O acidente que mudou a minha vida - Cap. 2

Um conto erótico de Pedro
Categoria: Gay
Contém 3118 palavras
Data: 03/07/2025 01:33:42
Assuntos: Gay, Bissexual, Casado, dúvida

Os dias iam passando normalmente.

Ou, pelo menos, tudo parecia normal. O trabalho seguia com seus prazos e reuniões. Como diretor e sócio de uma construtora, eu precisava lidar com responsabilidades que iam muito além das decisões de escritório. Cuidava de orçamentos, aprovava projetos, visitava obras, atendia clientes exigentes e dividia a linha de frente com outros engenheiros. Era comum eu sair de casa ainda escuro e voltar só à noite, com a roupa cheirando a cimento e o corpo pedindo descanso.

Em casa, minha esposa mantinha sua rotina com a mesma leveza de sempre, os meninos estavam cheios de energia, espalhando brinquedos pela sala e sorrisos pelos corredores. Jantávamos juntos, assistíamos desenhos antes de dormir, trocávamos carinhos sem pressa. Nada ali parecia fora do lugar.

Mas eu... eu não estava exatamente presente.

Havia algo no fundo da minha cabeça, pulsando quieto, feito uma música que toca longe, mas insiste em não sair da mente. Desde aquela madrugada, minha concentração oscilava. Eu até fingia que não era nada. Que era só o cansaço do mês puxado que passou, a ressaca emocional de uma rotina intensa. Mas sabia que não era.

Era o Daniel.

O nome dele voltava como quem não quer nada. Às vezes, no elevador, quando eu pegava a carteira e via o cartão. Outras vezes, no silêncio do banho, ou no caminho pro trabalho quando o rádio falava e eu não ouvia. Era uma presença que ainda não fazia sentido, mas me atravessava.

Deixei passar os dias. Não havia real motivo pra mandar mensagem. O estrago na porta do carro foi pequeno, já tinha resolvido na oficina na segunda-feira mesmo. Um polimento, nada demais. Era só mais um episódio esquecido em alguma madrugada.

Mas o rosto dele... não esquecia.

E na quarta-feira daquela semana, alguns dias após o ocorrido, por volta das onze da noite, enquanto minha mulher já dormia ao meu lado e os filhos respiravam fundo nos quartos, eu me vi com o celular na mão, encarando o cartão mais uma vez. Abri o WhatsApp, salvei o número como "Daniel (Moto)". Nome provisório, claro, como se aquilo fosse só mais uma formalidade.

Quando salvei, o ícone da foto apareceu.

E então eu vi.

Era ele, mas diferente. Um sorriso largo, mais leve. Os cabelos bagunçados pelo vento, o sol tocando o rosto com uma delicadeza quase indecente. Estava numa praia, com uma camisa aberta, peitoral definido, liso, colares discretos, óculos escuros pendurados na gola. Tinha uma beleza mais natural ali, mais livre. Não parecia o mesmo cara ofegante e tenso da madrugada anterior. E, por um instante, eu fiquei olhando a imagem como quem observa uma paisagem que não conhece, mas sente que já viu em sonho.

Soltei um sorriso breve, ao lembrar que ele era advogado. E ali, naquela imagem tão informal, quase dava pra esquecer disso.

Respirei fundo. E digitei:

"Oi, Daniel. Desculpa o horário e também a demora pra entrar em contato. Eu já resolvi o lance da porta, ficou tranquilo. Só quis mandar mensagem pra saber como você tá... depois daquela noite."

Enviei e me perguntei se o que fiz foi correto. Talvez se eu não entrasse em contato eu nunca mais o veria novamente. Mas por que isso me preocuparia?

Simples. Direto. Uma mensagem racional. Mas, no fundo, eu sabia que não era só pela porta.

Ele demorou um pouco, mas respondeu.

"Boa noite, Pedro... fico aliviado que deu tudo certo. E agradeço por perguntar. Eu tô melhor, de verdade. Aquela noite... enfim. Foi difícil."

Eu podia parar ali. Podia desejar boa noite e seguir. Mas permaneci. Esperando.

"Quanto ficou o conserto? Me fala o valor, faço a transferência agora."

Li a mensagem com calma. Depois digitei, sem hesitar:

"Não precisa se preocupar com isso. De verdade. Só te escrevi mesmo porque fiquei pensando em como você estava. Só isso."

