Eu me joguei na cama como quem foge de um incêndio. A diferença é que o incêndio era interno, nos nervos, nos músculos, na consciência — e eu era o próprio piromaníaco. Fiquei ali, de costas, olhando o teto como se ele fosse me julgar. Spoiler: julgou. Cada rachadura, cada sombra torta na parede parecia uma expressão de desaprovação. E com razão.
Eu tinha espiado minha irmã.
Sim. Isso mesmo. Es-pi-a-do. Não foi sem querer. Não foi uma coincidência infeliz. Eu escolhi ver. E vi. Mais do que deveria. Menos do que queria.
O estômago revirou. Uma náusea que não vinha do corpo, mas de algum lugar mais sujo. Um lugar que minha mãe tentou purificar a vida inteira com sermões e cara feia. Um lugar que meu pai abandonou quando saiu de casa com a vadia da Alessandra. E agora, esse lugar era só meu.
— Que tipo de verme se excita com a própria irmã? — sussurrei pro teto, pra mim, pro nada.
Eu. Aparentemente, eu.
Me virei de lado, abracei o travesseiro como um idiota carente e desequilibrado. Era fácil colocar a culpa no passado. Crescemos grudados. Dormíamos juntos quando éramos pequenos. Trocávamos de roupa no mesmo quarto até a adolescência. Manuela sempre foi a mais forte, a mais bonita, a mais certa das coisas. E eu… sempre fui o que ela protegia. O que ela empurrava. O que ela provocava sem saber. Ou fingia não saber. Vai saber.
Aos doze anos, ela me viu nu no banheiro e riu — não de deboche, mas como quem descobre um segredo. Na hora, eu jurei que era humilhação. Agora, me pergunto se foi convite.
A respiração me escapava num ritmo desigual. Tentei pensar em outra coisa — qualquer coisa — mas tudo voltava para a mesma imagem. Eu nem precisava fechar os olhos pra lembrar.
A imagem dela diante do espelho vinha inteira, como um filme que eu nunca tinha pedido pra assistir. Manuela tirando o top do shortdoll devagar, expondo aqueles seios perfeitos, os mamilos duros que pareciam me encarar no reflexo. Depois, virando de costas pra conferir cada ângulo — a bunda alta, redonda, marcada pela faixa clara do biquíni que cortava o quadril num contraste quase pornográfico.
Eu lembrava do jeito que ela passou a mão pelos próprios seios, avaliando o silicone com uma naturalidade que me deixava louco. Do momento em que puxou o short até os tornozelos sem hesitar, como se não tivesse ninguém ali. E eu — congelado — com o coração disparando, me perguntando se ela sabia que eu via tudo.
Aquele risinho baixo ainda me perseguia. O jeito como ela inclinou a cabeça, meio rindo de si mesma, meio se exibindo sem vergonha nenhuma. E, antes de desaparecer no banheiro, a última visão da bunda balançando devagar, como um aviso de que eu nunca mais ia conseguir esquecer.
Quando a porta se fechou, tudo voltou ao normal — ou pelo menos ao que fingia ser normal. Mas a lembrança ficou.
E agora, deitado na cama, eu não tinha para onde correr. Essa cena voltava na minha cabeça como uma maldição. O corpo dela. O shortdoll. A calcinha que eu não consegui ver inteira.
Eu era um idiota patético.
Um pervertido.
Um irmão de merda que não consegue olhar para a própria irmã sem pensar em metê-la contra a parede.
—Parabéns, Miguel. — murmurei, com a voz mais baixa que um suspiro. —Você finalmente chegou ao fundo do poço.
Fiquei imóvel por alguns minutos. Eu me perguntava em que parte da criação eu me perdi. Talvez tenha sido quando nosso pai saiu de casa. Ou quando ela começou a dizer que a gente só podia contar um com o outro.
Sim. Grande conselho. Contar um com o outro até esse “um com o outro” virar uma obsessão doentia.
