Diante do Ídolo - Parte 4

Da série Diante do Idolo
Um conto erótico de Juanes
Categoria: Gay
Contém 562 palavras
Data: 02/07/2025 23:30:04
Assuntos: Gay, submissão

Parte 4

Lucas chegou cedo naquela sexta.

A casa de Dante tinha cheiro de madeira e cigarro. Ele sempre deixava tudo em ordem antes que Dante chegasse: luzes baixas, cerveja gelada, o quarto arrumado. A cueca já tinha tirado. Estava nu sob o avental, como ele gostava. Mas naquela noite, algo estava diferente.

No sofá, uma bolsa feminina. E um cheiro de perfume doce ainda pairava no ar.

O coração de Lucas afundou.

Dante chegou pouco depois, suado, com a barba mal feita, mais viril do que nunca — e com um leve sorriso no rosto. Quando viu Lucas ajoelhado no chão da sala, ficou em silêncio por um instante.

— Ela esqueceu a bolsa — disse, seco, como se soubesse o que Lucas estava pensando.

Lucas tentou manter o olhar baixo. Mas não conseguiu.

— Foi bom?

Dante arqueou uma sobrancelha. Sentiu o tom. A primeira rachadura na devoção silenciosa.

— Você quer mesmo saber?

Lucas ficou em silêncio.

Dante se aproximou. Puxou o avental, deixando o corpo nu à mostra. Colocou os dois dedos sob o queixo de Lucas e levantou seu rosto.

— Tá com ciúme, é isso?

Lucas assentiu com um movimento quase imperceptível.

— Mas ainda quer ser meu depósito?

Lucas respondeu com a voz rouca, contida:

— Quero ser tudo que você quiser usar.

Dante sorriu de lado. Um sorriso mais sombrio. De domínio.

— Então hoje a boca vai descansar. Eu quero outro espaço.

Lucas gelou. Nunca tinham ido além da boca. Mas não hesitou.

Dante mandou que ele fosse pro quarto, de bruços. Disse que não queria preparos delicados. Que ele teria que aprender a receber como uma putinha de verdade.

Lucas obedeceu.

O quarto estava com a luz baixa, e o som dos passos pesados de Dante o deixava tenso. Ele deitou-se, abrindo as pernas. O coração disparado. O desejo misturado ao medo, à entrega cega.

Dante entrou, pelado. O pau já duro, grosso, imponente como um símbolo de poder. Ele se ajoelhou atrás de Lucas, passou a mão firme pela cintura dele, e cuspiu no centro.

— Você quer ser mais que boca, não é? Quer que eu marque teu corpo inteiro. Que eu te use por completo. Que eu goze dentro de você e te encha até escorrer.

Lucas gemeu um “sim” quase suplicante.

Dante não teve piedade. Enterrou de uma vez. O grito abafado de Lucas foi real. Mas ele não resistiu. Sentia dor e êxtase ao mesmo tempo. A cada investida, sentia-se mais longe de si mesmo, e mais próximo de Dante.

— Isso… agora você é meu depósito completo. Minha boca. Meu buraco. Meu espaço de descarrego.

A respiração de Dante ficou mais pesada. Ele segurou Lucas pelos ombros e socou o quadril contra ele com força.

— Eu gozei numa mulher hoje, mas aqui… — ele rosnou — aqui é onde eu volto pra me esvaziar. Onde eu confio. Onde eu posso ser dono.

Lucas sentiu a porra quente invadir seu corpo com força. Era mais do que sêmen. Era domínio, posse, um ritual de adoração invertida.

Quando Dante saiu de dentro, olhou para o corpo suado, marcado, e disse:

— Tá escorrendo. Bonito assim. Cheio. Do jeito que eu gosto.

Lucas permaneceu deitado, respirando com dificuldade, mas com um sorriso quase invisível no rosto.

Não era dele o coração de Dante. Mas era dele o gozo. O corpo. A descarga bruta. E, no fundo, talvez fosse isso o que sempre quis.

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