Ficou um tempo sem resposta.

Mas eu já tinha dito o que queria.

E, pela primeira vez em dias, os momentos de silêncio da casa não me pareceu tão sufocante. Era como se eu tivesse destrancado uma janela pequena... e deixado um vento entrar.

E mesmo sem saber o que fazer com isso, não consegui deixar de pensar:

Por que esse cara, com quem só troquei meia dúzia de palavras numa madrugada qualquer... ainda mexe comigo?

A conversa ficou em silêncio por alguns minutos. Talvez ele estivesse digerindo minha resposta. Ou talvez estivesse escolhendo as palavras com cuidado do mesmo jeito que eu vinha fazendo desde que salvei aquele número.

Estava prestes a bloquear o celular, quando a notificação acendeu a tela.

Daniel: "Você foi muito compreensivo. Qualquer outro cara teria feito uma confusão do caralho, chamado a polícia, se aproveitado da situação."

"Naquela madrugada eu não tava bem... e você viu."

Eu li devagar. Podia sentir a sinceridade nas entrelinhas. Aquele tipo de vulnerabilidade que a gente esconde do mundo, mas que às vezes vaza, como naquele tom rápido e embolado de quem só quer ir embora sem ser notado.

Outra mensagem chegou em seguida:

"Me senti um idiota depois. Tava com a cabeça virada, e ainda me meto num acidente besta desses."

"Você foi respeitoso. Educado. Não me julgou. Eu precisava disso."

De repente, aquele momento que parecia esquecido voltou com força. A imagem dele tirando o capacete, a respiração ofegante, o rosto visivelmente abalado. E agora, o mesmo homem, do outro lado da tela, me agradecendo.

E então veio a terceira mensagem:

"Eu queria te agradecer de verdade. Não só pela porta, mas pela postura."

"Qualquer dia desses, deixa eu te pagar uma cerveja?"

"Sem moto, sem carro. A gente vai de Uber, volta de Uber. Só isso. Uma cerveja."

Li uma vez. Depois de novo.

A mensagem não tinha malícia. Mas também não era completamente neutra. Era um gesto. Um convite. Um espaço sendo aberto, pequeno, seguro, como quem convida pra sentar à sombra, sem pressa.

Não havia desculpa real pra recusar. Eu não era um moleque. Era casado, sim, pai de dois. Mas era também um homem com autonomia, com amigos, com vida social. E esse convite, naquele contexto, não parecia perigoso. Parecia... necessário. Como se aceitar fosse, mais do que uma resposta pra ele, uma resposta pra mim mesmo.

E eu aceitei:

"Pode ser, sim. Avisa quando tiver um dia mais tranquilo."

Ele respondeu em seguida:

"Obrigado. De verdade."

"Vai ser bom sair da rotina um pouco. Falar com alguém que não me conhece tanto."

"Boa noite, Pedro. Assim que tiver uma data, te aviso."

A conversa terminou ali naquela noite.

Mas o convite ficou pairando. E, com ele, uma nova pergunta ecoava baixinho dentro de mim:

Por que, mesmo tendo tudo tão bem em casa, essa simples troca de mensagens me fez sentir... desperto?

O restante da semana passou dentro do programado em minha rotina.

No sábado, quase no horário de um lanche, fui almoçar com Fernando e Ricardo, os parceiros da madrugada. Como já comentei, eles trabalham comigo: Fernando é engenheiro ambiental e Ricardo, engenheiro de segurança do trabalho. Estão sempre presentes nas obras e nas visitas técnicas. Voltávamos de uma vistoria em Santo Antônio de Jesus, a quase 200 km de Salvador, e fomos direto para o restaurante. Entre piadas sem graça e reclamações de cliente, soltei:

— Ah, falei com o cara da moto essa semana.

— Ele te procurou? — perguntou Ricardo.

— Não. Fui eu que mandei mensagem. Só pra avisar que a porta tava resolvida. Nada demais.

Fernando sorriu torto.

— E ele?

— Agradeceu. Disse que ficou aliviado por eu não ter feito um escândalo, que tava num momento ruim, e que queria pagar uma cerveja, como forma de agradecimento.

Ricardo não perdoou:

— Pagar cerveja? Já é muito íntimo isso aí, viu... cuidado com esses agradecimentos.

— Para, véi. É só uma cerveja. O cara foi educado. Achei justo aceitar.

