossos pais? Impossível — Lana pontuou.

— Pelo visto, o ciúme não está somente na minha gatinha — comentei, com um riso nos lábios.

E os dois silenciaram, como se tivessem sido pegos no pulo.

— Vamos mudar de assunto... Estão em que ano? — questionei.

— Eu no primeiro e Lana no segundo. Perdemos alguns anos porque somos péssimos alunos e também porque... Nós mudamos diversas vezes — disse meu cunhado, a última parte de maneira tímida.

— Perdi somente um ano — Lana corrigiu.

— A gente queria fazer aquela prova. Eu não aguento mais escola — Iury lamentou, se jogando contra a cadeira.

— Agora é online. Quando voltar o presencial, acredito que vocês vão curtir... É um prédio bem grande — informei.

— Acho que a gente vai se dar muito mal — Lana lamentou.

— Não vão. Não comecem pensando assim. Vocês terão todo o suporte necessário, prometo — falei, tentando animá-los.

— Lore, nós somos burros! — Iury exclamou, rindo.

— Não acredito nisso, de verdade — enfatizei.

E nisso as crianças retornaram. Os dois perguntavam se os tios iam dormir com a gente naquela noite. Eu acreditava que não, porém quem ia decidir isso seriam meus sogros.

A consulta demorou bastante, e eles só puderam sair após tomar algumas vitaminas. Chegaram quase à noite, e já estávamos jantando. Sr. José e D. Jacira nem desceram do carro, para a infelicidade de Milena e Kaique.

— Não dá para vocês irem... Fiquem aqui que a gente cuida direitinho — Juh tentou, em um tom melancólico.

— A gente se vira, meu amor. O pior já passou — Sr. Zé falou.

— Se quiserem, vou lá pegar o que precisam amanhã. Só trabalho à noite — disse-lhes.

— Não precisa, Lore — minha sogra disse.

— Vou ficar preocupada — Juh falou.

— Por que você não vai, amor? — sugeri.

Iury e Lana me fuzilaram com o olhar.

— Eu? — ela perguntou.

— É. Você consegue trabalhar 100% de forma remota — justifiquei minha proposta.

— Sua companhia nos fará bem — minha sogra disse, sorrindo.

— Tá... Então eu vou... — Juh concordou, mas não parecia confortável com a ideia.

No quarto, enquanto a gatinha preparava duas mochilas, ela ficou tentando desistir.

— Eles me odeiam, amor... Vai ser terrível... — Júlia disse.

— Se ficar insuportável, me liga que eu dou um jeito de aparecer por lá para te salvar, prometo — a assegurei.

— Corta para eu te ligando essa madrugada — ela disse, e nós rimos.

Juh também estava levando os dois celulares que já havia comprado para os irmãos.

— Meu único receio é eles acharem que estou tentando comprá-los — a gatinha falou.

— Eles vão amar. Vão entender que é um presente de coração — disse-lhe.

— Tudo que eu falo eles interpretam errado e sempre da pior maneira. Esse negócio deles virem ou não juntos... Lana disse que eu não queria que eles ficassem em casa para não roubarem nada. Olha que absurdo! — Juh disparou.

— Sério? — perguntei, incrédula.

— Sim... Eles me odeiam — Juh tornou a repetir.

— Espero que esses dias façam bem a vocês e que seja uma experiência positiva — falei, ainda pensativa sobre o ocorrido relatado.

— Acho que não dá para me odiarem mais do que isso. Pior que está não deve ficar — Júlia concluiu.

— Vou sentir saudade — falei, interrompendo a organização para um beijo.

— Eu mais ainda — Juh disse, repousando a cabeça sobre mim.

As crianças ficaram bem tristes por não poderem ir. Tentaram argumentar que as aulas também eram online, mas rebati dizendo que eu não queria ficar sozinha. Também os recordei de que eles estavam em fase de teste quanto à responsabilidade de ficarem sozinhos em casa, e acredito que isso ajudou bastante, pois os dois adoram a sensação de maturidade chegando.