Era isso que a gente fazia, no fundo. Fingir que não via. Que não ouvia. Que não queria. Mas bastava fechar os olhos por dois segundos pra tudo voltar, como uma sequência suja que eu não tinha coragem de apagar.
Minha mão desceu devagar até o elástico do short. O pau já estava duro, meio envergonhado. Uma ereção pesada, suja, cheia de culpa. Tentei resistir. Juro. Mas a imagem dela se abaixando… os mamilos duros… a bunda enorme…
— Porra, Miguel… — sussurrei com nojo. — Isso é doentio.
E continuei. Porque o desejo é burro. E insistente. E não aceita sermão moral de moleque confuso.
Fechei os olhos. A cabeça dela virando levemente, como se soubesse que eu tava ali. O quadril movendo de leve enquanto ela pegava a calcinha no chão. Aquela pele. A covinha na lombar. O ar no quarto pesando de repente. Como se até a poeira quisesse assistir.
Minha mão começou a se mover com mais força. O corpo pedindo o que a razão implorava pra negar. Estava quase lá, quase esquecendo o nome da minha irmã, quando ouvi o som do carro ligando lá fora. O motor do carro dela. Portão abrindo. Fechando. Distância.
Ela saiu.
A punheta parou no meio do movimento. Um estalo me atravessou. Quase doeu. Sentei na cama com o pau ainda exposto e o coração martelando.
O quarto dela.
A calcinha.
Só não tinha visto a calcinha. A porra da calcinha. A que ela estava usando. E esse detalhe me corroía como um verme.
Me levantei devagar. Ainda hesitante se deveria realmente fazer isso. A curiosidade me venceu. Me vesti com uma pressa silenciosa, como um ladrão. Não vesti cueca. Só o short e a culpa.
Cada passo no corredor parecia um trovão abafado. Eu sabia que a minha mãe estava dormindo. Mesmo assim, caminhei como se tivesse virado um fantasma.
Abri a porta do quarto da minha irmã só o bastante para espiar. Tudo quieto. A cama feita. O cheiro veio primeiro. Shampoo. Hidratante. Pele. O quarto de Manuela sempre teve esse cheiro. Intenso. Íntimo. Quase cruel. As almofadas desarrumadas. A toalha molhada na cama. O cheiro de sabonete e desodorante feminino, impregnado nas cortinas. O cesto de roupa no canto, abarrotado.
Eu não queria nada. Só precisava ver. Satisfechar uma curiosidade imbecil que martelava minha têmpora.
Me aproximei do cesto. Minha mão tremia — não de medo, mas de antecipação pura, cruel. A pilha de roupas parecia um altar do qual eu não conseguiria desviar o olhar.
Meus dedos afundaram na bagunça até encontrar a calcinha. Quente ainda. Vivo. Era mais fina do que eu imaginava, quase translúcido, branco como um pano de altar.
O elástico tinha uma rendinha delicada, costurada com linha cor-de-rosa que passava em zigue-zague pela cintura. Eu vi uns fiapos soltos, sinal de uso, de intimidade.
O forro, mais grosso, guardava uma mancha úmida — pequena, mas tão nítida que parecia me encarar.
Eu apertei o tecido entre os dedos. Ainda quente. Quente como a pele dela.
A parte de trás, minúscula, era só um triângulo esticado que devia sumir no meio da bunda dela. Eu consegui imaginar perfeitamente: a curva do quadril, a marquinha no elástico. O contorno da buceta pressionando o algodão.
Era tão pessoal que me deu nojo de mim mesmo. Por um segundo, pensei em largar. Em fingir que não tinha visto nada.
Mas meu pau endureceu de um jeito obsceno, quase dolorido. Quase explodiu contra o short. Naquele instante, eu soube que não ia só olhar.
Eu precisava sentir.
