Minhas punhetas tinham ganhado um significado, pois sempre me lembrava daquela pica deliciosa do Biel. A verdade é que eu nem tinha aproveitado tanto assim aquele gostoso. Quando vira paixão as coisas mudam muito e a gente se contem para não estragar. Biel tinha tentado fazer tudo que fosse possível, apressado, como se estivesse sabendo que não ficaria muito tempo pela cidade — eu que não tinha percebido isso.
Um ano e meio depois estava eu e mais dois novos amigos conversando sobre futebol. Minha rejeição antiga por times, jogos e derivados tinha passado do ódio para uma das coisas que eu mais gostava de fazer. Tinha sido uma mudança e tanto para um garoto que via aquilo com total repugnarão — e é aqui que entra uma frase que minha avó falava muito “nunca diga nunca”. Fábio era um rapaz delicado, calmo, alegre, tinha seus dotes intelectuais e isso me ajudou bastante a fazer amizade com ele — ele também era gay, mas falava pouco sobre isso naquela época. Matheus era o típico “hétero” que curtia gays, mas somente aqueles bem afeminados — o que não era nosso caso. Rapidamente nos tornamos amigos nessa nota etapa do final do ensino médio e conversas para a faculdade, quando um grande problema aconteceu por lá: o diretor foi pego com um aluno na sala da diretoria. Foi um escândalo dos grandes! Matheus ficou louco quando soube que aquele garoto afeminado estava dando para o diretor, sempre falava “meu sonho era comer aquele viadinho”...
Nossa primeira festa foi bem engraçada, porque eu tentei ficar com um garoto, mesmo não sendo direto, e levando um fora dos grandes. Eu sempre pensava “poxa, aquilo que aconteceu com Biel foi raro. Nunca mais vai acontecer de novo!” E não aconteceu mesmo.
Semanas depois lá estávamos nós no vídeo game novo que tinha aberto. Estavam reunidos todos os possíveis garotos da cidade, e na sua maioria feios, cheios de vontade apenas de jogar vídeo game. Fábio e Matheus logo viciaram; eu não era desses, apesar de gostar de jogar mais no PC. Algum tempo depois fizemos amizades com o dono do game, que também era gay, mas nós não sabíamos. Ele começou a nos “ajeitar”, dava comida, chamava a gente para “madrugões” etc.
— Ei, vocês vão vir no próximo madrugão? — Perguntou o dono.
— Vou ver se consigo, da outra vez dormi mais do que joguei — eu disse, tentando ser sincero.
— Eu venho — disse Fábio.
— Eu já quero começar agora — Matheus completou.
— Perfeito então. Esse madrugão vai ser pouca gente, porque da outra vez teve uns três que ficaram devendo e até sumiram do play diário (era um tipo de plano que ele fez fazendo a galera jogar obrigatoriamente todo dia um tempo para ser pago no final do mês).
Ficamos surpresos com aquilo pois nós sabíamos que os garotos que não iriam eram bons pra jogar online e que provavelmente nós não iríamos jogar online do mesmo jeito um dos grandes jogos daquela época.
— Vou ver se falo com outros aqui pra gente fechar o madrugão!
Quase oito da noite Fabio e Matheus foram lá em casa, eufóricos, dizendo que o dono do game tinha fechado a galera e que era pra gente se reunir lá antes das 10. A gente foi, e quando cheguei me deparei com dois dos garotos mais lindos do mundo na minha frete: Tiago e Dayvid. Tiago era branquinho, bunda gorda, lindo de morrer, quase sem imperfeições, com cabelos muito semelhantes aos cabelos que tinha o Biel, porém, ele era mais fortinho, tinha um jeito mais durão e ao mesmo tempo sorridente, paciente, gostoso e perfeito; Dayvid era delicioso também, mas era mais estilo jogador, com aqueles cortes de jogador e seu jeito menos desenrolado.
— Vocês jogam o quê? — Perguntei.
— Tudo — disse Tiago, sorrindo, todo desenrolado.
Ele pegou na minha mão enquanto sorria, todo alegre.
— E você? — Perguntou, ainda sorrindo.,
— Sou mais jogos de PC — disse, sem saber muito o que falar.
— Jogar WOW? — Ele perguntou.