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Foto de perfil de Lore Lore Contos: 123Seguidores: 43Seguindo: 4Mensagem Bem-vindos(as) ao meu cantinho especial, onde compartilho minha história de amor real e intensa! ❤️‍🔥 (sou casada e completamente apaixonada por uma mulher ciumenta, mantenha distância ✋🏽💍)

Comentários

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Lore, você foi uma verdadeira bênção na vida da Juh e na família dela nesse momento delicado. Ser psiquiatra não te dá superpoderes, mas como falou, traz um olhar sensível, atento, que parece ter feito diferença nessa travessia. Esse olhar sensível em momentos como esse é valioso demais.

O título "campo minado" foi bem apropriado mesmo — relações familiares têm dessas.

Eu tenho por principio não admitir que falem mal da minha esposa na minha frente.

Mas ali, você se deparou com algo muito peculiar. Esses dois jovens — seus cunhados — talvez estivessem tentando encontrar algum chão firme. Você soube acolher com firmeza e afeto. Isso é raro. E valioso.

Admiro sua firmeza ao não deixar que falem mal da sua esposa, mas sem perder a empatia com seus cunhados, que como você disse, já passaram por muita coisa.

As vezes, ao ler sua história, me faz pensar sobre minha próprioa historia também. Este capítulo foi um deles.

Não pude deixar de lembrar da minha sobrinha. Como falei, ela também é adotiva, e, infelizmente, enfrentou muitas situações difíceis na convivência com colegas de escola. Ela é bem diferente fisicamente dos pais — meu irmão e minha cunhada — e isso tornava óbvio que era adotada. E, como você deve imaginar, algumas crianças e adolescentes souberam usar isso da pior forma possível.

Além disso, ela também passou por questões com a obesidade, e tudo isso somado gerou um sofrimento enorme, ainda que ela tenha sido extremamente forte. Até hoje admiro a forma como enfrentou as “brincadeiras” cruéis e o preconceito disfarçado, aquele que não se declara, mas que se sente no ar — uma coisa suja, podre mesmo.

Na época da adoção meu irmão ainda era militar (ele é formado pelo ITA, um instituto militar). Nada contra militares, mas ele não era exatamente a pessoa mais sensível do mundo. Mas ele e minha cunhada apoiaram minha sobrinha do jeito que podiam. A escola, por outro lado, deixou muito a desejar.

Tudo isso me faz valorizar ainda mais sua presença neste momento, em relação à família da Juh.

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Pelo jeito a situação está bem complicada, já que o ciúme não parte só do lado da Juh.

Sinceramente eu tendo entender os dois lados, porém eu ainda acho que nenhum dos três tem culpa, eu acho que o início foi errado e acabou se refletindo na na situação dessa época. Se Juh tivesse feito parte de tudo desde o início, talvez as coisas nessa época fosse diferente. Posso estar totalmente enganada, mas é minha humilde opinião.

Ainda não sei o que os dois irmãos passaram, pelo que você disse, isso influência muito nas suas ações, mas eu sei o que Juh passou e sinceramente eu admiro muito ela por pelo menos tentar que as coisas de certo.

Eu sou muita chata com esse lance de alguém tomar um decisão sobre algo que me afeta diretamente sem me consultar, talvez por isso eu tenho muita dificuldade de entender o que os pais da Juh fizeram, nada contra eles terem adotado os irmãos, isso eu achei muito legal da parte deles, porém a forma que fizeram é complicada para eu entender por essa dificuldade de aceitar situações assim. Como eu disse, sou muito chata com isso. rsrs

Amei ler dois capítulos em um único dia, ainda mais de uma parte muito importante da vida de vocês.

Muito bom como sempre!