Fechei os olhos e aproximei o tecido do rosto. Aspirei o cheiro. Quente. Doce. Animal. Meu estômago virou de novo, mas não de nojo. Era outra coisa. O cheiro me atingiu de um jeito que nenhum perfume barato da farmácia conseguiria imitar. Quente, ácido, humano. Minha garganta se apertou.
—Merda... — sussurrei, quase inaudível.
Sentei na beirada da cama dela, segurando aquela calcinha como se fosse um troféu sujo. A cabeça girava. A boca seca. O pau pulsando.
Minha irmã. Minha irmã deixou isso aqui. Usou isso. Tocou isso. Molhou isso. Agora tava ali. Nas minhas mãos.
Minha mão desceu sozinha até meu short. O elástico cedeu sem resistência, como se todo o universo conspirasse para me tornar mais desprezível. Toquei meu pau, já latejando. A vergonha se misturou ao tesão até ficarem indistinguíveis.
Você realmente vai fazer isso, Miguel? Vai gozar com a calcinha da sua irmã?
Sim. Respondi pra mim mesmo.
Acariciei a parte úmida do tecido com a ponta dos dedos. Meu corpo inteiro reagiu, cada centímetro implorando para que eu metesse a cara ali e esquecesse que éramos da mesma família. Comecei a me masturbar devagar, o cheiro enfiado nas narinas, como se fosse uma droga.
Minha respiração virou um chiado histérico. Eu sabia que qualquer estalo podia acordar minha mãe no quarto ao lado. O medo só deixou tudo mais intenso. Mais doente. Mais real.
Enrolei a calcinha no meu pau. O tecido úmido grudou na pele quente, e eu mordi o lábio com tanta força que senti o gosto de sangue.
Não havia mais volta. Eu era aquele irmão. O que se esconde no quarto alheio. O que espia. O que iria gozar no que não deveria nem tocar.
A sensação subiu pela coluna como um incêndio. Eu sabia que ia gozar. Que não tinha como conter. Então apertei mais o tecido, desejando que ela nunca descobrisse.
O cheiro me entorpecia. Eu passava a parte úmida da calcinha na ponta do meu pau, devagar, quase com devoção. Cada vez que fechava os olhos, via a Manuela de costas, tirando aquilo. Meu peito se apertou num espasmo de pânico e prazer. Eu não sabia mais quem eu era. Não sabia se queria gozar ou morrer ali mesmo.
Minha mão acelerou sozinha. O tecido encharcado escorregava na glande, como se fosse a própria pele dela. Minha respiração virou arfadas curtas e doentes. Eu não podia parar. Não queria parar.
A vergonha me tomou de um jeito tão absoluto que queimou até a raiz dos meus dentes. Senti a gozada subindo com uma violência que nunca tinha experimentado. Meu corpo inteiro se contraiu num espasmo, o quadril impulsionando contra a palma.
—Caralho... — gemi, num sussurro rouco.
O jato veio tão forte que atingiu o forro da calcinha e espirrou pelo meu abdômen. Mais um. E outro. Cada contração parecia arrancar um pedaço da minha alma. Eu estava gozando na calcinha da minha irmã. Estava sujando o cheiro dela com a minha porra quente.
Por um instante, tudo ficou branco. Um vazio exausto e radiante tomou conta da minha cabeça. As pernas ficaram bambas. O coração batia tão alto que abafava qualquer pensamento.
Até que ouvi o ranger suave da porta do quarto da minha mãe.
O pânico explodiu no meu peito. Meus dedos trêmulos tentaram limpar a parte mais molhada da calcinha. Quase derrubei no chão. Sem pensar, enfiei o pau ainda latejando de volta no short. E corri — coração disparado — para devolver aquele troféu sujo ao cesto, como se nada tivesse acontecido.
O corredor continuava quieto, mas a porta da mãe estava entreaberta. Talvez ela tivesse levantado pra ir ao banheiro.
Voltei para o meu quarto com o coração martelando nas costelas. Fechei a porta. Encostei as costas nela. Respirei fundo.
Eu era um pervertido. Um nojento.
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