— Meu MMORPG favorito — disse, logo empolgado.
— Agora ele endoida — disse Fábio, sabendo da minha pira por MMORPG e WOW.
Aquela madrugada foi bem diferente, melhor, mais animada, visto que sempre aquelas duas delícias ficavam apertando aqueles pacotes. A gente não percebia muito porque o madrugão era com luzes apagadas, mas teve um momento que o Dayvid parecia ter tido uma ereção — acho que muita gente tinha ereções à noite.
— Tá de pau duro? — Tiago falou, dando um tapa no pacote do Dayvid.
— Sai, caralho, isso doi — disse Dayvid, se contorcendo de dor.
Fábio, Matheus e eu nos olhamos com aquelas caras de “meu Deus, que pica deliciosa”. E realmente era muito grande, e aparentemente torta. Tiago ficava rindo o tempo todo, mas sempre apertava o pacote também.
Certo dia ele foi lá em casa como combinado para ver meu PC e a gente jogar WOW. Tinha um gosto peculiar com roupas, mas nesse dia estava com uma calça jeans bem apertada, camisa polo escura vinho, sandálias, bem despojado par ao momento e um pacote fora do comum. Ficamos lá enquanto ele se esbaldava admirando meu PC — e claro, como sempre, os carros do meu pai etc. Até parecia nostalgia. Tiago jogou muito no PC, alegando que estava empolgado com aquele gráfico etc. Eu, por outro lado, percebendo o pacotão que estava sendo espremido na minha cadeira de escritório, fingi ter caído algo só para entrar debaixo da mesa e olhar de perto aquele pacote. Nossa! Era volumoso, tão apertado! Fiquei claramente louco imaginando o que tinha ali dentro. Me recompus e logo fiquei querendo ter algo com o Tiago! Eu não queria que acontecesse o que aconteceu com o Biel novamente, mas tentei focar mais no tesão dessa vez.
Algum tempo depois nós marcamos uma resenha lá em casa, e convidei todos eles. Matheus e Fábio estavam prontos para o abate, embora o Matheus estivesse louco que não tinha convidado sua presa maior, o garoto que tinha dado para o diretor. Fábio estava cegamente mirando no Tiago, achando que eu estava interessado no Dayvid (e mesmo que estivesse), eu estava mesmo querendo o Tiago.
— Ei, vamos ser sinceros um com os outros: quem vocês querem dar o cuzinho hoje?
— Tiago pode me comer gostoso, eu deixo — disse Fábio, disfarçando sua empolgação.
— Não curto muito dar, mas daria meu rabo a esse moreno — disse olhando pro Dayvid.
— O que foi? — Tiago gritou de lá.
— Nada, porra — falei, quase gritando.
Em um certo momento Tiago me chamou. Parecia preocupado e aflito. Correu para suas roupas e se enxugou, ficou mexendo no celular por um tempo e eu perguntei o que tinha acontecido.
— Poxa, acho que trocaram minha senha do Facebook — disse, muito aflito.
— Quem trocaria?
— Acho que minha ex pode ter trocado — disse.
Perguntei qual o e-mail, os dados e a última senha e prometi resolver o problema pra ele. Ao analisar vi que era simples, ele se acalmou e disse que ficaria grato caso resolvesse. Fui para meu quarto, abri o PC, fiz o procedimento e recuperei a conta dele. Antes mesmo de sair do facebook e fechar o navegador, uma mensagem chegou naquela hora, eu não iria olhar, mas a janela mostrou algo inesperado: uma foto de uma garota com as pernas abertas. Logo, imaginei que o Tiago tinha enviado fotos íntimas pra ela também. Fiquei louco com a possibilidade de ver o pau dele, então corri para fechar a porta, tirei minha roupa e subi as mensagens. MINHA NOSSA! Que pausão enorme ele tinha. Era meio curvado para cima, cabeçudo, com veias, um saco grande cheio de porra, tudo bem desenhado. Como aquela rola podia ser ainda mais deliciosa que a rola do Biel? Bati uma punheta pensando nele, vendo aquela pica enorme. Mele toda minha mesa com a gozada. Voltei para a galera da piscina, mas diferente, agora pronto para atacar o Tiago pauzudo e gostoso.
CONTINUA...