Parabéns minha amiga querida! 🤗😘😘

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Nada me abala, eu tenho a rainha ao meu lado 😌

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Tmj nessa parceira! kkkkk

Saudades de você amore! 🤗❤️😘

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Saudade, saudade, saudadeeeeee ❤️❤️❤️❤️

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❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️🤗😘

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É difícil explicar, mas eu sinto muito ciúme e acredito q isso ficou óbvio para meus irmãos desde o primeiro momento e eles se aproveitaram disso para implicar comigo 🥴

Juro, eles abraçavam meus pais olhando fixamente nos meus olhos e sorrindo assim: 👉🏻😏

Ódiooooo 😂

Os dois sofreram bastante e eu n esqueço disso, só n acho q eu mereça tudo q eles aprontam comigo 🤷🏻‍♀️

Tem outra coisa: Eu n sei ser irmã, sou bem besta 😂

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Acho que seu ciúme exagerado é as implicâncias deles não ajudaram nem um pouco nessa situação. rsrs

As vezes olhando de fora fica difícil dar opinião, ainda mais que cada pessoa tem seu jeito e nossa essência é difícil mudar, eu não sou ciumenta e nem implicante, então é bem complicado para mim tentar me por no lugar de vocês. Por isso disse que procuro entender os dois lados.

Deve ser bem complicado aprender ser irmã depois de tanto tempo sendo filha única, eu acho que teria bastante dificuldades também. Kkkkkk

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Eles ainda são chatos, porém hoje, graça a Deus, é beeeem mais tranquilo 🙏🏻

Caio na pilha? Caio, mas logo passa 🙃

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Menos mal e acho que a tentendencia é ir melhorando cada vez mais com a convivência Juh.

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Tô com saudade de verdade de você ❤️😢

Q coisa louca...

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Eu também estou, sinto falta das nossas resenhas. 🥺

Mas logo logo vou estar com mais tempo livre no trabalho e quando chegar em casa, aí vamos matar saudades. 🤗❤️

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Ebaaaaa 🥰❤️

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Amore preciso dormir.

Da um beijão de boa noite na Lore.

Boa noite Juh, te amo! 🤗❤️😘

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Tá bom, Rainha 🥰❤️

Dou sim, tenha uma ótima noite e eu também te amo! ❤️🥰

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❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️😘😘😘😘😘😘😘😘😘😘😘

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Pense num povo ciumento? 😂😂😂

Sem dúvidas, Jú! Você tem toda razão. Se Juh fosse introduzida no início do processo ajudaria a ser bem mais tranquilo.

No próximo capítulo eu vou receber uma ligação que esclarece parte do que você não sabe... Sou ruim com previsões, contudo, acredito que no mesmo conto dá para encaixar a outra parte também, porque tudo ocorreu no mesmo dia.

E sim, a gatinha tentou, viu? Até tentando a bichinha sofreu 🤦🏽‍♀️😂

Entendo perfeitamente o seu ponto em relação aos meus sogros. A atitude foi nobre e valida, a condução do processo... Catastrófica!

Nesse momento não havia o que fazer, a não ser, tentar o mínimo de boa convivência.

Não sei porque, mas nós conectamos muito rápido e queria que fosse assim com os três também, Juh é um ser humano extraordinário, com um coração lindo... Lana e Iury, até esse momento, me pareciam duas pessoas extremamente abertos a novas pessoas... Não fazia sentido eles não se darem bem 😫

Enfim, Freud explica 😂😂😂😂

Muito obrigada por continuar acompanhando os capítulos, mesmo quando eles estão cheios de blá, blá, blás ❤️😂

Beijão! 😘😘😘😘

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Eu amo os cheios de blá blá blá. Kkkkkkk

Vou aguardar o próximo, estou realmente curiosa para conhecer a história dos irmãos.

O prazer é todo meu amore! 🤗❤️😘

Obs: Caindo de sono aqui, prometo que vou tentar ter mais tempo no próximo para a gente resenhar um pouco. 🤗😘

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Você é um amor! 😂😂😂😂

Tomara que eu consiga transpassar tudo direitinho para vocês entenderem os dois lados 🙏🏽😂

Obs: Sinto muita falta das nossas resenhas, mas entendo o tempo curto, por aqui tá bem complicado também 🥵

Espero que dê certo, e se não der, uma hora a gente consegue, minha linda 🥳

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Paz 🕊️

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