Fernando riu:

— Cerveja de gratidão. Já vi filme começar assim.

Revirei os olhos.

— Cês são doidos. Tô só indo tomar uma cerveja. De Uber. Ele fez questão de reforçar isso. Nada demais.

Eles continuaram tirando onda por uns minutos, mas no fim deixaram quieto. Riram, mudaram de assunto, e tudo ficou por isso mesmo.

Mas a verdade é que nem eu tava tão certo de que era "só isso". E também não sabia o que esperar. O Daniel podia muito bem ser hétero, só querendo retribuir um gesto simples de empatia. Vai ver, eu que tava projetando coisa demais em cima de um encontro que, pra ele, não tinha qualquer significado especial.

Talvez eu estivesse me precipitando. Talvez eu só quisesse entender por que aquilo mexeu tanto comigo. E o pior é que eu não fazia ideia do que esperar.

Só sabia que no momento em que ele marcasse, eu ia.

E que não fazia tempo que algo me deixava tão inquieto sem motivo aparente.

Era domingo, oito dias depois daquela madrugada.

Acordamos cedo. Antes das sete da manhã, já havia movimento pela casa. Felipe, o mais velho, de seis anos, veio correndo para a cama com um dinossauro na mão e um pedido animado:

— Pai, hoje é dia de praia, né?

Miguel, de quatro, logo veio atrás, ainda meio sonolento, mas arrastando a toalha azul com estampa do Batman e o balde de areia como quem não queria ficar de fora.

Tomamos um café da manhã leve e rápido. Enquanto isso, as crianças disputavam espaço no sofá, se embolando entre brinquedos e mochilas.

Decidimos sair cedo. O sol em maio, mesmo tímido, costuma castigar mais próximo do meio-dia, e com criança pequena não dá pra brincar com o calor. Às 8 da manhã já estávamos na estrada, com tudo pronto no porta-malas: cadeiras, sombreiro, bolsa térmica com água, frutas, biscoitos, brinquedos de praia, roupas extras e, claro, protetor solar.

Guarajuba era o destino. Um pedaço mais tranquilo do litoral, distante das praias urbanas e mais cheias de Salvador. A viagem seguiu tranquila, com os meninos entretidos entre cochilos curtos e músicas infantis. Eu dirigia em silêncio, com o olhar atento na estrada e os pensamentos... nem tão atentos assim ao presente.

Chegamos antes das 10h. O céu estava coberto por nuvens esbranquiçadas, mas o calor já anunciava que seria um dia quente. O mar estava calmo, o vento fresco, e havia poucas famílias espalhadas pela faixa de areia. Perfeito.

Montamos tudo perto de uma sombra natural. Miguel correu em direção à água antes mesmo de tirar a camisa. Felipe seguiu atrás, com seu baldinho e pá em punho, pronto para conquistar o litoral baiano com um castelo torto e muita areia nos bolsos.

Brincamos juntos por um tempo. Minha esposa ria enquanto os observava de longe, com os pés enterrados na areia e o olhar sereno de quem aprecia o agora.

Por volta das 11h, o céu fechou um pouco mais. Um alívio. Nada de sol forte, mas também nada de chuva. Comemos ali mesmo, numa barraca simples e aconchegante. Peixe frito, arroz, farofa, salada. Miguel comeu só o arroz com banana. Felipe, curioso, quis provar de tudo. Depois do almoço, voltamos para a areia. Tomamos água de coco, compartilhamos milho cozido com manteiga e picolés coloridos que derretiam mais rápido do que eles conseguiam lamber.

Foi uma tarde boa. Tranquila. Um daqueles domingos que ficam guardados na memória mais pelo que a gente sente do que pelo que realmente acontece. As crianças cochilaram no colo da mãe, enroladas nas toalhas, exaustas de tanto brincar. E ali, entre o barulho das ondas e o silêncio dos pensamentos, me peguei olhando para o céu nublado, sem saber exatamente no que estava pensando.

Ou talvez soubesse, sim.

O nome dele não saiu da minha cabeça. Daniel.

Ele ainda não havia mandado mensagem. Desde aquela breve conversa, nada. Só os status que, volta e meia, eu via no WhatsApp. Fotos aleatórias, do dia a dia. Algumas reflexões curtas, música, alguma comida, um café. Tudo muito comum. Tudo muito... íntimo, de algum modo.

