Diante do Ídolo - Parte 6

Da série Diante do Idolo
Um conto erótico de Juanes
Categoria: Gay
Contém 523 palavras
Data: 02/07/2025 23:41:45
Última revisão: 02/07/2025 23:45:36
Assuntos: Gay, Submissão

Parte 6

A relação de Dante com a namorada estava… funcional.

Ela era inteligente, bonita, boa de cama. Mas havia algo que ela não conseguia acessar: a profundidade silenciosa onde Dante deixava o que era bruto, sujo, íntimo demais. Isso, só Lucas conhecia.

E, como tudo que se guarda demais, começou a vazar.

Desconfiança

Era fim de tarde. Dante saía do banho, enrolado na toalha, quando a namorada comentou casualmente:

— Quem é aquele cara que tá sempre por aqui? O… Lucas?

— Ah. Um cara que ajuda com a carne, umas coisas aqui. Gente boa.

— Ele não fala muito. Mas… fica sempre te olhando. Meio estranho.

Dante riu. Jogou a toalha no cesto.

— Tu tá vendo coisa, amor.

Mas o olhar dela persistiu. E aquilo ficou ali, latejando.

Exibição velada 2.0

No outro sábado, churrasco de novo. Lucas foi “convidado” a ajudar mais uma vez. Chegou cedo, barbeado, limpo… mas carregando Dante dentro dele.

Antes de sair de casa, o ritual foi simples: Dante o comeu de pé, encostado na parede do banheiro, segurando firme sua cintura. Quando gozou, não tirou.

Só disse:

— Não limpa. Não caga. Fica com minha porra em ti. Até amanhã. Isso é ordem.

Lucas assentiu. E foi.

Durante o churrasco, Lucas agia como sempre: prestativo, calado, atento. Mas havia algo diferente. Um brilho no olhar. Uma presença silenciosa de quem carrega algo escondido. Ele andava devagar, o quadril ligeiramente tenso — sabia que qualquer movimento brusco podia provocar um vazamento. E era justamente isso que o deixava duro.

Um dos amigos de Dante, já meio bêbado, fez piada:

— O Lucas ali parece que anda com o cu trancado, mano. Fez merda, foi?

Risos.

Dante riu também. Mas com um canto da boca, um olhar carregado. E respondeu sem pensar muito:

— Às vezes ele só tá cheio demais.

Lucas sentiu o arrepio. Sabia que aquilo era um código. Um risco. Um prazer proibido.

Mais tarde, quando todos saíram, Lucas foi até a varanda, já sem camisa. Dante o seguiu. Ficaram em silêncio por um tempo. Então Dante perguntou:

— Ainda tá com meu leite dentro?

— Sim, senhor.

— Você devia se orgulhar disso. Nenhum deles tem o que você tem.

Lucas olhou pra ele, ofegante, duro.

— Eu tenho você em mim. Te levo o dia inteiro. Te suporto. Te guardo. É meu dever. Sou teu altar vivo.

Dante o empurrou contra a parede e começou a se esfregar nele, por trás.

— Eles acham que sou hétero demais pra isso. E são mesmo burros demais pra entender o que é ser adorado desse jeito.

Lucas gemeu. A leitada antiga começando a escorrer entre as pernas.

Dante viu. Passou o dedo. Fez Lucas lamber. Olhou nos olhos dele.

— Teu cu tá escorrendo meu sêmen de ontem, e você ainda tá pronto pra mais.

— Sempre, senhor. Porque eu sou o lugar onde você mora.

Suspense crescente

Na semana seguinte, a namorada de Dante mexeu no celular dele. Viu uma notificação estranha de Lucas.

Só um emoji: uma gota. E um horário. 22h.

Ela não entendeu.

Mas algo começou a queimar por dentro. E Dante, mesmo sem saber ainda, estava a um passo de ser descoberto.

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