Será que ele esperava algo de mim? Ou só disse aquilo por educação? Talvez estivesse esperando o tempo certo. Talvez já tivesse esquecido.

Mas o mais estranho de tudo era eu, ali, naquele cenário perfeito, em plena harmonia com minha família, minha esposa, meus filhos, minha rotina construída com tanto cuidado e, ainda assim, sentindo uma inquietação silenciosa dentro de mim. Como se algo tivesse se aberto e não estivesse mais disposto a se fechar.

Não era culpa. Nem desejo, exatamente. Era outra coisa. Um estado. Um tipo de presença interna que surgia sempre que eu lembrava dele. Uma lembrança que não doía, mas cutucava.

E eu sabia: se ele aparecesse, se mandasse qualquer coisa, eu responderia.

E, mais do que isso: eu queria que ele mandasse.

Voltamos pra casa por volta das três da tarde. A estrada estava tranquila, e as crianças apagaram assim que entraram no carro. Miguel, todo suado e com areia até no cabelo, caiu no sono com a cabeça no colo da mãe. Felipe resistiu um pouco, mas não durou nem dez minutos.

Chegando em casa, carregamos os dois como se fossem pequenos sacos de farinha, cada um pro seu quarto. Tomaram banho ainda sonolentos, reclamando baixo, depois deitados de toalha no sofá com os olhos pesados e os cabelos ainda úmidos. A televisão ficou ligada num desenho qualquer enquanto eu e minha esposa aproveitávamos pra também nos limpar do sal e da areia.

Depois do banho, joguei uma bermuda e uma camiseta leve, me sentei no sofá, mas não parei. Peguei o notebook e comecei a revisar algumas planilhas do trabalho. Apesar de ser domingo, minha cabeça já ensaiava a segunda-feira: agenda cheia, reunião com fornecedores, duas obras pra visitar, cronogramas atrasando.

Sou sócio-diretor na empresa, e isso significa estar presente mesmo fora do expediente. Além da parte administrativa, sigo acompanhando alguns projetos técnicos com engenheiros parceiros. Fernando e Ricardo, por exemplo, estavam comigo quase toda semana em campo. A rotina é puxada, mas eu gostava. Ou, pelo menos, costumava gostar.

Enquanto fazia anotações, uma vibração discreta no celular me fez desviar o olhar.

Notificação do WhatsApp. Nome na tela: Daniel (Moto).

Parei por alguns segundos, só olhando. O coração deu aquela leve acelerada, como se eu tivesse sido flagrado em alguma coisa mesmo sem fazer nada.

A mensagem era direta, informal:

“Sei que tá muito em cima, mas pensei em te chamar pra tomar uma cerveja hoje à noite. Meio improvisado, eu sei. Mas... topa?”

Fiquei olhando a tela por um tempo, tentando entender o que me surpreendia mais: o convite, a hora do convite, ou o fato de eu estar, naquele exato momento, sorrindo de leve ao ler aquilo.

Era domingo. Já passava das cinco. As crianças estavam calmas, a casa em silêncio. Minha esposa assistia TV no quarto com as pernas esticadas e um travesseiro entre os joelhos. O cheiro da tarde ainda estava no ar, aquele mix de sol seco e descanso. Tudo tão comum... e aquela mensagem chegando como um desvio inesperado.

Poderia ter recusado. Poderia ter dito que era tarde, que tinha filhos, compromissos, cansaço. E tudo seria verdade. Mas ali, naqueles segundos de hesitação, percebi que parte de mim queria dizer sim.

Antes de responder, me levantei, fui até a cozinha, bebi um copo d’água e voltei.

Peguei o celular. Digitei:

“Hoje ficou meio corrido por aqui, cheguei da praia há poucas horas com as crianças. Mas se for algo rápido, tranquilo, só pra conversar, acho que dá sim.”

Ele respondeu quase na mesma hora:

“Sem pressa, sem compromisso. Só conversar mesmo. Pode ser no lugar que te for mais cômodo. Só achei que... sei lá. Era hoje.”

Havia algo naquele “era hoje” que me pegou.

Talvez ele também tivesse passado a semana com isso guardado. Talvez estivesse esperando o momento certo. Ou talvez nem tivesse pensado tanto assim — e eu estivesse, mais uma vez, tentando encontrar profundidade onde só havia impulso.

Mas aceitei.

“Me dá uns 40 minutos. Só ajeitar as coisas aqui. E te aviso.”

“Fechado. Valeu por topar.”

Deixei o celular na mesa e respirei fundo.

Ainda não sabia onde aquilo ia dar.

Mas sabia que iria.

Fui direto pro banheiro e tomei outro banho, nada fora do comum, só pra me sentir mais limpo, mais disposto. A água morna descia sem pressa, enquanto eu tentava organizar o que sentia. Saí, sequei o corpo devagar, passei o 212 VIP Black, aquele perfume que virou meio que minha assinatura. Escovei os dentes, ajeitei a barba com as mãos.

Escolhi uma camisa preta de manga curta, justa ao corpo, básica, mas elegante. Vesti uma bermuda branca, confortável, e calcei uma Havaianas, daquelas discretas. Peguei carteira, celular, documento. Conferi tudo mais de uma vez. Por algum motivo, eu queria parecer... bem.

Antes de sair, mandei mensagem pra ele:

“Tô pronto. Onde a gente se encontra?”

A resposta veio logo:

“Pode ser no Barravento? Acho um lugar incrível.”

O lugar era familiar, tranquilo, à beira-mar. Ambiente agradável, boa escolha pra um “encontro” sem pressa. Respondi:

“Fechado. Tô pedindo o Uber agora. Já já chego lá.”

Guardei o celular e fui até o quarto. Laura estava deitada, mexendo no celular. Sentei na ponta da cama.

— Amor, tô indo lá encontrar o Daniel. Aquele da moto. Ele tinha prometido uma cerveja, acabou mandando mensagem agora. Achei que seria de bom tom aceitar.

Ela me olhou com calma, sorrindo leve.

— Claro, lembro sim. Vai tranquilo. Mas se cuida, tá?

— Vou de Uber. Qualquer coisa te aviso.

Me aproximei, dei um beijo demorado e soltei um “te amo” sincero antes de levantar.

Desci o elevador já com o celular em mãos. O Uber se aproximava no mapa. O ar da noite trazia um frescor gostoso, e eu sentia que algo dentro de mim estava acordado como se a noite tivesse um peso que eu ainda não sabia nomear.

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Continua

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Tenho gostado muito de escrever isso, de desabafar dessa forma, em forma de história, de relato.

Se você chegou até aqui, me conta: prefere uma escrita mais curta e objetiva, ou posso manter esse meu estilo mais detalhado?

Agradeço de coração a todos que estão acompanhando. Fiquei realmente surpreso com a quantidade de leituras que o início da história teve. Sempre gostei de ler e escrever, isso faz parte da minha rotina com relatórios e documentos no trabalho, mas é a primeira vez que uso esse gosto para narrar algo tão pessoal.

Comecei a escrever essa parte do relato no dia 01/07 e aproveitei o feriado de 02 de Julho, aqui na Bahia, pra concluir mais esse trecho. À medida que eu tiver brechas na rotina, pretendo continuar. Está sendo algo tão importante pra mim que, até mesmo num chat comigo mesmo no WhatsApp, eu vou registrando as ideias que quero compartilhar aqui depois.

Espero que estejam gostando.

Muito obrigado por estarem lendo.

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Comentários

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Seu estilo de escrita nos transporta para dentro da história. Isso é o que diferencia quem apenas escreve pensamentos soltos de quem é um escritor. Não sei se você se enxerga assim, mas sua escrita com certeza te coloca na segunda categoria. Estou adorando a história.

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A sua narrativa é rica em detalhe, cheia de nuances, envolvente , por favor continue a nos prestigiar com sua escrita. Parabéns pelo.

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Sensacional!!! A riqueza de detalhes que nos deixa preso nessa história. Continua assim!!!

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Cara, seu estilo de escrita tá maravilhoso. Só é uma tortura esperar pelo próximo capítulo, mas tudo certo kkkkkk. Achei muito fofo você falar sobre seus filhos, sem falar que traz uma camada bem significativa da história. Sua escrita é uma das melhores que eu li ultimamente aqui. Eu já leio contos aqui há pelo menos uns oito anos. Obrigado por nos trazer essa história. Por favor, continue. ❤️❤️✨

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Pode manter sua escrita amigo, eu estou amando ler, seus detalhes fazem com que eu me sinta seu amigo conversando num boteco sobre o que está passando. Por favor, não pare, continue! Terminei o capítulo com um gosto gigante de quero mais, de querer saber como lidou com essas descobertas

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